sábado, 4 de abril de 2015

Do Antagonista- "Fidel está cheio de vitalidade", relato oficial sobre o tirano cubano de 88 anos. Já que é assim, sugerimos que ele nade até Miami.

O ANTAGONISTA-#PTNemMaisUmPio

Outra prova de que Lula e o PT acabaram: o twitter. De acordo com o colunista Lauro Jardim, da Veja.com, a manifestação do dia 13 de março, convocada pela CUT, resultou em apenas 40 000 menções favoráveis com a hashtag #Dia13DiaDeLuta. No dia 31, o fracasso de Lula e Rui Falcão foi ainda mais retumbante: somente 23 000 menções, com as hashtags #DemocraciaSempreMais, #DitaduraNuncaMais, #OndaVermelha, #OrgulhoPetista e #MenosOdioMaisDemocracia.
Que tal criarmos a hashtag #PTNemMaisUmPio?

"Se o céu pode esperar o inferno pode esperar muito mais." (Limão)

"Nada tenho contra Dilma. A favor dela menos ainda" (Eriatlov)

"Galo ruim com a chegada do despertador perdeu o pescoço." (Mim)

"Sinta-se vivo: Idealize projetos, tenha sonhos."(Filosofeno)

"Se todos os dias forem de festa o próprio prazer morrerá de cansaço." (Filosofeno)

"Somos justos.Aqui ninguém entra por cotas, somente por merecimento." (Satanás Ferreira)

"Não vivo para os outros.Também não sugo ninguém. Fazer o bem sem olhar a quem é coisa de pessoa ingênua que sustenta vagabundos e canalhas." (Mim)

Dilma não mudou seu projeto? Então ela ainda quer transformar o Brasil em um Cubão!


Dilma não mudou seu projeto? Então ela ainda quer transformar o Brasil em um Cubão!

A “Wanda” nunca quis saber de democracia…
O novo ministro da Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, deu uma entrevista à Folha. Nela, o ministro afirma que a presidente não irá se assustar com manifestações, pois já encarou ameaças muito piores na vida. Essa passagem abaixo é o que nos interessa aqui:
Nada intimida a presidente da República. Quem já passou por tudo o que ela passou… não é uma crise conjuntural que vai intimidá-la. Ela já colocou sua integridade física a serviço desse projeto, não é panelaço que vai fazer a presidente Dilma se intimidar.
Meus grifos. E vejam só que coisa interessante! O ministro de Dilma, companheiro do PT, afirma com todas as letras que o “projeto” de Dilma é o mesmo, não mudou. Ela colocou sua integridade física a serviço desse projeto, ou seja, o projeto atual. E qual é esse projeto?, permita-me perguntar.
A resposta do ministro eu posso imaginar, sendo ele o responsável pela comunicação do governo, ou seja, pela propaganda oficial: a luta pela democracia. Mas era isso mesmo que Dilma desejava naqueles tempos em que colocou a integridade física sob ameaça?
Não! Já escrevi aqui e repito: Dilma não lutava pela democracia coisa alguma! Quando ela atendia pelo codinome Wanda, quando atuava na VAR-Palmares e no Colina, grupos terroristas, seu sonho era instaurar no Brasil o regime comunista. Era Cuba seu norte, sua referência, sua meta. O que Dilma desejava era transformar o Brasil em um Cubão.
Logo, quando o seu próprio ministro confessa que seu projeto é o mesmo daquela época, o que ele está dizendo é que Dilma ainda gostaria de ver o Brasil se tornando comunista. Dado que a presidente elogia o tirano Nicolás Maduro na Venezuela e afaga o decrépito ditador Fidel Castro em Cuba, isso não chega a ser uma grande surpresa.
Mas convenhamos: uma coisa sou eu dizendo isso, ou o Olavo de Carvalho; outra, bem diferente, é quando seu próprio ministro admite, ainda que indiretamente, que Dilma continua lutando por seu antigo projeto, aquele que, como todos sabemos, não tinha nada de democrático.
Rodrigo Constantino

Professor não é educador: a pedagogia moderna usurpou função que pertence à família



