domingo, 7 de junho de 2015

Pat Condell - Anzol, linha e arrebatamento (Portuguese)

“Sim, sou um ignorante. Mas não me conformo.” (Mim)

“Pensar está se tornando um crime. Os socialist querem um país de vacca homines. Todos no pasto, comendo grama e mugindo.’ (Eriatlov)

“Quanto mais leio e estudo, menos o peso do mundo nas costa eu carrego.” (Filosofeno)

“Quando criança fui muito católico. Quando o pinto ficava duro eu ia rezar.” (Mim)

“Nunca fui bonito, só menos feio.” (Assombração)

“Seria mais fácil ser diferente, mas minha mente não aceita. Sou um ateu convicto.” (Mim)

“Entre o Del Nero e o Capeta eu fico com o capeta.” (Mim)

“Não quero facilidades. Até ir para o inferno me serve, mas ir por conta própria.” (Mim)

GOVERNO JÁ TORROU R$ 14 MILHÕES COM CARTÕES

Nem parece que o País vive uma grave crise na economia: nos quatro primeiros meses do ano, o governo Dilma conseguiu gastar R$ 14,3 milhões com os cartões de pagamento, os “cartões corporativos”. Apesar do exagero e dos sinais de farra, o Palácio do Planalto se recusa a informar como gastou todo esse dinheiro, alegando “garantia da segurança da sociedade e do Estado”. Ou seja, da própria Dilma.
CH

FACÇÃO LULISTA PRESSIONA CONTRA AJUSTES DE LEVY

A numerosa facção lulista trabalha para apresentar no 5o Congresso do PT, agora em junho, documento de repúdio à política econômica de Dilma. Com anuência de Lula, os torpedos atingem em cheio o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e é um aceno aos sindicalistas. Lula gosta cada vez mais da ideia de candidatar-se em 2018. A pelegada se reuniu com Lula, no fim de mês, e desceu a borduna em Levy.

Cláudio Humberto

DIÁRIO DOS ESCROTOS- Blatter combinou suborno de US$ 10 milhões com África do Sul, diz jorna



O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o então presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, trocaram e-mails em 2007 negociando o pagamento de US$ 10 milhões de dólares, valor que seria depois repassado a dirigentes como suborno pelo apoio à candidatura sul-africana pela Copa do Mundo de 2010. É o que afirma o jornal sul-africano Sunday Times, neste domingo, garantindo que teve acesso a tais e-mails, ainda que não os tenha publicado na íntegra.

De acordo com o jornal, um e-mail foi enviado pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao governo da África do Sul, perguntando quando seria feita a transferência dos 10 milhões de dólares combinados. O francês teria escrito que a cifra tinha como base "as discussões entre a Fifa e o governo sul-africano, e também entre o nosso presidente (Blatter) e o presidente Thabo Mbeki".

A denúncia corrobora uma reportagem apresentada pela BBC neste domingo. A emissora britânica mostrou que o então vice-presidente da Fifa Jack Warner usou cerca de US$ 10 milhões doados pela África do Sul para fins pessoais. Oficialmente, tanto o governo sul-africano como a Fifa insistem que o dinheiro fazia parte de um fundo para o desenvolvimento no Caribe.

O FBI aponta que o dinheiro seria mais uma prova da compra de votos para sediar a Copa do Mundo. Documentos mostrados na reportagem da BBC revelaram que a Fifa sabia de tudo, ainda que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, insista que quem liberou o dinheiro foi Julio Grondona, outro vice-presidente, morto no ano passado.

Segundo o FBI, existem indícios de que o dinheiro de fato seria uma propina, em troca do voto de Warner para a África do Sul. O governo sul-africano concorria contra o Egito e Marrocos.

(com Estadão Conteúdo)

Nicolás Maburro é doente da cabeça. É UM BURNÓICO (burro e paranóico. ) E quem o apoia? Bem, ainda não encontrei para eles um adjetivo na medida.

