terça-feira, 13 de agosto de 2019

MUTILADORES

Este povo mente
Repetidamente mente
Para permanecer no poder
A moral foi para o baú
O importante é a permanência
Para garantir à descendência
Banhos em moedas d’ouro
Porém o mais triste
É ver o dito sabido e também o ignorante nato
Votando nos seus algozes
Para no amanhã se tornar capacho
Dos vermelhos mutiladores de asas.

HOMENAGEM PARA DILMA

COISA BURRA

Meu pavor demais antigo
Formidável megera das letras de superfície
Sabedoria para inglês ver
Pois você é uma coisa burra
Que explode os testículos do mais tolerante dos homens
Com suas ideias anacrônicas e impostos astronômicos
Com seus trinta e nove ministérios transformados numa Torre de Babel
Ou talvez num bordel
Visto o nome dos empossados
Que sorriem quando fotografados
Debochando dos desgraçados
Que pagam por suas orgias.

SEM CARTAZ

“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)

A VIDA DO HOMEM - H.L. MENCKEN

A velha noção antropomórfica de que todo o universo se centraliza no homem – de que a existência humana é a suprema expressão do processo cósmico – parece galopar alegremente para o balaio das ilusões perdidas. O fato é que a vida do homem, quanto mais estudada à luz da biologia geral, parece cada vez mais vazia de significado. O que no passado, deu a impressão de ser a principal preocupação e obra prima dos deuses, a espécie humana começa agora a apresentar o aspecto de um subproduto acidental das maquinações vastas, inescrutáveis e provavelmente sem sentido desses mesmos deuses. 

Um ferreiro fabricando uma ferradura produz também algo quase tão brilhante e misterioso – uma chuva de faísca. Mas seus olhos e pensamentos, como sabemos, não estão nas faíscas, e sim na ferradura. As faíscas, na verdade, constituem uma espécie de doença da ferradura; sua existência depende de um desperdício de seus tecidos. Da mesma maneira, talvez o homem seja uma doença localizada no cosmos – uma espécie de eczema ou uretrite pestífera. Existem, é claro, diferentes graus de eczemas, assim como há diferentes graus de homens. Sem dúvida, um cosmos afligido por uma infecção de Beethovens jamais precisaria de um médico. Mas um cosmos infestado por socialistas, escoceses ou corretores da Bolsa deve sofrer como o diabo. Não é surpresa que o sol seja tão quente e a lua tão diabeticamente verde.

PODER

O mundo não é rosa
Os homens não são anjos
O poder é amigo da cobiça
E irmão da safadeza
E lá no alto
Todos querem ficar
Para se locupletar
Para depois sorrindo urinar na cabeça dos sem poder.

MESTRE YOKI

“Mestre, eram os deuses astronautas?”
“Eram. E eu sou a Madre Tereza.”

CUECAS DE AÇO

“Quando o sujeito se arvora em defensor do povo e promotor de justiça social é bom usar cuecas de aço; vai tentar enrabar quem produz.” 

TAL AVISO

“Posto nas portas das moradas, creio que tal aviso seria muito comum tal sua correspondência aos inquilinos: Aqui jaz o pensar.”

ATRACAÇÃO SEM RESPONSABILIDADE

Embalados pelo álcool e pelo fumo o casal se atraca. Excitação, esfrega, esfrega, mão aqui e ali, cabeça na lua, semente posta. A barriga cresce, a futura está nem aí, o bebê nasce e o reprodutor  não se sabe por onde anda. Então vai a criança crescer sem pai nas mãos de uma mãe transloucada para engordar a conta do cidadão contribuinte que nada tem a ver com isso. E por aí vem mais.

CONHECIMENTO

Quando penso que estou chegando ao meu destino
Descubro que ainda não saí
Assim é a viagem pelo conhecimento.

NA TOCA DO TATU

Na toca do tatu tinha um toco
Tinha um toco na toca do tatu
O tatu deu um totó no toco
E o toco caiu no colo da toupeira
Tatu toco
Totó toco toupeira
A turma do buraco na maior encrenqueira.

É PRECISO DUVIDAR


Quem não duvida
Engole o pronto
Gosto é gosto dizem
Não se discute
Absorvido o pronto
O pensar não repercute
Morre no ser que o recebeu
Como verdade absoluta.

ASSIM É

O pacote da vida chega para alguns sobrando perfume e rosas 
Para outros a constância é receber dores e espinhos
A verdade é que a vida é assim e querer muitas explicações é como chover no molhado.
“Artista global não me representa. Na verdade só representa desmiolado, corrupto e chupinzinhos da Lei Rouanet.” (Mim)
Até a luz no fim do nosso túnel é uma luz de vela.  Que coisa!
E como dizia Dona Sebastiana Parteira, idosa e ruim de vista chupando uma bola de sinuca: “Nunca vi laranja mais sem suco.”

