terça-feira, 26 de agosto de 2014

VIDA

A vida é mesmo um flash
E muitas vezes não nos damos conta disso
Ontem menino descalço correndo
Hoje homem vivido aos poucos morrendo
Parece que o tempo não passou
Foi ontem
Pois mesmo um centenário que é para poucos
É um trem bala japonês sem escalas.

Tive momentos ruins
Porém muito mais momentos de alegria
Que sempre causam nostalgia
Neste coração agradecido
Penso que a vida não se explica
A vida apenas é
E assim como veio também se vai
Querendo ou não querendo o teimoso
O importante é somar prós e contras
E conseguir dizer para si mesmo:
Eu dei o meu recado e fiz valer a pena.

“Quando o barco está afundando todos tratam de salvar o seu pelo. Quem não acredita nisso morre afogado.” (Pócrates)

“Quem acredita em Chapeuzinho Vermelho acaba sendo comido pelo Lobo Mau. É preciso filtrar certas amizades.” (Pócrates)

“Trabalhar não mata ninguém. O que mata mesmo é o tédio.” (Mim)

“A minha empresa é tão boa que o funcionário paga para trabalhar nela. Então imagine que espetáculo!” (Mim)

“Duro? Duro mesmo é amar a sogra e o sogro ter cara de bandido e sempre andar armado.” (Chico Melancia)

O tal povo preteriu o Serra para tomar na bunda com Dilma. Quer mais do mesmo?

SPONHOLZ


Têm um ditado na praça que diz, que o povo brasileiro esta liso, leso e louco, comprando fiado e pedindo o troco.

O JABUTI ILUDIU O POVO- A INADIMPLÊNCIA DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CRESCE EM TODO PAÍS

O percentual de famílias brasileiras endividadas ficou em 63,6% em agosto, segundo dados divulgados hoje (26) pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (CNC). A parcela de famílias com dívidas, como cartão de crédito, crédito pessoal, carnês e financiamentos, é superior às registradas em julho deste ano (63%) e em agosto do ano passado (63,1%).
Em relação ao tamanho das dívidas, 11,8% das famílias se dizem “muito endividadas”, 24,8% “mais ou menos endividados” e 27% “pouco endividados”. Entre aquelas com renda até dez salários mínimos, os endividados são 64,8%. Entre as famílias com renda superior a dez salários, a parcela é 57,6%.
Mais de três quartos das dívidas (75,8%) são do cartão de crédito. Outros tipos comuns são: carnês (17%), financiamento de carro (13,4%), crédito pessoal (9,6%) e financiamento de casa (7,3%).
Os inadimplentes, ou seja, aqueles que têm contas em atraso, somam 19,2% das famílias brasileiras. O percentual está acima do observado em julho deste ano (18,9%), mas abaixo do percentual de agosto do ano passado (21,8%).
O percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas caiu de 6,6%, em julho deste ano, para 6,5% em agosto deste ano. A taxa de agosto também é inferior à de agosto do ano passado (7%).(Agência Brasil)