“Nunca deixei que a escola interferisse em minha educação”. (Mark Twain)
Qual é o papel da escola e dos professores? Qual é a distinção entre ensino e educação? Deve o professor assumir um papel de educador, ou sua função é basicamente a de instruir seus alunos com o máximo de conhecimento possível para facilitar seu sucesso no mercado de trabalho?
Estas são questões de fundamental importância, especialmente no momento atual, em que vemos tantos professores se arrogando o papel de educadores, incutindo valores morais (ou imorais) na cabeça de seus alunos, tentando, como colocou o novo ministro da Educação, “conquistar mentes e corações” durante suas aulas.
Historicamente, todo governo autoritário começou tentando enfraquecer a influência da família, instituição que invariavelmente representou um enorme obstáculo às pretensões totalitárias dos tiranos. Usurpar, portanto, o papel de educar os próprios filhos é um objetivo antigo de todo aquele que pretende conquistar o poder e controlar os demais.
Sobre esse assunto, li e recomendo o livro Professor não é educador, de Armindo Moreira. São apenas cem páginas, com algumas pitadas de humor e diálogos entre pais de alunos e diretores ou professores que retratam a mentalidade vigente em nosso país, que confunde instrução com educação.
Moreira foi professor por décadas, em vários países, e conhece a fundo o tema. Seu ponto de vista merece reflexão. Para ele, educar é “promover, na pessoa, sentimentos e hábitos que lhe permitam adaptar-se e ser feliz no meio em que há de viver”. Ou seja, são os valores transmitidos basicamente pela família.
Já instruir é “proporcionar conhecimentos e habilidades que permitam à pessoa ganhar seu pão e seu conforto com facilidade”. Por essa diferença nos conceitos é que conhecemos pessoas instruídas e mal educadas, assim como pessoas analfabetas com educação.
A confusão entre os conceitos interessa, a princípio, aos governantes autoritários. Cabe ao governante, no máximo, oferecer instrução ao povo. Mas sua tentação é trocá-la por educação, pois assim pode mentalizar suas vítimas para que aceitem mais docilmente o fascismo (considerando que o socialismo também seria uma forma de fascismo).
Quem ama, educa, diz o título de um livro de Içami Tiba. E é isso mesmo: educar exige amor, sacrifício, foco no longo prazo, características que normalmente apenas os pais possuem em relação aos seus filhos. “Exigir que o professor seja educador”, diz Moreira, “é exigir que ele ame o aluno”. Como cobrar tal sentimento de um profissional que trabalha em troca de um salário?
“Educar é missão própria dos pais. Mais que pão, os pais devem dar educação aos seus filhos”, escreve. Educar não é tarefa fácil. Não pode ser delegada a qualquer professor, sem falar que o aluno terá, no decorrer de sua vida, inúmeros professores. A educação exige um mínimo de coerência, de consistência. Além disso, é um direito básico dos pais escolher qual tipo de educação seus filhos terão, que valores morais e visões de mundo lhes serão passados.
A tese que transforma o professor em educador pode dar uma aura de prestígio ao professor e um alívio de responsabilidade aos pais, mas prejudica principalmente os alunos. O professor não tem como evitar o fracasso nessa missão, e os pais que delegam tal responsabilidade pagarão com o sofrimento posterior, quando ficar claro que os professores não tinham a capacidade para educar seus filhos.
Educação não é algo que possa ser delegado impunemente. Mas o sonho de todo fascista é assumir essa tarefa no lugar das famílias, para que a menor margem de decisão possível caiba aos indivíduos. E “para que o povo aceite viver nessa condição de pouca ou nenhuma participação no poder, é preciso fazer a cabeça do povo, massificá-lo, ‘ideologizá-lo’”, conclui Moreira. A escola passa a ser um instrumento disso.
