quarta-feira, 19 de julho de 2017

PARDAL

Há um pardal na minha janela
Que não é o Professor Pardal
Divirto-me com esse bichinho manso
Que me ensina coisas
Mostrando-me
O quanto pode ser belo na sua rotina
Esse animalzinho tão comum e singelo
Que fica a ciscar aqui e ali
Para saciar seu estomagozinho.

O FIM DA ESTRADA

A grande reta está quase no fim
Está na hora de fazer a curva final
E esperando por você que sempre foi um muçum ensaboado
Não há ninguém de bem
Somente os seus iguais
Então como você sempre dizia quando estrepava alguém:
Foda-se!

Moro acaba de confiscar três apartamentos, um terreno, dois carros e R$ 600 mil em dinheiro de Lula

Enquanto não é preso, Lula vai perdendo patrimônio.

Por conta da condenação em Curitiba, Lula teve R$ 606.727,12 bloqueados pelo Banco Central nesta terça-feira 18 por ordem do juiz Sérgio Moro, que atendeu um pedido do Ministério Público Federal. O dinheiro foi encontrado em quatro contas de Lula, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, no Bradesco e no Itaú

O juiz Sérgio Moro também confiscou algumas propriedades e bens do líder dos descamisados lulopetistas, homem sabidamente "pobre"

- Três apartamentos em São Bernardo do Campo.
- Um terreno em São Bernardo do Campo
- Dois carros de luxo.

Blog POLÍBIO BRAGA

Marcos Valério recebe proteção para contar quem matou Celso Daniel

Marcos Valério recebe proteção para contar quem matou Celso Daniel

Condenado a 37 anos e cinco meses de prisão pelo envolvimento no chamado 'mensalão', o empresário Marcos Valério foi transferido na noite de segunda-feira, a pedido da Polícia Federal, da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para a Apac de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais

O objetivo, segundo a PF, se deu "a fim de concluir o procedimento de colaboração premiada sob análise do Supremo Tribunal Federal". A decisão ignora formalidades e filas de transferência de presos sob o argumento de que Valério é "possuidor de inúmeras informações de interesse da Justiça e da sociedade brasileira sobre fatos ilícitos diversos que envolvem a República".

Na delação, ele prometeu contar como ajudou o PT no Mensalão e quem matou o ex-prefeito Celso Daniel.

Também vai implodir o PSDB de Minas, no caso do Mensalão Mineiro.


Blog Políbio Braga

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, abril 22, 2004 O AUTOR ESQUECIDO 1

Nicolau Emérico (1320-1399) - O Manual dos Inquisidores 


Sobre a tortura (1) 


TORTURA-SE o Acusado, com o fim de o fazer confessar seus próprios crimes. Eis as regras que devem ser seguidas para poder ordenar-se a tortura. Manda-se para a tortura: 

1. Um acusado que varia as suas respostas, negando o fato principal. 
2. Aquele que, tendo tido reputação de herege, e estando já provada a difamação, tenha contra si uma testemunha (mesmo que seja a única) a afirmar que o viu dizer ou fazer algo contra a fé; com efeito, a partir daí, um testemunho somado à anterior má reputação do Acusado são já meia-prova e índice bastante para ordenar a tortura. 
3. Se não se apresentar qualquer Testemunha, mas se à difamação se juntarem outros fortes indícios ou mesmo um só, deverá proceder-se também à tortura. 
4. Se não houver difamação de heresia, mas se houver uma Testemunha que diga ter visto ou ouvido fazer ou dizer algo contra a Fé, ou se aparecerem quaisquer fortes indícios, um ou vários, é o bastante para se proceder à tortura. 

Geralmente, entre estas várias coisas – testemunha de conhecimento certo, má reputação em matéria de fé, e um forte indício – um deles só não basta, mas dois são necessários e bastantes para ser ordenada a tortura. Há entretanto uma exceção ao que temos vindo a dizer sobre o fato de a má reputação não ser suficiente para se ordenar a tortura: 

1. Quando à má reputação se juntam maus costumes; visto que as pessoas de maus costumes facilmente caem na heresia e sobretudo em erros que originam sua vida criminosa. É desta forma que, por exemplo, os que são incontinentes e que têm grande inclinação por mulheres facilmente se convencem de que a simples fornicação não é pecado. 
2. No caso de o Acusado fugir, esse indício somado à má reputação é já suficiente para ser ordenada a tortura. 