Editorial do Estadão- Marina e a democracia

O ESTADO DE S.PAULO
26 Agosto 2014 | 02h 04

"É necessário criar mecanismos de participação popular que revigorem a democracia representativa, aumentando sua legitimidade." Essa vaga afirmação de princípios consta - e dela quem há de discordar? - do texto prévio do programa de governo de Marina Silva a ser divulgado, segundo se anuncia, até a próxima sexta-feira. Esse texto foi antecipado pelo Estado no último domingo e precipitou reações contraditórias, especialmente no que se refere à questão da formação de conselhos populares destinados a promover o "controle social" da atividade política, o mesmo tema do polêmico decreto de Dilma Rousseff que está sendo examinado pelo Congresso Nacional.
No mesmo dia, Marina Silva se dispôs a colocar água na fervura, tentando desvincular sua proposta do decreto de Dilma. Saiu-se, porém, mais uma vez, pela tangente da generalização. A intenção é "aprofundar a democracia" por meio da "valorização das instituições e que essas instituições e as representações políticas possam estar ligadas à sociedade brasileira". Mais uma vez: discordar, quem há de?
A generalização pode ser um recurso eficaz, especialmente durante campanhas eleitorais, para tornar acessíveis e atraentes ideias complexas. Criar signos de fácil compreensão é um exercício também conhecido como "falar a linguagem do povo". Mas é também a melhor maneira de escamotear as verdadeiras intenções de quem os propõe. A generalização pode ser, pura e simplesmente, uma maneira de dissimular o engodo.
É o caso desse decreto do governo petista que institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS). O decreto não chega a ser novidade, uma vez que conselhos já existem, e há muito tempo, em todos os âmbitos e níveis da administração pública. Tais conselhos não têm o poder de impor políticas, mas apenas o de ampliar a "participação popular" na gestão da coisa pública, inclusive fiscalizando o trabalho dos gestores. A novidade é a óbvia intenção do lulopetismo de usar seu poder hoje quase hegemônico para influir fortemente na estruturação desses conselhos - que serão coordenados diretamente pelo Palácio do Planalto, por intermédio da Secretaria-Geral da Presidência - e manipulá-los como instrumentos de pressão política para consolidar e perpetuar essa hegemonia. Em outras palavras, por simples decreto revoga-se o dispositivo constitucional que consagra a representação popular nos órgãos de soberania nacional, transformando os conselhos em centros de decisão até mesmo mais efetivos que o Congresso Nacional, eleito pelo voto universal.
Isso significa que, reeleita Dilma Rousseff, os petistas disporão de pelo menos quatro anos para montar nas entranhas da administração federal uma ampla estrutura de pressão política capaz de garantir-lhes o exercício de um forte poder paralelo mesmo que venham a ser apeados do poder formal por decisão das urnas.
Pela voz de seu então líder, Eduardo Campos, o movimento político que hoje, por injunção da "providência divina", Marina Silva comanda já se havia posicionado claramente contra a mentira dissimulada na proposta petista. Em junho, Eduardo Campos reagiu duramente à iniciativa do Planalto, denunciando a incoerência entre "a palavra e a atitude" de Dilma Rousseff: "Essa palavra e esse decreto não têm nada a ver com o que o governo pratica no dia a dia. É um governo fechado, que não tem as portas abertas para o diálogo".
Não obstante, Marina Silva chegara a defender o decreto da PNPS e essa posição em certa medida foi levada em consideração no texto prévio do programa de governo do PSB. Agora cabeça de chapa e forçada a harmonizar suas convicções pessoais com as do partido que a hospeda, Marina recuou, justificando-se com o argumento de que o documento a que o Estado teve acesso é apenas preliminar.
O PSB, como todo mundo, apoia o fortalecimento da democracia, mas não quer ouvir falar do decreto de Dilma Rousseff. O candidato a vice, Beto Albuquerque, pessebista histórico, colocou o dedo na chaga: "A proposta de Dilma é diferente. Você não pode me dizer que vai ter controle social sem me dizer quem vai controlar o eleito. Isso é muito perigoso". Melhor assim.

Caio Blinder- Muçulmanos protestam contra o terror. Mais, mais, mais.



