quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Diz o papagaio advogado Turbo, da Dona Zefa Biscate

Nada de impeachment. A Coisa Ruim deveria ser interditada por burrice assombrosa.

Leandro Narloch- Crise da previdência não é prioridade. É uma bomba atômica



A bancada de deputados federais do PT disse nesta quinta-feira que a reforma da Previdência não é prioridade do governo.

Concordo. A crise da Previdência já deixou há um bom tempo de ser uma prioridade. Hoje está mais para uma bomba atômica que estamos armando para os nossos netos.

O governo gastou 123 bilhões de reais em 2015 com o rombo das aposentadorias. É quase o mesmo que com os ministérios da Saúde e Educação somados (130 bilhões).

Com uma população jovem (70% dos brasileiros estão em idade de trabalhar), o Brasil já gasta, em relação ao PIB, o mesmo que Espanha e mais do que Suíça e Inglaterra, países “velhos”.

Se o problema já é grave agora, imagine daqui a pouco. Até 2060, o número de brasileiros com mais de 65 anos vai se multiplicar por quatro – e a parcela de idosos vai passar de 7,4% para 26% da população.

A aposentadoria de 1 milhão de servidores causa prejuízo maior do que aquele gerado pelos 28 milhões de beneficiários do INSS. O rombo, de 67 bilhões, custa quase três vezes o Bolsa Família.

No regime de Previdência rural, a arrecadação é 13 vezes menor do que os gastos, que superam os R$ 90,1 bilhões, contra uma arrecadação de R$ 6,9 bilhões.

“É como a Grécia, só um pouco mais louco e numa escala colossal”, costuma dizer Paulo Tafner, pesquisador do IPEA.

Mas sabe como é: reforma da Previdência é o tipo de assunto que não dá votos. Por isso, para os deputados do PT, não há motivo para se assustar com a Previdência. Tá tranquilo. Tá favorável.

@lnarloch

Calor demais

Ontem e hoje num cansaço sem igual. O calor demasiado acaba comigo. Não consigo trabalhar direito, fico irado, pouco produtivo. E ainda tem o horário de verão para ajudar. Ainda bem que acaba no sábado.

“Alguns amigos querem me salvar do inferno. Mas quem disse que eu quero? (Mim)

“Ainda não estamos no rego do Saci, mas estamos perto.” (Climério)

Amar é...Dar para os argentinos a Dilma de presente.

Artigo, Paulo Rebelo, médico neurologista - Calem a boca, senhores defensores dos bandidos de Porto Alegre

Artigo, Paulo Rebelo, médico neurologista - Calem a boca, senhores defensores dos bandidos de Porto Alegre

CLIQUE AQUI para examinar reportagem e filme do assassinato. Ao lado, Alexsandro de Matos, executado friamente por dois selvagens assassinos de Porto Alegre. 

É revoltante a execução (sim, execução, com tiro na nuca) do funcionário do SAMU de Porto Alegre, quarta-feira, na rua Souza Doca, no movimentado bairro de Petrópolis. Mais uma vida ceifada por ação de um vagabundo. 
Só peço que os que são contra a redução da maioridade penal, que votam em partidos e pessoas que defendem indultos e soltura de apenados para aliviar a lotação dos presídios, que são contra o porte de arma pelo cidadão de bem e que vivem falando mal da polícia, bem como reivindicam direitos a visitas intimas e regalias para os criminosos, que calem a boca em respeito ao falecido e família. Estes não terão a solidariedade de Marcos Rolim e Maria do Rosário.
Vocês e o garantismo de leis que colocam traficantes e homicidas em três anos fora dos presídios apertaram aquele gatilho duas vezes. E não me venham com papinho que o rapaz reagiu e isto é indevido. Morreu defendendo o patrimônio que conseguiu passando noites em claro, possivelmente ajudando indivíduos como este homicida nojento e defendendo sua família. Aliás morreu nos braços da esposa.

Silêncio dos defensores de bandidos e do garantismo legal.

PB

Caseiro do sitio de Lula passa para a polícia o celular do advogado de Lula

Caseiro do sitio de Lula passa para a polícia o celular do advogado de Lula

Replicando notícia do jornal O Globo de hoje, O Antagonista disse que a polícia ambiental, que ontem vistoriou o sítio de Lula, pediu ao caseiro Maradona o telefone de contato do dono da propriedade.

