segunda-feira, 10 de julho de 2017

LÃ E CARNE

Genara era uma ovelha descontente que resolveu fugir dos campos e ir à cidade para cortar sua lã, pois sofria com o calor e principalmente queria ver como era o mundo longe da verde relva. Após muito andar chegou à terra do cimento e aço. Obteve informações e correu até o primeiro barbeiro. Lá chegando perguntou:
-O senhor corta lã de ovelha?
Respondeu o barbeiro um pouco espantado:
-Não só corto a lã como também degusto a carne.  
E dito isso deu uma paulada na ovelha Genara que morreu no ato. O barbeiro foi para casa feliz levando nas costas o futuro assado da noite do seu aniversário.

BARRAS

Linha azul e agulha, agulha e linha, uma calça jeans sobre a mesa. Gritos pedindo anestésicos e “socorro, vão me matar,estão furando as minhas pernas!” Alguns minutos dessa ladainha chorosa tudo se acalma. Linha e agulha voltam para seus lugares e a calça suada depois de todo o sofrimento para fazer suas barras repousa em silêncio debruçada no cabideiro.

BABY LAMPADA

Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente uma vítima. Pois foi o que aconteceu com Baby Lâmpada, que preferiu espatifar-se no chão ao saber que estava grávida. Tudo por medo, pelo verdadeiro pavor de dar a luz pela primeira vez.



FUMANTE

Breno tinha ojeriza de cigarro.  Ninguém podia fumar dentro e nem fora de sua casa, dentro do seu carro ou perto dele, mesmo se estivesse na rua. Na sua empresa não contratava fumantes, não os queria por perto. Caso visse um fumante na mesma calçada, atravessava. Mas o destino às vezes é cruel; pois o mimo de Breno, Sandra, filha única amada adorada da qual fazia toda e qualquer coisa para agradar, apaixonou-se por um fumante inveterado. Então agora vemos Breno, o detestador de fumantes no meio da fumaça da sala deixando limpo o cinzeiro do futuro genro e pitando seu cigarrinho também, afinal nada melhor que um cigarrinho para acalmar os nervos.


HOMENAGEM- WILLIAN LEE- O sultão do suingue do centro de SP- 1970/2017- Willian Soares da Silva

H.L. MENCKEN- O COLAPSO DO PROTESTANTISMO

O fato de que o protestantismo está gravemente doente nos Estados Unidos deve ser óbvio para qualquer observador de patologia espiritual. Metade dele está se mudando, lenta e progressivamente, em direção aos braços do Cortesão das Sete Colinas; a outra metade desliza para o vuduísmo. A primeira metade leva com ela a maior parte do dinheiro protestante; a segunda leva a maior parte da libido protestante. O que sobrar no meio pode ser comparado a um tronco a que faltam um cérebro pensante e pernas para dançar – em outras palavras, algo que começa a ficar profissionalmente atraente para os papa-defuntos, embora ainda rebole para continuar respirando. Não há falta de vida nos escalões superiores, onde os metodistas mais solventes gradualmente se transmutam em episcopais, e os episcopais escalam os velhos bastiões da Santa Madre; não há também falta de vida nos escalões inferiores, onde os batistas matutos da zona rural descem rapidamente, pela estrada do fundamentalismo, para os dogmas e práticas da selva africana. Em nenhum outro lugar, o protestantismo foi tão forte como nos Estados Unidos. Aqui é a terra do americano simples e piedoso, adepto da devoção e hostil a qualquer suspeita de orgia – do sujeito honesto que cumpre obedientemente as suas funções dominicais, paga seus tributos e espera por algumas palavras de conforto do pastor quando chegar a sua hora de morrer. 

Hoje, infelizmente, ele tende a faltas com seus pios exercícios, há rumores de que algo errado anda acontecendo com as igrejas, os jornais mais sectários ouriçam-se para pô-las na linha, e os pastores, fartos do trabalho paroquial e de pregação, preferem trabalhar como secretários executivos desses esquemas, o que os obriga a cruzar o país, expondo-os para os fiéis. A extensão com que o protestantismo, em seus escalões superiores, sucumbiu aos lascivos avanços de Roma, parece ter sido pouco percebida pela maioria dos connoisseurs. Eu próprio ainda não tinha me dado conta de toda a verdade até um Natal recente quando, em busca de informações sobre outro assunto, contratei agentes para presenciar todos os cultos nas principais igrejas de uma importante cidade americana e trazer também os melhores relatórios sobre o que se passava nas igrejas menores. A substância desses relatórios, no que se referia às igreja patrocinadas pelos ricos, era simples: revelava uma acentuada tendência para a direita, quase um voo cego sobre uma montanha. Seis supostas igrejas episcopais organizaram cultos à meia-noite da véspera de Natal, numa óbvia imitação das Missas do Galo da igreja católica, e uma delas chegou a classificar o seu próprio culto de missa solene. Duas outras igrejas convidaram seus nobres e fidalgos para procissões, e uma terceira disfarçou sua procissão com o nome de cortejo. Uma igreja executou a Missa de Santa Cecília, de Gounod, na manhã de Natal, e outra a Messe Solenelle, do mesmo compositor; três outras, um pouco mais cautelosas, contentaram-se em apresentar apenas partes do ritual católico. Uma delas, despindo-se de qualquer máscara ou eufemismo, convocou os fiéis para nada menos que três missas. Todos as seis igrejas brilhavam à luz de velas e duas empregaram incenso. Mas isto não foi o pior. 

