quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O rabo e o cachorro-Por Alexandre Garcia

O Supremo ainda discute aquilo que para o cidadão normal seria o óbvio: se alguém é condenado por um juiz e recorre ao tribunal e o tribunal confirma a condenação, não há o que discutir - tem que começar a cumprir a pena, ainda que recorra a um tribunal superior. Dizer que alguém somente fica obrigado a cumprir uma decisão judicial depois do trânsito em julgado, isto é, depois de todos os recursos no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal significa imaginar que a sentença não será cumprida. Suponha um credor esperar um tempo sem prazo para reaver seus recursos. É ameaça de falência. Multiplique-se isso e temos uma economia brasileira inviável. Imagine isso na esfera penal. Torna-se sinônimo de impunidade para quem dispõe de defesa para fazer embargos e recursos até o fim dos tempos.

O sistema penal existe para apurar, com todas as garantias de defesa aos acusados ou suspeitos. Ficando provado o delito ou autoria, a lei penal manda punir, como é óbvio. Mas no “trânsito em julgado” fica difícil punir, com a interminável possibilidade de protelações desde que o condenado disponha de um bom time de advogados. O Supremo tem 11 ministros. Se tivesse 110 não dariam conta de julgar a cachoeira de recursos que chegam todos os dias. Pode levar décadas até a linha de chegada do “trânsito em julgado”. Em meio a essa lentidão de congestionamento, a questão que mais chega ao destino é a prescrição. Passou o tempo, morreu a ação, tanto quanto a vítima ou o credor.

Num sistema sadio, a Justiça tem duas instâncias: a de um juiz singular e a de um colegiado revisor. Revisou, pronto. Acabou. Se não acaba nunca, não há justiça. Pode haver moções específicas quanto a violações da Constituição, que não são recursos do caso em si, mas pedidos para um tribunal constitucional alegando inconstitucionalidade da decisão judicial que terminou em segundo grau com o cumprimento da sentença. Isso é distorcido neste país tropical, para aproveitar infinitas protelações que negam o sistema penal e implantam a impunidade. Bancas de advocacia ficam riquíssimas graças a isso. E acaba gerando reação no sentido oposto. Aí é a punição sem passar por tribunal, num Brasil que tem até pena de morte. Ou gera fúria punitiva contra a impunidade a qualquer preço, que também peca pelo exagero entre promotores e juízes. Qualquer “ouvi dizer” vira testemunho de crime.

Aí, sob uma mesma lei, um juiz do Supremo afasta um Senador de seu mandato e outro juiz do Supremo o recoloca, como se a Constituição não estabelecesse que só quem tira mandato é o plenário da Casa ou a condenação. Sob uma mesma lei, um colaborador premiado fica preso, como Marcelo Odebrecht e outro ganha alforria novaiorquina, como Joesley. O ministro Gilmar Mendes disse que “o Supremo precisa ter um encontro com essas prisões sem prazo... antecipando pena e forçando delações premiadas”. Agora se choca com o juiz federal Marcelo Bretas, que por duas vezes mandou prender empresários cariocas de ônibus e Gilmar por duas vezes mandou soltar. Quando o Ministério Público arguiu sua suspeição no caso, Gilmar argumentou que se isso acontecer, “o rabo abana o cachorro”. Nesta semana, juízes e procuradores promovem ato de desagravo ao juiz Bretas. Inveja do moleiro vizinho de Frederico II, que confiava nos juízes de Berlim.

A Jabuticaba- Por Alexandre Garcia

Conta-se que jabuticaba só dá no Brasil. Por isso, quando se inventou uma tomada que só serve para o Brasil, ganhou logo o apelido de jabuticaba. Mas há outras frutas que são alienígenas, mas recebem por aqui um enxerto que as converte em algo que só dá no Brasil. Agora mesmo se discute no Congresso Nacional uma reforma política que importa sistemas eleitorais e de governo. Existe, pelo mundo, um sistema de eleição de representantes no parlamento, chamado voto distrital. Pois, por baixo das cúpulas da Câmara e do Senado, o distrital estrangeiro já recebeu um maiúsculo nome nacional Distritão. Jabuticabou-se.