Leia e entenda como as mentiras de Lula e do PT se desmancham no ar:

E ele deu o número de quem? De Fernando Bittar? De Jonas Suassuna?

Nada disso.

Ele deu o número de celular do advogado de Lula, Cristiano Zanin, genro de Roberto Teixeira.

O Globo, que testemunhou o fato, pediu esclarecimentos ao advogado de Lula.

Ele disse:

“Deve ter havido algum equívoco. Não sou responsável pelo sítio nem advogo mais para os proprietários. Meu escritório prestou consultoria na época da compra e venda. Pode ser que eles tivessem lá na portaria o número do telefone”.

O Globo replicou que Maradona não entregou o número de telefone de seu escritório, e sim de seu celular.

O advogado de Lula respondeu:

“Eu não tenho como explicar isso”.

Não, não tem.

Políbio Braga

NO NOSSO! SEMPRE!- Lei Rouanet passa a valer para projetos de arquitetura

VODU

"Tenho um amigo haitiano. Estamos negociando fazer um vodu pra Dilma." (Climério)

“Tenho algumas varizes e os calcanhares rachados, mas a bunda ainda é lisa.” (Josefina Prestes)

“A única coisa que me resta na vida é pensar... Pensar numa maneira de ficar rico sem ser preso.” (Chico Melancia)

“A última tentação de Cristo foi o baralho.” (Climério)

“Ontem fui agraciado com um pedaço de picanha. Estes humanos sabem o que é bom. Eles que me venham com ração para ver o alarido que irei fazer.” (Bilu Cão)

“A solidão quando se é imposta contribui para o conhecimento de si mesmo.” (Filosofeno)

“Jamais capitular diante do mal vermelho. Sou um pássaro livre, pelo céu azul eu navego.” (Eriatlov)

Lech Walesa, herói da luta contra o comunismo, foi espião do regime que combatia



O ex-presidente polonês e mordaz opositor do comunismo, Lech Walesa, foi espião da polícia nos anos 70, revelou nesta quinta-feira o diretor do Instituto da Memória Nacional da Polônia, Lukasz Kaminski. Documentos apreendidos com a família do último ministro de Interior do regime comunista, Czeslaw Kiszczak, confirmam que Walesa, prêmio Nobel da Paz de 1983, atuou para o regime comunista que ele combatia.

Kaminski afirmou que os relatórios em poder de Kiszczak são autênticos e mostram que o ex-presidente foi informante dos serviços secretos poloneses entre 1970 e 1976 sob o pseudônimo de "Bolek", em troca de dinheiro. O diretor do Instituto da Memória Nacional, uma instituição pública encarregada de investigar os crimes cometidos durante o período de ocupação nazista e no regime comunista, disse que entre os documentos disponíveis está a assinatura de Lech Walesa, além da confirmação de um pagamento.

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Walesa, herói da luta contra o comunismo na Polônia, admitiu no passado que assinou, segundo ele sob pressão, um compromisso para se transformar em informante dos serviços secretos, mas insistiu que nunca atuou como tal nem recebeu dinheiro. Os arquivos foram divulgados depois de a viúva de Kiszczak oferecer os relatórios dos serviços secretos elaborados nos anos 70 ao Instituto para a Memória Nacional.

Alguns historiadores, como Piotr Gontarczyki e Slawomir Cenckiewicz, já tinham sustentado que Walesa, líder do lendário sindicato Solidariedade e ex-presidente da Polônia após a queda do comunismo, foi espião da polícia política do regime. Esses dois historiadores sustentam que Walesa foi cooptado pelos serviços secretos e informou durante alguns anos as atividades políticas de seus companheiros nos estaleiros de Gdansk, no norte da Polônia.




Lech Walesa, que tem 72 anos, desmentiu rapidamente a acusação em seu blog: "Não pode haver documentos implicando a mim, vou demonstrar isso perante a justiça". O ex-presidente havia aberto um processo por difamação contra os que o acusavam de colaboração com os serviços comunistas, particularmente em 2009 contra o presidente Lech Kaczynski, falecido em um acidente de avião em abril de 2010. Após a morte do presidente, Walesa retirou o processo.

