segunda-feira, 14 de março de 2016

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, março 20, 2014 INÚTIL PROIBIR SUICÍDIO

Em agosto de 2009, Fernando Henrique Cardoso parece ter descoberto a América ao afirmar que um mundo sem drogas é tão difícil quanto um mundo sem sexo. Presente à reunião de criação da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, no Rio, FHC defendeu a descriminalização do uso da maconha, a adoção de política de redução de danos e o atendimento a usuário de drogas na rede pública de saúde.

Em fevereiro do mesmo ano, o ex-presidente – que um dia disse que fumou mas não tragou – anunciou ser favorável à descriminalização da maconha para consumo pessoal, defendendo a sua legalização. Depois de velho, quis bancar o avançadinho. Favor não me interpretar mal. Sempre fui favorável à descriminalização do uso das drogas. Quem quer se matar, que se mate. O tabaco, o grande legado indígena ao Ocidente, matou e continha matando, e boa parte da humanidade fumou e continua fumando. Verdade que hoje tabagismo e religião são hábitos mais cultivados em países pobres. Se você não está proibido de chupar câncer, porque estaria proibido de fumar maconha?

Minha restrição à declaração de FHC é de outra ordem. Para começar, seria importante que dissesse isto quando era presidente. Ou, melhor ainda, quando era candidato a presidente. Mas, na época, isto era um risco de perder eleição. Continuando, considero absolutamente oportunistas as atuais defesas da descriminalização das drogas. As drogas estão há muito descriminalizadas, não só no Brasil, como em todo Ocidente.

Quando você viu, leitor, pela última vez, alguém ser preso por consumo de drogas? Talvez há uns trinta anos. De lá para cá, o consumo de toda e qualquer droga não implica punição alguma. As raves são regadas a drogas, não há quem não saiba disto, desde a polícia aos pais dos adolescentes que delas participam. As escolas têm distribuidores em seus portões, e ai do professor que ousar denunciar o uso da droga numa escola. Está arriscando sua vida. Os professores sabem disto e todos permanecem silentes.

Enquanto o ato tipificado como crime não é norma, o problema não existe: continua sendo crime. Quando se torna norma, o problema é mais delicado. O Estado apela então à hipocrisia. Foi o que ocorreu com a prostituição nas últimas décadas. Impotente ante o comércio sexual, os legisladores, na Suécia e em alguns Estados americanos, decidiram que prostituir-se não é crime. Mas pagar os serviços de uma prostituta virou crime. Absolve-se a profissional e pune-se o cliente. De que viverão então as moças?

Ainda há pouco, a França passou a militar no batalhão da hipocrisia. Começou mal o governo de François Hollande. No jornalismo on line, vimos fotos das profissionais parisienses manifestando nas ruas e ostentando cartazes em defesa do ofício:

LIBERTÉ? EGALITÉ? FRATERNITÉ? PUTES ELIMINÉES? 

Segundo o Nouvel Observateur, os partidos políticos são todos favoráveis à abolição da prostituição. Em 2011, o Parlamento adotou uma resolução que preconisa a penalização dos clientes. Sob o argumento de que a prostituição é uma violência às mulheres e às prostitutas, mesmo as « tradicionais », que são vulneráveis social e economicamente, a França pretende extirpar a dita mais antiga das profissões. Os socialistas jamais se curam da mania de utopia.

São Paulo é emblemática no que diz respeito a esta hipocrisia. Já comentei o assunto. Enquanto José Serra proíbe o fumo – o mesmo José Serra que defendeu a indústria tabageira em Santa Cruz do Sul, quando era candidato à presidência da República – na Cracolândia centenas de farrapos humanos consomem crack à luz do dia e ao lado de viaturas da polícia, que parecem ter por função protege-los. Hoje, numa rave, um adolescente entorpecido pelo ecstasy ou pela cocaína, pode ser advertido e expulso da festa se ousar acender um cigarro.