Duas igrejas presbiterianas e uma igreja batista, para não citar cinco luteranas de diferentes sínodos, entoaram cantos corais na madrugada de Natal, e a única presenciada por um de meus agentes que conseguiu acordar a tempo – era uma igreja presbiteriana – exibia as mesmas velas e tinha um palpável ressaibo romano. Pior ainda: uma rica e importante igreja metodista, apadrinhada pelos principais atacadistas e agiotas da cidade, atrevidamente ofereceu um “coral medieval”. Medieval? O que significa isto? A Idade Média terminou no dia 16 de julho de 1453, às 12 horas em ponto, e a Reforma só foi lançada por Martin Lutero a 31 de outubro de 1517, às 10h15 da manhã. Se o termo medieval, no sentido em que foi usado, não significa a Igreja Católica Romana, então sem dúvida perdi meu tempo na escola. Meu agente, nascido metodista, relatou que ficou chocado com a cerimônia. Começou com sopros de pistões da torre da igreja e terminou com uma Ave Maria entoada por um coro com vestes a caráter. De novo as velas ardiam em fileiras por trás do santuário e, sobre elas, brilhava uma estrela elétrica. Realmente, Deus nos ajude! O que falta agora? Um pastor que, em futuro próximo, desafie os ensinamentos de Jeová, apresentando-se de alva e dalmática? Virará as costas aos fiéis? Mandará instalar uma cabine telefônica para confissões auriculares? Certamente ninguém duvida de que o uso de velas para adoração pública teria a aprovação dos metodistas de Ur, ou que ele teriam consentido a apresentação de Blasmusik por um coro a caráter. Há apenas sessenta ou setenta anos, no entanto, os metodistas proibiram celebrações de Natal de qualquer espécie, por considerá-las romanas e idólatras.


 Hoje temos cerimônias quase operísticas. Como já disse, os episcopais – que, na maioria das cidades americanas, são quase todos ex-metodistas ou ex-presbiterianos, e, em Nova York, ex-judeus – vão ainda mais longe. Em três das igrejas visitadas por meus agentes, a Santa Comunhão era quase indistinguível da uma missa católica, e em todas a casa estava cheia, assim como a sacola de esmolas. Até os metodistas que continuam metodistas começam a vacilar. Cansados do alarido típico da demonologia metodista, aderiram ao novo estilo que lhes parece mais imponente e voluptuoso. O sermão deixa de ser uma carga de cavalaria e torna-se suave pizzicato. O coro abandona Jogue o Salva-Vidas e Você Está Pronto para o Dia do Juízo? E brinca de cantar Handel. É uma evolução que, vista de uma árvore, tem um certo mérito. O estoque de asneiras no mundo diminui sensivelmente, enquanto aumenta o de beleza. Mas o que pensariam disto os antigos pregadores ambulantes, imaginando como tudo aquilo voltou miraculosamente do Inferno? Bem, é o bastante para explicar a volatilização do que está acontecendo. O que estará em progresso a seguir? Só consigo antever uma bárbara temporada de caça ao diabo. Em todas as partes dos Estados Unidos onde Belzebu continua a existir – por exemplo, nas zonas rurais do Meio-Oeste e em todo o Sul, exceto por algumas cidades protegidas por muralhas --, as seitas evangélicas mergulham num abismo de imbecilidade maligna e declaram uma guerra santa contra toda a decência acalentada pelos homens civilizados. Devem ter jogado o Novo Testamento no mar e retornado ao Velho, particularmente aos seus trechos mais sangrentos.

 O que mais salta à visa sobre os clérigos é a sua descomunal falta de informação e bom senso. Eles constituem, talvez, a classe mais ignorante de professores já formada para guiar um povo presumivelmente civilizado; são mais ignorantes ainda do que os superintendentes das escolas. O aprendizado, na verdade, não é tido em alta estima pelo sectarismo evangélico, e qualquer matuto que saiba ler, se inflamado pelo Espírito Santo, é declarado apto a sair pregando. Mas eles não são mandados antes para um treinamento numa universidade? Sim, mas que universidade! Aquela lá no fundo de um vale, com seu único edifício rodeado de pastagens, e um corpo docente formado por pedagogos semi-idiotas e pregadores gagás. Tais homens, numa faculdade destas, ensinam oratória, história antiga, aritmética e a exegese do Velho Testamento. O aspirante sai da estrebaria e volta à sua cidade em um ano ou dois. Sua bagagem de conhecimentos é a mesma de um chofer de ônibus ou a de um ator de circo. Mas ele aprendeu os clichês da profissão, comprou um terno preto para os domingos, escapou do batente enfrentado por seus ancestrais e agora jorra luz e aprendizado para os trouxas como se fosse um chafariz.