Por exemplo: instruir os alunos sobre sexo seria lhes ensinar sobre a anatomia do corpo humano, a fisiologia da reprodução humana, temas científicos necessários para a aprendizagem de todos. Já os juízos de valor sobre o uso do sexo não deveriam ser matéria para sala de aula, pois dão margem ao abuso de autoridade, à imposição de uma ideologia, de um valor moral que ultrapassa os limites do professor e avança sobre os dos pais.
Outro caso claro de interferência ideológica nas salas de aula é a constante repetição de que todos os males são culpa da “sociedade”, eximindo os indivíduos de responsabilidade. Em vários trechos o autor destaca esse tipo de mensagem que se encontra espalhada pelas nossas escolas, por professores que parecem agir mais como militantes de uma ideologia do que como instrutores.
“A culpa é da sociedade”, assim como o análogo “a culpa é do sistema”, significa uma transferência indevida de responsabilidade de agentes concretos para abstrações, uma desculpa perfeita para os criminosos e malfeitores. No entanto, é isso que tem sido dito e repetido por muitos professores em sala de aula. Moreira ironiza: “Fico pensando que o famigerado sistema é o marido da D. Sociedade. Eta! Casalzinho tinhoso…”
Um terceiro exemplo de interferência indevida das ideologias no ensino é o que se chama de “preconceito linguístico”. O papel do professor de Português é ensinar o aluno a ler e a escrever direito. Mas os “educadores” não pensam assim. Muitos defendem o uso de gírias, corruptelas e linguajar chulo como uma maneira legítima de uma pessoa se expressar.
Tais formas de expressão seriam marginalizadas pelos puristas da língua, pela elite preconceituosa. Rejeitá-las “equivale a marginalizar seus usuários – que, em geral, são as pessoas mais pobres”. Pronto! Temos mais um caso de marxismo invadindo a sala de aula, e prejudicando justamente os mais pobres, como sempre. Ao aprender uma língua fora do padrão, incorreta, o aluno carregará para sempre essa limitação e o estigma de incapaz, o que poderá lhe custar o emprego no futuro.
No mais, se não é necessário ensinar o uso correto da língua, então por que precisamos de uma professora com curso superior? Uma zeladora analfabeta poderia fazer igualmente o trabalho, ou até com maior capacidade, já que está mais próxima da “linguagem do povo” (vista, aqui, como a dos menos instruídos). Esse tipo de mentalidade apenas reforça a dicotomia entre “dominados” e “dominantes”, tudo porque esses professores se enxergam como “educadores”, e não como quem deve simplesmente instruir de maneira adequada.
Moreira descreve no livro o que chama de “intelectual subdesenvolvido”. Seria aquele que: 1. opina sobre assunto que não domina; 2. assume cargos para os quais é incompetente; 3. alinha sempre com o mais forte (apesar do discurso contrário); 4. é provinciano, exalta e macaqueia o que se faz em país rico (ainda que adore odiar tais países); 5. produz pouco mas quer salário bom; 6. prega democracia, mas conchava para impor candidato único; 7. prega igualdade, mas luta por privilégios; 8. obedece ao chefe e despreza a Lei. Em seguida, ele pergunta: se houver educadores com estas características, como fica o ensino?
Pois é. Nós, brasileiros, sabemos bem a resposta. Afinal, nosso sistema de ensino está repleto desses “intelectuais subdesenvolvidos” que, ainda por cima, se consideram educadores, em vez de professores. A politização e a ideologização de nosso ensino é um dos grandes males que assolam o país e ameaçam nosso futuro. Para Moreira, é preciso “subtrair o ensino à influência dos governos”. E ele vai além: “Deveria desaparecer o Ministério da Educação”.
Quando lembramos que alguém como Renato Janine, o professor de Ética que defende os corruptos do PT, é o ministro da Educação, e que alguém com este perfil poderá estar educando os nossos filhos, só podemos concordar com o professor Moreira. Chega de educação estatal. O que queremos é instrução de boa qualidade, e deixem que da educação cuidamos nós, os pais!
Rodrigo Constantino