Essa gente que hoje defende a liberação das drogas está chovendo no molhado. As drogas há muito estão liberadas. Só não vê quem não quer. Por outro lado, ao afirmar que um mundo sem drogas é tão difícil quanto um mundo sem sexo, FHC está proferindo uma solene bobagem, indigna de sua carreira universitária. Álcool e tabagismo à parte, as demais drogas são decorrências do mundo contemporâneo. Se a cerveja existia desde o antigo Egito, se o vinho data dos tempos bíblicos, de lá para cá os seres humanos viveram muito bem sem maconha, cocaína ou crack.

Sem sexo não há seres humanos. Drogas são optativas. A humanidade não vai extinguir-se se não consumir drogas. Mas se extingue se não houver sexo.

Está provocando celeuma o projeto do deputado Jean Wyllys legalizando a maconha e concedendo anistia aos traficantes, que seriam perdoados de forma retroativa. Segundo os jornais, o projeto de Lei 7270/14 prevê anistia para quem foi condenado por venda da maconha. A medida vale para as condenações anteriores à aprovação da lei. Segundo o texto, o perdão é para “todos que, antes da sanção da lei, cometeram crime previsto na lei antidrogas, sempre que a droga que tiver sido objeto da conduta anteriormente ilícita por elas praticada tenha sido a cannabis, derivados e produtos da cannabis”.

Em entrevista ao Congresso em Foco, Jean disse que a soltura do traficante é uma questão de coerência. “Se a venda for legalizada, não faz sentido a pessoa continuar presa. A gente precisa ser uma sociedade solidária, discutir. Nós temos a quarta maior população carcerária do mundo”, disse ele hoje.

Longe de mim defender o deputado, produto espúrio dos BBBs da vida. Mas não podemos negar-lhe coerência, pelo menos no que diz respeito à legalização da droga. É a chispa da ferradura quando bate na calçada. Quanto à anistia retroativa dos traficantes, o deputado está sendo cúmplice de criminosos julgados e condenados. Algo como jogar as leis e o Judiciário ao lixo. Enquanto tráfico é crime, traficante é criminoso. Daí o projeto de lei. Quando traficar for lícito, deixam de existir crime e criminoso.

Há mais de década venho afirmando que o debate é ocioso. Hipocritamente, lá de vez em quando, para mostrar serviço, a polícia prende algum traficante. De preferência, os megatraficantes, que sempre podem render um bom suborno. É a mesma hipocrisia brandida no tratamento da prostituição no Brasil. Prostituição não é crime, muito menos pagar prostitutas. Mas a organização da prostituição é. Ora, toda profissional precisa de uma infraestrutura para trabalhar com tranqüilidade. Da mesma forma, se o consumo das drogas é permitido – como de fato o é – como terão os consumidores acesso às drogas se não houver um distribuidor? Se maconha ou cocaína não são vendidas em farmácias, é preciso que alguém as forneça.

Todos os dias nos chegam notícias, de todos os cantos do mundo, mostrando que o combate ao tráfico é batalha há muito perdida. Em qualquer esquina de São Paulo, você está distante poucos minutos da droga. Na periferia, maconha se compra até na padaria. O tráfico é lucrativo porque a droga é – ao menos teoricamente – ilegal. Dito isto, jamais usei droga alguma e não saberia distinguir cocaína de farinha nem maconha de alfafa. Não tenho, nos círculos que freqüento ou freqüentei, nenhum amigo que use drogas. Aliás, nenhum de meus amigos nem mesmo fuma. Não que os escolha por estas ou aquelas práticas. São afinidades eletivas. Mais ainda, meu povo geralmente não tem carro nem assiste televisão. 

Mas não me parece sensato proibir alguém de suicidar-se. Que mais não seja, a proibição tem se revelado inútil.

Quanto mais Lula foge da justiça mais seu grande rabo mostra.

Ali Baba tinha quarenta ladrões, mas nenhum era ministro...

PMDB de SC desembarca do governo e vai para a oposição a Dilma

O PMDB de Santa Catarina anunciou esta noite que é o primeiro diretório estadual do Partido a desembarcar da administração Dilma Roussef, já que mandou seus filiados demitirem-se de cargos que ocupam no governo federal.

