terça-feira, 29 de novembro de 2016

Casa Branca homenageia Chapecoense



A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ned Price, prestou homenagem às vítimas do acidente com o avião do Chapecoense:

“Em nome dos Estados Unidos, nós estendemos as nossas mais profundas condolências aos familiares das pessoas que morreram no trágico acidente do voo 2933 nas proximidades de Medellín, na Colômbia.

Os nossos pensamentos e orações vão para os jogadores sobreviventes e para a equipe do Chapecoense, assim como para todas as pessoas que foram tocadas por essa tragédia. O povo americano se solidariza com o povo do Brasil e da Colômbia nesse momento difícil.”

PÉS SUJOS

Fazia tempo que Noar não esfregava os pés. Preparou uma enorme bacia, sabão, água quentinha e uma boa esponja vegetal. Então Noar foi esfregando, esfregando e a sujeira saindo, saindo. Mais água quentinha, mais sabão, e esfrega, esfrega, e a sujeira saindo, saindo. Sem exagero, com o barro que saiu dos pés desse vivente, a Olaria do Zé Arnaldo fez dois mil tijolos, e o homem ficou tão leve que parecia um astronauta pulando na lua.

E MAIS UM ISLÂMICO COMETE ATENTADO TERRORISTA NOS ESTADOS UNIDOS, USANDO UMA FACA DE AÇOUGUEIRO!