Maioridade penal: um encontro dialético

O tema da redução da maioridade penal continua na ordem do dia. Basta ver a quantidade de colunas espalhadas sobre ele pelos jornais hoje. Abaixo, um diálogo com um hipotético amigo que é contra a redução da maioridade penal, tentando rebater os principais argumentos que tenho visto por aí.
Amigo: Acho um absurdo reduzir a idade para colocar na cadeia os bandidos. Afinal, sabemos que eles são vítimas da sociedade, da miséria, e isso significa um preconceito contra os negros e pobres.
Eu: Não sei se percebeu, mas essa sua fala denota um profundo racismo. Ao imputar aos pobres e negros a pecha de criminosos, você está acusando inúmeros inocentes, sem dúvida a maioria de negros e pobres, que escolhem levar uma vida correta. Aliás, a palavra-chave aqui é esta: escolha. Sua premissa, ao considerar que a “sociedade” é a culpada, anula qualquer possibilidade de escolha, de livre-arbítrio. Não nego que as condições de vida podem influenciar tais escolhas, mas me parece absurdo crer num determinismo que retira do indivíduo a responsabilidade por seus atos. Por fim, mais do que a conta bancária, é a falta de estrutura familiar que mais incentiva a criminalidade nesse caso. E essa falta de estrutura tem tudo a ver com suas bandeiras “progressistas”, mas isso é um outro assunto e um longo debate.
Amigo: Ok, digamos que o marginal jovem tem sua parcela de culpa. Prendê-lo não vai adiantar nada. Você trata a redução da maioridade penal como uma panaceia, a solução para todos os problemas da criminalidade, o que é simplista demais.
Eu: Você acaba de refutar um espantalho. Nunca vi ninguém afirmando que basta reduzir a maioridade penal para resolver o complexo problema da criminalidade, que sem dúvida possui muitos fatores. O que muitos dizem é que a impunidade e a inimputabilidade sem dúvida não ajudam. Ao enxergar galalaus como crianças indefesas, nós conseguimos apenas estimular seu uso por criminosos mais experientes ou incentivar sua entrada no mundo do crime. Vários chegam a rir dos policiais que os prendem pois sabem que estarão soltos em poucos meses. Isso, sem dúvida, não tem favorecido o combate ao crime. Medidas “socioeducativas” falharam, disso não resta a menor dúvida.
Amigo: Tá, então vamos prender esses marginais como se fossem adultos, ao lado dos criminosos mais perigosos? Ora, sabemos que as prisões são verdadeiras universidades do crime…
Eu: Cuidado com esse argumento. Aplicando sua lógica, chegaremos à conclusão de que o melhor é soltar todos os bandidos, já que colocá-los na prisão é lhes oferecer um PhD na arte do crime. Então seria melhor deixar logo todos livres! Lembre-se de que a função da prisão não é apenas a de ressocializar, mas também a de punir pelo ato criminoso e, acima de tudo, afastar o perigoso cidadão do convívio com a sociedade, para impedir novas vítimas. No mais, se não acha bom manter presos jovens e adultos no mesmo local, basta mantê-los separados. Mas isso não é um argumento para não prender os jovens!
Amigo: Não sei. Você leu o artigo do Drauzio Varella? Ele diz: “Trancar adolescentes em celas apinhadas de criminosos profissionais pode atender aos desejos de vingança da população assaltada por eles nas esquinas, mas é uma temeridade”.
Eu: Você sabe que Drauzio Varella é um esquerdista radical, não sabe? Mas ok, isso não vem ao caso. Você não precisa apelar à “autoridade” nem eu preciso descartá-lo por ser um socialista. Vamos aos argumentos: Drauzio repete basicamente o que você disse acima, que trancafiar jovens com criminosos mais velhos seria péssimo. Mas note que ele mesmo não afirma que a solução, então, é manter as punições atuais previstas pelo ECA, brandas demais. Ele diz: “Se a sociedade julga suave a condenação máxima de três anos na Fundação Casa, no caso de menores de idade autores de crimes hediondos, nada impede a criação de leis que lhes imponham penas mais longas”. E qual seria a diferença para a saída de reduzir a maioridade penal e simplesmente criar espaços separados para tais criminosos jovens, em prisões?