Protesto contra o terror islámico no Irã. No Irã?
Protesto de iraquianos contra o terror islâmico no Irã. No Irã?
No domingo, VEJA.com destacou uma reportagem sobre uma subcultura jihadista na Gr ã-Bretanha que seduz os jovens e engrossa as fileiras do grupo terrorista Estado Islâmico. Reportagem pertinente devido ao sotaque britânico do carrasco do jornalista americano James Foley  (o suspeito-chave pelas informações é o rapper Abdel Majed Abdel Bary, de 23 anos) e ao temor do retorno destes jovens para casa para a missão terrorista, depois do estágio no Oriente Médio. É uma subcultura que prospera na Internet, nas redes sociais, vergando-se ao “jihadismo cool”. Ser terrorista no deserto se tornou uma coisa bacana e cosmopolista. E como deve ser combatido o “jihadismo cool”? Para começo de conversa, dentro da própria Internet, das redes sociais. Moçada, it’s not cool!
Sites e blogueiros islamofóbicos na sequência da decapitação de Foley pelo Estado Islâmico, do qual ele era refém, se esbaldaram para despejar suas diatribes, inclusive questionando a integridade do “pobre” jornalista. O tom geral nesta subcultura islamofóbica é apontar a perdição total de uma religião e o estado de negação de dirigentes ocidentais diante do problema.
Sem dúvida, comunidades islâmicas precisam se posicionar vigorosamente contra ensandecidos que falam, decapitam e praticam genocídio em nome de uma religião. Trata-se uma tarefa mais urgente do que nunca para neutralizar a diatribe islamofóbica de que o islamismo é uma causa perdida. Afinal, onde está a maioria moderada, em contraponto ao jihadismo e sua celebração tão cool?
A reportagem de VEJA.com traz as palavras de alerta de lideranças da comunidade islâmica na Grã-Bretanha e o veterano jornalista Bobby Gosh, agora no promissor site Quartz, observa que extremistas -e alguns dos mais sofisticados terroristas – têm usado plataformas da mídia social, mas o Twitter e o Facebook também estão mais sofisticados para se desfazer das ervas daninhas.
É vital que a mídia social também sirva de plataforma para muçulmanos rejeitarem a visão niilista do fundamentalismo islâmico e dos grupos terroristas. Bobby Gosh diz que a ascensão de um culto da morte como o Estado Islâmico foi saudada por um coro de condenação entre muçulmanos no mundo inteiro, que ficou mais barulhento com suas recentes atrocidades no Siraque (Síria + Iraque). O drama é que estas recentes atrocidades também serviram de alavanca para o recrutamento de militantes na Europa. Por este motivo, é preciso ágil convicção de comunidades islâmicas no combate a esta Internacional Jihadista.
Bobby Gosh termina seu texto, dizendo que jamais iremos nos livrar de pessoas que colocam todos os muçulmanos na mesma categoria dos sádicos do Estado Islâmico, mas que a Internet se tornou um espaço vigoroso de condenação islâmica ao radicalismo e ao terrorismo praticado por muçulmanos em nome da religião. Gosto do Bobby Gosh desde os tempos em que ele escrevia na revista Time, mas a foto que ilustra seu texto (e o meu) é enganosa, é constrangedora. Ela mostra iraquianos protestando no Irã contra o terror do Estado Islâmico. No Irã, Bobby, e com os manifestantes carregando fotos do aiatolá Khamenei? No Irã, Bobby, país dominado por uma teocracia que sustenta o terror global, o regime genocida do ditador sírio Bashar Assad e milícias xiitas no Iraque metidas na espiral de violência sectária.
Da minha parte, eu quero um coro ainda muito mais barulhento de denúncia ao “jihadismo cool” (e ao terror islâmico, em geral), assim como de condenação do anti-semitismo que está em alta na Europa.

Caio Blinder- Hamas, Hamas; Jews to the gas (Hamas, Hamas; Judeus para o gás)

Na Alemanha (na Alemanha)
Na Alemanha (na Alemanha)
A coluna de segunda-feira termina com meu I have a dream, meu sonho de mais denúncias contra o antissemitismo, enquanto setores da opinião pública europeia estão mais entretidos em denunciar Israel na guerra de Gaza, tratando com descaso a barbárie do terror islâmico, o genocídio praticado pelo ditador Bashar Assad e as atrocidades cometidas por milícias xiitas no Siraque. Hora de trazer para a conversa o meu afiado guru Jeffrey Goldberg, que alerta para a “lenta rendição da Europa para a intolerância”.
Calejado no seu cinismo sobre antissemitismo europeu (hoje o foco de atividade está entre imigrantes muçulmanos, mas a inspiração está na linguagem e nas tradições do antissemitismo europeu), Goldberg ainda sim confessa sua surpresa com a intensidade e a velocidade da hostilidade. Ela inclui desde o infame slogan que rima Hamas e gás para os judeus em manifestações na Alemanha (eu repito, na Alemanha) a pressões em um supermercado de Londres para que não sejam vendidos produtos made in Israel. Em um primeiro gesto, o gerente retirou alimentos casher das prateleiras. Mais tarde, a direção do supermercado pediu desculpas à clientela judaica.
Existe esta confluência entre judaísmo e Israel. Na expressão de Goldberg, atacar um judeu francês com o solidéu é um sucedâneo para atacar Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel. Os dois são judeus, correto? Goldberg toca num ponto muito inquietante no comentário sobre este movimento global contra Israel. A guerra em Gaza é vista por muitos como uma continuação da Guerra de Independência de Israel em 1948 e não a dos Seis Dias em 1967 (que resultou na ocupação de Gaza e Cisjordânia). Na tradução: muitos manifestantes estão desafiando o mero direito de existência de Israel e não sua política nos territórios (Gaza, aliás, foi devolvida aos palestinos em 2005).
O segundo ponto inquietante: praticamente desapareceu a linha que separa antissionismo (a crença que os judeus não têm o direito a um estado independente na sua terra ancestral) do antijudaísmo. Como diz a historiadora Deborah Lipstadt, “70 anos depois do Holocausto, os judeus não se sentem seguros na Europa”. Recomendo aqui a leitura do seu texto. Aliás, poucas coisas são tão insuportáveis para mim como judeus antissionistas desfilando com a fantasia de descendentes de vítimas do Holocausto.
Lá pelas tantas, Goldberg volta ao incidente no supermercado em Londres, a mesma cidade onde prospera o recrutamento de militantes (os adeptos do jihadismo cool) para o grupo Estado Islâmico, que está cometendo as barbaridades no Siraque. Por alguns cálculos, há mais jovens muçulmanos britânicos combatendo em nome do Estado Islâmico do que no Exército da rainha Elizabeth. Para Goldberg, tem sido lenta a resposta na Europa ao ódio e à intolerância.
A horrenda cena da decapitação do jornalista americano James Foley provavelmente por um jihadista britânico a serviço do Estado Islâmico acelera o tom de alerta e as providências contra o perigo de uma juventude radicalizada na Europa. Sobre as denúncias e a conteção do antissemitismo, eu volto à primeira linha da coluna: I have a dream.