Para desespero da grande imprensa, um muçulmano da Somália cometeu novo atentado terrorista nos Estados Unidos, em Ohio. Os “jornalistas” falaram em tiroteio e homem branco, mas não foi tiroteio, tampouco de um homem branco. As agendas de desarmamento e ataque ao “fanatismo e racismo dos supremacistas brancos” terão de aguardar. Michael Moore não fará documentário algum. O silêncio ou o eufemismo tomam as redações. Um “homem” ou um “aluno” morre em universidade americana, eis a nova manchete, como podemos ver no GLOBO:
Pelo menos dez pessoas ficaram feridas na Universidade de Ohio (Ohio State, OSU), nos EUA, depois que um homem armado invadiu a instituição nesta segunda-feira. O suspeito foi morto a tiros por um guarda do campus. De acordo com um porta-voz da instituição, há vítimas esfaqueadas e outras que foram atropeladas. Em entrevista coletiva, autoridades policiais informaram que o suspeito se chamava Abdul Razaq Ali Artan, um estudante da instituição que, segundo a imprensa local e uma fonte do governo americano, nasceu na Somália e tinha residência legal nos Estados Unidos. Ele tinha 18 anos. Segundo os jornais, Artan deixou o país natal com a família em 2007, viveu no Paquistão e depois mudou-se para os EUA, em 2014. A OSU inclui terrorismo na lista de possíveis motivações.
Segundo os agentes, o motivo do ataque ainda está sendo investigado. Eles também afirmaram que Artan escreveu uma publicação em redes sociais pouco antes do incidente, e que a agressão foi claramente deliberada e pode ter sido planejada com antecedência.
E agora? Como culpar Trump em vez do Islã por mais esse ataque terrorismo? Como condenar as armas, quando aquela utilizada foi uma simples faca? Ficou ruim para a imprensa “progressista”, não é mesmo? Mas claro que dá para puxar a sardinha para a esquerda, e ainda tentar culpar o “racismo”, o “preconceito” dos brancos, como a própria reportagem tenta fazer logo depois:
Em entrevista a um jornal da universidade, o “The Lantern”, Ali Artan demonstra preocupação sobre como os muçulmanos são vistos no país. “Eu queria orar ao ar livre, mas estava meio assustado com tudo que a mídia publica. Sou muçulmano, e não é como a mídia me retrata”, contou ele à publicação. “Se as pessoas olham para mim, um muçulmano orando, não sei o que vão pensar, o que vai acontecer, mas não as culpo. É a mídia que apresenta este retrato a elas e faz com que se sintam desconfortáveis.”
Culpa do Trump! Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, foi atacando a imprensa à medida que mais informações eram disponibilizadas:
Ao que parece o “atirador” na faculdade de Ohio usava um facão! Os tiros disparados foram pela polícia. O ataque guarda semelhanças com outros feitos por terroristas muçulmanos. Aguardemos!
O alerta oficial da universidade estadual de Ohio foi: fuja, proteja-se, lute. A verdade é que sem ninguém armado não era possível fugir, nem se proteger e muito menos lutar. Me lembrou exatamente o caso da Universidade da Califórnia que comentei nesse artigo aqui: http://www.cadaminuto.com.br/…/universidade-da-california-l…
Globonews, aquela que não acerta uma, disse de cara que era um atirador supremacista branco… Bom, vamos lá. O ataque: primeiramente ele atropelou estudantes e depois saiu com uma faca de açougueiro e começou a deferir golpes contra os mesmo. De acordo com informações PRELIMINARES da ABC News ele era um estudante da Somália…
Comentaristas da Globonews decepcionados… Não usou armas de fogo, não era americano, não era branco, não era cristão e não votava no Trump… Ano difícil…
E depois partiu para a ironia:
Enquanto isso em uma redação qualquer…
– Rápido! Coloca ai a chamada: Supremacista cristão branco abre fogo em universidade americana. Discurso racista de Trump e fácil acesso às armas podem explicar mais esse caso de violência.
– Mas chefe… O cara era um estudante somali…
– Ok, tire o supremacista branco
– Mas ele também não deveria ser cristão, afinal há grandes chances de ser muçulmano…
– Tá, mantenha o resto.
– Mas ele usou um carro e uma faca de açougueiro…
– Porra! Assim não dá! Sei lá, requente uma matéria sobre o sucesso do desarmamento no Brasil!
– Mas chefe, o Brasil teve quase 60 mil homicídios e…
– Tá demitido! Fora daqui!
Mas um leitor veio com a solução mágica para a manchete:
“ALUNO SOMALI TRAUMATIZADO POR BULLYING DE SUPREMACISTAS BRANCOS CONTRA-ATACA”
Brincava, claro, mas não é que estamos quase chegando a esse ponto mesmo? Bene Barbosa conclui: “Hoje aprendemos que a lei de controle de armas nos EUA é tão liberal que até facas causam tiroteios”. Leandro Ruschel foi outro que desabafou:
Então mais um muçulmano produz um atentado nos EUA, jogando um carro contra estudantes da Universidade de Ohio, e atacando com uma faca ao sair do carro, ferindo nove pessoas, duas em estado crítico.
É a religião da paz em seu esplendor.
Esperem para ver a imprensa dizendo que é culpa do Trump que incitou o ódio!
Para sorte dos EUA, ele ganhou as eleições e vai finalmente impor a lei aos bárbaros.
Nos últimos 30 dias, foram cometidos 221 ataques islâmicos em 26 países resultando em 2028 mortos e 3024 feridos. #religiaodapaz.
Os esquerdistas americanos já sabem como resolver o problema de ataques com facas: proibir o uso de facas!
Quem se informa através das redes sociais ou da mídia alternativa sabe que um muçulmano somali refugiado atacou estudantes da Universidade de Ohio, deixando 9 feridos.
Já aqueles que utilizam a mídia tradicional ainda não sabem e talvez nem venham a saber.
A imprensa tradicional virou simplesmente uma extensão dos partidos de esquerda. Por isso está morrendo.
Ninguém mais leva a sério.
Pois é: está cada vez pior a credibilidade da grande imprensa, quando se mostra tão parcial, tão manipuladora, tão “progressista”, na torcida ideológica em vez de relatar fatos.
Rodrigo Constantino