AÉCIO DECIDE PEITAR MADURO EM PLENA CARACAS PARA APOIAR PRESOS POLÍTICOS DA VENEZUELA

O senador Aécio Neves decidiu liderar uma comissão externa do Senado que desembarcará em Caracas no dia 17 para verificar a situação dos opositores do regime autoritário de Nicolás Maduro presos desde o ano passado. Aécio comunicou a ida a Lilian Tintori, mulher de Leopoldo Lopez, que está em greve de fome: - Vamos suprir a omissão vergonhosa do governo da presidente Dilma diante da escalada autoritária na Venezuela. A escalada autoritária de Maduro tem contado com o apoio ou a benevolência do governo Dilma, alinhada ideologicamente com o candidato a ditador da Venezuela.

Do blog do Políbio Braga

FOLHA REVELA QUE DIRETOR PETISTA DA PETROBRÁS COMPROU 11 IMÓVEIS NO RIO E SP (R$ 11,6 MILHÕES)

Uma empresa ligada ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que está preso no âmbito da Operação Lava Jato, comprou 11 imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo no valor de R$ 11,6 milhões, revelou a Folha de S. Paulo. A firma, chamada Hayley, é registrada no Uruguai e tem o controle atribuído a Duque. A Polícia Federal encontrou três indícios que ligam a empresa a Duque; o delator Julio Camargo relatou ter feito depósitos de US$ 1 milhão numa conta da Hayley na Suíça para Renato Duque.

O atestado de autenticidade de uma das telas do ex-diretor, comprada por R$ 400 mil, estava no nome da empresa. Duque ocupou um escritório no Rio, no nome da Hayley, durante 11 meses, sem pagar aluguel. Duque está preso desde março acusado de ter enviado 18,7 milhões de euros da Suíça para Mônaco no final do ano passado, com o objetivo de tentar evitar o sequestro do dinheiro, que acabou sendo bloqueado. O advogado de Renato Duque, Alexandre Lopes, defende que seu cliente não tem relação com a Hayley nem com o patrimônio da empresa.