Amigo: Mas hoje não há espaço para todos. Faltam leitos nas prisões. Vamos sobrecarregar ainda mais o sistema penitenciário…
Eu: Então, com base nisso, podemos simplesmente concluir que o ideal é soltar alguns presos para aliviar o sistema, independentemente da idade! Ora, não faz sentido. Que o governo pare de desperdiçar tantos recursos com seus programas “sociais” populistas, compra escancarada de voto, e invista naquela que é sua função mais básica, que justifica a própria existência do estado: proteger a sociedade de inimigos, internos ou externos. Proteger a propriedade privada é o principal argumento para nos reunirmos em sociedade sob um estado. Você quer que o estado deixe de fazer isso para distribuir moradia “gratuita” ou dar esmolas em troca de votos? Que o governo corte ministérios, reduza o repasse para ONGs engajadas e acabe com a farra dos patrocínios “culturais”, para sobrar dinheiro para garantir a paz dos cidadãos decentes, ora!
Amigo: Não sei, cara. Essa coisa de punir com mais severidade quem não teve boas oportunidades na vida me parece errado, desumano, insensível…
Eu: Aqui você já está fugindo do debate racional e apelando às emoções, ao sensacionalismo. Voltou a repetir sua premissa furada de que não há o fator escolha no ato criminoso, e ignora que há bandidos da classe média ou mesmo alta também, mostrando que não é a falta de oportunidades somente que leva alguém ao crime. No mais, desumano mesmo é punir o cidadão inocente, ordeiro, trabalhador, que é vítima desses marginais. Com esses você não se preocupa? Isso sim, parece insensibilidade. O que você diria para os pais de um garoto assassinado por um “di menor”? Percebe como você, ao tentar simular nobreza e preocupação com marginais, acaba ignorando o outro lado? Já notou que seus colegas radicais de esquerda, que se julgam defensores dos “direitos humanos”, são os mesmos que justificam todos os atos bárbaros de terroristas, assassinos e sequestradores?
Amigo: Ainda não estou convencido. Você reduz a maioridade penal para 16 anos, e depois? Seguindo sua lógica, os bandidos vão aliciar pessoas cada vez mais jovens, com 13 anos, 12 anos. Qual o limite?
Eu: Novamente, cuidado com sua linha de raciocínio. Por essa sua estranha lógica, podemos subir a maioridade para 21, ou para 30 anos! Assim estaríamos “protegendo” cada vez mais gente. Há países desenvolvidos com idade ainda mais baixa mesmo, pois a premissa é a seguinte: com qual idade o sujeito já conhece a diferença entre certo e errado e deve pagar por suas escolhas? Muitos lugares punem o ato, não levando muito em conta a idade do infrator. Agora, o que realmente não faz o menor sentido são vocês considerarem que um rapaz de 16 anos deve poder votar, escolher nosso governante, e depois assumir que ele é incapaz de pagar por seus crimes. Isso não tem cabimento!
Amigo: Bom, preciso ir. Até a próxima.
Eu: Tchau. E vê se pensa mais sobre o assunto, tenta refletir sobre esses pontos. Esforce-se o máximo possível para deixar de lado sua autoimagem de nobre humanista preocupado com as “pobres vítimas da sociedade” e procure absorver os argumentos racionais, sem monopolizar as virtudes ou os fins nobres. O que realmente funciona? O que pode reduzir a criminalidade, doença endêmica em nosso país? Sem dúvida o ambiente de impunidade não ajuda. E os que culpam a pobreza, como você, precisam explicar porque a criminalidade aumentou mesmo em locais com aumento de renda.
Rodrigo Constantino