RODRIGO CONSTANTINO- EMBARCAR NO “FORA, TEMER” AGORA É DAR MUNIÇÃO À EXTREMA-ESQUERDA

Um protesto contra o governo e contra projetos do presidente Michel Temer terminou em confusão no final da tarde desta terça-feira (29).
Após mais de 12 mil pessoas se reunirem em frente ao gramado do Congresso Nacional (segundo estimativa da Polícia Legislativa), alguns manifestantes viraram um carro da TV Record que estava estacionado na rampa de acesso e depredaram outros.
A Polícia Militar e a Polícia Legislativa, que faziam um cordão de isolamento, atiraram então bombas de efeito moral para dispersar o ato.
Um grupo chegou a virar banheiros químicos que estavam na região e um outro montou uma barricada num trecho da Esplanada para evitar a proximidade da polícia.
Com o grito de guerra “fora, Temer”, o protesto reúne sindicatos, índios, organizações de esquerda e movimentos sociais.
Há faixas contra a proposta de congelamento de gastos federais, que deve ir a voto no Senado nesta terça, e contra a reforma do ensino médio, entre outros pontos.
Eis tudo o que você precisa saber para não apoiar nenhum movimento com a bandeira “Fora, Temer” neste momento. Algum senso de realismo político se faz necessário aqui. Sim, Geddel cometeu abuso de poder, tão típico de nosso modelo político, do que o PMDB representa. Sim, Temer errou.
Mas como não estranhar a postura do ex-ministro Calero, tão ligado à turma da extrema-esquerda, como podemos ver em fotos circulando pelas redes sociais? Como não desconfiar desse pessoal que já aproveita para reforçar a narrativa canalha de que o impeachment foi um “golpe”?
Basta ler a coluna da senadora Vanessa Grazziotin hoje na Folha, a mesma em que ela diz que Fidel Castro representou a luta democrática, para perceber como aqueles que reúnem seus esforços hoje para tentar derrubar Temer agem como inocentes úteis dos comunistas. A quem interessa isso? Fora Temer e quem para dentro?
O purismo também pode ser confundido com certa infantilidade muitas vezes. Algum pragmatismo é importante aqui, como sinal de maturidade. Embarcar ao lado de CUT, UNE, PCdoB, PT e PSOL será sempre uma furada. Em 100 de 100 vezes isso será o lado errado da coisa, da História.
Temer não deve ser blindado, claro, nem seu governo deve permanecer impune, caso denúncias graves sejam comprovadas. Ele também deve sofrer pressão popular pela aprovação das reformas que poderão colocar nossa economia novamente nos trilhos. Mas daí a se juntar com vândalos comunistas para pedir sua cabeça vai uma longa distância.
Não sejamos burros a ponto de nos transformarmos em massa de manobra desses maus perdedores do Antigo Regime, que fazem de tudo para evitar qualquer mudança positiva. Quando for a hora, o próprio PMDB será a bola da vez, para que um Novo Brasil possa emergir do pântano de Brasília. Mas quando for a hora…
Rodrigo Constantino

FILOSOFENO

“A morte. Tão natural e tanto mistificada.” (Filosofeno) 

 “A paixão tem seu lado perigoso. A paixão provoca cegueira.” (Filosofeno) “A besta, quanto mais besta, mais arrogante.” (Filosofeno) 

 “Estar só não é o mesmo que estar sozinho. Uma mente cheia de planos é companhia que espanta o tédio e toda solidão que possa existir no ambiente.” (Filosofeno) 

 “Enquanto alguns acordam para fazer o bem, outros já saem da cama de braços com a maldade.” (Filosofeno) 

 “A melhor coisa para se abrir portas ainda é ter a chave certa.” (Filosofeno, o filósofo que dorme sobre o capim) “Entram reais no bolso, a empáfia assume o ser. Assim é o comum.” (Filosofeno) 

 “Caridade não se faz com público, câmeras e microfones. Então não é caridade, é esmola.” (Filosofeno) 

 “Acostume-se! Sempre haverá pedras, espinhos e falsos amigos em nosso caminho.” (Filosofeno)

CANINAS

“Antigamente cachorro bom era o que mais latia. Hoje cachorro de apartamento considerado bom, é mudo.” (Bilu Cão) 