O senador Dario Berger disse que a decisão foi decisivamente influenciada pelas manifestações de ontem contra Dilma.

Saíram:

Djalma Berger, presidente, e Paulo Afonso Vieira, diretor, ambos da Eletrosul
Vinicius Lummertz, diretor da Embratur

O comunicado foi feito há pouco pelo senador Dario Berger, ex-prefeito de Florianópolis.

A reunião da Executiva Estadual contou com a presença de todos eles e também do ex-governador Casildo Maldaner e do atual vice-governador, Pinho Moreira.


PB

Não nos falta mais nada! Pórco Can!- Novo ministro da Justiça é adepto do santo daime

O novo ministro da Justiça, Eugenio Aragão, pode trazer uma visão mais espiritual para a pasta, depois das confusões das últimas semanas: o procurador da República é adepto da União do Vegetal, religião que usa o chá do santo daime em suas celebrações.

Radar

Lula bem poderia ser preso antes de se tornar ministro. Bem, talvez mais alguns dias, junto com Dilma.

Lula ministro? Por que não marcharmos para Brasília?

Até quando o PT, o dragão de Komodo e o sapo barulhento irão zombar do povo brasileiro? Até quando? Num país sério o PT estaria extinto e a dupla vivendo numa hospedaria do estado.

A FALTA DE VERGONHA NÃO TERMINA NUNCA!- Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça, visitava José Dirceu na Papuda.

TRIBUNA DO TAMO ENGOLINO EM SECO- Mais um listão: ex-presidente da Andrade entrega ex-governadores, senadores, ministros e ex-ministros de Lula e Dilma

Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, acusou Ricardo Berzoini, ministro da coordenação política, de negociar propina em obras federais. E disse que Edinho Silva, da Comunicação Social, pediu dinheiro para a campanha de 2014 e foi informado sobre “doações” oriundas do petrolão.

Leia mais...http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/mais-um-listao

*O 'engolino' é uma homenagem a essa petezada analfabeta.

GAZETA DAS NÁDEGAS INQUIETAS- Ex-deputado Pedro Corrêa fecha delação premiada

Todos os países possuem corruptos. Nosso problema é a quantidade deles; não se consegue encerrar a contagem.

“Aqui nesse planeta bilhões ainda louvam seres invisíveis. É a vitória do coletivo irracional.” (HRX, o ET viajante)

“A terra é um planeta diferente no universo: muitos burros para poucos inteligentes.” (HRX, O ET VIAJANTE)

“Até mesmo um grande filho da puta para sua mãe é um anjinho.” (Chico Melancia)

O CRIME E O CASTIGO NA VOZ DAS RUAS por Percival Puggina. Artigo publicado em 14.03.2016