Eulália é uma personagem minha. Mas conheci muitas Eulálias na vida real. E também pais que destroçam os filhos com palavrões. Talvez rir do absurdo para fazer pensar.

“A fauna na minha família é grande. Minha mãe meu pai chama de vaca, minha irmã de anta e eu de galinha.” (Eulália)

“Abrace o matrimônio. Nunca é tarde para ser infeliz.” (Eulália)

“Não se case apenas por dinheiro. Aceite cartão e cheques.”(Eulália)

“Já passei de tudo nesta vida. Inclusive roupas.” (Eulália)

“Na minha juventude mostrei mais a bunda do que o rosto.” (Eulália)

“Já fui teimoso e nervoso. Sabe o que ganhei? Gastrite.” (Mim)

TRISTE?

“Eu ando pelas ruas cabisbaixo.”
“Tristeza?”
“Não! Procurando encontrar moedas.”

MUNDO FORMOL- "Hoje em dia já é quase mais perigoso tomar leite do que beber." (Climério)

O JABUTI QUE ADORA JUROS- Juro para pessoa física vai a 43,2%, o maior desde 2011

Miniconto- O MENINO E A LUA

Havia um menino lá no sertão que todas as noites se sentava na varanda da casa e ficava por horas observando a lua. Ficava imaginando como seria lá. Haveria monstros, dragões, São Jorge? E o seu brilho prateado, como seria de perto? Este menino amava tanto a lua que decidiu ir até lá. No outro dia começou cortando e serrando tábuas para fazer uma escada que o levaria até o astro. Madeira para cá, prego nela e a escada aumentando de tamanho. Colocava-a de pé e subia nela para testar a sua resistência. Quando alguém lhe perguntava o que estava fazendo respondia, “estou fazendo uma escada para chegar à lua.” E assim ele trabalhou arduamente até que a escada atingiu a altura do maior pinheiro existente no sítio. Chegando ao topo ele percebeu que a lua ainda estava muito distante e que infelizmente não seria através de uma escada que chegaria até ela. Não iria desistir de ir, desceu de lá conformado e feliz consigo por ter tentado, isso tudo feito com muito esforço. Decidiu que teria que estudar outras maneiras para poder realizar seu sonho. Porém estava ciente de que seu trabalho não fora em vão, pois aprendera entre outras coisas a fazer escadas.