 “Finalmente estou lendo ‘Como Fugi da Castração Através de Um Grande Teatro’,de Yuri Cachorroviski. É o meu livro de cabeceira.” (Bilu Cão) 

 “Ainda bem que a China fica distante. Só de pensar em virar cozido faço xixi no tapete.” (Bilu Cão) 

 “A minha patroa voltou do mercado sem ração, sem biscoitinhos para o Bilu. Estou ralado, já estou vendo o meu prato de arroz com banha.” (Bilu Cão) 

 “Todos empregados aqui em casa, tínhamos aos domingos churrasco e bebes. Agora na maior M do mundo é macarrão com carne moída de segunda. E não sobra nada para o Bilu.” (Bilu Cão)

ASSOMBRADAS

“Meu atual emprego é de maquinista de trem fantasma. Assustar os outros é muito divertido.” (Assombração) 

 “Arrumei uma mulher mais feia do que eu. Ao acordar não sei quem se assusta mais.” (Assombração) “Sou muito feio e não escolho par. Já namorei até a mãe do Conde Drácula.” (Assombração) 

 “Uma namorada me levou para conhecer seus pais. O velho dela quase morreu engasgado com sopa. A velha pegou num rosário e não largou mais até morrer.”  
“Apesar de feio tenho milhares de horas de beijos no meu currículo.” (Assombração) 

 “Acordei hoje bem mais feio que ontem. É este o meu destino.” (Assombração) 

“Feios como eu não gostam de espelhos. Os sustos devem ser para os outros.” (Assombração)

O PINTINHO

O pintinho Douglas saiu do ovo e foi direto ao PROCON. Segundo ele os pais haviam prometido para ele uma existência como cisne, não como um reles pinto. Não desejava viver como um comum queria ser admirado como cisne. Porém na instituição não teve como provar tal promessa, e foi obrigado a viver como pinto. Pinto murcho, por sinal.

O MENTIROSO

Luiz gostava de mentir, estava no sangue. O pai também fora um emérito gabola queimador de campo. Certa feita Luiz disse ter encontrado um diminuto marciano cru dentro do seu frango assado e depois mil dólares dentro de um Kinder Ovo. Já na reunião do partido disse ser descendente de Robespierre. Quando menino fez gazeta e contou à mãe que a escola tinha sido devorada por cupins e que aulas só no ano seguinte. Já adulto matou a própria avó doze vezes em diversos empregos para conseguir folga. Um crápula, sem dúvida; foi noivo de seis moças ao mesmo tempo na cidade em que morava, mentindo sempre mais para justificar sua ausência nos encontros marcados. Nada é para sempre, e um dia o feitiço vira contra o feiticeiro. Numa roda de desconhecidos no boteco gabava-se que era dono de inúmeros imóveis, que vivia de renda, a carteira sempre recheada. Pois foi assaltado no caminho de casa, levou um pau federal, entortaram ele no cassetete, pois sua carteira tinha apenas vinte e cinco centavos e uma conta de energia de trinta reais em atraso.

DONA MAYSA

Chico Melancia ouviu falar que Dona Maysa tinha mãos mágicas, curava enfermidades, inclusive psicológicas. A consulta era trinta reais, uma pechincha para quem sofria, pois diziam pelas ruas que era cura na certa. Chico não tinha problemas de saúde, e os familiares estranharam quando ele pediu à irmã que obtivesse uma vaga para ele. No dia e hora aprazado o cliente entrou na sala da quase santa e foi direto com ela: “Dona Maysa, paguei a consulta, porém não tenho nada, meu problema é dinheiro”. Então sacou do bolso um volante da mega e pediu para ela marcar os seis números.

MAURO BETTING- A Chapecoense não é o Brasil. O mundo é a Chapecoense.