Segue-se a fórmula da sentença de tortura: “Nós, F... Inquisidor, etc, considerando com atenção o processo contra ti instruído, vendo que varias as tuas respostas e que há contra ti provas suficientes, com o fim de tirar da tua boca toda a verdade, e para que não canses mais os ouvidos dos teus juízes, julgamos, declaramos e decidimos que no dia tal... à hora tal... sejas submetido à tortura”. 

Não deverá decretar-se a tortura sem primeiro ter inutilmente usado todos os meios de descobrir a verdade. Boas maneiras, esperteza, exortações através de outras pessoas bem-intencionadas, a reflexão, as incomodidades da prisão, podem ser o bastante para conseguir dos réus a confissão da sua falta. Os tormentos não são mesmo um método mais seguro para conseguir a verdade. Há homens fracos que, à primeira dor, logo confessam crimes que não cometeram, enquanto outros, teimosos e fortes, são capazes de suportar os maiores tormentos. Há homens que tendo já sido submetidos à tortura a suportam com constância, porque se lhes distendem logo os membros e lês resistem fortemente; e há outros que, graças a sortilégios, se tornam a si mesmos insensíveis e seriam capazes de morrer no suplício, sem nada confessar. Para tais malefícios, esses desgraçados empregam passagens da Escritura que, de forma estranha, escrevem em pergaminhos virgens, misturando-as com nomes de Anjos que ninguém conhece, círculos, caracteres desconhecidos, que depois escondem em qualquer parte do corpo. Não sei ainda de remédios certos contra tais sortilégios, mas convém sempre despir e revistar bem os Acusados antes de os submeter à tortura. 

Lida a sentença da Tortura, e enquanto os Carrascos se preparam para a execução, convém que o Inquisidor e outras pessoas de bem façam novas tentativas para levarem o acusado a confessar a verdade. Os Verdugos procederão ao despimento do criminoso com certa turbação, precipitação e tristeza para que assim ele se atemorize; já depois de estar despido, leve-se de parte e seja exortado novamente a confessar. Prometa-se-lhe a vida, sob essa condição, a menos que ele seja relapso, pois neste caso não se pode prometer-lha. 

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, abril 23, 2004 O AUTOR ESQUECIDO

Nicolau Emérico – O Manual dos Inquisidores 

Sobre a tortura (2) 


Se tudo isso for inútil conduzir-se-á à tortura, durante a qual será submetido a interrogatório, em primeiro lugar referente aos artigos menos graves em que seja suspeito, pois que ele confessará as faltas leves de preferência às mais graves. No caso de ele se obstinar sempre a negar, pôr-se-lhe-ão frente aos olhos instrumentos de outros suplícios e dir-se-lhe-á que vai passar por todos eles, a não ser que confesse toda a verdade. 

Se enfim o Acusado nada confessar, pode continuar-se a tortura um segundo dia e um terceiro, mas com a condição de seguir os tormentos por ordem e nunca repetir os já praticados, não podendo ser repetidos enquanto não sobrevierem novas provas, embora não seja proibido neste caso o continuar por ordem (ad continuandum non aditerandum, quia iterari non debent, nisi novis supervenientibus indiciis, sed continuari non prohibentur). 

Se o Acusado tiver suportado a tortura sem nada confessar, deve o Inquisidor pô-lo em liberdade mediante sentença na qual constará que após um cuidadoso exame do seu processo, nada se encontrou de legitimamente provado contra ele, no respeitante ao crime de que havia sido acusado. 

Quanto àqueles que confessem, devem ser tratados como hereges penitentes não relapsos, se for essa a primeira vez; como impenitentes, se não quiserem abjurar; e como relapsos, se é efetivamente a segunda vez que caem em heresia. 

Quando começou a estabelecer-se a Inquisição, não eram os Inquisidores que aplicavam a tortura aos Acusados, com medo de incorrerem em irregularidades. Esse cuidado incumbia aows juízes laicos, conforme a bula Ad Extirpanda do papa Inocêncio IV, na qual esse Pontífice determina que devem os Magistrados obrigar, com torturas, os Hereges (esses assassinos das almas, esses ladrões da fé cristã e dos sacramentos de Deus) a confessar os seus crimes e a acusar outros hereges seus cúmplices. Isto no princípio; posteriormente, tendo-se verificado que o processo não era assaz secreto e que isso era inconveniente para a fé, achou-se que era mais cômodo e salutar atribuir aos Inquisidores o direito de serem eles mesmos a infligir a tortura, sem ser preciso recorrer aos juízes laicos, sendo-lhes ainda outorgado o poder de mutuamente se relevarem de irregularidades em que às vezes por acaso incorressem. 