(Da redação)
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Gil Castelo Branco: O santo do pau oco

Publicado no Globo
No período colonial, as imagens sacras de madeira eram talhadas e usadas para esconder o contrabando de ouro e diamantes. Daí a expressão popular “santo do pau oco”, utilizada no Brasil para designar pessoas de caráter duvidoso, dissimuladas ou hipócritas.
À época, governadores, escravos e clérigos participavam da tramoia. Foram os ancestrais dos mensaleiros — do PSDB mineiro, PT e aliados — do bando do petróleo e de tantos outros quadrilheiros que roubaram o Estado nas últimas décadas. Séculos depois, os problemas já não são as imagens recheadas de ouro e pedras preciosas, embarcadas em caravelas. O volume que a corrupção atingiu é tal que o montante não caberia sequer na imagem do Cristo Redentor, no Corcovado.
Os desvios, agora, seguem um “manual”. Os políticos e partidos indicam servidores para áreas estratégicas dos órgãos públicos, fundos de pensão e empresas estatais. Os “apadrinhados” providenciam a celebração de contratos superfaturados com construtoras e prestadoras de serviços, geralmente financiadoras de campanhas eleitorais. As “gorduras” dos contratos são “lavadas” por operadores financeiros e doleiros, que circulam a propina por contas bancárias de offshores e empresas fantasmas, em diversos paraísos fiscais. Os recursos já “lavados” retornam em dinheiro, bens e benfeitorias para os “laranjas” dos servidores, empreiteiros, doleiros, operadores e políticos.
No escândalo da Petrobras, apesar das delações premiadas e das evidências — recursos devolvidos, bloqueados no exterior e repatriados — os políticos e partidos continuam a negar qualquer participação no segundo maior caso de corrupção do mundo, segundo a ONG Transparência Internacional. As respostas frequentes são: “não conheço”; “não recebi”; “não tive qualquer contato”; “não indiquei” e, a mais comum, “o partido só recebeu doações oficiais, devidamente declaradas ao TSE”.
De fato, 11 meses depois da abertura dos inquéritos, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao STF e ao STJ contra apenas sete dos 56 políticos com foro privilegiado. Essa fila precisa andar….
A impressão que as negativas e a lentidão das denúncias transmite é que a classe política é formada por santos. O ex-presidente Lula, por exemplo, chegou a dizer há duas semanas: “Neste país, não tem uma viva alma mais honesta do que eu”. O jornalista Jorge Bastos Moreno, do Globo, reordenou a frase: “A alma honesta mais viva que há”.
Até o momento, porém, Lula não foi formalmente incriminado, ainda que seja alvo de quatro apurações em curso: no Ministério Público do DF, por suspeita de tráfico de influência em favor de empreiteiras que o contratavam para palestras; na Operação Lava Jato por suposta ocultação de patrimônio do sítio em Atibaia; na Zelotes, em decorrência de medidas provisórias que beneficiaram o setor automobilístico; e no MP de São Paulo, em inquérito sobre a compra do tríplex no Guarujá e a reforma executada pela construtora OAS, supervisionada por sua mulher.
Quando Lula esteve na Presidência, já pairavam sobre a família questionamentos por fatos, até anedóticos, como a plantação de flores compondo uma estrela vermelha no jardim no Palácio da Alvorada, a excursão de amigos dos filhos a Brasília em avião da FAB, com direito a algazarra na lancha presidencial, e a concessão de passaportes diplomáticos a familiares. Os episódios fizeram lembrar a frase do Barão de Itararé: “Certos políticos brasileiros confundem a vida pública com a privada”.
Com o espaço que possui na mídia, Lula já deveria, há muito tempo, pessoalmente, ter explicado todos esses rolos. Como não o faz, amplia as suspeitas que fizeram desabar a sua reputação. Em menos de dois anos, sua rejeição passou de 17% para 47% (Datafolha). Segundo o Instituto Ipsos, 60% discordam de que Lula seja honesto. Do homem de Garanhuns ao do Guarujá há um abismo.
Amanhã, o ex-presidente irá depor no MP de São Paulo, já como investigado. No dia 14 de março, estará frente a frente com Sérgio Moro, por videoconferência, como testemunha do seu amigo Bumlai, preso no Paraná. Ao que dizem, CUT, MST, UNE e movimentos sociais chapa-branca farão manifestações com o mote “Mexeu com Lula, mexeu comigo”. A pressão sobre o MP será pífia. Com a atual indignação da sociedade em relação à corrupção, as instituições precisam comprovar independência, seja qual for o investigado.
Neste momento, tal como no período colonial, o essencial é o Ministério Público e a Justiça continuarem a investigar se as imagens de santos ainda escondem falcatruas.