 -- 1926

“Pelo menos numa coisa homens e mulheres concordam: nenhum deles confia em mulheres.” (H.L. MENCKEN)

A VIAGEM

Viajar de avião. O medo assombrava José Gomes, 45, supervisor de grande indústria calçadista, de maneira anormal; diarreia, vômitos, febre e insônia. O voo a trabalho estava marcado para novembro e o mês de outubro já era um inferno. Dona Marli não sabia o que fazer com o marido, pois já tinha dado de tudo para acalmá-lo. Devastou plantações de erva-cidreira, gastou uma fortuna em calmantes e José continuava apavorado. Como ele não melhorava acabou José embarcando bem antes do previsto, de navio. O destino da viagem era Miami, saindo de Santos. Feliz da vida embarcou o viajante, tanto que logo ficou solto e avançou sobre canapés e doses cavalares de uísque. Conheceu uma loura dengosa que o fez esquecer por momentos de dona Marli. Conheceu também o doutor Negro, que lhe ensinou alguns truques para curar ressaca. Curtia à tarde à beira da piscina, dando uvas na boquinha da loura dengosa. Já estava nos olhares maliciosos, mão boba nas coxas, beijo nas mãos e sussurros no pé do ouvido. A bebida foi deixando solto o medroso José que logo pôs a gata no colo. Já sonhava com a noite que teria. Foi quando apareceram no deck Dona Marli e a mãe. João não hesitou em se jogar ao mar.

O DESTEMIDO ANTENOR

Nada temia Antenor, nem o capeta em carne e osso.  Fazia questão de passar sob escadas, adentrar cemitérios em plena madrugada, frequentar puteiro em ambiente violento e até namorar filha de traficante ou delegado. E não parava por aí; atravessava rio em enchente, entrava em casa pegando fogo, matava cobra no dente.  Pois é, esse homem valente sem igual veio a morrer tal qual um comum de infarto fulminante. Foi agorinha, de raiva, quando ouviu Lula dizer cheio de amargura que não compensa ser honesto no Brasil.


HUMOR ATEU

No princípio...









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Manipulando
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HUMOR ATEU

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O CADÁVER E O URUBU

Década de 1940. Um urubu percebeu um corpo inerte estendido numa clareira na África. Fez o reconhecimento e pousou o sobre o cadáver. Nenhum leão em volta, tranquilo. Deu a primeira bicada, engoliu, sentiu náuseas, vomitou e foi então que percebeu que o corpo que devorava pertencia a um capitão SS carregado de medalhas. Fez cara de nojo, escreveu um bilhete e jogou sobre o corpo: ”Urubus, comida apenas para vermes, tenham cuidado!”


SOPA DE LETRINHAS

Nestor, sujeito mala, politicamente correto, foi tomar uma sopa de letrinhas. Blábláblá interminável. Perdigotos atiravam-se solenes sobre a mesa.    Até que as letrinhas não suportaram o papo e as ideias do babão e revoltadas  formaram dentro do prato uma corriqueira expressão nacional: “ Calado! Vá tomar nas pregas!” 

VARGAS LLOSA E A OUTRA NUVEM



Cultura é palavra abrangente, de difícil definição. Em seu sentido mais lato, eu diria que cultura é tudo o que o homem faz. Assim, tanto um anzol como a bomba atômica, um ábaco ou um computador, uma ópera ou show de rock, um tacape ou a pedra de Rosetta constituem cultura. Já num sentido restrito, para efeitos pessoais delimito a cultura àquela área das grandes produções do espírito. Neste sentido, fazem parte da cultura tanto a lei da gravidade como a da termodinâmica, a Bíblia ou o Quixote, tanto Mozart como Shakespeare, Platão ou Dante, Schliemann ou Champollion. Mas jamais Rowling ou Paulo Coelho, Madonna ou Lady Gaga, Roberto Carlos ou Chico Buarque, Beatles ou U2.

Falava há pouco da nuvem de mediocridade que paira sobre as cidades contemporâneas. Este fenômeno foi produzido em boa parte pelos jornais, particularmente por seus ditos suplementos culturais. Sob a rubrica cultura, joga-se tanto um concerto como um show de rock, uma obra literária de peso como um best-seller. É nessas páginas que você vai encontrar todo o lixo cultural oferecido pelo mercado das futilidades, desde novelas televisivas a BBBs, desde entrevistas com “celebridades” a confissões de vedetinhas do cinema ou demais artes. É lá que você encontra solenes bobagens como Rambo ou predadores do futuro, filmes piegas como Titanic ou cretinos como Avatar, vampiras lésbicas ou zumbis canibais. Para os jornais, hoje, tudo isto constitui cultura.

Não espanta pois a existência da nuvem. Para um leitor novato, para quem toda palavra impressa goza de autoridade, o estrago está feito. Ainda mais quando são jornais de prestígio que vendem este embuste. Quem vai duvidar que rock é cultura, quando Estadão ou Folha de São Paulo dão páginas e páginas em seus suplementos culturais aos drogados ianques, britânicos e escandinavos que vêm “fazer o Brasil”? Como ousar pensar – já nem digo afirmar – que estádios repletos, filas quilométricas para ingressos, endeusamento na imprensa, nada têm a ver com cultura?