De ordinário utilizam os nossos Inquisidores cinco espécies de tormentos no decorrer da tortura. Como isso são coisas sabidas de toda a gente, não irei deter-me neste assunto. Podem consultar-se Paulo, Grilando, Locato, etc. Já que o Direito canônico não prevê particularmente este ou aquele suplício, poderão os Juízes servir-se daqueles que acharem mais aptos para conseguirem do Acusado a confissão dos seus crimes. Não se deve porém fazer uso de torturas inusitadas. Marsílio menciona quatorze espécies de tormentos: acaba por afirmar que imaginou ainda outros, como seja a privação de sono, também referida e aprovada por Grilando e Locato. Mas, se me é permitido dizer a minha opinião, isso é mais trabalho de carrascos do que tratado de Teólogos. 

É por certo um costume louvável aplicar a tortura aos criminosos, mas reprovo veementemente esses juízes sanguinários que, por quererem vangloriar-se, inventam tormentos de tal modo cruéis que os Acusados morrem durante a tortura ou acabam por perder alguns de seus membros. Também Antônio Gomes condena violentamente este procedimento. 

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, abril 30, 2004 INIMPUTÁVEIS

Espigão d'Oeste - Dois garimpeiros que trabalharam para os índios cintas-largas no garimpo de diamantes na reserva Roosevelt, em Roraima, confirmaram ontem o assassinato de uma menina de 12 anos por um cacique. Roberson Lugon de Souza, de 35 anos, conhecido como Pardal, disse que viu Ita Cinta-Larga estripar a garota ainda viva, porque pensou que ela havia engolido um diamante. 

"Chamávamos a menina de Garotinha. Ela estava sentindo cólicas, provavelmente por causa da água suja que bebíamos", contou. No dia em que seria levada à cidade, um dos índios se aproveitou de um descuido e escondeu uma pedra. Foi mais fácil acusar a menina. Ita Cinta-Larga foi até sua oca, pegou uma faca e abriu a menina. Não encontrou nada", disse Souza. 

O Estado de São Paulo, 30.04.04

GUSTAVINHO

Ontem Gustavinho não gostou do almoço. Gustavinho menininho de bons dentes e de estomago forte. Deixou de lado a comida e começou a comer pratos e talheres sob os olhares da família em transe. Comeu todos, menos uma faca feita de metal de serra fita. Acho que sobrou porque tinha gosto de graxa.

LEÃO BOB

“Se houver reencarnação só espero jamais ser uma hiena.” (Leão Bob)

LEÃO BOB

“Ontem devorei um canibal. Sujeitinho macio.” (Leão Bob)

CHICO MELANCIA

“Detesto o socialismo. Certa vez tive uma namorada que socializou a perereca.” (Chico Melancia)

CHICO MELANCIA

“Sempre fui péssimo em matemática. Para aprender a tal raiz quadrada quem ficava quadrado era eu.” (Chico Melancia)

NA SAVANA

Marcio estava caçando leões na savana africana. Separou-se do grupo, foi em frente sem temer o pior. Depois de caminhar por meia hora deu de cara com um leão de juba enorme, não mais que vinte metros dele. Preparou a arma e disparou ‘clack’ falhou. O leão quieto olhando para ele. Disparou de novo ‘clack’, nada. O peludo não se conteve, ficou de barriga para cima rindo debochadamente do caçador. Quando Marcio estava se preparando para correr o leão disse: Alto lá! Não vá embora antes de fazermos uma foto com sua cabeça dentro da minha boca! Marcio voltou ao Brasil antes dos companheiros. Segundo se soube veio a nado.

NORILSK

O pequeno solitário Wladimir de oito anos brincava na neve nos arredores de onde existiu um campo de trabalhos forçados à época de Stalin, em Norilsk. Ao mexer uma pequena pedra aconteceu um estrondo e o lampejo de um raio e milhões de gritos lamuriosos foram ouvidos, saídos da fenda que estava sob a pedra. Gritavam fome! Frio! Dor! Tortura! Queremos liberdade! O pequeno caiu para trás assustado. Enquanto Wladimir tentava entender o que estava acontecendo, os espíritos martirizados pelos comunistas naquele Gulag transformaram-se em pequenos pássaros azuis e saíram batendo asas libertas, felizes finalmente. Cada pássaro que saía da fenda deixava cair uma pena azul que aos poucos formou no branco da neve a frase “Jamais esqueçam quem cometeu essa ignomínia.” Wladimir não sabia porque, mas sentia-se feliz. Ergueu suas pequenas mãos e acenou para os pássaros, que fizeram um bailado em agradecimento e após seguiram para o infinito.