Há muitos meses, o governo petista, os dirigentes dos partidos da base e suas lideranças no Congresso Nacional parecem haver tomado Baygon de canudinho. Andam de um lado para o outro, desarvorados, em busca de uma saída que não existe para os males que sua desonestidade e presunção produziram. Não me refiro à multiplicidade de desastres que fizeram desabar sobre o país. Qual o quê! O que os preocupa são as consequências pessoais e legais do que fizeram. Muitos medem a distância entre a porta da rua e a porta da cadeia. Brasil? Que Brasil?
Acordei nesta segunda-feira em ressaca cívica. Milhões de brasileiros proporcionaram com o 13 de Março, nas mobilizações de ontem, um dia para entrar na História. Nas semanas anteriores, o PT e seus sequazes batiam tambores mentais pedindo chuvas no Rio de Janeiro, enxurradas em São Paulo, vendavais no Rio Grande do Sul. Mas São Pedro mostrou quem manda. Aqui em Porto Alegre, onde escrevo, 140 mil pessoas promoveram a maior manifestação da história da cidade. Homenageavam gente respeitável, patriotas de valor, como Sérgio Moro, os promotores da Lava Jato e policiais da PF naquela força-tarefa. Noutra praça da cidade, pequeno grupo de militantes a soldo reverenciava criminosos condenados e outros cidadãos em vias de. São pessoas que odeiam a dignidade de Sérgio Moro e amam Ricardo Lewandowsky, Roberto Barroso, Dias Toffoli, entre outros daquele puxadinho do PT em que foi transformado o STF.
Cada um de nós, tendo participado dessas manifestações, dirá um dia a seus filhos e netos, lendo as páginas da História: "Eu estive lá! Eu não me omiti! Eu cumpri meu dever de cidadão para com meu país e seu povo! Eu não me acovardei ante o falso rugido dos autênticos gatos!"
Enquanto participava da manifestação aqui em Porto Alegre, tive a clara percepção de que o grito das ruas produzia movimentos nas encruadas instituições. Rangiam velhas tábuas, estalavam dobradiças. Algo está para acontecer. O marasmo chega ao fim.
Vi nascer o grito por impeachment no dia 15 de novembro de 2014, na primeira manifestação nacional. Éramos poucos, mas sabíamos para onde girava inexoravelmente a roda dos maus fados do governo que reassumiria dias depois. Sua podridão já era conhecida, tanto que Dilma foi apresentada como faxineira do próprio governo. Nos meses seguintes novas manifestações se repetiram a partir do dia 15 de março (até então a maior de todas na história do país). Em duas semanas, três dezenas de requerimentos pedindo o impeachment da presidente se acumulavam na mesa de um até então pouco conhecido pilantra de nome Eduardo Cunha que, de março a dezembro, jogou água fria e gelo picado na fervura nacional. Mas na versão petista virou "dono do impeachment".
Até isso nos quis roubar o governo! O grito da nossa garganta. O clamor do nosso peito. As lágrimas de emoção cívica que deixamos nas avenidas de todo o país. Sinto que chega ao fim o domínio daqueles se julgavam-se capazes de conduzir o povo pelo nariz. Já podem contemplar a porta da rua e avaliar a distância entre esta e a porta da cadeia, lugar de todos que tenham esfolado a nação, sejam de que partidos forem.
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* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Por hoje basta de Lula. Vamos falar de gente.

Lula pode ser ministro. Pelo teor do seu depoimento, ministro da educação.

“Quem ainda pensa um dia ainda votar no Lula merece a extrema-unção cerebral.” (Eriatlov)