Como se não bastasse esta acepção de cultura, há três anos o funk – antes uma questão de polícia – tornou-se oficialmente cultura. O ritmo foi reconhecido, em setembro de 2009, como patrimônio cultural pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. No mesmo dia, a Alerj revogou uma lei que restringia a realização de bailes funk e raves do Estado.

E ai de quem disser que funk nada tem a ver com cultura. Será estigmatizado como racista. Segundo Marcelo Freixo (PSOL), um dos autores do requerimento, “não tem por que calar o funk porque é som de preto e favelado que quando toca ninguém fica parado”. De notícia das páginas policiais a evento cultural. Só porque deputados à cata de votos assim o querem. Mais um pouco, e os bailes funks receberão – se é que já não recebem – subsídios da lei Rouanet.

— É possível que a cultura já não seja possível em nossa época – diz Mario Vargas Llosa, em entrevista para El Mundo -. E isso afeta também a educação, que se desnaturalizou. Queríamos acabar com a idéia de que a “cultura é das elites”, mas conseguimos uma vitória de Pirro, um remédio pior que a enfermidade: viver na confusão de um mundo que, paradoxalmente, ao democratizar a cultura propiciou seu empobrecimento.

Em seu último ensaio, La civilización del espetáculo, lançado recentemente pela Alfaguara, o autor peruano demonstra seu desalento com o que hoje se chama cultura. Em janeiro do ano passado, ao anunciar seu livro em entrevista para El País, dizia Llosa:

— Hoje, o que chamamos cultura é um mecanismo que permite ignorar os assuntos problemáticos, distrair-nos do que é sério, submergirnos em um momentâneo “paraíso artificial”, pouco menos que o sucedâneo de um baseado de maconha ou uma fileira de coca, isto é, umas pequenas férias da realidade.

— Todos estes são temas profundos e complexos que não cabem nas pretensões, muito mais limitadas, deste livro. Este só quer ser um testemunho pessoal, no qual aquelas questões se refletem na experiência de alguém que, desde que descobriu, através dos livros, a aventura espiritual, teve sempre por modelo aquelas pessoas cultas, que se moviam com desenvoltura no mundo das idéias e que tinham mais ou menos claros alguns valores estéticos que lhes permitiam opinar com segurança sobre o que era bom ou mau, original ou epígono, revolucionário ou rotineiro, na literatura, nas artes plásticas, na filosofia, na música.

— Muito consciente das deficiências de minha formação escolar e universitária, durante toda minha vida procurei suprir esses vazios, estudando, lendo, visitando museus e galerias, conferências e concertos. Não havia nisso sacrifício algum. Mas o imenso prazer de ir, pouco a pouco, descobrindo que se alargava meu horizonte intelectual, que entender Nietzsche ou Popper, ler Homero, decifrar o Ulisses, de Joyce, degustar a poesia de Góngora, de Baudelaire, de T. S. Elliot, explorar o universo de Goya, de Rembrandt, de Picasso, de Mozart, de Mahler, de Basrtók, de Tchekov, de O’Neil, de Ibsen, de Brecht, enriquecia extraordinariamente minha fantasia, meus apetites e minha sensibilidade.

— Até que, de repente, comecei a sentir que muitos artistas, pensadores e escritores contemporâneos estavam gozando com minha cara. E que não era um fato isolado, casual e transitivo, mas um verdadeiro processo do qual pareciam cúmplices, além de certos criadores, seus críticos, editores, galeristas, produtores, e um público de bobocas inconscientes manipulados a gosto por aqueles, fazendo-os comprar gato por lebre, por razões pecuniárias às vezes e às vezes por pura frivolidade.

Se na culta Europa – onde funk ainda não é cultura – Vargas Llosa se sente submergido pela nuvem de mediocridade que paira sobre o continente, certamente sufocaria se vivesse em Pindorama. O testemunho do prêmio Nobel podia muito bem servir como epitáfio ao último homem culto do século. Verdade que, cá e lá, encontramos quem resista heroicamente a este aviltamento da palavra cultura.

Mas somos cada vez mais raros. Apesar do ceticismo de Llosa, a cultura ainda é possível em nossa época. Enquanto não chega o dia em que ser culto será uma ofensa aos bons costumes, cultivemos o que resta de boa arte, boa música, boa literatura. Que ainda é muito, apesar dos avanços das hordas bárbaras.