Muitos políticos também gostaram do sistema parlamentar de governo, que dá certo em monarquia, como a inglesa; ou em república, como a francesa, italiana, alemã. Pois já querem importar o sistema parlamentar de governo, não sem antes perguntar ao povo, num plebiscito. Embora desinformada repórter de rádio tenha dito ontem que seria um “teste do parlamentarismo”, já tivemos esse regime por longo tempo, na monarquia, no reinado de Pedro II, e na presidência de João Goulart, no início dos anos 60. Esse último fora implantado sem perguntar ao povo, como solução-jabuticaba para uma crise em que militares não queriam a posse do vice Goulart ante a renúncia do presidente Jânio Quadros. Em 1963 resolveram perguntar, num plebiscito, se era isso que o povo queria e deu 82% contra o sistema parlamentar. Em 1993 perguntaram de novo e deu 69% optando de novo pelo nosso sistema presidencial. Agora querem perguntar outra vez em 2020. A cada 30 anos perguntam se é isso mesmo que a gente quer. Não entenderam que qualquer sistema é bom se os operadores do sistema forem honestos, capazes e comprometidos com o país.

Também importamos, dos Estados Unidos e da Itália, a colaboração premiada à Justiça. Mais uma vez a novidade estrangeira foi adaptada às condições tropicais. Vejam um caso típico. O delator omite informações e depois é chamado para complementá-las quando se descobre a omissão. Não incorre em falso testemunho nem perde o prêmio, que pode ser uma redução de pena, uma prisão domiciliar, ou uma imunidade penal com Nova Iorque. Uma jabuticaba madura e de casca brilhante. Apetitosa.

Importamos ideias progressistas e as aplicamos na legislação penal. Enxertamos a gostosa fruta brasileira, e lá temos o garoto de 15 anos que esfaqueou semana passada a jornalista em Brasília, a dizer que naquele dia havia saído para matar alguém. E fez sua quinta passagem pela Delegacia da Criança e do Adolescente, tranquilo e sabedor que ainda vai assaltar e matar mais. Dona Suzane von Richthofen, que matou o pai e a mãe, ganha folga na prisão para festejar o Dia dos Pais e o Dia das Mães. O bandido está cheio de direitos e o cidadão normal está sem os direitos básicos de paz, de vida, de ir-e-vir, de propriedade. Nesse jabuticabal, acabaremos ficando com o caroço.

REINCIDE QUEM ESTÁ SOLTO por Miguel Lucena. Artigo publicado em 23.08.2017



O índice de reincidência criminal é de 70%, e esse dado leva criminólogos à conclusão de que a pena de reclusão está falida, não resolve o problema. A saída é investir em penas alternativas.

Quem presencia os discursos tem a impressão de que as cadeias estão abarrotadas de pessoas que cometeram delitos sem violência, como furto, estelionato, fraudes diversas, apropriação indébita e lesão corporal. Ninguém fica preso por isso. As penas para esses crimes são alternativas à prisão.

Evidente que há um inchaço provocado pela prisão de traficantes de drogas – são 138 mil detentos dessa modalidade de crime. Este é um assunto que merece ser tratado à parte e deve ser o xis da questão, mas poucos o abordam abertamente por falta de coragem de assumir posições.

O restante da população carcerária é composto por presos perigosos – assaltantes, latrocidas, estupradores e assassinos. Desses, somente os que cometem homicídios pela primeira vez, sem relação com outros crimes, como disputa pelo tráfico de drogas e acertos de contas, têm reais chances de se recuperar.

