terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mário Guerreiro- Os quatro fundamentos do Islamismo

Como se sabe, o islamismo, por sua própria formação, recusa-se a ser uma religião universal. Digo isto porque penso que uma religião universal deve reconhecer quetodos os homens são iguais perante Deus.
Complementou esse princípio religioso o princípio de igualdade jurídica, de acordo com o mesmo todos os homens são iguais perante a lei.
Além dessas duas formas de igualdade, temos ainda outras duas: a igualdade da matemática e a igualdade produzida pela morte: somos todos iguais perante os vermes da terra. “Pó és e ao pó voltarás”. Mas igualdade social é pura utopia socialista.
Ocorre que, para o islamismo, existem dois tipos de seres humanos: os islamitas e os não islamitas, ou “infiéis” (judeus, cristãos, budistas, etc.).
O islamita tem a obrigação de rezar 5 vezes ao dia, com a cabeça voltada para Meca, num tapete de preferência verde porque verde é a cor sagrada do Islã.
E ao menos uma vez na vida fazer uma peregrinação (Hadji) à Meca e circular em torno daCaaba, uma pedra que caiu dos céus branca, mas que ficou preta por causa dos pecados humanos. Teria sido um simples meteoro?
Mas os muçulmanos não aplicam a si mesmos as regras que aplicam aos infiéis. Essa estória é nossa velha conhecida: “Aos amigos tudo; aos inimigos o frio rigor da lei”. “Uma lei para si e outra para os outros”.
E é por esse particularismo que sua “ética” não pode ser universalizada.
Engana-se redondamente quem pensa que eles não têm ética. Eles têm, mas o problema é que ela só se aplica a quem é muçulmano. Para os infiéis, as regras são outras.
Nisto eles em nada diferem da Máfia. Mafiosos também têm um código de honra: a omertà, com regras claras e bastante explícitas.
Por exemplo: mafioso não pode roubar outro mafioso. Mafioso deve obediência cega ao “padrinho da família”, entenda-se: o chefão da quadrilha.
Mas se um mafioso rouba e/ou mata um não mafioso, está tudo bem. É escusado dizer que todas as regras da omertà não admitem reciprocidade em relação aos não mafiosos. Só valem para uso interno.
Tal como a “ética” muçulmana, ela só tem validade para um grupo ou comunidade humana, não para quaisquer outros fora dela.
E é justamente por isso que tanto as regras dos muçulmanos como as da Máfia não são universalizáveis, mediante regras gerais tais como: “Não matar”, “Não roubar”, “Não prestar falso testemunho”, etc. extensíveis a todos os seres humanos sem exceção.
DezMandamentos_RembrandtEssas regras gerais já estavam nos Dez Mandamentos da Lei Mosaica, mas foram endossadas pelo Direito Romano e, após receberem importantes exceções, como a legítima defesa, o furto famélico, etc., passaram a fazer parte dos códigos legais de todos os países civilizados.
Supomos que os direitos dos países muçulmanos (árabes, indonésios, etc.), baseados que estão em Al Koran (A Recitação), contêm os mesmos princípios.
Mas assim como os romanos tinham direitos aplicáveis tão somente aos cidadãos romanos, e para os estrangeiros havia um direito distinto – o Jus Gentium –, os direitos dos países muçulmanos aplicam-se somente aos muçulmanos.
Mas como são os “infiéis” encarados pelos islamitas? Ora, aos infiéis se aplicam quatro regras necessariamente na ordem a seguir:
Regra 1: Tentar convertê-los à única religião verdadeira: o islamismo. (Como se vê, eles não são ecumênicos.) Caso resistam à conversão, então…
Regra 2: Pagar tributos aos muçulmanos pelo simples fato de serem “infiéis”.
Regras 3: Caso se recusem a pagar, por atos de desobediência civil, ou por qualquer outro motivo, deverão ser transformados em escravos.
Regra 4: Caso isso não seja possível, por qualquer motivo, serão mortos.
Em relação especificamente a Israel, como não conseguiriam aplicar nenhuma das três primeiras regras, eles estão aplicando a quarta: exterminar todos os judeus. E depois, pelo mesmo motivo, todos os cristãos.
Se você ficou chocado com esse grau de intolerância e de selvageria, fique sabendo que isso funciona assim desde a época de Maomé (570-622 a.D) até a época da globalização.