Do Blog do Políbio Braga

Maioridade penal e superlotação carcerária: a contradição da esquerda


Maioridade penal e superlotação carcerária: a contradição da esquerda

Para a esquerda, são crianças na hora que matam, e adultos quando votam no PT…
De volta ao assunto maioridade penal, até porque ele será frequente até ser votado no Congresso, gostaria de chamar a atenção para uma contradição gritante da esquerda, que curiosamente tem passado despercebida. Trata-se dos argumentos simultâneos de que a redução da maioridade penal não vai resolver nada, pois os adolescentes representam apenas 1% do total de criminosos (mentira que já foi refutada aqui por Leandro Narloch), e que ela vai agravar o quadro da superlotação carcerária. Em sua coluna de hoje, Luiz Garcia afirma exatamente isso:
A Câmara dos Deputados está se preparando para aprovar um projeto de lei que reduz a maioridade penal. Para quem não entendeu, isso significa declarar adultos os jovens com 16 anos. Hoje, isso acontece aos 18 anos.
O projeto atende — melhor dizendo, pretende atender — a uma preocupação da opinião pública com os índices de violência no país. No Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff está procurando enfrentar o problema de outra maneira. Ela acredita que a solução é diferente: o certo seria endurecer a legislação, criando uma lei que castigue severamente adultos que corrompem menores.
Lamento informar ao pessoal da arquibancada que, na minha modesta opinião, ela está certa, e os deputados estão no caminho errado. Estender o número de jovens considerados adultos aumentaria consideravelmente, e bota consideravelmente nisso, um grave problema enfrentado há anos, sem sucesso conhecido, pelo nosso sistema penal: a superlotação das penitenciárias no país inteiro. Acrescentar nas celas o número de adultos — supostos adultos, não vamos esquecer — esbarra num pesadelo nacional. E a solução de Dilma parece ser mais sensata: ataca o problema na raiz e não nas suas consequências.
Há uma clara contradição no discurso da esquerda. Ou os casos de adolescentes criminosos são poucos, quase insignificantes, ou são muitos, a ponto de representarem uma grande ameaça ao já excessivo contingente de presos nas cadeias brasileiras. Não dá para usar os dois argumentos juntos, pois um derruba o outro. Infelizmente, a esquerda nunca ligou muito para suas infindáveis contradições, e por isso continua sendo esquerda.
O que Luiz Garcia está afirmando é que os adolescentes criminosos são muitos, tantos que o problema da superlotação seria bastante agravado com a redução da maioridade penal. Ou seja, o jornalista está dizendo que todos esses bandidos menores de idade não devem ser presos, mesmo representando enorme quantidade de crimes, pois não há espaço para eles nas prisões. Mas as contradições da esquerda não param por aí.
Por exemplo: o autor foca duas vezes nesse curto espaço na questão do jovem de 16 ser tratado como adulto por aqueles que clamam pela redução da maioridade penal. Mas a mesma esquerda sempre defendeu que o jovem de 16 fosse tratado como adulto na hora de votar! Ou seja: um rapaz de 16 anos é visto como responsável na hora de escolher o governante (talvez porque seja mais fácil iludir com populismo e demagogia os mais novos), mas depois é visto como pobre criança inimputável quando coloca as tripas de sua vítima para fora com sua faca. Faz sentido? Claro que não.
Por fim, se o problema é mesmo a superlotação dos presídios, a solução jamais deveria ser soltar marginais e assassinos, e sim construir mais presídios. Elementar, meu caro Watson. Como cheguei a “brincar” aqui, deveríamos construir mais prisões, mesmo que isso significasse menos escolas. Até porque são dessas nossas escolas públicas que vem esse tipo de gente de esquerda, que não liga para as próprias contradições tão escancaradas…
Rodrigo Constantino