O papinho furado de Lula já ultrapassou os limites do suportável. Sua figura fede mais que um saco de batatas podres.

Samuel Pessôa: “O crescimento resulta de muito trabalho. Não é ato de vontade “

*O inacreditável programa do PT
O Partido dos Trabalhadores divulgou o documento “O futuro está na retomada das mudanças”, com a sua interpretação da conjuntura econômica e com propostas de enfrentamento da atual crise.
Além de retomar diversas políticas da nova matriz econômica, aquela que nos colocou no atoleiro que nos encontramos hoje, o documento defende estultices, como o uso das reservas para financiar obras de infraestrutura.
Segundo o texto, essas medidas seriam necessárias para lançar as bases da retomada da economia.
O documento trata o crescimento econômico como um ato de vontade. Não crescemos porque não queremos, ao adotar as medidas erradas. Adotamos as medidas erradas, segundo o texto, porque o mercado financeiro pauta a política econômica da Fazenda segundo seu interesse, o que impede a adoção do pacote que estimule o crescimento.
Adicionalmente, o documento defende que aquilo que propõe fora adotado no governo Lula.
Os signatários do texto parecem acreditar em Papai Noel ou no coelhinho da Páscoa.
O crescimento resulta de anos de política macroeconômica consistente –combate à inflação, estímulo à poupança pública e privada e política fiscal responsável–, além de medidas que incentivem a competição e a eficiência microeconômica.
O mais curioso é que esse tipo de política consistente foi exatamente o que Lula praticou nos primeiros anos de seu governo.
Como lembrou meu colega Alexandre Schwartsman, que ocupa este espaço às quartas-feiras, entre 2003 e 2008 o superavit primário esteve sempre acima de 3% do PIB. A taxa real de juros, que desconta a inflação esperada, reduziu-se de 16% ao ano no início de 2003 até pouco menos de 7% em 2010. Evidentemente a queda consistente foi causada pela consistente política fiscal. Nada mais ortodoxo.
Quando, no primeiro mandato de Dilma, tentou-se baixar a taxa de juros na marra –sem que a política fiscal e a expectativa de inflação permitissem–, colhemos somente mais inflação e juros. Chegamos aonde agora estamos.
Ao longo dos oito anos de Lula, o crédito livre cresceu muito. Foi resultado da estabilização da economia e de um pacote de políticas microeconômicas que aumentou a eficiência da concessão de crédito: nova lei de falências; crédito consignado; melhoras no instituto da alienação fiduciária para automóveis; instituição da alienação fiduciária e criação do patrimônio de afetação no crédito imobiliário; e modalidades de dívidas com execução extrajudicial (que reduz em muito o custo de reaver garantias).
O crédito cresceu muito, fruto de um duro trabalho de construção institucional e de solidez da macroeconomia: inflação sob controle, elevados superavit primários e Banco Central praticando a taxa de juros necessária para termos inflação na meta.
Quando tentamos aumentar o crédito artificialmente, por meio dos bancos públicos, colhemos péssimos projetos –indústria naval, estádios da Copa, refinarias da Petrobras etc.–, que não geraram crescimento e tiveram elevado custo fiscal.
O crescimento resulta de muito trabalho. Não é ato de vontade nem é impedido por conspiração de banqueiros.
Inacreditável que eu tenha que escrever isso!
Fonte: Folha de S.Paulo, 13/03/2016.