BLECAUTE

Vivíamos a Era do Sangue. A capital da República Federativa de Ignorabis, Ailisarb, ficou às escuras por muitas horas aquela noite de verão. Um inexplicável blecaute tomou conta de toda área urbana provocando um medonho caos. Acidentes de trânsito, assaltos, quebra-quebra nas lojas, estupros e outras violências. Corruptos e corruptores até saíram dos seus esconderijos. Alarmes da polícia e gritos da população se misturavam. A polícia não conseguiu atender nem metade dos casos, para desespero dos cidadãos. Também milhares de presos-vampiros foram liberados por seus parceiros dos seus caixões-celas e saíram às ruas em busca de alimento. Muitas pessoas indefesas foram atacadas pelos humanos-morcegóides em suas próprias casas fechadas. Nem mesmo mendigos escaparam de ter caninos cravados nos seus pescoços.  A desgraça só não foi maior porque todos os Bares de Sangue permaneceram abertos por toda noite. Existiram baixas nos dois lados. O que se sabe é que muitos vampiros morreram de indigestão por excesso de sangue de corruptos e corruptores. Tipos assim não possuem sangue bom. Com o nascimento do sol a vida voltou ao normal.

JORNALISTAS


“ Jornalistas de bosta durante os governos do PT estavam em Marte. Agora parece que acordaram da morte para encher o saco de quem procura endireitar o Brasil. “


“ Não existe mulher feia. Mas gente que mente não falta. “

ESQUELETOS

Meia-noite. Uma lua de prata brilhava no céu estrelado. Pisava eu com meus sapatos quarenta e dois por uma estradinha deserta, rumando para casa. O vento soprava manso, mas mesmo assim mexia com pequenos arbustos. Tudo calmo na noite, nem um pio da coruja se ouvia. Nisso pensava quando percebi passos atrás de mim, só ouvidos por causa do silêncio absoluto, tão leves eram. Parei para ver quem caminhava junto comigo naquele lugar ermo, ainda mais por aquelas altas horas. E vi: cinco esqueletos completos estavam lá e caminhavam em fila indiana na minha direção. Usavam chapéus, riam e batiam seus dentinhos. Como nunca acreditei em fantasmas, segui o meu caminho sem pressa. Não parei mais, mas podia ouvi-los dizendo: espera, espera aí! Chegando em casa soltei da coleira os meus quatro cachorros. Saíram como loucos. Olhei pra estradinha e ainda consegui ver no clarão da lua um dos esqueletos correndo com uma perna só.

CLIMÉRIO DISSE


“ No inverno nada pior que uma boneca –inflável. É fazer sexo com um defunto. “


“ Para alguns viventes o melhor amigo é o álcool. Para outros o pudim. “

E NÃO É?

Em qualquer lugar do planeta o melhor de um regime socialista acontece quando ele acaba. São vivas e mais vivas, e alívio.
“Estudar? Para você ter uma ideia, estudar estudei muito. Fiquei seis anos na quarta-série.” (Chico Melancia)

É, ESTAMOS VENDO

ENTENDIDO

MESTRE YOKI

“Mestre, qual é a idade da sabedoria?”
“Não existe uma idade própria. Há burros jovens e burros velhos. Há os que muito aprendem cedo e existem também aqueles que já caindo aos pedaços nada aprenderam.”

MINHOCAS E ALGO MAIS

Carlos, pescador de final de semana saiu para apanhar minhocas. Terra preta e mole, bem adubada, um criadouro perfeito. A cada enxadada brotavam meia dúzia de boas cobrinhas. Com o baldinho já repleto foi dar a última e brotou da terra algo inusitado: a vergonha na cara de Luis Inácio Lula  da Silva, enterrada num terreno em São Bernardo do Campo próximo do Sindicato dos Metalúrgicos. Ela toda suja e ainda cuspindo terra perguntou: “já prenderam o maldito?” 
UMA NOVA VIDA
Naquele dia Arnaldo estava um traste. O céu era marrom, a saliva tinha fel. Queria um abismo só para chamar de seu. Chegou em casa e foi direto para o canil. Mandou o Duque para dentro da residência e se deitou na casinha do cão. Espreguiçou-se, lambeu os beiços e passou a roer um osso. Antes da meia-noite já estava latindo para os passantes.

MANTEIGA COMUNISTA

Para aliviar a escassez perene de manteiga, o Politburo do Partido Comunista ordenou aos cientistas soviéticos que desenvolvessem uma tecnologia para converter a merda em manteiga e completar este projeto antes do aniversário da Grande Revolução Socialista de outubro. Após seis meses de trabalho, o Politburo exigiu um relatório do progresso. Os cientistas relataram que alcançaram um sucesso de 50%. A resposta da Academia de Ciências foi: "Já pode espalhar sobre o pão, mas ainda não dá para comer.”


http://www.johndclare.net/Russ12_Jokes.htm

FOGUEIRAS

“Ainda bem que os tempos das fogueiras já se foram. Antes um hipócrita cru que um ateu assado.” (Mim)

PERU INÁCIO

Dezembro estava chegando e o peru Inácio não queria morrer. Rezava que rezava para ser poupado nas festas de natal e novo ano. Já não dormia mais, sua angústia era visível. Suas colegas galinhas tentavam consolá-lo dizendo que a vida é mesmo assim; hoje uns e amanhã outros. O galo médico receitou até um ansiolítico. O padre Bode João rogava-lhe que tivesse esperança. Inácio olhava para o céu azul e não sentia nenhuma alegria, sua única visão era ele bem bronzeado sobre uma farta mesa, rodeado de arroz, saladas e de pessoas embriagadas. O caso é que dezembro chegou e o bom Inácio foi ao forno. Ficou bem moreninho como ele mesmo imaginara; sem dúvida um belo peru. As galinhas amigas agora rezam por sua alma orientadas pelo Bode João.
“O duro se ser brasileiro é que nos esquecemos mui facilmente dos maus. E então eles voltam.”