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Se Danilo não defende com os pés aquela última bola do time do papa Francisco, amanhã teria Atlético Nacional X San Lorenzo, em Medellín. Maravilhosa defesa e sensacional narração do Deva Pascovicci, no Fox Sports. Só vi pela Fox o lance ontem, segunda, fim de tarde, quando vi que o tuíte a respeito dela era tweet10 do próprio Twitter. Com a entrevista do Danilo ouvindo a narração emocionante do Deva (meu amigo e colega desde Sportv-96) na conversa com Victorino Chermont (meu amigo e colega desde Band-99, Record e Fox). Na hora peguei meu celular pra mandar abraços pro Deva e parabenizar pela narração com ''o espírito de Condá''. Mas tocou o celular. E eu esqueci de mandar a mensagem pelo WhatsApp. Era Mara, mulher do Mario Sérgio, meu amigo e colega de Band, Bandsports e Fox. Pai do Felipe, colega de clube do meu Luca. Meu ídolo de Palmeiras 84-85. Meu craque desde o Vitória, em 72.
Mara estava preocupada com a logística da viagem para a Colômbia. Voo cancelado, depois voo fretado da Bolívia para a Colômbia, volta incerta e não sabida. Falamos do Felipe. Dos outros filhos do Mario. Dos meus filhos. De como é complicada essa vida correndo atrás da bola pelo mundo. Mesmo papo que Deva teve comigo na última transmissão que fiz no Rio, pelo Fox Sports, antes de trocar de canal. Ele estava ainda com a vida entre dois Rios. De Janeiro e Preto. Mezzo carioca, mezzo caipira de São José do Rio Preto.
Coisas da profissão que abraçamos. Mas nada pode ser trocado pelo abraço de quem nos toca.

Importante: A conversa entre Mara Paiva e Mauro Beting, jornalista e amigo da família, aconteceu em um momento de desabafo da mulher de Mário Sérgio, pois houve problemas de logística de avião que independiam da Fox Sports. Essas condições levavam Mário a um desgaste, mas era uma questão de logística e legislação área completamente independentes da Fox e da Chapecoense, ninguém o obrigou a viajar, que fique claro. A logística em nada tem a ver com a empresa, em absoluto em nada tem a ver com a empresa, Mário estava infeliz com algumas situações, mas nada que o forçasse a pegar o avião.

Eu estava vendo o #tweet10 do Twitter porque o meu comentário na Jovem Pan na manhã de ontem havia sido escolhido para ser o do dia. Aquele em que falo em que há exatos 4 anos eu não chorei quando dei a notícia mais exclusiva da minha vida: quando anunciei na Rádio Bandeirantes que meu pai havia morrido, ele que estava havia quatro dias em estado irreversível. Eu estava preparado. E li numa boa os quase sete minutos de texto que preparara para meu blog. Não para ler no ar e dar a notícia ao vivo da morte do meu pai. Meu maior ''furo'' em 29 anos de carreira foi dar a notícia para milhares que não consegui dar ou ter coragem de dizer aos meus dois filhos. Eles souberam pelo Twitter.

O meu #tweet10 era por isso. E por eu ter falado que, no domingo, no Allianz Parque, 20 minutos depois de Jailson ser substituído por Fernando Prass, eu pela primeira vez em 26 anos de rádio havia chorado. Por relatar a emoção que eu e milhares tivemos pela simbologia da troca. De dois ídolos que nasceram nesses últimos quatro anos. Dois caras de carisma e caráter. Um Prass que eu soube que vinha ao Palmeiras no momento em que o meu pai saía do velório ao crematório. Foi a notícia que o presidente Tirone me deu até para me confortar naquele manhã de quinta de 2012.
Foi o que falei na Pan. Chorei por uma troca, não pela morte do meu pai. Como explicar? E olha que a troca era esperada. Mas ainda assim chorei. Sentimento não se explica. Não se mede. Não se justifica. Muito menos se cobra.
Apenas se sente. E não tem como dizer nada para Chapecó e a Chapecoense. Os melhores dias da vida do clube. A torcida de quase todo o país pela Chape. Time que em 2011 estava sem divisão nacional. Clube que em 2016 era paixão do país pela comovente campanha na Sul-Americana. A Chapecoense não era Brasil. O mundo é Chapecoense.
Campanha espetacular que levou Deva, Mario Sérgio, Victorino, PJ Clement, Jumelo e colegas de ofício e companheiros de futebol para Medellín. Cobertura que talvez eu fizesse se eu ainda estivesse trabalhando no Fox Sports. Casa que me deu tudo por três anos. Casa que agora tudo tem feito mais uma vez pelas famílias. Torcemos e vivemos juntos.