O zumbi e a crise. Rolf Kuntz critica inércia do atual governo


Se der tudo certo, a economia brasileira vai encolher 6,69% na metade inicial do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Será a primeira sequência de dois anos de recessão desde a crise dos anos 30 do século passado, como lembrou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, repetindo comentário de um analista. “Tudo certo”, nesse caso, refere-se à projeção mais otimista: uma contração de 3% a partir da base rebaixada pelo desastre de 2015, quando o produto interno bruto (PIB) diminuiu 3,8%, segundo a primeira estimativa oficial. Em outras bolas de cristal o resultado previsto para este ano fica entre – 3,5% e – 4%. Mas a devastação econômica é apenas a parte mais vistosa da obra de dona Dilma. Em princípio, qualquer governo pode provocar uma recessão se cometer um grande erro ou uma sequência de equívocos menores, mas bem escolhidos. A façanha da presidente brasileira – de fato, iniciada por seu antecessor e por ela completada – é muito mais espetacular e raramente registrada na História.
Sem bomba, sem sangue e sem arroubos dramáticos, ela foi muito além do anarquismo tradicional, irrealista e fracassado, e terminou o desmonte do governo por dentro. Não do governo de um país minúsculo ou de um Estado corroído pela guerra interna, mas de uma das dez maiores economias do mundo. Mais que isso: em vez do Estado mínimo, sonho radical do neoliberalismo, produziu o governo mínimo, ou, com um pouco mais de precisão, tendente a zero. O Estado sobrevive, como indica a firmeza da Operação Lava Jato, mas com danos consideráveis.
Sem apoio do próprio partido, incapaz de se entender com a base parlamentar e sem propostas claras para consertar a economia, esse governo zumbi nem mesmo consegue definir um rumo para suas ações. Pouco depois da reeleição, no fim de 2014, a presidente Dilma Rousseff procurou um nome com prestígio no mercado para comandar, na Fazenda, um programa de estabilização. Teria de ser um gestor preparado para fazer o papel de durão e promover os ajustes mais penosos. No ano seguinte ela mesma torpedeou essa política, prestigiando as opiniões do então ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, um dos pais da fracassada – e desastrosa – “nova matriz macroeconômica”.
Transplantado para o Ministério da Fazenda, Barbosa acabou assumindo, sem muito jeito, o discurso do ajuste e das mudanças estruturais. Mas sua proposta para a política orçamentária abriu espaço para um déficit primário (sem a conta de juros) de até R$ 60,2 bilhões, ou 0,97% do PIB estimado para o ano. Formalmente o governo ainda está comprometido com um superávit primário de cerca de R$ 24 bilhões, mas ninguém leva isso a sério.
Nada se espera, por enquanto, da possível agenda de reformas, exceto uma proposta, ainda pouco clara, de reforma da Previdência. O PT opõe-se a qualquer ideia de austeridade – embora nenhum sinal de política austera tenha surgido até agora – e prefere adiar a proposta de alteração do regime previdenciário. Defende, além disso, o uso de reservas cambiais para ações de estímulo ao crescimento, uma irresponsabilidade já contestada também pelo ministro Barbosa.
Nesta altura, até o complacente gradualismo defendido pelo ministro da Fazenda parece uma ortodoxia digna da tradição de Chicago, quando comparada com as alucinações do programa petista.
Sem uma presidente com força e convicção para sustentá-lo, e sem um verdadeiro governo engajado em sua política, o ministro é forçado a se entender com a cúpula petista. Seu comparecimento ao seminário organizado pelo Instituto Lula, na quinta-feira, nada mais foi do que uma prestação de contas ao partido e uma tentativa de obter as bênçãos dos caciques petistas. Nenhum dos chefões se comprometeu com o ministro. Sua posição no governo zumbi se torna dia a dia mais parecida com a de seu antecessor e ele deve ter consciência desse fato.
Novos estímulos de curto prazo serão insuficientes para a retomada do crescimento, sem ações de maior alcance, havia dito o ministro em Brasília, antes do seminário petista. Mas o governo pouco tem feito além de propor medidas de efeito limitado e, mais que isso, muito duvidoso, como o aumento do crédito fornecido por bancos oficiais. É preciso um mínimo de confiança para ir atrás de novo financiamento. Essa confiança inexiste, até porque fica mais difícil, a cada dia, enxergar através da névoa criada pela combinação das crises política e econômica.
Quanto à agenda de reformas, nem sequer foi esboçada com um mínimo de clareza. Qualquer pessoa pode incluir nessa pauta a mudança da Previdência, a revisão tributária, a desburocratização e a desvinculação de verbas orçamentárias. Mas nem sobre esses tópicos há acordo entre os ministros e entre o governo e sua base. Além disso, onde estão as propostas claras e razoavelmente formuladas? Onde está, por exemplo, o projeto de um sistema tributário compatível com a busca da eficiência e da competitividade?
Loteamento, apadrinhamento, inchaço, gastança irresponsável, prioridade a interesses partidários, distribuição de favores fiscais e financeiros e desprezo ao profissionalismo e à competência devastaram o governo e a economia. Não se chegou de um dia para outro a um déficit público nominal equivalente a 10% do PIB, um dos maiores do mundo, nem ao atoleiro da estagflação. Não só o governo foi devastado. Também a máquina do Estado foi severamente danificada, como comprovam as descobertas da Operação Lava Jato e poderão comprovar investigações em outra áreas.
Qualquer governo, em outro país, precisaria de muito esforço, muita negociação, muita competência e muita força política para resgatar a economia de um atoleiro parecido com a estagflação brasileira. No Brasil o desafio é muito maior: como recompor e reanimar o sistema produtivo quando só se dispõe de um governo zumbi?
Fonte: O Estado de S.Paulo, 13/03/2016.

“Já fui tão pobre que o meu único prazer era coçar bicho de pé nas patas.” (Climério)

“Posso dizer que sou um corrupto em extinção. Eu roubo só.” (Dep. Arnaldo Comissão)

Entrevista, Antonio di Pietro, ex-magistrado dos Mãos Limpas - Moro tem que cumprir o seu dever e pagar as consequências.


Antonio Di Pietro, o homem da Operação Mãos Limpas, falou sobre a Lava Jato para o jornal O Estado de S. Paulo de ontem, estabelecendo comparações surpreendentes entre o que ele fez e o que faz o juiz Sérgio Moro no Brasil.

A operação Mãos Limpas  decapitou a classe política italiana, derrubou um governo e extinguiu os maiores partidos políticos do país. Vinte e três anos mais tarde, o juiz Sergio Moro, autor de um trabalho sobre as Mãos Limpas, segue os passos de Antonio Di Pietro em Curitiba.

