terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ganha um prêmio quem achar o Gambá escondido na foto abaixo

José Casado: Para Oslo, não há inocentes

Publicado no Globo
Há um ano no comando da Petrobras, o administrador Aldemir Bendine ainda não conseguiu reverter o ceticismo de investidores sobre os rumos da “nova companhia”, como costuma qualificar. Na quinta-feira passada, viu-se confrontado pela desconfiança.
Enquanto Bendine divulgava no Rio o seu “abrangente, estruturante, complexo e revolucionário” projeto de mudanças administrativas na Petrobras, a 10,4 mil quilômetros de distância, em Oslo, o Banco Central da Noruega anunciava a revisão dos investimentos do país em ações da empresa brasileira “por causa do risco de corrupção grave”.
O governo da Noruega é dono de uma fatia de 0,61% do capital da Petrobras. Comprou ações da estatal , no governo Lula, com o dinheiro de um fundo formado com royalties do petróleo.
O aviso sobre a possível retirada de capital ainda neste ano é importante porque esse fundo norueguês é o maior investidor global. Seus ativos superam US$ 750 bilhões, soma do PIB da Argentina e do Chile, e incluem 1,3% das ações de nove mil empresas relevantes em 75 países.
A reclassificação da Petrobras foi recomendada pelo Conselho de Ética do fundo, depois de seis meses de análises e consultas à administração Bendine. O órgão concluiu que “a Petrobras tem responsabilidade pela corrupção grave”. Alertou sobre “o risco inaceitável” de a empresa ter cometido crimes puníveis na Noruega. Também advertiu sobre o perigo de “atos semelhantes no futuro”, por duvidar que o controle anticorrupção da estatal seja “suficientemente eficaz”.
Cinco conselheiros examinaram provas judiciais sobre subornos pagos a diretores e gerentes: “O alcance da corrupção indica que o resto da direção da empresa deve ter tido conhecimento do que acontecia”, escreveram.
A estatal argumentou ser vítima de crimes cometidos por ex-empregados. Eles refutaram: “À luz dos fatos, isso dá a impressão de que a empresa nega qualquer responsabilidade.”
A Petrobras vai enfrentar problemas similares nos Estados Unidos, prevê Isabel Franco, especialista na legislação americana anticorrupção. “A diplomacia pode até conseguir que a promotoria peça uma punição mais leve. Mas na SEC (Comissão de Valores Mobiliários), a Petrobras e seus diretores não têm como escapar. Não haveria como explicar aos que já foram punidos.” Na lista de sanções da SEC por corrupção destacam-se Siemens, Alstom, Halliburton, BAE, Total e Alcoa, entre outras.
Em Oslo, quatro grupos (Sevan, Akastor, Uglands e Acergy) começaram 2016 sob investigação por suspeita de pagamento de US$ 43 milhões em propinas ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada e o gerente Eduardo Musa, condenados ontem em Curitiba.
A procuradora norueguesa Marianne Djupesland rastreia pagamentos a Zelada e Musa feitos pelos brasileiros, Raul Schmidt Felippe Jr. e João Henriques, e pelo francês Miloud Alain Hassene Daouadji.
A dimensão extraterritorial da corrupção na Petrobras fez o Conselho de Ética do fundo sugerir às autoridades da Noruega que considerem o caso como paradigma, um “sinal claro para o Brasil e o resto do mundo” de que “ninguém vai ficar sozinho — nem os executivos seniores, nem os melhores políticos, nem os funcionários públicos.”
Bendine precisa ser mais eficaz para erguer a “nova companhia”, como imagina.

DIÁRIO DO SATANILDO- Aliado de Eduardo Cunha anula abertura de investigação no Conselho de Ética

Waldir Maranhão (PP-MA) acatou recurso e levou o processo contra o presidente da Câmara de volta para a estaca zero.
“O que podemos esperar do Rui Falcão? Apavorador de galinhas?”
“Lula é um molusco?  Não, Lula é um minúsculo.”
“O paraíso do PT desmoronou e caiu dentro do inferno. Arre chamas!”

Como me tornei ateu Clarion de Laffalot

Os poderosos se safam no detalhe da lei. E o país não sai do círculo da desgraça da impunidade por mais que alguns juízes e promotores façam de tudo.

O governo do Brasil deveria copiar os governos mundo afora que deram certo. Mas fazem o oposto, copiam os falidos.