Colaboracionismo: o antissemitismo por covardia e interesses comerciais


Colaboracionismo: o antissemitismo por covardia e interesses comerciais

Israelenses colocaram a bandeira do país em cima do logo da empresa francesa. Fonte: GLOBO
A decisão da semiestatal francesa de telefonia Orange de suspender suas operações em Israel o mais cedo possível — e a afirmação de seu CEO de que o grupo quer ser um “parceiro de confiança de todos os países árabes” —causou fúria no governo israelense, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu definindo a decisão como “infeliz”. O imbróglio diplomático tem como pano de fundo o temor em Israel das consequências de um possível recrudescimento da campanha global chamada Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) — que visa a isolar o país economicamente para pressioná-lo a negociar a criação de um Estado palestino e se retirar dos territórios ocupados.
O anúncio da intenção da Orange, uma das principais empresas globais da França, de sair de Israel foi feito no Cairo pelo CEO da empresa, Stephane Richard. A Orange encerraria sua parceria com a Partner Communications, uma operadora de telefonia israelense que usa sua marca, mas não sua infraestrutura.
— Eu sei que esse é um tema sensível aqui no Egito… Nós queremos ser um dos parceiros de confiança de todos os países árabes — disse Richard.
A pressão econômica exercita pelo mundo árabe contra Israel não é novidade, e representa um grande risco à nação judaica. Mas tem sido vista cada vez mais como a arma mais poderosa para destruir Israel. A lógica é simples: de um lado há vários países ricos e poderosos (graças ao petróleo), dominados por regimes islâmicos opressores que enxergam Israel como o inimigo a ser destruído; do outro, um pequeno país com cerca de 8 milhões de habitantes, bastante próspero apesar da falta de petróleo, mas com uma riqueza insignificante em termos absolutos quando comparada ao imenso mundo dos países muçulmanos.
Como ninguém quer perder a chance de fazer comércio com esses países todos, acaba-se muitas vezes cedendo à pressão de seus líderes e colaborando com o boicote a Israel. O colaboracionismo, aliás, é conhecido na Europa, e na França em especial, durante o nazismo. O Regime de Vichy foi um fantoche dos nazistas, agindo como máquina militar contra os próprios franceses judeus. Milhares foram mortos, e a ferida nunca cicatrizou bem, com razão.
Por isso é temerário ver esse tipo de pressão funcionando, com empresas francesas saindo de Israel para agradar os regimes islâmicos. Acabei de ler essa semana Submissão, de Michel Houellebecq, e pretendo escrever uma resenha em breve. Mas aqui adianto apenas que essa postura colaboracionista está no epicentro do avanço islâmico no Ocidente. O narrador da história, que se passa em 2022 em Paris, reconhece que muitos ainda resistiam: “dobrar-se à autoridade do novo regime saudita era considerado por muitos como um ato meio vergonhoso, um ato por assim dizer de colaboração“.
O termo grifado não é em vão: remete ao vergonhoso Regime de Vichy. Mas, como o autor imagina em sua ficção, a vergonha era compensada pela quantidade de adeptos, reunidos sempre em grupo para parecerem mais numerosos, o que dava a eles mais “coragem”. Se todos estão colaborando, então não é algo tão ruim assim, não é mesmo? E com essa desculpa a barbárie e a injustiça são nutridas por “inocentes”, cúmplices na verdade.
Será que uma empresa precisa romper com Israel para ser de “confiança” dos países árabes? Por que não pode ser livre para praticar comércio com todos? Isso já não diz muito sobre esses países árabes, sobre sua intolerância, seus métodos condenáveis, seu antissemitismo? Claro que ele virá disfarçado sempre de luta contra as injustiças de Israel, mas basta ter um pingo de isenção e honestidade intelectual para saber que, no fundo, não é nada disso. Israel é o capeta e o Irã é aceitável? Israel é o demônio e a Arábia Saudita é um bom exemplo? Uma piada!
Espero que a Europa não se curve diante da pressão e dos petrodólares dos muçulmanos. Seria a morte de seus princípios fundadores, da busca por liberdade e justiça, da tolerância, dos valores mais caros ao Ocidente, que fazem dele o relativo sucesso entre as diferentes culturas modernas. Se o mundo ocidental virar suas costas a Israel, por medo ou interesse, será sua sentença de morte, coroando com infâmia uma decadência que já não vem de hoje. Que o bom senso e o juízo ainda possam prevalecer!
Rodrigo Constantino