A reincidência criminal não é em decorrência da prisão, mas da soltura antes do cumprimento da pena, porque, se os criminosos estivessem recolhidos, não estariam delinquindo nas ruas. Desencarcerar, como alternativa à construção de mais vagas no sistema prisional, representa um ônus a mais para a sociedade.

As escolas não ensinam mais – passam uma infinidade de deveres de casa para meninos que não têm a quem recorrer em casa, porque a mãe está trabalhando ou é analfabeta e o pai foi embora -, os loucos já foram liberados e andam por aí e agora querem libertar os criminosos.

Quem quiser que se defenda por conta própria.

* Miguel Lucena é delegado de Polícia Civil do Distrito Federal e jornalista.

** Publicado originalmente no Diário do Poder

A SEGUNDA MORTE DE ISABELLA NARDONI por Alexandre Borges. Artigo publicado em 20.08.2017



(Publicado originalmente em http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/alexandre-borges/2017/07/18/segunda-morte-de-isabella-nardoni/)


“A primeira função de qualquer sociedade é proteger suas crianças.”Ben Shapiro

A justiça brasileira acaba de autorizar a progressão de pena para regime semiaberto para ninguém menos que Anna Carolina Jatobá, 39. Ela é a madrastra de Isabella Nardoni, morta aos 5 anos ao ser atirada pela janela da casa do pai em 2008. O caso é daqueles em que toda a vileza da ideologização de extrema-esquerda do sistema penal e das leis brasileiras mostra a que veio.

Matar criança no Brasil de forma brutal e hedionda não dá, portanto, dez anos de prisão em regime fechado para o assassino se ele for maior de 18 anos. Se for menor, como você sabe, não dá praticamente nada. Anna Carolina Jatobá é branca e de classe média, não pertence a qualquer grupo de minorias tradicionalmente cafetinadas pelos justiceiros sociais, mas será beneficiada pelas leis criadas sob medida para quem a esquerda realmente gosta e protege: os criminosos.

As discussões sobre segurança pública no Brasil, intoxicadas por um esquerdismo esdrúxulo pós-modernista que, entre outras aberrações, condena o “punitivismo” e fala até em “abolicionismo penal”, estão na raiz do genocídio do seu próprio povo, incluindo as crianças. Um grupo de juízes e promotores de justiça recentemente lançou o Movimento de Combate à Impunidade para alertar a população sobre o papel nada louvável exercido pelo sistema penal, por acadêmicos e pelas leis do país na escalada da violência. É um pequeno passo na direção certa, mas a guerra pela retomada da sanidade e da racionalidade no debate ainda nem começou.

Anna Carolina Jatobá, que tem dois filhos com Alexandre Nardoni, foi condenada a 28 anos e 8 meses pelo assassinato da enteada, mas em menos de 10 anos já pode sair da prisão todos os dias para “trabalhar”, ver suas crianças e usar a penitenciária como hotel gratuito para pernoitar. Ela ainda terá direito aos famigerados indultos nos feriados.

Isabella Nardoni seria hoje uma adolescente de 15 anos, uma vida ainda toda por viver, mas seu assassinato brutal cortou esta história ainda no primeiro capítulo. Já Anna Carolina está sendo autorizada a retomar aos poucos a vida com o marido e os dois filhos. A mãe biológica de Isabella, Ana Carolina Oliveira, declarou que está “chocada, arrasada” com a progressão da pena da assassina da filha que nunca mais poderá ver. A assassina, com o beneplácito da justiça, poderá voltar a conviver com os filhos de 10 e 12 anos.

Enquanto lia esta notícia no celular, ouvi que a rádio BandNews FM anunciava uma série de reportagens sobre a população carcerária feminina do Brasil e das dificuldades das ex-detentas de conseguirem emprego. Num país com 15 milhões de desempregados, problema para arrumar emprego não é privilégio de assassinas ou sequestradoras, mas o jornalismo costuma ter prioridades e agendas bastante singulares. A BandNews FM poderia dar o exemplo entregando a creche da empresa para Anna Carolina Jatobá cuidar. A jornalista que fez a matéria pode testar a idéia com os colegas, fica a sugestão.