“O amanhã? O amanhã ainda não é nada, ele não existe.” (Filosofeno)

A UTOPIA DOS MEDÍOCRES

Mentes diabólicas do pensamento único
Fazem seus seguidores no rebanho dos idiotas
Que será da criatividade
Da liberdade
No cinza deprimente da igualdade asnal coletiva?

DO BAÚ- Segunda-feira, fevereiro 27, 2006 O DIREITO DE OFENDER

Janer Cristaldo
Já citei algumas vezes Ayaan Hirsi Ali, deputada do Parlamento holandês, de origem somáli, roteirista do filme Submissão, em função do qual o cineasta Theo Van Gogh foi assassinado por um muçulmano em novembro de 2004. Ao lado de Oriana Fallaci, é um dos raros intelectuais europeus com coragem de enfrentar a agressão muçulmana ao velho continente. Ela vive sob proteção policial. Convidada a Berlim dia 9 de fevereiro passado, Ayaan Hirsi Ali pronunciou um discurso sobre a affaire das caricaturas de Maomé, contra o islamismo e pela defesa da liberdade. Como a imprensa brasileira observou um silêncio obsequioso em torno ao pronunciamento da deputada holandesa, segue a tradução do mesmo. 

-----------

Estou aqui para defender o direito de ofender. Tenho a convicção que esta empresa vulnerável que se chama democracia não pode existir sem livre expressão, em particular nas mídias. Os jornalistas não devem renunciar à obrigação de falar livremente, da qual são privados os homens de outros continentes.

Minha opinião é que o Jyllands Posten teve razão ao publicar as caricaturas de Maomé e que outros jornais na Europa fizeram bem em republicá-las.

Permita-me retomar o histórico desta affaire. O autor de um livro infantil sobre o profeta Maomé não conseguia encontrar ilustrador. Ele declarou que os desenhistas se censuravam por medo de sofrer violências da parte dos muçulmanos, para os quais é proibido a qualquer um, onde quer que seja, representar o Profeta. OJyllands Posten decidiu investigar a esse respeito, estimando - a justo título - que uma tal autocensura era portadora de graves conseqüências para a democracia. Era seu dever de jornalistas solicitar e publicar os desenhos do profeta Maomé.

Vergonha aos jornalistas e às cadeias de televisão que não tiveram a coragem de mostrar a seu público o que estava em causa na affaire das caricaturas! Estes intelectuais que vivem graças à liberdade de expressão, mas aceitam a censura, escondem sua mediocridade de espírito sob termos grandiloqüentes como responsabilidade ou sensibilidade.

Vergonha a estes homens políticos que declararam que ter publicado e republicado aqueles desenhos era "inútil", era um "mal", era "uma falta de respeito" ou "sensibilidade"! Minha opinião é que o primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, agiu bem quando se recusou a encontrar os representantes de regimes tirânicos que exigiam dele que limitasse os poderes da imprensa. Hoje, nos deveríamos apoiá-lo moral e materialmente. Eu gostaria que meu primeiro-ministro tivesse tanto peito quanto Rasmussen.

Vergonha a estas empresas européias do Oriente Médio que puseram cartazes dizendo Nós não somos dinamarquesesAqui não vendemos produtos dinamarqueses! É covardia. Os chocolates Nestlé não terão o mesmo gosto depois disso, vocês não acham? Os Estados membros da União Européia deveriam indenizar as sociedades dinamarquesas pelas perdas sofridas pelo boicote.

A liberdade se paga caro. Pode-se muito bem despender alguns milhões de euros para defendê-la. Se nossos governos não vêm em ajuda a nossos amigos escandinavos, eu espero então que os cidadãos organizem coletas de doações em favor das empresas dinamarquesas.

Nós fomos submergidos em uma onda de opiniões nos explicando que as caricaturas eram ruins e de mau gosto. Disso resulta que estes desenhos não tinham trazido senão violência e discórdia. Muitos se perguntaram qual vantagem havia em publicá-los.

Bem, sua publicação permitiu confirmar que existe um sentimento de medo entre os escritores, cineastas, desenhistas e jornalistas que quisessem descrever, analisar ou criticar os aspectos intolerantes do Islã na Europa.