Talvez eu não fosse escalado pela chefia para a transmissão. Talvez eu não fosse o escolhido. Como acabaram sendo os amigos que foram. E não voltarão para casa.

Desculpa falar de algo pessoal. Mas sentimento é assim. Individual. Único. Ainda que choque todo mundo. E todo o mundo. E choca lembrar amigos queridos que partiram. Atletas que respeito. Famílias despedaçadas.
Choca lembrar que torci muito por eles em toda a Sul-Americana. Que torci por eles até por ser mesquinho como gente. Queria também a Chape indo longe para chegar desgastada e focada em outro torneio no Allianz Parque. E ainda assim chegou bravamente. E saiu ainda maior ao final do jogo de campeões, no domingo. Do Verdão do Oeste contra o Verdão paulista.

Relata Alex Ferreira de Castro pelas redes sociais: quando o ônibus da Chapecoense deixou o estádio do Palmeiras, a torcida que cantava e vibrava pelo enea começou a aplaudir a campanha da Chape. O elenco. A força. A luta. E dentro do ônibus eles começaram a aplaudir o aplauso dos torcedores rivais.

Como deveria ser sempre. Mas não é. Aqui se mata porque alguém torce por outra cor. Aqui se mata por alguém distorcer por outra cor. Lá se morreu defendendo as cores do esporte e da vida.

Eu queria escrever para as famílias, amigos e colegas de todos. Para toda Chapecó. Para a Chapecoense.

Mas sou pequeno demais. Penso nos meus amigos. Penso que talvez eu pudesse ter estado nesse voo. Penso que se não vou pro Esporte Interativo eu talvez tivesse partido. Penso em mim e nos meus. E penso que não sabemos mesmo porra alguma na vida.
Vamos mandar a mensagem que não mandei pro Deva. Vamos devolver o livro que há anos o Victorino me emprestou. Vamos fazer o projeto de internet que o Deva me convidou. Vamos dividir a camisa que às vezes eu roubava do PJ. Vamos tirar sarro do Jumelo que tanto me corneta pelo Palmeiras meu e o Corinthians dele. Vamos ligar pro Caio Júnior e parabenizar pela campanha. Vamos dar outros parabéns para o Danilo pelo assessor Diego. Vamos abraçar o Giovani Martinello. Vamos zoar o Mario Sergio por tanta coisa. Vamos aprender ainda mais de futebol com ele. Vamos ligar pro Felipe e pra Mara.

Vamos aplaudir a Chapecoense. Vamos entrar de sócio-torcedor para dar apoio material. Vamos, clubes do Brasil, remontar o elenco da Chape. Vamos dar o título da Sul-Americana. Vamos criar a blindagem da equipe por três anos na Série A. Vamos ser coirmãos de coração. No amor e na dor.
Unidos por Chapecó. Terra do índio que defendeu seu povo e suas terras. Condá. Vitorino Condá. Como Victorino Chermont. Como tantos queridos guerreiros que partiram fazendo o que amam.

O pé de Danilo no fim de uma partida deu a maior alegria e a maior tristeza de Chapecó. Vamos dar uma mão e o coração a todos que partiram.

TÉDIO

Na rotina cansativa
A grande ameaça é assumir o tédio
Impondo ao ser o desalento
O não sonhar
A terrível amargura da desesperança.