A morte de Isabella Nardoni aconteceu um ano depois do assassinato do menino João Hélio, arrastado por sete quilômetros pelas ruas do Rio, aos 6 anos de idade. Os assassinos de João Hélio também são elegíveis para o regime semiaberto e você poderá esbarrar com qualquer um deles a qualquer momento nas ruas. A lista de criminosos impunes ou soltos após crimes hediondos no Brasil é quase infinita.

O candidato a presidente que tiver uma proposta factível e sensata de combate ao crime e à impunidade tem chances reais de vencer a próxima eleição num país traumatizado pela violência e pela desvalorização quase que total da vida humana em função de uma agenda revolucionária que aposta no caos e na desordem para esgarçar o tecido social até que o caminho esteja aberto para um populista corrupto a autoritário, do tipo que pede a concentração imediata de poderes no executivo em troca do reestabelecimento da ordem, como se vê na Venezuela.

Os três direitos fundamentais e inalienáveis de qualquer indivíduo, mencionados na Declaração de Independência dos EUA, “vida, liberdade e busca da felicidade”, devem ser lidos necessariamente nesta ordem. “Vida” não aparece em primeiro por acaso. A população brasileira está sendo dizimada e o crime, cinicamente permitido.

O Brasil é uma aula diária do que é o “estado da natureza” hobbeseano e de como a mais importante função do estado, na verdade a única, que é a proteção da vida da população, está sendo negligenciada em nome de uma agenda política demoníaca. É um preço alto demais para idéias tão baratas.

Não se engane: o tema político mais importante do Brasil hoje é a segurança pública. Quem entender isso terá grandes chances em 2018.

A HORA CHEGANDO

Sentado na sua cadeira de palha absorto está o ancião Demétrio.
Dentro do seu cérebro colidem lembranças de lágrimas, dores, emoções, alegrias e pássaros azuis.
Navegar foi preciso, e nem sempre esse navegar foi em águas calmas, mas Demétrio navegou,
encarou os desafios e lutou.
Então neste final de tarde seus olhos brilham relembrando os mares da vida percorridos, enquanto o porto descanso final espera por ele.

DISSEONÁRIO PEDRA

POLÍTICO BRASILEIRO- Animal nocivo à sociedade.

DISSEONÁRIO PEDRA

PERUCA- Serve para esconder de todo mundo àquilo que todo mundo já sabe: que você é um careca.

DON TROMBOSE

Almoço dominical da família siciliana de Don Trombose. Todos os membros da máfia local reunidos. O Don percebeu que Genaro o novato meio surdo não estava comendo ovelha. Don Trombose gritou: “Genaro, coma ovelha!” Genaro entendeu “coma a velha” e se atracou na mãe do chefe. Foi enforcado pelo saco ainda no domingo.

REENCARNAÇÃO

Jumentos  conversavam no pasto sobre reencarnação.
-Na minha vida anterior eu fui um urubu. .Acho que estou evoluindo E você?
-Pois descobri que reencarnei como o mesmo animal. Na outra vida eu fui um petista.(Eriatlov)

ACABANDO

O rapaz todo certinho esta transando pela primeira vez. No momento do orgasmo pergunta pra garota:
-O que está acontecendo comigo?
-Você está acabando bobinho- responde ela.
-Ai meu deus! Dá para chamar o padre e minha mãe?

ENTRE FRUTAS

-Seu nome?
-Lima.
-Lima?
-Sim. Lima-limão. E o seu?
-Também lima.
-Lima-limão?
-Não. Lima-Duarte.
-Hummm.