A VOLTA DE REYNALDO-BH: O “Caçador de Marajás” já saiu, escorraçado a pontapés. Agora, chega a Protetora das Saúvas. Ambos são engodos

Do blog do  Ricardo Setti
Reynaldo-BHPost do Leitor
Se cercar é hospício. Se cobrir vira circo.
Um dia um prefeito da maior capital do país se definiu como não sendo de centro, nem direita ou esquerda. Entendi que ele era de baixo.
Agora temos uma política profissional – sempre viveu disto – repetindo o discurso de Collor; cuidado dom os políticos (os outros). Quando na verdade o perigo maior acaba sendo ela própria.
Messiânica, com ar de retirante de boutique, seringueira de Brasília e acusadora de todos que ousam discordar, Marina Silva faz lembrar o que de pior temos nestas terras tupiniquins. O antigo PT, dono de ética e das verdades, há 12 anos. Deu no que sabemos. Difícil escolher entre o descaramento explícito e a desfaçatez silenciosa.
Uma escolha entre Dilma e Marina não é sequer um plebiscito. É uma roleta russa. Envolta em panos (caros) e echarpes (mais ainda), se porta frente aos marineiros como um guru a ser idolatrado. Concorda com tudo e não assume nada. Diz platitudes que, se não têm consistência, ao menos entendemos. Entendemos mesmo?
Como uma Madre Teresa, cultiva a figura que tenta ser uma Quixote de saias. Mesmo sendo um Sancho Pança emagrecido.
Não é contra nada. Mas longe de ser a favor de algo, pois para ser a favor é preciso ter ideias.
Dizer-se sucessora de dois ex-presidentes é o cúmulo da prepotência. Marina quer ser a continuidade e oposição ao mesmo tempo. Quer ser herdeira sem ter sido aliada de um deles, FHC. Do outro, foi usada e usou a imagem de pobres e nordestinos. Em uma falta de vergonha e compostura que envergonha qualquer povo da floresta, cidade ou de butequim.
Quem em sã consciência é contra a luz elétrica? Ter como programa a afirmação que apoia a luz elétrica é tanto assustador quanto ter a pretensão de ser presidente e contar com quadros (que a Rede de Embalar Idiotas não tem) de outros partidos.
Um ministério com Aloysio Nunes Ferreira e José Dirceu? Com Álvaro Dias e Ideli? Todos irmanados em mantras matinais quando a salvadora e casta presidente adentrar qualquer ambiente?
Marina Silva é um engodo. A Rede sabe disto. Eduardo Campos também sabia. O que ela tem de valioso são os votos de 2010 de quem, sem entender o que diz, prefere uma frase com pé e sem cabeça a outras frases – as de Dilma – sem ambas. É pouco. Muito pouco.
Collor ao lado da então mulher, Rosane, após assinar o documento de seu afastamento da Presidência, na saída do Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo)
Collor ao lado da então mulher, Rosane, na saída do Palácio do Planalto, após assinar documento se afastando do poder (Foto: Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo)
Tancredo morreu e herdamos Sarney. Eduardo deixou-nos esta figura amorfa e arrogante na mesma medida de julgar-se a nova dona do Brasil
Triste destino tem nos dado a Velha Senhora. Joga com a vida e morte escolhendo o absurdo para além da morte em si.
Marina escolheu o PSB por falta absoluta de opção. Continua apoiando petistas do Acre e do Rio de Janeiro. Continua sem saber que economia é ciência matemática e não slogan de sonháticos e pesadeláticos.
Continua a criar uma seita, que neste início de composição, é ainda mais sectária que o PT.
Acha que em se plantando tudo dá, mesmo que seja no quintal das casas dos protegidos pela falta de estrutura. Não enxerga o agronegócio. Assim como o idiotizado Suplicy (isto explica a amizade) é monotemática.
Alguém se lembra de UMA ÚNICA palavra dela acerca da saúde e dos médicos cubanos?
Da agressão a Yoani Sánchez?
Política fiscal?
Inflação?
Política de desenvolvimento da indústria?
Agências reguladoras?
Sobre os 39 ministérios?
Sobre a amante Rosemary?
Sabe-se o que ela pensa sobre política externa?
Infraestrutura?
Exportações?
Política de emprego e renda?
Para os marineiros, parece que são apenas detalhes. O importante, na visão tacanha deste grupo que lembram os hippies de Arembepe, são os povos da floresta, a plantação de mandioca e a sustentabilidade, que NUNCA definiu com precisão o que seja. Quem não quer a sustentabilidade? Aponte UM ser humano.
Marina é insustentável. Insuportável. Despreparada. Fruto de um destino cruel para com Eduardo Campos. Dona da verdade. Aproveitadora de partidos e lutas que não são dela.
Marina é – esta sim – um Collor repaginado.
Saiu o Caçador de Marajás a pontapés do Planalto (aliás, onde estava Marina nesta luta?).
E entra a Protetora das Saúvas. Mesmo que esta praga esteja atuando em rede.