“Dilma é tão ruim que é bem capaz de melhorar até a imagem do governo Sarney.” (Mim)

“Crise mesmo quando você depende da sogra até para comer.” (Pócrates)

José Casado: Na rota do Atlântico

Publicado no Globo
Quinta-feira passada houve um pequeno alvoroço na sede do Banco Carregosa, na cidade do Porto (Portugal), quando policiais exibiram um mandado de busca. A casa bancária mais antiga da Península Ibérica entrou no mapa das investigações de corrupção e lavagem de dinheiro conduzidas de forma coordenada em Portugal, Suíça e França.
No alvo está o português Antonio José da Silva Veiga, diretor da Asperbras, empresa paulista percebida na Europa e na África como um dos braços financeiros da cleptocracia comandada por Denis Sassou Nguesso, que há 47 anos domina o poder na República do Congo. Veiga foi preso na semana do carnaval, em Lisboa, junto com o sócio Paulo Santana Lopes, horas depois de oferecer 11 milhões de euros (R$ 48,9 milhões) pelo controle do Banco Internacional de Cabo Verde, espólio do falido Grupo Espírito Santo.
O diretor da empresa brasileira não declara bens em Portugal, onde enfrenta atribulações fiscais desde a época em que intermediava contratos de jogadores de futebol como Luis Figo e Jardel, entre outros. No entanto, foram apreendidos oito milhões de euros (R$ 35,5 milhões) em espécie, mais quatro Porsches, Mercedes e um Bentley, além de congelados saldos bancários de dez milhões de euros (R$ 44,4 milhões).
Veiga atuava como agente plenipotenciário de José Roberto e Francisco Carlos Jorge Colnaghi, de Penápolis (SP) — sócios mais visíveis do grupo Asperbras. Sua intimidade com o clã Nguesso, em especial com Claudia, filha do ditador, assegurou aos Colnaghi um bilhão de dólares (R$ 4 bilhões) em contratos públicos no Congo. A devassa interrompeu novos projetos, para uma rede bancária e hospitalar.
A Asperbras foi grande beneficiária do perdão concedido dois anos atrás por Dilma Rousseff para uma dívida de US$ 280 milhões que o Congo mantinha com o Brasil. Nessa anistia, chancelada em tempo recorde e sem debate no Senado, ficou perceptível a influência de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma. Palocci tem relações fluidas com os Colnaghi. Chefe das campanhas de Lula (2002) e Dilma (2010), Palocci era usuário dos aviões da Asperbras. Um dos Colnaghi, José Roberto, foi personagem do inquérito do mensalão sobre pagamentos realizados (via Angola) ao publicitário Duda Mendonça, na campanha de Lula em 2002. Ano passado, em outra investigação, a Justiça identificou remessas da Asperbras, no Congo, para a agência Pepper, que atende ao PT desde a campanha de Dilma em 2010.
Alto risco é um derivativo natural dos laços com a cleptocracia Nguesso, hegemônica no país produtor de petróleo e de diamantes sem origem certificada — “de sangue”, moeda corrente na lavagem de lucros do tráfico.
No poder, os Nguesso construíram uma das maiores fortunas da África. Suas propriedades incluem 66 imóveis de luxo no eixo Paris-Provence-Riviera, segundo o Tribunal de Paris. A família cultua ostentação: Antoinette, primeira-dama, gastou um milhão de euros na celebração dos seus 70 anos em Saint-Tropez. Carla Bruni Sarkozy foi o destaque.
A ação europeia que levou à prisão do diretor do grupo brasileiro Asperbras, sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, desenvolve-se sob um sugestivo codinome policial: “Rota do Atlântico”.