Abril 20, 2012

JANER CRISTALDO

DEUS

“Pedro, quem é essa moça chamada Eva que há séculos nos pede calcinhas?” (Deus)

FILOSOFENO

“Podes crer no que quiseres e que sejas imensamente feliz. Só não te julgues melhor por isso.” (Filosofeno)


FILOSOFENO

“O ser que espera suas graças apenas do céu sem dispender trabalho para pensar e também não agir para mudar algo que não lhe agrada, receberá do céu diretamente na sua caixa craniana o diploma de tonto.” (Filosofeno)


CLIMÉRIO

“Minha mãe nunca viu nada em mim. Ela nunca soube que o meu nada é invisível.” (Climério)

O QUE SIGNIFICA O “POLITICAMENTE CORRETO”? 11 EXEMPLOS DE COMO A ESQUERDA IMPEDE UM DEBATE VERDADEIRO DE IDEIAS



Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal

Seus defensores argumentam que o politicamente correto é uma forma de tornar menos conflituosa a convivência em sociedade. Por exemplo, não faz sentido ofender as pessoas usando termos inapropriados de linguagem. Contudo, não ofender pessoas é apenas uma regra de boa educação que nada tem a ver com o politicamente correto.

A rigor, o politicamente correto é uma forma de se limitar o debate e a livre circulação de ideias em uma sociedade. Pior do que isso, o politicamente correto busca a implementação de uma agenda progressista numa sociedade que, de outra maneira, não aceitaria tal agenda. Abaixo listo alguns exemplos:

1) Um terrorista do Estado Islâmico mata 12 pessoas fazendo uso de um caminhão para atropelá-las. A manchete da Folha de São Paulo foi: “Caminhão atinge mercado de Natal em Berlim e mata pelo menos 12 pessoas“. Quem lê a manchete tem a impressão de que um caminhão desgovernado matou acidentalmente 12 pessoas. Isso ocorre pois o politicamente correto impede que se de destaque ao fato de que mais um ataque terrorista foi levado a cabo por um seguidor do islã.

2) Experimente dizer que a politica de cotas raciais é ineficiente ou injusta. Ou ainda experimente dizer de que nem tudo que se atribui a discriminação contra a mulher não é exatamente discriminação. Ou tente dizer que a taxa de homicídios específica de determinado grupo social não representa, por si só, indícios de perseguição àquele grupo. Você será imediatamente taxado de racista, fascista, homofóbico, misógino, e coisas bem piores. Isso ocorre pois o politicamente correto impede a discussão aberta e franca de termos que são sensíveis a minorias barulhentas e bem organizadas.

3) Na sua opinião qual a maior dificuldade para uma criança ser adotada? Você foi bombardeado com tantas informações erradas que provavelmente responderá dizendo algo do tipo “As pessoas só querem adotar crianças brancas e novas, uma criança negra com mais de 10 anos ninguém quer adotar”. ERRADO! Esse simplesmente não é o problema. A rigor existem muito mais pessoas querendo adotar crianças brancas e novas do que crianças negras e de mais idade. CONTUDO, o número de pessoas querendo adotar crianças negras de mais idade É MAIOR do que o número de crianças negras disponíveis para adoção. No que se refere a adoção existem três problemas reais: a) poucas pessoas aceitam adotar crianças deficientes ou doentes; b) a maioria das pessoas quer adotar apenas uma única criança, dessa maneira crianças com muitos irmãos tem dificuldade de serem adotadas; e c) a gigantesca demora na burocracia referente a adoção da criança. São esses três pontos que deveriam estar sendo atacados para resolver o problema referente a adoção. Mas o politicamente correto gasta um tempo gigantesco querendo discutir um ponto que simplesmente não é a restrição real desse terrível problema social.

4) Vários grupos pressionam para que o governo combata a violência contra a mulher, justificam inclusive a criação de um tipo criminal chamado de “Feminicídio” para alertar que a violência é perpetuada por homens contra mulheres. Bom, vamos aos dados: a taxa de homicídios entre mulheres é de 4 a cada 100 mil habitantes, para os homens esse taxa é de 50. Em resumo, a taxa de homicídios entre homens é 12 vezes maior do que a taxa de homicídios entre mulheres. O real problema é a violência absurda que assola o Brasil, aqui homens e mulheres são covardemente assassinados todos os anos. Esse é o problema real a ser combatido.

5) Experimente ir numa aula de direito penal e dizer que prender bandidos diminui a criminalidade. Você será olhado de lado e dirão que você é mais um radical de direita fascista. Contudo, TODOS os estudos econométricos que conheço mostram que prender bandidos é uma das mais eficientes maneiras de se combater o crime. Mas sempre haverá um professor, um jornalista, um intelectual, ou um estudante para dizer “Eu prefiro construir escolas a construir presídios”…. como se isso fosse o ponto do debate! Óbvio que todos preferem construir escolas a cadeias, mas existem situações que nos obrigam a construir cadeias (a alternativa seria a aplicação de uma pena física ao infrator, será que é isso que os defensores do politicamente correto querem?). Para os defensores do politicamente correto prender bandidos não resolve o problema, para eles o problema é estrutural. Logo prender seria inócuo para combater o crime. Mas se prender não resolve qual é a sugestão, devemos não prender? Eles irão argumentar que a solução está na educação, numa melhor distribuição de oportunidades, de mais consciência social, etc. OK, todos concordamos com isso. Mas o fato é que prender bandidos não impede nada disso. Mas confrontados com essa lógica implacável eles nunca respondem.