INFARTO DO MIOCÁRDIO

Borda do Cafundó, três mil almas. No dia 15 de outubro de 2010 nasceu o primeiro filho de Jurema e Deodato. Ele escolheu o nome do menino; nome este que não saiu da sua cabeça deste que ouviu alguém falar no hospital da capital quando o pai estava lá internado: ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-Como?- Perguntou perplexo o
tabelião Amadeu.
-‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-‘Infarto do Miocárdio’ não pode seu Deodato!
-Não pode, não pode por que seu Amadeu?
-Porque não é nome de gente, é um mal que acomete o coração!
-Não me interessa se é ou não é, é diferente, soa bem e eu quero!
-Mas seu Deodato, onde já se viu? Pobre do menino!
-Vai ver está com ciúme! Faça filho e meta nele o nome que quiser! O meu filho será ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’ e o apelido dele será ‘Infartinho do Deodato’!

O tabelião andou de lá para demovê-lo da ideia e nada de conseguir. A tarde já findava e o Deodato não arredava o pé. E quando viu que o tabelião não iria mesmo registrar o Miocárdio não teve outra saída senão sacar da peixeira e do trinta e oito,  que são dois tipos de muita argumentação. O menino foi registrado e seu Amadeu ganhou mais um afilhado.

ANA ANDROPOVA E ALEXEI ROMANOV

Moscou, Rússia. Ana Andropova, 40 anos, dona de casa, cinco casamentos, sem filhos, cinco vezes viúva, todos de morte natural. Alexei Romanov, agricultor, um homem bom, 42 anos, se achava também um homem de muita sorte e propôs casamento a Ana Andropova; não temia morrer cedo. Acontecido o entendimento sentimental e financeiro entres as partes, casamento realizado. Foram morar no campo e viveram felizes por mais de quarenta anos. Não tiveram rebentos. Morreram de infarto no mesmo dia e hora, sem sofrimento. Ao limparem os corpos descobriram que os dois tinham um trevo de quatro folhas vivo e crescido no ouvido esquerdo

LEOCÁDIO

Salta! Pula! A multidão reunida no centro da cidade ansiosa aguardava lá embaixo pelo último ato do suicida. Finalmente ele se jogou do telhado. Os mais sensíveis fecharam os olhos antes do choque fatal. Então antes de espatifar-se no chão Leocádio abriu suas belas asas e alçou voo para navegar sob o resplandecente azul do céu. Antes contornou e fez um rasante mostrando a língua para os abutres que pediam por sangue.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sábado, fevereiro 24, 2007 IN MEMORIAM DA FINESSE

Houve época em que se dizia: "beleza é fundamental". Leio hoje nalgum noticiário on-line uma vedetinha qualquer que diz: "sexo oral é fundamental". Até pode ser. Nada contra sexo oral.

Mas já houve mais finesse neste mundo.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quarta-feira, fevereiro 28, 2007 ALÉM DE PEDÓFILOS, CALOTEIROS

Se você expulsa a natureza pela porta, ela volta a galope pela janela, diziam os antigos. Inimiga de todo prazer e particularmente dos prazeres sexuais, a Igreja católica está recebendo o troco: é hoje a instituição que tem mais alto número de profissionais envolvidos em crimes sexuais. Com a agravante de que são crimes cometidos contra crianças.

Para fugir às indenizações milionárias devidas às vítimas de pedofilia, as igrejas americanas estão usando um expediente contábil. Declaram falência. Os santos ministros da Santa Madre estão se revelando, além de pedófilos, caloteiros.

BOLETO CAIXÃO

“Boas doses de bebida destilada todos os dias. Isso é comprar a cirrose em suaves prestações.” (Mim)

SE NÃO

“Antes o SERASA que o cemitério.” (Mim)

RESSACAS

“Quem nunca bebeu não sabe das maravilhosas ressacas que perdeu.” (Mim)

ESFOMEADOS

“O PT e sua trupe comeram a metade do Brasil do futuro.” (Mim)