PLUTÃO

Há milhões de anos havia vida em Plutão. Não era o paraíso, mas melhorava a cada dia. Isso até chegar por lá um tal de Zé Dirceu. ..

NO DESERTO DO ATACAMA

Uma pequena e solitária árvore perdida no meio do deserto do Atacama.. No seu tronco uma inscrição que diz muito: “O PT esteve aqui.”

TED THOMPSON- BRIGA DE CASAL

Verão, céu azul, sol da tarde quase indo embora. Ted caminhava pela praia de Palmas tomando água de coco, admirando gaivotas, quando observou um casal que chamava a atenção dos presentes pelos gritos e sopapos que trocavam. Alguns estultos pediam mais violência. Ele foi para perto e pediu gentilmente que parassem, no que não foi atendido. Falou para eles que briga de casal deveria ser resolvida entre quatro paredes e não em público. Foi o que bastou para ser insultado. Como sempre acontece em suas encrencas, tolerância zero. O pau comeu para o casal. Com as mãos espalmadas bateu na face dos briguentos com vontade, deixou suas orelhas vermelhas, mais algumas rasteiras, tirou suas roupas, surrou as nádegas e os mandou para casa. Quando alguém disse que iria chamar a polícia por causa da surra Ted disse para ele: “Diga antes que quem está aqui é Ted Thompson, eles me conhecem e sabem de que lado estou”.

MIM

“Quando o sujeito se acha o mais honesto do país seja quem ele for, pode escrever aí: é puro lixo!” (Mim)

OS CÃES

Ouve um tempo na Grécia que os cães evoluíram, passaram a raciocinar, a ler, escrever e tomar consciência de si. O líder marcou um evento os seriam lançadas as bases na nova civilização baseada nos princípios caninos e não mais nos princípios humanos. A palavra de ordem era “Ossos sim, ração não!” O salão estava lotado, centenas e centenas de cães presentes ouvindo os grandes oradores dogsgrecos demonstrando como seria o novo mundo fruto das ideias guaipecanas. A danação do evento símbolo foi que dois gatos distraídos entraram no salão e aconteceu uma louca debandada de cães correndo atrás dos bichanos. Muitos morreram pisoteados, outros sufocados na ânsia de pegar os gatos. O líder olhou para um dos oradores e disse: “É, não estamos prontos à civilização.” Isso dito voltou a latir enquanto procurava um arbusto para urinar.

O TRABALHO DA MORTE

A morte saiu a trabalhar naquela tarde para escolher suas vítimas como sempre fez. Brancos ou negros, mulheres ou homens, crianças ou velhos. A morte escolhe, a morte executa. Não existe alerta à vítima, não diretamente. Numa esquina movimentada parou e ficou observando com atenção um homem de meia-idade que comia um churros. Apontou para seu coração e o homem sofreu um infarto fulminante. Apanhou um ônibus e foi para o outro lado da cidade. Desceu e entrou num velório. “É daqui que levarei o próximo, disse para si.” Mirou num jovem franzino amigo do defunto que ora se velava. Observou que o fígado do rapaz já estava em estado lastimável. Mexeu seus pauzinhos e o pobre caiu sobre o caixão; o quase morto e o defunto foram ao piso. Saiu da funerária e foi ao cinema. Sentou-se ao lado de um velhinho, soprou seu hálito funesto e o octogenário caiu sem dizer ai. A morte olhou para o relógio que marcava 18 horas. Não estava a fim de fazer horas extras. Ajeitou-se na poltrona e ficou no aguardo da próxima sessão.

MONTEIRO

Monteiro está sentado à beira do abismo. Suas pernas balançam no ar chutando bolas invisíveis. Não se encontra mais consigo mesmo, é o dia de maior desespero. Olha para suas mãos calejadas, suas unhas sujas de terra e grita silenciosamente se tudo que fez valeu a pena. Retira do bolso da camisa e relê o telegrama que trouxe a notícia da morte de seu filho único. O punhal é cravado de novo, mais fundo. Não suporta. Basta. Deixa seu corpo pesado cair no abismo em busca da leveza da vida sem dor.

MIM

“Eu tinha medo de ir ao quadro negro. O diabo é que minhas orelhas enormes me entregavam. O professor sempre me achava.” (Mim)

NONO AMBRÓSIO

“O dia não começa com o nascer do sol. O dia começa com uma carrada de comprimidos.” (Nono Ambrósio)

FAMÍLIA FÓSFORO

Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil. Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado. Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até mesmo os seus irmãos.