Pesquisa IBOPE- Aécio 20 %- Marina 28%- Dilma 31%

Para o bem do país bem poderia a Dilma ficar fora já no primeiro turno. Quem vota em Aécio votará em Marina num possível segundo turno? E se Dilma ficar pelo caminho? Tenho ojeriza do PT, mas as ideias de Marina não são do meu agrado, são próximas da Dilma, e é bem capaz do PT tomar conta do  governo dela. É possível também que Marina não consiga mostrar muita coisa e abra caminho para sapo barbudo em 2018, pois a casa está bagunçada e arrumá-la vai dar trabalho.

Rui Falcão, ao contrário da ave do sobrenome, desliza sobre sobre sua língua gosmenta e comunista. Por ser um medíocre, ataca a liberdade.

Recessão técnica

José Paulo Kupfer
É possível que a economia brasileira tenha passado por uma "recessão técnica" no primeiro semestre de 2014. A confirmação ou não desse estado só será conhecida sexta-feira, quando está prevista a divulgação pelo IBGE da variação do PIB, no período de abril a junho.
Caso o resultado venha em linha com a mediana das projeções de analistas, que aponta para um recuo de 0,4%, em relação ao primeiro trimestre, a revisão estatística dos números do crescimento entre janeiro e março pode levar também o primeiro trimestre ao terreno negativo. Com isso, estaria configurado o quadro de "recessão técnica", que ocorre quando a atividade econômica se contrai por dois trimestres consecutivos.
Acontece que esse critério automático não é unânime e seu uso tampouco é isento de riscos. Se o critério mecânico tem a vantagem de ser mais fácil de entender e de carimbar, as desvantagens não são poucas. Pode e tem induzido a erros de avaliação, que se refletem nas políticas econômicas adotadas.
A definição de "recessão técnica" pela simples constatação da ocorrência de dois trimestres consecutivos de retração econômica é o procedimento mais difundido em muitas economias, principalmente na Europa, mas não costuma ser considerado, por exemplo, nos Estados Unidos. Na maior economia do mundo, um Comitê de Acompanhamento dos Ciclos Econômicos, formado por economistas independentes, responsável oficial por decretar início e fim de períodos recessivos, leva em conta uma série de indicadores, com destaque para os do mercado de trabalho.
Em artigo de agosto deste ano, o economista Jeffrey Frankel, professor em Harvard e membro desse comitê, coloca em debate critérios de classificação dos estados recessivos. O economista lista uma série de desvantagens dos critérios automáticos (indicado em relatório recente da LCA Consultores, o texto pode ser acessado, em inglês, no endereço http://migre.me/ld8KZ).
Frankel analisa a situação da Itália, que voltou à recessão, pelo critério dos dois trimestres de crescimento negativo, no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, à luz dos critérios americanos, a economia italiana permanece em recessão desde 2008, com recuperação tão fraca em 2010-2011 que melhor seria não considerá-la como tal.
São interpretações diferentes que, é claro, não deixam de produzir consequências. Se a Itália saiu da recessão em 2010-2011, isso poderia significar que a forte política de austeridade fiscal adotada foi bem-sucedida. Mas, se a recessão foi contínua, insistir nos pesados sacrifícios impostos pelas políticas de austeridade pode não ter sido uma boa saída.
Os argumentos de Frankel levam a concluir que é melhor levar em conta tendências um pouco mais longas e conjuntos de indicadores de espectro mais amplo. O economista cita, em defesa dessa proposição, o que se passou no Reino Unido, no início desta década. Depois de constatar dois trimestres de retração, as autoridades britânicas anunciaram, em 2011, que a economia estava em recessão. Revisões de dados no ano seguinte, porém, mostraram que o alarme não correspondia à realidade. Assim, governo, políticos e pesquisadores, ainda que de boa fé, produziram análises e definiram políticas com base em informação falsa.
É nesse sentido que a atual situação da economia brasileira exige avaliações bem cuidadosas. Numa direção, é forte a possibilidade de que o segundo trimestre tenha representado o fundo do poço de 2014 e que, já no terceiro trimestre, a economia ensaie uma recuperação, mas esta pode ser tão tímida e lenta que será difícil falar em retomada. Na direção oposta, o mercado de trabalho dá mostras de que, por critérios demográficas e por causa da dinâmica das vagas menos qualificadas, resistirá mais tempo do que o antes imaginado com taxas de desemprego baixas - e desemprego baixo não bate com recessão.