6) Cristãos são perseguidos e assassinados ao redor do mundo, mas a imprensa em vez de noticiar isso prefere se preocupar com um provável crescimento da islamofobia. Ora como se não fosse natural temer aqueles que prometem nos exterminar se assim tiverem a chance, como é o caso de vários grupos radicais islâmicos. O crescimento da islamofobia se deve não ao preconceito, mas ao simples fato de que diversos grupos radicais islâmicos tem realizado ataques terroristas. Mas o politicamente correto impede que isso seja sequer discutido nos grandes meios de comunicação.

7) A esmagadora maioria da população é contra o aborto. Então o que faz o politicamente correto? Muda o nome de aborto para “direito de escolha”. Como se uma escolha já não houvesse sido feita quando o casal decidiu ter sexo sem proteção (o estupro é exceção a essa regra).

8) Quantas pessoas você já viu defenderem o porte de arma na grande mídia? São 60 mil homicídios por ano no Brasil, um fracasso incrível de nossas políticas de segurança pública, mas mesmo assim tirando o heroico Bene Barbosa é muito difícil ver pessoas defendendo o direito ao porte de armas com acesso a grandes veículos de comunicação. Isso ocorre pois o politicamente correto já estabeleceu que apenas radicais de direita defendem o direito do cidadão comum ter acesso a armas de fogo.

9) Diga que você apoia o Trump, pronto você virou ultra radical conservador. Diga que você apoia o Brexit, pronto você é um xenófobo imbecil. O politicamente correto é assim, ele bloqueia qualquer discussão honesta e a substitui por rótulos. Os que defendem as pautas do politicamente correto são taxados de pessoas boas, sofisticadas, inteligentes, moderadas, etc. Já os que não defendem tal pauta são radicais, ultra conservadores, xenófobos, intolerantes, golpistas, e outras coisas ruins.

10) No Brasil a esmagadora maioria das crianças não sabe ler e nem escrever, e são incapazes de fazer contas simples. Mas defenda que as aulas de sociologia, filosofia, e artes sejam trocadas por aulas de português e matemática e você automaticamente vira um canalha que quer criar um exército industrial de reserva, um radical que não quer que as crianças aprendam, e que sejam escravas do sistema.

11) Os índios brasileiros estão na miséria e cheios de áreas reservadas a eles. Sugira que não resolveremos o problema indígena dando mais terras aos índios e você será rotulado de um branco que não aceita que os índios são felizes passando frio e fome.

O grande problema do politicamente correto é que ao impedir o livre trânsito de ideias, e o livre debate, políticas públicas passam a ser direcionadas para corrigir problemas que não necessariamente são os mais importantes para aquela sociedade. Em resumo, desperdiçam-se recursos públicos em políticas que nem de perto são as mais necessárias. Pior, em muitos casos o politicamente correto cria problemas que sequer existiam na sociedade. Por exemplo, o Brasil é um exemplo no que se refere a miscigenação. Não digo que não exista preconceito, mas o fato é que a política de cotas raciais pode perfeitamente estar criando atritos raciais que antes eram inexistentes. Mas, se alguém sugerir isso será imediatamente taxado de imbecil ou coisa pior. Contudo, o livro de Thomas Sowell (Ação Afirmativa ao Redor do Mundo) mostra que após a implementação de cotas o atrito entre grupos distintos costuma aumentar em todas as sociedade que implementaram ações afirmativas.

Chamar terrorista de terrorista, bandido de bandido, e aborto de aborto é uma regra simples de qualquer debate honesto. Ao se proibir o uso de termos bem definidos, o politicamente correto confunde e bagunça completamente o debate. Deixo aqui um vídeo que ilustra meu ponto: nele um negro gordo e homossexual conversa com alguns estudantes que seguem a cartilha do politicamente correto. Quando o negro sai o entrevistador pede aos jovens para descreverem a pessoa que saiu. O resultado é assustador! Os alunos simplesmente NÃO CONSEGUEM dizer que conversavam com uma pessoa negra, gorda e homossexual.

Entendeu a dimensão do problema? A cartilha do politicamente correto impede a correta descrição do mundo real. As pessoas passam a ser incapazes de descrever situações simples do seu cotidiano. No lugar de descrever situações o politicamente correto estabelece apenas rótulos. O politicamente correto não debate, ele rotula. Se você é incapaz de sequer descrever uma situação de seu cotidiano como você será capaz de entender problemas mais complexos? O politicamente correto é a ditadura do pensamento único, e geralmente errado.

JOSEFINA PRESTES

“A tal terceira idade é o reino das pelancas.” (Josefina Prestes)


FOFUCHO

“Determinação não é o meu forte. Meu último regime durou duas horas.” (Fofucho)

LEÃO BOB

“Não aconselho ninguém a me levar para casa. Posso garantir que não sou confiável. E digo que uma das poucas virtudes que temos é a sinceridade.” (Leão Bob)

Como será o amanhã. Coluna Carlos Brickmann

No Brasil, ensinava um lúcido ministro da Fazenda, Pedro Malan, até o passado é imprevisível. O que Malan não disse é que o futuro, esse sim, é previsível: seja qual for o resultado da campanha contra Michel Temer, o Brasil continuará sendo governado pelo PMDB. E continuará discutindo Renan, Geddel, Romero Jucá, Eunício e outros luminares da política.