O HOMEM CERTO

DIÁRIO DO SATANILDO- Moody's pode rebaixar nota do Brasil até o final do carnaval

Artigo, Milton Pires - O regime petista e o carnaval dos microcéfalos

Em 27 de janeiro de 2013, duzentas e quarenta e duas pessoas morreram num incêndio dentro de uma boate na cidade de Santa Maria, aqui no Rio Grande do Sul. Escrevi, na época, um artigo chamado “Santa Maria e a Guerra do Vietnam” onde responsabilizei diretamente o Poder Público pela morte das pessoas, dei “nome aos bois” e alertei para chegada dos médicos cubanos ao Brasil.

Trabalhando como funcionário (médico intensivista) de um hospital controlado pelo PC do B, paguei meu preço nas “avaliações funcionais” e nas “queixas de funcionários e colegas” contra mim. Em 2014 fui acusado de um crime que não cometi – agredir uma médica dentro do Hospital – e perdi meu emprego. Até hoje não consegui, mesmo tendo feito concurso público, voltar ao trabalho e meu nome, como o nome de todos aqueles que desafiam a esquerda brasileira, foi para o lixo naquilo que eles fazem de melhor: assassinar a reputação de quem se "atreve a fazer oposição."

Passados três anos, o Brasil inteiro vive o terror da epidemia do Zika Virus: o “vírus da microencefalia”, como ele se tornou conhecido no pais da rubéola, da toxoplasmose do citomegalovírus, do herpes, do alcoolismo e das viciadas em crack que vagam nas ruas de São Paulo, foi descoberto em 1947 em Uganda. Afirmo ser minha convicção que ele só chegou ao Brasil em virtude da mais completa irresponsabilidade, da corrupção e do descontrole de um governo criminoso que não controla fronteiras nem entrada de imigrantes africanos (inclusive em navios com mosquitos) no país.
O transmissor deste vírus – o mosquito Aedes Aegypit – é, como eu escrevi outro dia, uma espécie de “fusca dos mosquitos”- transporta um infinidade de vírus a “baixo custo” para si mesmo. Há quase trinta anos (isto mesmo: trinta anos) o Governo Brasileiro vem tentando exterminar o inseto. Recentemente, em função da epidemia de dengue, as ações foram intensificadas mas, ao invés de produzirem o resultado final esperado (a extinção do mosquito) foram eficientes no sentido de torná-lo mais resistente – fenômeno comum quando se combate seres vivos a longo prazo sem conseguir matá-los. Agora, o Poder Público que não controla bandidos que entram dentro de UPAS (unidades de pronto atendimento) e moscas varejeiras dentro de UTI's (unidades de terapia intensiva) quer “controlar um vírus” !!!
Politicamente, a organização criminosa que atende pelo nome de “Partido dos Trabalhadores” precisa urgentemente da aprovação da nova CPMF para encher os cofres do país que ela mesma destruiu. A imprensa vem “colaborando muito” e mostra cenas de terror dentro de UPAS e dos hospitais falidos que os verdadeiros médicos brasileiros - não sindicalistas e não petistas - já reconhecem e denunciam desde a implantação do SUS.


Dos médicos cubanos, ninguém fala mais – nenhuma palavra sequer do Ministério da Saúde e do Regime Petista propondo alguma ação específica por parte destes que foram trazidos ao Brasil a peso de ouro para encher os cofres de Fidel Castro. O máximo que se escutou até agora veio de um ministro ligado ao PMDB que “ganhou o Ministério da Saúde” como pagamento para evitar o impeachment de Dilma. Ele disse que “torcia para que mulheres tivessem contato com o vírus antes de engravidar”, declaração que não merece comentário mas que surpreende porque vem de alguém com nível cognitivo que parece estar mais próximo do PT do que do PMDB.
Recentemente, a Dra. Margaret Chan, Diretora Geral da Organização Mundial da Saúde (a mesma instituição que já recomendou que as pessoas comam insetos e apoiou o Programa Mais Médicos no Brasil) declarou que a epidemia de Zika Virus é uma emergência mundial em termos de saúde pública. Imagino a festa por parte dos petistas do Ministério da Saúde que querem a aprovação da CPMF e da militância feminista aborteira: nada poderia ser mais conveniente mesmo reconhecendo que se trata, definitivamente, de uma situação gravíssima e que milhões de bebês vão nascer com cérebros menores a partir da infecção das mães nas doze primeiras semanas de gestação. Um vírus que pode trazer ao mesmo tempo mais impostos e a liberação total do aborto no Brasil é uma "benção" (na visão de um militante petista)
A única coisa que o Ministério da Saúde e o Regime Petista não dizem (e isso posso citar sem receio de destruir a carreira ou perder o emprego que a esquerda já me tirou) é qual o valor em dinheiro colocado pela PETROBRAS (que já fez isso em anos anteriores) no Carnaval do Rio de Janeiro – festa nacional caracterizada por uma promiscuidade sexual reconhecida em todo planeta e pelo número enorme de brasileiras que engravidam nesse período do ano.



Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2016.

Instituto Liberal- Frase do dia

O mérito principal do liberalismo é que ele é o sistema sob o qual os homens maus podem fazer menos mal. É um modelo de organização social que não depende, para seu bom funcionamento, de que encontremos os homens certos para governá-lo, ou que todos os homens tornem-se melhores do são, mas, ao contrário, é um sistema que se adapta aos homens em toda a sua variedade e complexidade: às vezes bons, às vezes maus, por vezes inteligentes, porém, mais frequentemente, estúpidos. F. A. von Hayek

O “e se” do Conselhão da Dilma …

conselhao

O MAESTRO CALADO

Num canto solitário da Papuda
O maestro imagina jamais entregar seu irmão
Afinal o mundo dá suas voltas
E talvez amanhã se torne uma virtude
Ser canalha e ladrão.

ALERTA

ANVISA ALERTA: Ser petista deixa sequelas.

O que é o estudo



 Cléber ordenhava vacas, elas não gostavam, pois ele tinha mãos ásperas. Quando ele chegava perto elas ficavam inquietas. Suas mãos duras machucavam os mamilos das amigas. O patrão observou a situação e então comprou luvas para ele e o problema foi resolvido. Cléber também tinha seguidamente arranhados no pênis. Nunca mais os teve. Olhava para a caixa de luvas sobre o armário e dizia para si: “Veja só o que é o estudo.”

Miniconto- NICE



 Esta é a curta história de Nice, uma doce bombinha, faceira e formosa que apressadamente marcou um encontro com um pombo galã após conhecê-lo pela internet. Embora avisada pelos familiares dos perigos de encontros assim, não deu bola e foi. Usou seu melhor perfume e carregou na maquiagem. O local combinado para o encontro foi um casarão abandonado na Vila Dores. Chegaram ao local e foram para o sobrado. Já nas primeiras carícias o tal pombo mostrou sua verdadeira face. Ela ficou apavorada quando o dito mostrou suas garras. Na verdade não era pombo, mas sim um gavião disfarçado. Azar da pobre pombinha que foi literalmente comida no primeiro encontro. Restaram da Nice somente penas e sua necessaire.

PLANETA COMISSÃO- SP-Delator diz que máfia do ISS deu R$ 5 milhões a 2 vereadores

Fiscal afirma que Adilson Amadeu (PTB) e Aurélio Miguel (PR) receberam propina.
*Até tu Aurélio?

MUNDO ANIMAL- Donos de gatos são mais neuróticos que donos de cães, diz estudo

NA BOCA DA CAÇAPA- Coalizão opositora da Venezuela pede que Maduro renuncie

PAPUDA NEWS- Em mensagem ao Congresso, Dilma pede parceria, defende CPMF e é vaiada

CORREIO DO CRUCIFIXO- Papa diz que o mundo não deve temer a China

O chiquinho deve estar de olhos no bilhão de chineses. Quantos dízimos!
Comunista solerte!

MACAÉ ZEITUNG- Produção industrial tem queda recorde de 8,3% em 2015

Macri retirou retrato de Lula da Casa Rosada

Mauricio Macri mandou retirar o retrato de Lula da Casa Rosada.
Diz O Globo:
"Por decisão da Secretaria-Geral da Presidência, foram retirados da Casa Rosada os retratos dos ex-presidentes argentino Néstor Kirchner (2003-2007) e venezuelano Hugo Chávez, ambos já falecidos.
Segundo informou o jornalista Santiago Fioritti, do Clarín, o governo Macri também mandou retirar uma caricatura de Kirchner sozinho e outra do ex-presidente abraçado a seu colega e amigo Luiz Inácio Lula da Silva".