Di Pietro dá este conselho a Sérgio Moro:

- Antes de mais nada, exprimo toda a minha solidariedade ao juiz brasileiro que está conduzindo essa investigação. E, infelizmente, devo lhe dizer que, como sempre repete minha irmã: “Faça o seu dever e pague as consequências…”

Sobre as vilanias atuais dos investigados, falou o italiano:

- Aconteceu na Itália e, parece-me, está acontecendo também no Brasil: as pessoas que têm poder, em vez de ajudarem juízes e procuradores a revelar delitos nas altas esferas institucionais, impedem que eles façam o próprio dever, criminalizando-os. Não me sinto no direito de dar conselhos ao juiz brasileiro, porque ele certamente sabe disso melhor do que eu, mas digo uma coisa: a única maneira de levar a cabo uma operação dessas é não se submeter a ninguém, é não abaixar a cabeça para ninguém, assim como ele está fazendo e, espero, possa continuar a fazer.

CLIQUE AQUI para ler tudo. Vale a pena. Leia e passe adiante.

Políbio Braga

“A velhice bem poderia ser definida como Mundo Farmacêutico ou A Era dos Remédios.” (Nono Ambrósio)

“Ando mais tremelico que hóspede no Hotel do Conde Drácula.” (Nono Ambrósio)

“Terceira idade é o cão. Escondi uns trocados e agora não consigo lembrar onde.” (Nono Ambrósio)

“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)

“Não é só goiaba. Muito homem maduro também tem bicho.” (Mim)

“Deus escreve certo mesmo por linhas tortas porque quando escrevia errado ficava de castigo sobre o milho.” (Mim)

“Segundo seu Ananias Churrasqueiro a terra gira em torno do sal. Sal grosso.” (Mim)

“Cão que muito ladra não morde. O problema é saber quando ele já ladrou o bastante.” (Mim)

“Em terra de cego quem morre de fome é oftalmologista.” (Mim)

“Não espere nada de quem já deu tudo ou nunca deu nada.” (Mim)

O melhor amigo do homem é o cachorro-quente.” (Mim)

“Até o papagaio lá de casa não suporta Dilma. Quando ela aparece na Tv ele grita : desliguem essa bosta!” (Climério)

“Ando tão distraído que estou lendo até obituário para ver se morri e ainda não sei.” (Nono Ambrósio)

“A minha mãe somente não ousou me algemar quando criança por vergonha dos vizinhos.” (Chico Melancia)

“A Cosa Nostra perto do PT é um Clube de Damas.” (Eriatlov)

A renúncia seria um ato de grandeza, visto o sofrimento por que passa a pátria. Mas...

O nosso país é um navio fazendo água e a comandante está na piscina tomando sol.

MP VAI INVESTIGAR LULA E COUTINHO, DO BNDES

Uma força-tarefa da Ministério Público do DF deverá aprofundar as investigações sobre os financiamentos do BNDES para obras realizadas pela Odebrecht no exterior, grande parte delas obtidas por meio de alegado tráfico de influência do ex-presidente Lula, a serviço da empreiteira. Além de Lula, procuradoria pretende investigar também o papel de Luciano Coutinho, presidente do BNDES, nesses negócios.

 DANDO UMA MÃOZINHA

O deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) levou ao Ministério Público do DF documentos da CPI do BNDES comprometendo Lula e Coutinho.


Cláudio Humberto

PMDB pode desembarcar antes



No próximo dia 24, o PMDB completa 50 anos.

O comando do partido planeja uma comemoração no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, no dia 30. Após as manifestações de ontem, o ato pode ter desdobramentos.

O Antagonista

O POVO CANSOU DE OPOSITORES PÍFIOS- Hostilizados nas ruas, tucanos devem radicalizar discurso pelo ‘fora Dilma’

THE TUCUNDUVA NEWS- 78% dos manifestantes que foram à av. Paulista querem nova eleição para presidente; só 11% pedem Temer