O MELHOR

“O melhor homem do mundo dormindo sou eu.” (Mim)
“Nada é o que se parece. Nem o nada.” (Mim)
“Cachorro petista está tão mal acostumado que só morde se receber propina.” (Mim)
“Gato escaldado tem medo até de uísque com gelo.” (Mim)

O TEMPO

“O tempo passa e até relógio fica velho.” (Mim)

O BAILE

O Brasil está mais ou menos como o Baile do Respeito. Lá pela madrugada o dono do salão pegou o microfone e falou aos presentes: “Diante da total falta de respeito demonstrado pela maioria o baile está terminado. Vistam suas roupas e vão para casa.” (Mim)

“Penso, então duvido.”(Filosofeno)

DIPLOMADO

“O ser que espera suas graças apenas do céu sem dispender trabalho para pensar e também não agir para mudar algo que não lhe agrada, receberá do céu diretamente na sua caixa craniana o diploma de tonto.” (Filosofeno)

BAJULADORES

“Desprezo bajuladores. São seres menores.” (Filosofeno)

TUTELA

“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)

FIM DE SEMANA EM CUBA por Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico.. Artigo publicado em 21.08.2017

CURIOSIDADE
Aproveitando a minha estada em Ft. Lauderdale, Flórida, resolvi passar o final de semana em Havana, a pobre capital da Ilha do Dr. Castro. Como a distância é relativamente pequena preferi fazer a viagem por via marítima, num pequeno, mas confortável navio.
CONFERIR
O que me levou a voltar a Cuba, depois de 15 ou 16 anos quando lá estive pela primeira vez, foi a curiosidade. Queria ver, sentir e conferir de perto, na minha ótica, o que mudou nesse período na bela Ilha do Caribe, destroçada intencionalmente pelo comunismo liderado pelos irmãos Castro.
RECEPÇÃO
O navio aportou em Havana, em frente a Plaza de San Francisco, pontualmente às 7 horas da cálida manhã de sábado, onde vários cubanos, cheios de expectativa de obter uma boa féria, já estavam a postos para recepcionar os quase 2000 turistas ávidos por conhecer Cuba.
BOTES SALVA-VIDAS
Por ter sido um dos últimos a deixar a embarcação percebi, ao descer, que todos botes salva-vidas, que ficam nas laterais do navio, haviam sido baixados e estavam fazendo manobras em torno. Por curiosidade perguntei ao oficial se era algum treinamento. Em em voz baixa ele respondeu: aqui é preciso ficar atento para evitar que algum cubano venha a escalar o casco do navio em busca de refugio. Ou seja, a vontade de cair fora da Ilha é constante.
DUAS COISAS
Já em terra e dando início a minha caminhada até o centro histórico de Havana, ou Old Havana, onde se concentram os museus e centros culturais, percebi duas coisas bem distintas, desde quando estive na Ilha:
1- as ruas e calçadas estão ainda mais esburacadas e sujas, com zero de conservação. A maioria dos prédios permanece ali, não apenas mais envelhecidos mas ainda mais deteriorados e cheios de infiltrações, por absoluta falta de manutenção. Mais: pessoas pobres e mal vestidas à vista por todos cantos e andares.
2- os poucos prédios que foram contruídos, restaurados e/ou estão em fase de construção, são do ramo hoteleiro, que está investindo pesado em Cuba. Prova de que o governo cubano aposta forte no turismo, para sustentar a economia.
VENDEDORES DE SERVIÇOS
Ao longo da minha caminhada até a Obispo, tradicional rua de comércio e restaurantes da capital cubana, não parei de ser assediado por alegres e gentis vendedores de serviços, tipo bici-taxi, moto-taxi, carruagens puxadas por cavalos e, obviamente, os marcantes automóveis enormes e coloridos, cujos modelos antecedem aos anos l959. Todos oferecendo, principalmente, passeios, visitas a cooperativas fabricantes de charutos, convites para frequentar os restaurantes -Paladares- e quartos para alugar, por uma ou mais noites.
LIVROS
Na mesma rua Obispo, lotada de turistas, entrei na livaria (FJ - Fayad Jamis) querendo verificar quais tipos de livros estavam à disposição. Não por acaso, os livros sobre política, ciências sociais e economia que podem ser vendidos (por imposição do governo) são aqueles que elogiam o sistema comunista. Isto é altamente fiscalizado. Eis alguns que o triste povo cubano tem direito a ler: 1- El Estado Virtuoso Como Proyecto Político del Libertador Simon Bolivar; 2- Con Grasmci en el ALBA de Nuestra America; 3- Fé por Cuba; e, 4- Biografia de Frei Beto. Pode?
DIREITOS
Por certo não preciso dizer que o que mais falta em Cuba é LIBERDADE. E o que mais sobra é POBREZA, que não passa da mais pura consequência da falta de liberdade. Ainda assim, conversando com aqueles que atuam no ramo do turismo, vê-se uma certa vibração com a tímida abertura econômica, que consiste no direito de: 1- abrir seu próprio restaurante -Paladar-; 2- alugar um quarto de sua casa para turistas; e, 3- vender charutos, abertamente.
IMPRESSÃO PESSOAL
Chama muito a atenção o fato de ninguém falar no celular nas ruas de Havana. Internet? Só nos hoteis e mesmo assim com a obrigação de digitar senha. Papel higienico nos lavatórios? Nem pensar. É preciso levar no bolso.
Com tamanha falta de liberdade, o que mais ouvi dos passageiros do navio foi: os cubanos e a sua capital não mereciam a vida que levam. Mais: de que adianta ser alfabetizado se o povo só tem direito a ler somente aquilo que o governo permite?