Adeus, meninos
O Antagonista

Eutanásia

“Abrir geladeira de pobre na crise é sentir-se no meio do oceano: você olha e só vê água.” (Mim)

CORTA CAPITAL & CIA- OS MAIS BEM PAGOS SITES E BLOGS GOVERNISTAS

Esta informação foi divulgada há exatos 12 meses pelo portal JusBrasil e pela (Folha/SP)

Sites e publicações que adotam em linhas gerais uma posição de defesa do governo também receberam recursos de publicidade das principais estatais brasileiras nos últimos 14 anos . Essas publicações negam, entretanto, que tenham a sua linha editorial e seus posicionamentos influenciados pelo recebimento de recursos das estatais federais.

A“Carta Capital”, a revista semanal de menor circulação, aparece como destinatária de R$ 44,3 milhões.

 Já a revista“Caros Amigos”, identificada com posições de esquerda, recebeu R$ 4,7 milhões.

Na internet, sites e empresas de jornalistas que se alinham do lado do governo na batalha virtual entre PT e PSDB também foram destinatários do dinheiro da publicidade estatal nesses 14 anos – entre eles Luis Nassif (R$ 5,7 milhões) e Paulo Henrique Amorim (R$ 2,6 milhões). Um dos principais defensores do governo na internet, o siteBrasil 247 recebeu R$ 1,7 milhão desde 2011.

Autodeclarado “o portal de esquerda”, o Carta Maior recebeu R$ 9,1 milhões de 2003 a 2013. O Opera Mundi e a“Revista Fórum”, também ligados ao campo da esquerda, receberam R$ 2 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente, no mesmo período.

Do blog do Percival Puggina

UTOPIAS E ABISMOS por Percival Puggina. Artigo publicado em 01.02.2016



Procure na história um completo desastre social, político e econômico e encontrará uma utopia a inspirá-lo. Utopia, por definição, é algo que não se realiza. Fantasia e quimera são seus sinônimos. Por isso, as ações humanas movidas por utopias conduzem a abismos. O escritor uruguaio Eduardo Galeano assemelhava-a ao horizonte, que se afasta a cada passo que damos em sua direção, mas serve para fazer andar. Esquecia-se ele e esquecem seus repetidores que a sensatez impõe a todo líder a obrigação moral de verificar aonde levam os passos que dá. E os passos da utopia que Galeano ajudou a difundir, inclusive no Brasil, deixaram trilhas sinistras na história.


Nos principais experimentos, produziu cem milhões de mortos. E em todos, inclusive na atualização bolivariana articulada no Foro de São Paulo, não exibe um estadista, uma economia que se sustente, uma democracia de respeito. Em contrapartida, mundo afora, todos os êxitos sociais e econômicos foram colhidos em ambiente de realismo político. Muitas vezes tenho ouvido, em defesa dos delírios característicos do ideário comunista, a afirmação de que a palavra utopia serve de título a um livro de Thomas Morus, santo da Igreja Católica, nascido no século XV. Pretende-se, com isso, como que canonizar a utopia. Coisa de quem não conhece o santo ou, se leu o livro, entendeu bulhufas. E quem não sabe isso, a experiência me mostrou, não quer saber.


Meu objetivo, aqui, é evidenciar que a crença em uma utopia vem, necessariamente, associada àquela mesma ingenuidade tão nítida nas descrições feitas pelo interlocutor de S. Thomas Morus em Utopia. Tal ingenuidade, aliás, estabelece intuitivo vínculo entre utopia e magia. Creio que o melhor exemplo atual pode ser observado no uso abusivo da expressão “vontade política”. Essa vontade seria o instrumento mágico, capaz de moldar a realidade – qualquer realidade – aos desígnios do governante ou de quem ao governo apela. Em outras palavras: como a utopia não se realiza na prática, somente a magia pode produzir seus milagres. E a varinha de condão da qual se cobram sortilégios é a tal “vontade política”. Supõe-se, num querer infantil, que a ela se curvem os fatos, a razão, os recursos públicos, os índices econômicos, as ciências, todas as divergências, os direitos individuais e tudo mais que lhe venha pela frente.


Foi essa crença pueril de eleitos e eleitores que trouxe o Brasil à atual crise. A utopia nos levou à euforia, a euforia à prodigalidade e a prodigalidade à miséria. "Se você está num buraco, pare de cavar", aconselhava certo personagem, em um filme a que assisti recentemente. Nosso governo, porém, teima em seguir cavando.