A origem do problema: um estado pantagruélico


A origem do problema: um estado pantagruélico

O estado brasileiro é obeso
Já escrevi alguns textos, como esse, alegando que é absurdo focar nas empreiteiras como corruptoras e ignorar o cerne da questão, que é o estado obeso e corrupto, tomado por uma quadrilha. Infelizmente, não são poucos os que ainda dirigem sua revolta aos empresários ladrões, deixando em segundo plano os políticos, os que criaram a situação toda.
Alguns leitores chegaram a apontar para o escândalo da Fifa para mostrar que também há corrupção na iniciativa privada, ignorando que os negócios bilionários da Fifa são sempre com governos do outro lado. A origem do problema está invariavelmente no estado, principalmente no estado obeso.
Em sua coluna de hoje na Folha, Reinaldo Azevedo afirma exatamente isso, mostrando como adoramos insistir nos mesmos erros, sem nunca aprender com eles. Reinaldo mostra como o estado bandido acaba sempre absolvido pela população, que clama por mais estado para resolver os males criados por ele mesmo. Diz meu vizinho virtual:
Esses príncipes da roubalheira que infelicitam o Brasil encontram na estrutura do Estado as condições necessárias, mas ainda não suficientes, para exercer o seu ofício.
É preciso também que se respire uma esfera estatista, uma cultura do ódio à iniciativa privada, à empresa e ao lucro. Dados esses elementos, pronto! Esse país poderá continuar deitado eternamente em berço esplêndido. Seu apogeu coincidirá com a mediocridade.
No médio e no longo prazos, pior que o petrolão é o crime intelectual e moral que se está cometendo no Brasil. E a gama de culpados, nesse caso, é gigantesca, a começar da imprensa. Caímos no conto do vigário de que a Petrobras foi vítima de uma quadrilha e que não integra, ela própria, o grupo de malfeitores.
Sofremos, segundo Reinaldo, de uma “dependência mental do estatismo”, que traz sérios riscos ao país. Não poderia concordar mais, e tenho batido sempre que possível nessa tecla: o mal do Brasil, seu verdadeiro câncer, é a mentalidade estatizante, que olha para o estado como um Messias salvador da pátria. Por isso é tão importante o livro que acaba de ser lançado por Bruno Garschagen, explicando por que temos que parar de acreditar no governo como a resposta para tudo. Esse é “o” problema do Brasil.
Como exemplo temos a proposta “mágica” para acabar com a corrupção: impedir o financiamento das empresas para as campanhas eleitorais. É muita ingenuidade mesmo. É olhar a árvore e não enxergar a floresta. É sempre absolver o grande vilão da história, o estado obeso, intervencionista, poderoso demais em áreas que fogem de suas funções básicas. Reinaldo desabafa: “Não por acaso, essa é a proposta do PT, partido que mais arrecada e que é protagonista do petrolão. Segundo essa tese, políticos ladrões são apenas homens bons, que caíram em tentação, à espera de financiamento público. Lixo!”
Quem não tem sua parcela de culpa aliviada no julgamento do jornalista é a própria imprensa, sempre pronta para ser conivente com esse diagnóstico equivocado que isenta o estado de responsabilidade. Um exemplo citado pelo autor foi a reação da imprensa diante das propostas de maior controle das estatais pelo Congresso, dificultando de alguma forma sua captura e uso político. As propostas de Renan Calheiros e Eduardo Cunha foram recebidas “ou com frieza burocrática ou pelo viés da guerrilha particular promovida contra Dilma pela dupla de peemedebistas e pela oposição -como se ela não fosse só o que passa, e o Estado pantagruélico, o que fica”.
Eis o ponto-chave aqui: é esse estado pantagruélico que precisa ser combatido. É ele que permite tanto abuso quando uma quadrilha disfarçada de partido chega ao poder. É ele que representa um instrumento tentador e quase irresistível aos corruptos e corruptíveis, pois o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente, como sabia Lord Acton. Mas quem coloca como prioridade esse problema, à exceção dos poucos, ainda que crescentes, liberais? A discussão quase não se faz presente na imprensa. Discutimos o supérfluo e deixamos de lado o essencial.
“Não sairemos facilmente da lama”, conclui em tom sombrio, ainda que realista, Reinaldo Azevedo. De fato, não sairemos facilmente da lama, enquanto boa parte da população brasileira atacar apenas os sintomas dos problemas, sem jamais mergulhar em suas causas, suas raízes, suas origens. Parafraseando com adaptações o marqueteiro de Bill Clinton, eu diria: É o tamanho do estado, estúpido!
Rodrigo Constantino