O ódio da esquerda à classe média “burguesa”

Em sua coluna de hoje, o sociólogo Demétrio Magnoli defende a importância da classe média (ou classes médias, pois é impossível considerá-la algo monolítico) para o avanço da democracia. Usando como pano de fundo a conhecida declaração de Marilena Chaui sobre seu ódio à classe média, Demétrio combate a tentativa de parte da esquerda de condenar toda uma classe para impedir as críticas legítimas ao seu governo.
Os “coxinhas”, como ele lembra bem, foram os responsáveis por vários movimentos históricos que desafiaram regimes opressores e tirânicos. Diz Demétrio:
Chaui, uma professora de classe média, odeia seus colegas, seus alunos, seus amigos –e a si mesma. Entretanto, ela não entende a classe média, nem no registro sociológico, nem no histórico.
Sociologicamente, a classe média não é una, mas diversa. O crescimento econômico e a modernização social acentuam a diversidade das classes médias (assim, no plural), borrando as fronteiras que as separam dos trabalhadores assalariados. Nas democracias opulentas do Ocidente, esses segmentos compõem a maioria da população.
Como explicou Timothy G. Ash, a mensagem das revoluções de 1989 no leste europeu era “queremos também ser de classe média, no mesmo sentido em que os cidadãos da metade mais afortunada da Europa é de classe média”. A tentativa de definir a classe média por uma coleção de adjetivos derrogatórios é uma prova, entre tantas, dos efeitos obscurantistas do pensamento ideológico.
E a ideologia pode ser mesmo uma máquina de destruição de fatos. Indivíduos de todo tipo compõem a tal classe média, mas se há algum denominador comum, como observa Demétrio, é a relativa autonomia em relação ao poder estatal, em contraste com os grupos organizados típicos da esquerda radical. “Daí o incontido ódio da filósofa: as classes médias não se amoldam à caixinha dos partidos que anunciam a salvação do povo”, resume.
O pensamento classista atende aos interesses ideológicos do revolucionário pois lhe permite olhar para o próximo de carne e osso como nada menos do que um representante da classe inimiga. Ajuda na hora de agredi-lo ou mesmo exterminá-lo, com menos peso na consciência. Não é o João ou a Maria que se está atacando, mas “o burguês”. Os nazistas adotaram a mesma tática com “os judeus”.
Já mostrei aqui que somente o indivíduo é o agente da história, ao contrário do que “pensam” os marxistas, vidrados no conceito de classe. Publiquei também um ótimo texto de Flavio Morgenstern sobre a farsa das “classes sociais”. O ódio da esquerda radical à “classe média”, associada por ela à “burguesia”, é uma forma abjeta de trocar gente de carne e osso, com todas as suas complexidades, por abstrações vazias que servem ao propósito dos revolucionários sedentos por poder. Roger Scruton, em Pensadores da Nova Esquerda, foi direto ao ponto:
Supõe-se que a burguesia seja um tipo de agente moral coletivo, que realiza e sofre ações em conjunto, e que pode por estas ações ser louvada ou culpada. Sem esta suposição, torna-se incoerente acusar a burguesia de injustiça ou ressentir-se de seu domínio. Também se torna incoerente – e, na verdade, imoral – ressentir-se, punir ou (por exemplo) expropriar alguémcomo membro da burguesia. Em outras palavras, sem o pressuposto da burguesia como um agente corporativo, a torrente de emoção radical fica obstruída. O fluxo livre de ressentimento radical requer a personificação da burguesia.
[...]
Ademais, ser um proletário ou um burguês torna-se um atributo moral, parte de seu caráter: você é considerado virtuoso ou corrupto por pertencimento a sua classe social. (Para se chegar a essa conclusão emocional, a consciência socialista precisa evitar uma série de fatos desconfortáveis: por exemplo, o fato de que uma pessoa pode ser ao mesmo tempo empregador e empregado, ou ser empregado hoje e empregador amanhã; e o fato de que a ordem “burguesa” madura lança toda propriedade num fluxo de titularidade mutável; e estabelece uma recompensa para o desenvolvimento de qualquer habilidade. Reconhecer estes fatos, no entanto, é olhar além do mito da “luta de classes”.)
[...]
Foi a inspiração nestes sentimentos “classistas” que levou ao “massacre dos kulaks”, à “revolução cultural”, e à “purificação” da ordem social exercida por Pol Pot, no Camboja. Apesar disso, o charme da teoria permanece absoluto e avassalador.
E quem poderia negar isso observando o comportamento de Marinela Chaui e de tantos outros petistas? Como discordar de Scruton quando vemos a grande quantidade de gente que simplesmente evita olhar para os manifestantes nas ruas, enxergar os diversos críticos do governo Dilma, preferindo aderir ao rótulo pejorativo de “coxinhas”, uma mera adaptação do velho “burguês”?
Rodrigo Constantino

RESPINGOS DA BÚLGARA ALOPRADA- Há 3 meses Itamaraty não paga auxílio moradia a diplomatas

Tarde de sábado.Estou em Canoas,apanhando de um notebook.

O GRANDE PRIVADOR DA LIBERDADE REAPARECE- Fidel faz primeira aparição pública em mais de um ano

"O sal também nasce para todos." (Limão)

"O mau não usa crachá identificando-se." (Mim)

"Ninguém está a salvo de um ataque da ignorância"(Mim)