“Só de falar em cortiço meu corpo quase entra em convulsão.” (Shirley Maquilaine)

Augusto Nunes- O reizinho destronado fugiu do tribunal. Mas não vai escapar dos defensores da lei



lula marisa
O parteiro do Brasil Maravilha, o Pai dos Pobres e Mãe dos Ricos, o enviado pela Divina Providência para acabar com a fome, presentear a imensidão de desvalidos com três refeições por dia e multiplicar a fortuna dos milionários, o metalúrgico que aprendeu a falar com tanto brilho que basta abrir a boca para iluminar o mundo de Marilena Chauí, o filho de mãe nascida analfabeta que nem precisou estudar para ficar tão sabido que já falta parede para tanto diploma de doutor honoris causa, o Exterminador do Plural que inaugurou mais universidades que todos os antecessores juntos e misturados, o migrante pernambucano que se nomeou Redentor dos Miseráveis, o gênio da raça que proclamou a Segunda Independência ao reinventar a Petrobras e descobrir o pré-sal, o maior dos governantes desde Tomé de Souza, quem diria?, agora recorre a truques de rábula para escapar de perguntas sem resposta sobre o triplex no Guarujá.
O campeão de popularidade que andou beirando os 100% de aprovação, o senhor das urnas capaz de eleger qualquer poste para qualquer cargo, a sumidade que em cinco anos ressuscitou a nação assassinada pela herança maldita, o pacificador do Oriente Médio, o estadista que dava pitos até em presidente americano e também por isso foi contemplado por Barack Obama com o título de Cara, o colosso que rebaixou a marolinha uma crise econômica planetária, o gigante predestinado a conquistar o Nobel da Paz e eleger-se por aclamação secretário-geral da ONU, o estadista que deixou o mundo boquiaberto com tanta clarividência, quem diria?, fugiu do tribunal nesta quarta-feira por falta de explicações que parecessem convincentes pelo menos aos ouvidos de um bebê de colo.
O SuperMacunaíma que escapou do Mensalão ainda não entendeu que, depois de tropeçar no Petrolão, despencou do elevador privativo do apartamento na praia das Astúrias e atolou num sítio em Atibaia. Alguém precisa dizer ao fundador de um Brasil imaginário que o país real se cansou de tanta ladroagem e está ao lado dos juízes sem medo e dos promotores altivos. Usando como laranja um deputado federal, a tropa de advogados acampada no Instituto Lula raspou o fundo do tacho das chicanas e conseguiu adiar o encontro, em companhia de Marisa Letícia, com um representante do Ministério Público paulista. O investigado talvez até consiga livrar-se do promotor Cássio Conserino. Mas são muitos os homens decididos a aplicar a lei na terra arrasada pela corrupção, pela incompetência, pelo sectarismo ideológico e pela idiotia política.
O reizinho que se achava inimputável logo saberá que a condenação à perpétua impunidade foi revogada pela descoberta de safadezas pessoais e intransferíveis. Não há como terceirizar as bandalheiras que infestam o patrimônio imobiliário do Lincoln de galinheiro, fora o resto. O mito morreu. Há dois dias, Lula proibiu o Conselho Político do PT de tratar das maracutaias que o mantêm pendurado no noticiário político-policial. “Não aguento mais falar disso”, explodiu. “O Luiz Marinho vai lá em casa e só quer falar disso. Chego no Instituto para trabalhar e só falam disso. Não aguento mais”.
O Brasil decente é que não suporta mais tanto cinismo e tamanha cafajestagem. Aguente ou não, o palanque ambulante convertido em camelô de empreiteiro será obrigado a falar sobre isso e muito mais. O interrogatório foi adiado por alguns dias. Mas a hora da verdade chegou.

E o Lula? Tem mais moral que o Renan?

Alguém decente por aí acha que Dilma é mais ética que Cunha?

“A minha língua é de Jesus e o resto do corpo para servir-se da nata.” (Shirley Maquilaine)

“Meu objetivo no emprego é o seguro-desemprego.”(Ilvania Ilvanete)