O PMDB esteve no governo de Fernando Henrique, teve presença maior com Lula, cresceu com Dilma, é dominante com Temer: tem o presidente, os ministros mais importantes, e comanda até a oposição, com Jarbas Vasconcelos, em nome da ética, e Requião, muito próximo do PT. Tem os articuladores do Fica, Temer, como Moreira Franco e Eliseu Padilha, e os articuladores do Fora, Temer, como Renan e Sérgio Zveiter, relator da aceitação ou não da denúncia. Tem intimidade com o poder. Renan vem da época de Collor, e só não participou do governo Itamar. Geddel foi ministro de Lula, vice-presidente da Caixa com Dilma, ministro com Temer. Jucá, como o patriarca do partido, Sarney, é cria do regime militar.

E o presidente? Temer já mostrou o que é: a Economia ficou com os especialistas e a Política com fregueses de investigações.

Rodrigo Maia é citado em inquérito da Lava Jato. Pouco se sabe o que pensa: é DEM, mas poderia ser PMDB. E é um homem de família: começou na política por ser filho de César Maia, DEM, e subiu como genro de Moreira Franco, PMDB.

As diferenças

Há diferenças importantes entre Temer e Maia. Temer foi três vezes presidente da Câmara Federal e sempre fez parte da elite da Casa. Fez carreira no Direito e tem ótima fama como constitucionalista. Maia estudou Economia mas não concluiu o curso e, desde os 26 anos, sua vida é a política. Faz parte do baixo clero da Câmara – os deputados com menor destaque, raramente ouvidos.

O baixo clero é maioria na Câmara, mas só elegeu três presidentes: Severino Cavalcanti (perdeu o mandato, acusado de cobrar mesada do dono do restaurante da Casa e de outros concessionários de serviços); Eduardo Cunha, que, acusado de corrupção, perdeu o mandato e está hoje preso, condenado a 15 anos; e Rodrigo Maia.

A semelhança

Ambos, Temer e Rodrigo Maia, jamais foram campeões de votos. Michel Temer sempre se elegeu, mas com dificuldades; numa das eleições, foi o último colocado entre os eleitos por São Paulo. Maia tentou ser prefeito do Rio e teve 3% dos votos, apesar do apoio do pai.

Como está, fica

Traduzindo: fique Temer ou caia Temer, não há o menor risco de que a algo se modifique. Do jeito que a coisa vai, não mudam nem as moscas.

Quem sabe, sabe

Um fato deve ser destacado nessa guerra política de Brasília; a defesa de Temer, elaborada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. É de primeira linha, competentíssima. Como a questão é política, não jurídica, boa parte dos parlamentares não se preocupa com a acusação nem com a defesa: já tem o voto na cabeça, ou segue a posição de seus líderes.

Mas a defesa é um trabalho exemplar, não só nos argumentos como no texto claro e compreensível. Independentemente de posição política, vale a pena ler.

Meio cheio...

Estranhíssima a decisão da Polícia Federal de incorporar a equipe da Lava Jato à Delecor, Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas. A PF informa que a medida fortalece a Lava Jato, pois facilita a participação de mais delegados nas investigações. Por que, então, não fazer o anúncio ao contrário, incorporando a Delecor à Lava Jato?

No clima atual, em que tanta gente tenta melar as investigações, é óbvio que qualquer mexida na Lava Jato, exceto seu reforço, provoca a suspeita de que uma operação tão popular esteja sendo neutralizada pelos investigados.

...meio vazio

Há quem pense que a divulgação foi deliberadamente alarmista, como protesto pela restrição de verbas à Polícia Federal. É que o caso Lava Jato é uma das três medidas impopulares anunciadas pela PF: a suspensão do fornecimento de passaportes e a redução dos serviços nas rodovias são as outras duas. Os federais suspeitam da restrição de verbas. Acreditam que, a um tempo, serve para vingar-se das investigações e forçar a Polícia Federal a, sem dinheiro, reduzir as atividades que lançam luz sobre a corrupção.

Delata e paga

Surpresa no caso Joesley. O Tribunal de Contas da União decidiu incluí-lo num processo que apura desvios em financiamentos do BNDES à JBS. Acusam o grupo de ter cobrado do BNDES um ágio de R$ 2,50 por ação na compra da Swift – total, cerca de R$ 70 milhões. Em sua delação, Joesley não tocou no assunto. E pode por isso perder os privilégios que teve.

SUSPEITO

O jornal diz
Que o suspeito matou a vítima com seis tiros
Diante de vinte e cinco testemunhas
Gravação em vídeo
Pego ainda com a arma na mão
Mas o jornal repete que o elemento é apenas suspeito
Diante de tanto absurdo
Digo que suspeito mesmo é o jornal.

BATATINHA

Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo chão
Mamãezinha quando dorme
Têm pesadelos
Pois o filho é maconheiro.