Poeminha


DESESPERO

Na noite do desespero
A escuridão está só
Não há lua
Não há estrelas
Apenas existe a dor
Que como ondas em mar bravio
Ressurge sempre mais forte para afogar de vez o coração.

Hollande beijou a cruz

CELSO MING
Segunda-Feira 25/08/14

A queda do ministério do governo da França é o resultado da forte guinada do presidente François Hollande para uma política econômica ortodoxa

A queda do ministério do governo da França é o resultado da forte guinada do presidente François Hollande para uma política econômica ortodoxa.
A França vive hoje uma estagnação do sistema produtivo parecida com a do Brasil. Hollande se elegeu pregando a cartilha heterodoxa contra o arrocho fiscal e impôs uma linha dura contra o capital e os mais ricos. Chegou a decretar um imposto de renda de 75% sobre ganhos superiores a 1 milhão de euros por ano. Tudo o que conseguiu foi o fechamento recorde de indústrias e a revoada de artistas e de empresários para o exterior.
Hollande. Ortodoxia, volver ( FOTO: YOAN VALAT/REUTERS)
Em janeiro, Hollande beijou a cruz e agora tenta levar adiante uma política econômica que ele mesmo denominou de “pacto de austeridade”, destinada a reequilibrar as contas públicas e a criar condições para que o setor produtivo recupere competitividade.
O problema básico de Hollande é o de que a dívida alta demais (93,6% do PIB), o baixo crescimento econômico (de apenas 0,3% em 2013) e o alto desemprego (10%) impedem a expansão dos gastos públicos como alavanca de recuperação da economia. Se a França não fizesse parte de uma união monetária (área do euro), seu governo ainda poderia desvalorizar sua moeda para reduzir os salários, baratear em moeda estrangeira o produto francês e exportar mais. Como renunciou à soberania monetária, tem de produzir efeito equivalente por meio da redução drástica de despesas.
O francês não tem nem consciência nem disciplina pública suficiente para aceitar uma redução de salários, como o alemão aceitou. Assim, as reformas e o megacorte de despesas públicas da ordem de 50 bilhões de euros (US$ 65,5 bilhões) em três anos funcionam como disfarce para a redução da renda. A transferência de recursos em vantagens fiscais para as empresas para que possam se recuperar foi de 40 bilhões de euros (US$ 52,4 bilhões).
Neste domingo, o até ontem ministro da Economia, Arnaud Montebourg, feroz adversário da “obsessão alemã”, em entrevista ao jornal francês Le Monde, na prática declarou-se em rebelião contra essa política. Assim, facilitou a vida de François Hollande que acaba de ordenar a recomposição do governo que abre caminho para o inevitável.
Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, admitiu que poderia ajudar a retomada da atividade com emissão de moeda se os governos da área do euro fizessem sua parte com mais aperto fiscal. Isso sugere que o movimento de Hollande seja parte de esforço coordenado da área do euro para a criação de condições para a retomada sustentável da produção.
A conversão do socialista Hollande à austeridade, agora com ações de maior impacto, é um aviso para o governo Dilma que também vem desprezando recomendações em direção ao maior equilíbrio fiscal. Pode-se administrar política pública de qualquer coloração ideológica, desde que a execução do orçamento seja feita com equilíbrio.
Isso não significa que não se devam fazer dívidas. Significa apenas que estas têm de ser cobertas com recursos que não coloquem em risco seu pagamento futuro. No Brasil, até mesmo o flexível ministro da Fazenda, Guido Mantega, já avisou que, em 2015, será preciso providenciar um alentado aumento do superávit das contas públicas para garantir um mínimo de arrumação da economia.
CONFIRA:
A confiança do consumidor chega ao menor nível desde abril de 2009.
Antônio Ermírio
Dizia sempre o que pensava. Podia mudar de opinião, mas nunca desdisse o que disse. Terno surrado sobre camisa de colarinho folgado em pelo menos três dedos, Antônio Ermírio estava sempre pronto a operar sua régua de cálculo. Os resultados saiam com precisão de décimos. Acreditar no futuro do Brasil era só um bom começo. O resto teria de vir com trabalho duro – e nada de dar mesada generosa demais para os filhos, “pra não criar vagabundo”. Fará muita falta.

