quinta-feira, 12 de outubro de 2017

MALFEITORES


Há malfeitores de toda ordem que transitam no mundo para prejudicar os outros e tentar viver a boa vida, embora às vezes percam anos da existência nos Spas dos governos. O caso é que na Rua das Américas mora a família dos Ribas Salustianos, larápios desde o ventre da santa mãe, onde irmãos gêmeos se roubavam entre si; dito então que ladrões do qual nada escapa, pavor de vizinhos e mesmo de alguns parentes. Pois conto que o vaga-lume Teodoro foi passear no quintal dos tais na tarefa de embelezar mais o mundo  junto da lua e das estrelas, porém teve o desprazer de sair de lá sem a sua lanterna na bunda. Os Ribas Salustianos são elementos da ralé e não perdoam nem mesmo bunda de vaga-lume. Barbaridade!

O PINTINHO DOUGLAS


O pintinho Douglas saiu do ovo e foi direto ao PROCON. Segundo ele os pais haviam prometido para ele uma existência como cisne, não como um reles pinto. Douglas não desejava viver como um comum, pois queria ser admirado como cisne. Cisne!!! Porém na instituição não teve como provar tal promessa, faltaram testemunhas, e foi então obrigado a viver como pinto. Pinto murcho, por sinal.

CORONEL OLIVEIRO


Oito horas da manhã. O suicida subiu na torre da igreja e de lá ameaçava se jogar. O povo foi chegando, se aglomerando e comentando. Uns diziam “se jogue!” outros gritavam “Não faça isso!” O tempo foi passando e que diante da grande dificuldade ninguém conseguia subir na torre para tirar o homem. Havia risco para os policiais. Onze e meia da manhã e o homem por um fio, agarrado nos braços de Santo Antônio. O Coronel Oliveiro ia passando e foi saber a causa da balbúrdia. Inteirado dos fatos, sacou do revólver e derrubou o potencial suicida, que a chumbo foi para o outro lado. Coronel Oliveiro olhou o corpo estirado na calçada e disse- “Aí está um homem que conseguiu o que queria. Queria morrer, pois está morto!” E foi para o almoço, pois a barriga já estava roncando.

A PORCA E O PARAFUSO


PARAFUSO-Estive no Bar do Zé. O papo que rola por lá é que tu estás dando mole para um alicate novo na praça. Todos sabem que te adoro e aí zombam de mim.
PORCA-Tu estás é doido! Bem sabes que quem me aperta além de tu é somente a chave de boca que é lésbica.
PARAFUSO-Estou desconfiado, andas com muito desgaste nas beiradas.
PORCA-Basta! Faço minhas malas e volto pra casa de mamãe. Onde está o respeito?
PARAFUSO-Não me engana, nunca foste santa. Lembre-se da história do imã nosso vizinho que te deu uns amassos?
PORCA- Eu era jovem, coisa do passado, melhor esquecer.
PARAFUSO-Passado sim, mas quem carrega os chifres até hoje sou eu.
PORCA-Quer saber? Irei dar uma volta por aí, quem sabe eu encontre mesmo esse novo alicate bonitão dando sopa por aí.
Dito isso saiu arrumou-se e saiu porta afora. O parafuso doente de paixão jogou-se dentro de um tambor de óleo.

AVÓ NOVELEIRA

“Problema mental ocorre com quem usa e abusa de balas de menta?”

AVÓ NOVELEIRA


“No meu tempo de moça não tinha magnésia para passar no pão. Nosso café tinha pão com banha nos dois lados.”

AS COBRAS


A cobra macho Sspy entrou na casa para curtir uma sombra e deu de cara com uma cobra de areia colorida que cobria o vão inferior da porta. Ainda não muito experiente nas coisas mundanas de amores e agarramentos, ficou vidrado na arenosa e não mais saiu de perto até ser morta a pauladas pelo dono da casa que desejava apenas enxotá-la, porém não teve outro jeito. Morreu no piso frio da despensa com os olhinhos cheios de paixão, sabendo da pior maneira possível que toda paixão é mortal.

“É na Rede Globo que brotam os maiores bobos.” (Climério)

“Fui casado com mulheres lindas. No meu cafofo, feio só eu.” (Climério)

“Hoje acordei com Jesus no coração e com o diabo no couro.” (Mim)

“Eu e deus não nos conhecemos. Nem vamos.” (Mim)

“Dizem os consoladores que deus chama os bons. Pode ser, mas a lista dos bem ruinzinhos que ele já chamou é de encher caixotes.” (Mim)

“A mulher de Cézar tem que parecer honesta mesmo mostrando as nádegas.” (Mim)

“Com bicho ou sem bicho o pensar de um homem maduro é fruto de suas experiências.” (Pócrates)

“As mães protegem os filhos mais fracos. Na minha família sou considerado o mais forte. Por isso tomei tunda até de taco de beisebol.” (Climério)

“Antes um andarilho solitário que compadre de um crápula.” (Mim)