‘Vive bem quem padrinho tem’ e outras cinco notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
Roberto Amaral, que ficou famoso quando por algum motivo quis construir uma bomba atômica brasileira, ganhou prestígio de verdade quando tentou impedir que seu partido, o PSB de Eduardo Campos, deixasse de seguir automaticamente o PT (e, após a morte de Campos, trabalhou contra a candidata do partido, Marina Silva). Prestígio tem valor: Dilma nomeou Roberto Amaral para o Conselho da Itaipu Binacional, com R$ 20.804,13 mensais para participar no máximo de uma reunião por mês, e olhe lá, se não cair no feriado, e mandato de quatro anos (a propósito, além da diretoria, há doze conselheiros, todos com esse salário — dá para entender parte do alto custo da energia, não é?)
Dilma nomeou ainda outro adepto: Maurício Requião de Mello e Silva, filho do senador e ex-governador Roberto Requião. Roberto Requião é do PMDB, mas da ala petista do partido; e está, ao gosto de Dilma, cada vez mais bolivariano, dos que levam Maduro a sério. Roberto Amaral e Maurício Requião têm algo mais em comum, além da ligação com o petismo: entendem de eletricidade. Sabem o suficiente para acender e apagar a luz de casa.
Mas deixemos os ricos de lado e falemos dos pobres. O primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, anunciou que todos os ministros britânicos terão salários congelados por mais cinco anos, como medida de economia. O congelamento vem desde 2010. E — fora daqui isso acontece! — o Governo britânico anunciou que cortará seus gastos em US$ 40 bilhões nos próximos dois anos.
Ói eles, ói nósOs britânicos cortam os gastos do Governo, os brasileiros têm de pagar caro para manter o conforto de quem vive às suas custas. E ainda pagam muito pelos serviços que os britânicos recebem em troca de seus impostos. Assistência médica, por exemplo: quem não quiser desfrutar da “saúde quase perfeita” que, segundo Lula, é proporcionada pelo SUS, será esfolado no próximo aumento das mensalidades do seguro-saúde.
Os preços vão subir mais de 13%, superando com facilidade os aumentos de salário de qualquer categoria profissional. E esta supercobrança será feita com autorização do Governo Federal. É a união entre um Governo insensível e empresários gananciosos contra as vítimas de sempre.
Quem acertou a FifaLoretta Lynch, guarde este nome: foi ela, a primeira mulher negra a ocupar a Secretaria de Justiça dos Estados Unidos, que coordenou a operação em que foram presos oito dirigentes da Fifa, inclusive José Maria Marin.
Loretta, já antes de ser nomeada secretária, chefiava as investigações. É filha de um pastor protestante, formada em Direito em Harvard. Frase sua, pouco antes da operação na Suíça: “Ninguém é grande demais para a cadeia. Ninguém está acima da lei”.
Nas trevas faz-se a cara luzUma estranhíssima parceria público-privada está sendo montada pela Prefeitura de São Paulo: por ela, empresas privadas ganharão o direito de reformular toda a iluminação pública paulistana, sem investir um só centavo (a parte dos investimentos é bancada pela Prefeitura, com o dinheiro dos cidadãos arrecadado via Cosip, Contribuição sobre Iluminação Pública).
E qual a parte da empresa privada? A dura tarefa de receber os lucros por no mínimo 20 anos, prorrogáveis. Tudo feito da maneira mais discreta e menos transparente possível. Uma representação foi entregue ao Tribunal de Contas do Município, em que o prefeito Fernando Haddad tem maioria, na quinta, 28 de maio. Ali se alegou que na semana seguinte não haveria a reunião semanal de quarta-feira, porque a quinta seria feriado — e um feriado, na laboriosa Prefeitura petista de Haddad, rende folga a semana inteira. Na outra semana também não haveria reunião, talvez por ser cansativo trabalhar no sexto dia após o feriado, ninguém é de ferro. A PPP deve abrir os editais no dia 23 próximo.
Penumbra? Não: trevas. Transparência zero.
Racismo universitárioÉ inacreditável — e este colunista não teria acreditado se não visse o ofício da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, assinado pelo pró-reitor José Fernando Schlosser. Schlosser determina que os programas de pós-graduação da Universidade — pública, paga com nosso dinheiro — informem se há alunos e professores que tenham vínculos com Israel ou israelenses.
Este colunista, por exemplo, os tem: é amigo de Sônia Bargh e Yehudit Sirotsky, ambas israelenses e moradoras em Israel. É amigo também de James Akel, descendente de palestinos árabes cristãos de Haifa. E tem boas relações com o muçulmano xiita iraniano Kia Joorabchian. E daí? O jornalista gaúcho Luís Milman, até há pouco tempo membro do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, já representou ao Ministério Público contra a atitude das Magnificências da universidade.
E a grande imprensa, as comissões de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul e espalhadas pelo país, quando irão se manifestar contra esse tipo de atitude suja?
Luvas de pelicaEngana-se quem diz que, no caso Pizzolatto, a Itália não quis dar o troco à atitude brasileira de negar a extradição de Césare Battisti. A Itália está dando o troco, sim. Henrique Pizzolatto, no Brasil, pode ter vontade de contar tudo.