Dora Kramer- O recomeço

Dora Kramer
Ainda sem ataques, fazendo a linha bem comportada, os três candidatos competitivos a presidente deram uma rearrumada nos discursos a fim de adaptá-los para a nova realidade da campanha, com a entrada de Marina Silva no páreo.
A mexida maior, claro, até agora foi no PSB, obrigado a trocar os pneus com o carro em movimento. Com a candidatura de Eduardo Campos, a estratégia era a de acentuar a oposição ao governo Dilma e apresentar as propostas para consertar os erros cometidos por ela na visão do então candidato.
Agora, o PSB precisa mostrar, ao mesmo tempo, que honra os compromissos com os aliados, que a candidata não é tão sectária como parece, que o mercado e o empresariado não têm nada a temer, que ela terá pulso firme para governar, que suas propostas "sonháticas" não são necessariamente lunáticas e, sobretudo, que dispõe de lastro em termos de equipe para o caso de vir a se eleger.
O movimento desde os últimos dias da semana passada foi intenso nesse sentido. Emissários saíram para conversas em todas as direções: o agronegócio, o setor empresarial, a área financeira, os partidos aliados nos Estados.
Não foi esquecida nem a velha carta de união dos "melhores" do PT e do PSDB para a formação de um governo de qualidade.
A ideia muito ventilada tempos atrás andava arquivada havia mais de dez anos. Por um motivo óbvio: a completa impossibilidade de convergência entre tucanos e petistas no tocante ao papel do Estado e na relação deste com a sociedade. Mas ao PSB nessa altura cabe isso mesmo, fazer gestos de conciliação, mostrar-se agregador, capaz de unir "os melhores" como convém ao projeto de terceira via.
Evidentemente, a tal associação soa inexequível. Primeiro, porque aquelas duas forças têm candidatos à Presidência. E depois, o PT e o PSDB nessa altura pensam em tudo, menos em colaborar com a adversária.
Na realidade nua e crua, querem mais é que Marina e o PSB se esfrangalhem a fim de não conseguirem consolidar a mudança do roteiro original em que petistas e tucanos se enfrentariam no segundo turno.
No fim de semana Dilma Rousseff e Aécio Neves já começaram a explicitar a divergência, ambos ressaltando o mesmo ponto de deficiência de Marina. A presidente aproveitou uma crítica da ex-senadora ao seu perfil de gerente para qualificar a declaração de "coisa de quem não tem experiência administrativa".
O candidato tucano em suas andanças de campanha também deu um jeito de encaixar uma fala ressaltando a si como a única alternativa "segura", para destacar a representação de insegurança em Marina. Hoje à noite, no primeiro debate entre os candidatos na TV Bandeirantes, será o teste inicial do peso da artilharia das campanhas presidenciais.
Legado. No PSB há a convicção de que o partido sai ganhando mesmo se Marina Silva perder a eleição para presidente ou, se eleita, deixar a legenda quando a Rede Sustentabilidade conseguir o registro definitivo na Justiça Eleitoral.
Com a candidatura presidencial forte, o PSB tem chance de eleger boa bancada de deputados federais. Isso dará ao partido direito a um tempo de televisão maior e uma parcela mais substanciosa do fundo partidário.
Caça ao apoio. Ávidos por boas notícias, PSB e PSDB adorariam neste momento contar com a declaração de voto do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Ambos trabalham em surdina. Nenhum dos dois ousa registrar sombra de êxito.
Ou vai... O acordo de delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa funciona assim: ou ele dá à Justiça informações - vale dizer, nomes - que permitam esclarecer o esquema de corrupção na empresa, ou não sairá da cadeia.