O TEMPO QUE TEMOS

O tempo que temos
Na jornada da vida é finito
É preciso aproveitar o tempo que temos
Para deixar um recado
E dizer porque viemos.

POMBINHAS

Mesmo que o mundo só fosse habitado por pombinhas brancas
Não seria um lugar perfeito
Pois todos hão de convir
Que alguém teria que limpar o cocô das donzelas.

FOLHA VERDE

O vento tirou da árvore encorpada uma folha verdinha
Que ficou voando pra lá e pra cá ao seu sabor
Não sabia o vento
Que no canto da calçada do colégio municipal
Um grupo de formigas aguardava por ela
Fazendo  coro no nham nham nham!

EM FRENTE!

Somente o tempo acalmará a dor que sentimos. A saudade, a boa lembrança ficará para sempre. Eles por certo não desejariam ver todos esmorecidos. É preciso continuar o trabalho tão bem feito até agora. E vamos seguir em frente, chorando, mas em frente.

Torcedores e familiares se reúnem na Arena Condá em Chapecó

Torcedores e familiares se reúnem na Arena Condá em Chapecó
FOTO MATEUS FROZZA- RADIO CHAPECO

CHORA O BRASIL, CHORA CHAPECÓ

O céu está cinza como os nossos corações
Palavras são interrompidas pela dor
Pelas lágrimas que descem pela face
Chora o Brasil
Chora Chapecó

Choramos por todos
Atletas
Jornalistas
Dirigentes
Empresários

Choramos pelos familiares
E muito pelos filhos agora sem seus pais
E nada podemos fazer
Senão lamentar imensamente
E tentar seguir em frente.

LISTA PASSAGEIROS DA TRAGÉDIA QUE ABALOU A NOSSA CHAPECÓ

avião que transportava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana sofreu um acidente na Colômbia por volta da 0h30min (horário de Brasília) desta terça-feira. De acordo com a polícia colombiana, 76 mortos foram confirmados. Entre as pessoas resgatadas com vida, entre elas alguns jogadores, cinco sobreviveram e estão em atendimento.
avião da companhia boliviana Lamia, matrícula CP-2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo — 72 passageiros e 9 tripulantes. Não há, por enquanto, identificação das vítimas fatais. 
Abaixo, veja a lista de passageiros preliminar, que está sendo atualizada na medida que as informações são atualizadas.
SOBREVIVENTES
Alan Ruschel (lateral da Chapecoense)
Jakson Follmann (goleiro)
Danilo (goleiro)
Rafael Henzel (jornalista)
Ximena Suarez (comissária)
VÍTIMAS
Lista de jornalistas:Victorino Chermont - FOX
Rodrigo Santana Gonçalves - FOX
Devair Paschoalon - FOX
Lilacio Pereira Jr. - FOX
Paulo Clement - FOX
Mário Sérgio - FOX
Guilherme Marques - Globo
Ari de Araújo Jr. - Globo
Guilherme Laars - Globo
Giovane Klein Victória - RBS (repórter da RBS TV de Chapecó)
Bruno Mauri da Silva - RBS (técnico da RBS TV de Florianópolis)
Djalma Araújo Neto - RBS (cinegrafista da RBS TV de Florianópolis)
André Podiacki - RBS (repórter do Diário Catarinense)
Laion Espíndola - Globo Esporte (repórter de Chapecó)
Rafael Valmorbida - Rádio Oeste
Renan Agnolin
Fernando Schardong
Edson Ebeliny
Gelson Galiotto
Douglas Dorneles
Jacir Biavatti
Ivan Agnoletto
Lista da tripulação:Miguel Quiroga
Ovar Goytia
Sisy Arias
Romel Vacaflores
Alex Quispe
Gustavo Encina
Erwin Tumiri
Angel Lugo
Lista da delegação da Chapecoense:
Ananias Monteiro
Arthur Maia
Bruno Rangel
Aiton Cesar
Cleber Santana
Marcos Padilha
Dener Assunção
Filipe Machado
José Paiva
Guilherme de Souza
Everton Kempes
Lucas da Silva
Matheus Btencourt
Hélio Zampier
Sérgio Manoel Barbosa
William Thiego
Tiago da Rocha
Josimar
Marcelo Augusto
Mateus Lucena dos Santos
Luiz Saroli
Eduardo Filho
Anderson Araújo
Anderson Martins
Marcio Koury
Rafael Gobbato
Luiz Cunha
Luiz Grohs
Sérgio de Jesus
Anderson Donizette
Andriano Bitencourt
Cleberson Fernando da Silva
Emersson Domenico
Eduardo Preuss
Mauro Stumpf
Sandro Pallaoro
Nilson Jr.
Decio Filho
Jandir Bordignon
Gilberto Thomaz
Mauro Bello
Edir De Marco
Daví Barela Dávi
Ricardo Porto
Delfim Pádua Peixoto Filho
NÃO TERIAM EMBARCADO*
Plinio Filho
Luciano Buligon
Gelson Merísio
*nomes estão na lista oficial de passageiros da companhia, mas não teriam embarcado
DC