Zero Hora, 31 de janeiro de 2016




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“A religião é um clube que me quer como sócio, mesmo que para entrar nele eu precise me tornar um hipócrita.” (Mim)
“Bruxas?  Antes da Dilma a única bruxa que conheci foi a minha primeira namorada. ” (Climério)

Politicamente correto e a Pseudo-ciência ou, “Pensar, pra quê?” Por Instituto Liberal


            Marcia Rozenthal *
É importante admitir que a distância entre crer e saber, muitas vezes, é menor do que nos damos conta.
Certamente a armadilha das certezas e das afirmações peremptórias sem bases confiáveis está ali, à espreita; ao nosso lado. Não raro a experiência profissional e a práxis da vida nos permitem criar conhecimentos e entendimentos que transcendem os ensinamentos teóricos e científicos e contaminam nossas opiniões técnicas. Um exemplo bem característico, é a questão da forma de educação das crianças que, num movimento pendular, oscilou entre técnicas repressivas, técnicas permissivas e o meio termo entre as duas. Cada extremo era justificado por profissionais creditados que externavam teorias complexas sobre a psicologia da criança e o que seria esperado de uma boa relação entre mãe, pai e seu filho, por exemplo.
Em nosso país, fizemos contribuições importantes nos últimos anos para este campo através dos nossos “estudos de ponta”. Por meio deles, sabemos que crianças em idade precoce podem, precisam e devem ter acesso sistematizado a conteúdos diversos sobre sexualidade para desenvolverem maior aceitação daquilo que se considera “diversidade”, na certeza de que isso não representará nenhum ônus futuro.
Não se pode, assim, negar que pressões políticas e econômicas enviesam a forma como conceitos de saúde e doença; normalidade e patologia são vistos. O homossexualismo, considerado um transtorno mental em não tão antigas classificações de doenças, hoje, se situa fora do alcance do campo médico. O tabagismo, que não era tido como uma forma de dependência química, hoje, é um alvo prioritário da área de saúde. Em contrapartida, a maconha encontra-se em plena fase de ter seu consumo liberado, sem que o usuário tenha as devidas informações, essas sim com forte base científica, a respeito das consequências do seu uso continuado. Pessoalmente, lamento muito.
Outros exemplos são mais prosaicos, mas não menos relevantes. Relacionam-se à alimentação, peso ideal, que são discutidos e difundidos por profissionais de saúde, tanto nos meios científicos como nos de comunicação de massa. As opiniões variam tanto com o tempo como, também, entre “Escolas de Pensamento” que divergindo levam, por exemplo, um mesmo alimento do céu ao inferno em alguns poucos anos. Um amigo dizia que aguardava ansiosamente o dia em que seu médico o proibiria de comer jiló e o obrigaria a comer churrasco diariamente.
Profissionais creditados sentem-se seguros de que suas práticas têm a Ciência como um norte. Mas, o conhecimento adquirido fora de sua égide ou às suas margens é abundante. Este muitas vezes se apresenta de forma pseudo-sistematizada, embora satisfaça plenamente o critério do senso-comum, cada vez mais atrelado ao politicamente correto. Isto pode levar a esses paradoxos conceituais com os quais lidamos, com ou sem crítica. Esta observação, claramente, não defende o expurgo desses conhecimentos, até porque é difícil pinçá-los no universo de nossa práxis. Mas visa, sim, à necessidade de iluminá-los para que possam ser percebidos, tornando-nos no mínimo mais humildes dentro do território das “verdades incontestes”.
Não se pode perder de vista que estas discussões visam, atualmente, um ideal também construído pelo Homem do que seria um mundo melhor e da certeza de que vale mais uma pessoa saudável, atrelada aos rituais e cuidados da saúde, do que uma pessoa “descuidada” que insiste em manter hábitos relacionados aos seus prazeres ou signos pessoais. Esse ideal “politicamente correto” faz com que conceitos como autocontrole, expurgo das tentações e a doença como punição virem transmutações de jargões religiosos em linguagem científica. E assim, não é mais passível de ser contestado.
Por tudo isso, concluo com o dito de Joe E. Lewis: “Comecei uma dieta. Cortei a bebida e alguns pratos prediletos e, em duas semanas já perdi quatorze dias”.
* Marcia Rozenthal é neuropsiquiatra e professora da Escola de Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Meu ganho, minha vida

Dirceu diz a Moro que emprestava 'prestígio' a empresas em consultorias