Esta publicação também revelou a presença de uma importante minoria na Europa que não compreende ou não está disposta a aceitar as regras da democracia liberal. Estas pessoas - cuja maior parte são cidadãos europeus - fizeram campanha em favor da censura, dos boicotes, da violência e de novas leis proibindo a "islamofobia".

Estes desenhos mostraram com evidência que há países que não hesitam em violar a imunidade diplomática por razões de oportunismo político. Vimos governos maléficos como o da Arábia Saudita organizar movimentos populares de boicote ao leite e iogurte dinamarqueses, enquanto esmagariam sem piedade todo movimento popular que reclamasse o direito de voto.

Estou aqui hoje para reclamar o direito de ofender nos limites da lei. Vocês talvez se perguntem: por que em Berlim? E por que eu?

Berlim é um lugar importante na história das lutas ideológicas em torno da liberdade. É a cidade onde um muro encerrava as pessoas no interior de um Estado comunista. É a cidade onde se concentrava a batalha pelos corações e mentes. Os que defendiam uma sociedade aberta mostravam os defeitos do comunismo. Mas a obra de Marx era discutida na universidade, nas rubricas de opinião dos jornais e nas escolas.Os dissidentes que tinham conseguido escapar podiam escrever, fazer filmes, desenhar, empregar toda sua criatividade para persuadir as pessoas do Oeste que o comunismo não era o paraíso na terra.

Apesar da autocensura de muitos no Ocidente, que idealizavam e defendiam o comunismo, apesar da censura brutal imposta ao Leste, esta batalha foi ganha.

Hoje, as sociedades livres estão ameaçadas pelo islamismo, que se refere a um homem chamado Muhammad Abdullah (Maomé) que viveu no século VII e é considerado como um profeta. A maioria dos muçulmanos são pessoas pacíficas, não são fanáticos. Eles têm perfeitamente o direito de serem fiéis às suas convicções. Mas, no seio do Islã, existe um movimento islâmico puro e duro que rejeita as liberdades democráticas e faz tudo para destruí-las. Estes islâmicos procuram convencer os outros muçulmanos que sua forma de viver é a melhor. Mas quando aqueles que se opõem ao islamismo denunciam os aspectos falaciosos dos ensinamentos de Maomé, eles são acusados de serem ofensivos, blasfemos, irresponsáveis - ou mesmo islamofóbos ou racistas.

Por que eu? Eu sou uma dissidente, como aqueles da parte leste desta cidade que foram para o Oeste. Eu nasci na Somália e passei minha juventude na Arábia Saudita e no Quênia. Eu fui fiel às regras editadas pelo profeta Maomé. Como os milhares de pessoas que manifestaram contra as caricaturas dinamarquesas, eu por longo tempo acreditei que Maomé era perfeito - que ele era a única fonte do bem, o único critério permitindo distinguir entre o bem e o mal. Em 1989, quando Khomeini lançou um apelo para matar Shalman Rushdie, eu pensava que ele tinha razão. Hoje, não penso mais assim.

Eu penso que o profeta Maomé errou em subordinar as mulheres aos homens.
Eu penso que o profeta Maomé errou ao decretar que é preciso assassinar os homossexuais.
Eu penso que o profeta Maomé errou ao dizer que é preciso matar os apóstatas.
Ele errou ao dizer que os adúlteros devem ser chicoteados e lapidados, e que os ladrões devem ter as mãos cortadas.
Ele errou ao dizer que os que morrem por Alá irão ao paraíso.
Ele errou ao pretender que uma sociedade justa possa ser construída sobre essas idéias.
O Profeta fazia e dizia boas coisas. Ele encorajava a caridade em relação aos outros. Mas eu sustento que ele também é irrespeitoso e insensível em relação àqueles que não concordavam com ele.

Eu penso que é bom fazer desenhos críticos e filmes sobre Maomé. É necessário escrever livros sobre ele. Tudo isto pela simples educação dos cidadãos.

Eu não procuro ofender os sentimentos religiosos, mas não posso me submeter à tirania. Exigir que os homens e as mulheres que não aceitam os ensinamentos do Profeta se abstenham de desenhar, não é um pedido de respeito, é um pedido de submissão.