HÁ SOBREVIVENTES

Chagaram com vida ao hospital o goleiros Danilo e Folmann, e o Alan Ruschel. O jornalista Rafael Henzel também.

Lamentável tragédia ocorreu, nas proximidades de Medellin (Colômbia), por volta da uma hora da madrugada: caiu o avião que levava 81 passageiros, entre os quais toda a equipe da Chapecoense (e comissão técnica), que disputaria o título da Sul-Americana contra o Atlético Nacional, além de dirigentes (entre os quais Delfim Peixoto, opositor a Marco Polo Del Nero) e alguns jornalistas (destes, soubemos de Ronaldo, Edmundo, Zé Elias, Chermont, Mario Sergio, Clement, Deva e Lilacio).
O jogo, por razões óbvias, já foi cancelado.
A lista de atletas a bordo é formada por: Goleiros: Danilo e Follmann; Laterais: Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; Zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; Volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; Atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela, além do técnico Caio Júnior.
Há sobreviventes, apesar de ainda não se saber quais, muitos deles bem feridos.
A Prefeitura de Medellin, através do Prefeito Frederico Gutierrez, informa que há, pelo menos, 25 mortos.
O time brasileiro, que fazia história pela alegria do futebol, dela fará parte, também, pela tristeza do acaso.
Nossa solidariedade aos parentes das vítimas, e torcida para que as melhores notícias possam atingi-los nas horas aflitas que estão por vir.

Do blog do Paulinho

TRISTEZA- AVIÃO DA CHAPECOENSE CAI



O avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29), informam autoridades colombianas. Não há informações sobre mortos, mas há feridos. O avião da Lamia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes.

Segundo a imprensa local, a aeronave com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.

As primeiras informações são que de seis pessoas foram resgatadas e levadas a hospitais na região. Dentre esses sobreviventes estariam o lateral Alan Ruschel, que chegou a unidade de saúde consciente, e os goleiros Danilo e Follmann. O Corpo de Bombeiros local falou em 10 pessoas resgadas.

O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre Ceja e Lá Unión. Anteriormente, a imprensa colombiana informou possível falta de combustível como causa do acidente. Mas a mídia local informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.

Segundo a rede de “TV Caracol”, a aeronave sobrevoava as cidades de La Ceja e Abejorral quando sumiu do radar.

Uma operação de emergência foi ativada para atender ao acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu muito a visibilidade.

Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.

De acordo com a imprensa colombiana, há feridos no local, mas não há relatos sobre mortos.

O time da Chapecoense embarcou para a Colômbia na noite de segunda (28), para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente, a delegação embarcou em um voo comercial de São Paulo até a Bolívia. Lá, o grupo pegou um voo da Lamia.

G1

TRAGÉDIA- AVIÃO DA CHAPECOENSE SOFRE ACIDENTE NA COLÔMBIA

Ainda não há informações de vítimas fatais.