OS URUBUS QUE SOBREVOAM JERRY LEWIS por Danilo Gentili. Artigo publicado em 22.08.2017

(Do imperdível Facebook do autor)

Eu tinha cinco anos quando tive, pela primeira vez, consciência de que gostava de comédia. Foi enquanto assistia a um filme de Jerry Lewis na Sessão da Tarde. Eu parava tudo para assisti-lo. Esse humorista fez um trabalho humanitário sem precedentes, ajudando crianças e famílias no mundo inteiro ao criar o Teleton. Ele revolucionou o set de filmagem ao criar o Vídeo Assist. O seu trabalho influenciou gerações e gerações de humoristas. Mas nada disso importa. Nada disso está sendo lembrado na “mídia oficial”.
Hoje, ele é definido nos principais jornais assim: “Morreu o machista, racista, homofobista, xenofobista” (e outros istas). O motivo? Ele jamais se ajoelhou e pagou boquete ideológico para a religião política venerada pela maior parte dos jornalistas. Ele ousou expressar opiniões diferentes daquela considerada “correta” pela “mídia oficial” e jamais deixou de fazer uma piada proibida pela patrulha do “bem”. Perceba: de centenas de piadas, dezenas de filmes e outros grandes feitos já citados aqui, hoje, nas notícias sobre sua morte, apenas duas piadinhas são lembradas: uma sobre críquete ser esporte gay (homofobia) e outra sobre mulheres (machismo). É como se o seu trabalho se resumisse apenas a essas duas piadas.
Para os jornalistas lacradores, Jerry Lewis nasceu, contou duas piadas preconceituosas, foi um monstro e morreu. Assim é definida a vida e obra do cara. Mas é claro que, se ele tivesse feito a propaganda ideológica correta, ele poderia até mesmo ter roubado, matado e estuprado, que hoje os jornais o chamariam de gênio (já mostrei isso aqui, em O Antagonista). O problema nunca é o que você fala e, sim, de que lado você está. Vale ler mais aqui..
Como bem definiu Orwell, em “1984”, a respeito do modus operandi desses caras: “Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado.”
Já falei sobre isso algumas vezes (veja o vídeo ) e estou fazendo um documentário a respeito. Mais informações, aqui.
 Do blog do Percival Puggina