Eu não sou a única dissidente do Islã, há muitos no Ocidente. E se eles não têm segurança pessoal, devem trabalhar com falsas identidades para se proteger da agressão. Mas ainda há muitos outros em Teerã, em Doha e Riad, em Amã e no Cairo, como em Cartum e Mogadiscio, Lahore e Cabul.

Os dissidentes do islamismo, como os do comunismo em outras épocas, não têm bombas atômicas nem nenhuma outra arma. Nós não temos o dinheiro do petróleo como os sauditas e não queimamos embaixadas nem bandeiras. Nós recusamos aderir a uma louca violência coletiva. Aliás, nós somos pouco numerosos e muito dispersos para tornar-se uma organização de qualquer coisa. Do ponto de vista eleitoral, aqui no Ocidente, não somos nada.

Nós temos apenas nossas idéias e não pedimos senão a oportunidade de expressá-las. Nossos inimigos utilizarão se necessário a violência para nos fazer calar; eles se dirão mortalmente ofendidos. Eles anunciarão por toda parte que nós somos seres mentalmente frágeis que não se deve levar a sério. Isto não é novo, os defensores do comunismo utilizaram à exaustão estes métodos.

Berlim é uma cidade marcada pelo otimismo. O comunismo fracassou, o Muro foi destruído. E mesmo se hoje as coisas parecem difíceis e confusas, estou certa que o muro virtual entre os amantes da liberdade e aqueles que sucumbem à sedução e ao conforto das idéias totalitárias, este muro também, um dia, desaparecerá.