LIMÃO

“A minha mãe era católica e carregava o peso dos males do mundo nas costas. Frequentava três missas diárias. Na sua vida gastou as contas de mais de quatrocentos rosários.” (Limão)


MIM

“Em Brasília é mais fácil encontrar um ET embriagado cantando Jambalaya do que um político que não tenha o rabo preso.” (Mim)


NONO AMBRÓSIO

“A Nona ontem bateu o recorde: 12 dias sem banho corporal, só lavando a área morta.” (Nono Ambrósio)


PÓCRATES

“Descobri o sexo quando já estava nu. Aí não deu mais para ignorar.” (Pócrates)

PULGA LURDES

 “Os Pets estão acabando como a nossa raça. Cadê o Greenpeace?”(Pulga Lurdes)

SATANÁS FERREIRA

“Na verdade o inferno não de todo ruim. Depende de que lado do forno você está; se do lado de dentro ou do lado de fora.” (Satanás Ferreira)

UMA FAMÍLIA DE NEGÓCIOS

-Pai, mais um amigo seu foi preso na Lava-Jato!
- Amigo, que amigo? Nunca vi mais branco.
- Entendi pai, entendi...

Artigo, Luís Milman - Aquecimento global e transcendência pagã

A linguagem apocalíptica usada pela mídia para falar de aquecimento global já vem impregnada de ideologia esquerdista vulgar e de farsa politicamente correta. Primeiro, porque não há base evidencial para sustentar que está havendo um aquecimento global. Segundo, porque mudanças climáticas ocorrem sem que haja intervenção humana, devido a fenômenos meteorológicos como o El Nino, a mudança de temperatura dos oceanos, a atividade vulcânica e a radiação solar (principalmente), que pode se intensificar ou não dependendo da posição da Terra em relação ao Sol. A emissão de CO2 da indústria é irrelevante para qualquer mudança de clima e, além disso, o CO2 não só é absorvido no ecossistema, como é vital para a sua funcionalidade.



Donald Trump está certíssimo em sua rejeição à ideologia aquecimentista perniciosa propalada pela ONU e por ONGS trapaceiras e milionárias, que querem combater o modelo de produção industrial por meio desta mentira. Nenhum país pode pautar sua política industrial pelo medo do aquecimento do planeta. Esta é uma agenda de controle transnacional, que propositalmente induz a pensar que há uma coincidência entre questões ambientais e o tal do aquecimento global. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Preservar o ambiente da poluição está ao alcance do homem. Mas evitar que o planeta se aqueça ou se resfrie não. O argumento do aquecimento global substituiu a doutrina marxista e se expressa como forma de uma transcenência pagã, como o definiu Theodore Dalrymple, no livro A nova Síndrome de Vichy. 

Ele se apresenta como nova forma de transcendência pela política, depois que o marxismo caiu em descrédito. É bem sintomático que os manifestantes violentos de Hamburgo contra os membros do G20, lançavam coquetéis molotov em protesto contra o capitalismo que está destruindo o planeta, segundo eles, devido a emissão de CO2 na atmosfera. A causa do meio ambiente é fundamental para a reorientação do ódio. O cataclismo que nos ameaça, segundo essa ideologia, é de algum modo ainda associado às contradições do capitalismo, mas dessa vez não mais se invoca a luta de classes para superá-las, mas a luta pela preservação do meio ambiente. Os extremistas do aquecimento global alegam que somete uma transformação radical nas matrizes energéticas implementariam as mudanças necessárias para livrar o planeta da destruição. 

Eles posam de salvadores da raça humana, da mesma forma que os leninistas se apresentavam como sabendo o que era bom para o proletariado -e assim para a humanidade- , conferindo a si mesmos um papel providencial. Os ambientalistas também sabem o que é bom para a humanidade e a causa da luta contra o aquecimento do planeta agrupa o mito segundo o qual há uma ciência que o ampara -e isto é um mito, porque, na verdade, a ciência do clima não dá suporte a crença aquecimentista, que se sustenta em previsões catastróficas de uma falsa ciência, assim como os cânones a transcendência pagã cientificista do marxismo sustentaram-se, por décadas, em uma falsa sociologia e, os do nazismo, em uma falsa biologia. Há muitas pessoas dispostas a entregarem-se a uma luta contra o aquecimento global e promoverem distúrbios para o bem da humanidade. Para elas, o significado da vida foi rearticulado pelo combate à civilização industrial, a mesma que promoveu o maior bem estar que a humanidade já vivenciou.

Iraque derrotou o Estado Islâmico. Mossul foi retomada.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, proclamou em um comunicado neste domingo a vitória de seu exército em Mossul, cidade "liberada" após uma batalha de quase nove meses contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI). 

O Iraque derrotou o Exército Islâmico.

Abadi "chegou a cidade libertada de Mossul e felicitou  os combatentes heroicos e o povo iraquiano por esta importante vitória", indicou comunicado do governo.

No Twitter do primeiro-ministro, foi publicada uma foto de Haider Al-Abadi, vestido em uniforme militar, chegando na segunda maior cidade do país e último grande reduto urbano que ainda era controlado pelos extremistas islâmicos.

Do blog do Políbio Braga