Segurem as carteiras: lá vem plano nacional

O ministro Joaquim Levy disse que o governo vai lançar em maio um grande plano nacional de infraestrutura, e que só é preciso encontrar mecanismos de financiamento. Quando ouve falar em plano nacional de qualquer coisa, O Antagonista segura a carteira.

O Antagonista

José Dirceu no Estadão (3)



José Dirceu, segundo o Estadão, está reclamando de falta de dinheiro. Tudo o que acumulou estaria indo para advogados. Ele viveria atualmente com os 4 mil reais mensais que recebe do escritório de advocacia onde dá expediente, mais os 12 mil reais de salário da JD Consultoria, que está para fechar.

Tradução: como está mais difícil mexer na mufunfa que amealhou, porque todos estão de olho, José Dirceu quer dinheiro dos esquemas de Lula.

O Antagonista

José Dirceu no Estadão (2)

José Dirceu reclama da covardia de Lula, diz que o ex-presidente queria controlá-lo quando ele voltou à direção do PT, mas nada de implicar Lula no mensalão. Ele também "disse a amigos" que o ex-presidente não participou da compra de votos no Congresso. Tradução: eu seguro a sua onda, Lula, e prometo segurar, mas você precisa me ajudar nessa história da Lava Jato. De fato, José Dirceu está com medo de ser preso: "Querem me condenar ou me colocar outra vez na cadeia. Imagine o estardalhaço."

O Antagonista

José Dirceu no Estadão (1)

O Estadão publicou uma reportagem sobre o estado de ânimo de José Dirceu. É uma forma habitual de o ex-ministro passar recados e posar de vítima. Na reportagem, José Dirceu "disse a amigos" o seguinte: "De que serve toda a covardia que o Lula e a Dilma fizeram na ação penal 470 (mensalão) e estão repetindo na Lava Jato? Agora estamos todos no mesmo barco, eu, o Lula, a Dilma." Tradução: José Dirceu está magoadinho. Ameaça? Nem tanto, como se verá.

O Antagonista

“Tenho um primo religioso que sempre foi alcoólatra. Tornou-se padre na verdade para beber vinho de graça.” (Climério)

“O verdadeiro Deus para muitos líderes religiosos é depositado em bancos.” (Mim)

“Não saio com mulher magra. Vá que eu tropece, caia em cima e cometa um obesicídio.” (Fofucho)

“Não sei. Mas acho que estão mumificando Fidel.” (Cubaninho)

“Em Cuba só engorda porco comunista. Porquinho que não é do partido morre de inanição.” (Cubaninho)

Em péssimo estado

Casa que Mantega deixou a Levy deixou precisa de reformas, como a economia
Casa que Mantega deixou a Levy precisa de reformas, como a economia
Joaquim Levy é um dos ministros que, ao lado de Aloizio Mercadante, têm direito a residência oficial.
Mas Levy não está morando na casa que seus antecessores habitaram. Preferiu um flat.
A casa ocupada por Guido Mantega até dezembro está caindo aos pedaços – exatamente como a economia que Mantega legou aos brasileiros.
Por Lauro Jardim

COMPLICADA ESTÁ A VIDA DOS MUÇUNS PADRÃO FIFA- Rússia e Catar podem perder Copa do Mundo, admite auditor da Fifa

"Comecei a contar os meus piores defeitos e me faltaram dedos." (Mim)