Jeffrey Tucker- Por que os carros de hoje são todos iguais

Aquele carro antigo, que havia sido especialmente alugado para a ocasião, esperava pelos noivos para levá-los a uma festa logo após a cerimônia do casamento.  Eu estava entre aqueles convidados que se mostravam mais embevecidos pelo carro do que pela festa de casamento em si.  Absolutamente maravilhoso.
Era um Studebaker.  Até onde sei, era um conversível da linha Commander, de 1940.  Tive de ir pesquisar: esta empresa nasceu em 1852 e morreu em 1967, e produziu alguns dos carros mais visualmente fantásticos de sua época.  Ela até chegou a produzir um carro elétrico em 1902!  Mas os controles de preços adotados pelo governo americano durante a Segunda Guerra Mundial encolheram suas margens de lucro, o que gerou um processo de fusão em toda a indústria automotiva, que acabaria por matar a empresa. 
Mas, naquele sábado à tarde, o carro ainda estava fabuloso, após todos esses anos.  Estávamos em um estacionamento a céu aberto repleto de automóveis modelos novos.  Mas ninguém dava a mínima para eles.  Estávamos todos obcecados com este velho Studebaker.  Seu nome havia sido escolhido corretamente: aquele automóvel despertava atenção.  O formato fazia dele uma obra de arte.  O capô não era nada parecido com o que existe hoje.  O interior de couro vermelho era extremamente luxuoso.
Ficamos lá extasiados, em total admiração.  Divagamos um pouco sobre como seria o consumo de combustível.  Não deveria ser muito maior do que o dos gigantescos utilitários atuais.  Ainda assim, concordamos que pagar mais para dirigir algo tão legal valeria a pena.
Studebaker Custom Convertible OC.jpg
Studebaker Commander Convertible
No entanto — e eis todo o problema —, isso não é uma opção.  Nenhum fabricante está autorizado a fazer um carro igual a esse.  Façamos um pequeno retrospecto e pensemos um pouco.  Na década de 1930, os telefones eram horrorosos, pesados e nada práticos, e você era um grande sortudo se tivesse um.  Ninguém hoje abriria mão de um smartphone em troca de uma daquelas coisas antigas.  O mesmo é válido para computadores, televisões, fogões, fornos microondas, sapatos etc.  Ninguém quer retroceder no tempo. 
Já com os carros, a situação é distinta.  Nossa sensação de nostalgia só faz aumentar, em vez de diminuir.  Mas o problema é que nem sequer temos a opção de voltar ao passado.  Não mais teremos carros bonitos como os de antigamente.  O governo e suas dezenas de milhares de regulamentações específicas para o setor automotivo não permitem.    
No dia anterior ao casamento, estava eu em uma loja de conveniência quando vejo outro carro fabuloso, desta vez um pequeno modelo esportivo.  Mesmo eu que não ligo muito para carros fiquei extasiado. Normalmente, não me importo muito com o modelo de carro que dirijo.  Mas aquele carro em específico era sensacional demais para não despertar a minha admiração.
Perguntei ao proprietário onde ele havia comprado, que modelo era, quem era o fabricante etc.  Aquele carro havia desafiado a minha impressão de que todos os carros atuais são iguais.  Ele me disse que ele próprio o havia construído em sua garagem.  Ele comprou todo o kit de montagem na Factory Five Racing.
Perguntei: "Você hoje tem de montar seu próprio carro porque nenhum fabricante pode vender algo assim?"
"Correto!", disse ele.
Estas empresas que se especializaram em vender componentes automotivos avulsos são uma forma fantástica de você conseguir respirar em uma era em que o controle governamental sobre o mundo físico é total.  Elas são uma maneira legal de driblar as imposições estatais.  A lei ainda permite que colecionadores, proprietários de carros antigos e praticantes de hobby possam dirigir estes belos carros.  Mas ela não permite que os fabricantes atuais comercializem carros que se pareçam com estes.
Aquele antigo ditado diz que "Se você quer algo bem feito, faça você mesmo."  Há apenas um problema com este ditado: em uma economia desenvolvida, ele não deveria ser válido.  Deveríamos poder tirar vantagem da divisão do trabalho.  Assim como não temos de tecer nossas próprias roupas, não deveríamos ter de construir por conta própria nossos carros.  Mas foi justamente a este caminho que as regulações estatais nos levaram.
Você por acaso já parou para pensar por que todos os fabricantes constroem carros visualmente sensacionais — os quais elas chamam de "carros-conceito" —, mas por algum motivo tais carros nunca estão à venda?  Sempre fiquei intrigado em relação a isso.  Imaginava que era simplesmente porque os carros-conceito eram caros demais para serem fabricados.  Mas não é por isso.  A questão é que as regulamentações estatais não permitem que eles sejam comercializados.
As coisas não aconteceram todas de uma só vez.  As proibições foram graduais e ocorreram ao longo de quatro décadas, sempre em nome da segurança e do ambientalismo.  Tudo começou nos EUA, em 1966, com a criação daNational Highway Traffic Safety Administration [agência governamental que faz parte do Departamento de Transportes, cuja missão é "proteger vidas, impedir danos, e reduzir acidentes automotivos"].  Depois surgiuEnvironmental Protection Agency [agência governamental encarregada de "proteger a saúde humana e o ambiente"].  Inevitavelmente, dezenas de outras agências surgiram depois.  Todas queriam se apossar de uma fatia do automóvel.
A princípio, cada regulamentação criada parecia fazer algum sentido.  Afinal, quem não quer estar mais seguro?  Quem não quer consumir menos combustível?
Mas a realidade é que todos esses decretos são impostos sem a mais mínima consideração quanto à realidade dos custos e benefícios.  Mais ainda: eles são criados sem qualquer consideração em relação ao seu impacto sobre o design de um carro.  E, uma vez que as regulamentações são impostas, elas jamais são revogadas.  Elas são mais definitivas do que as normas sobre uma peça de software patenteada.
Agora o fim do jogo já chegou.  Por mais que tentem, os próprios fabricantes passam aperto para tentar diferenciar seus carros dos de seus concorrentes.  A homogeneização do automóvel já está banalizada.  Todos os carros atuais são parecidos.  Como já disse, nunca fui muito entusiasta de carros e, exatamente por isso, só comecei a notar esse fenômeno nos últimos 12 meses.  E, ainda assim, pensei que estava apenas imaginando coisas.  Porém, algumas pessoas brincando com o Photoshop descobriram que, se você apenas trocar a grade frontal dos carros, é possível fazer uma BMW ficar igual a uma Kia e um Hyundai ficar idêntico a um Honda.  É tudo um só carro.
Realmente, tem de ter uma explicação para isso.  Fui procurar e descobri um vídeo feito pela CNET que enumera cinco motivos para os carros de hoje serem iguais: decretos para que a frente do carro seja mais alta para proteger pedestres, decretos que limitam a altura do carro para economizar combustível e uma traseira grande que contrabalance a frente grande.  Essa combinação fez com que tanto o pára-brisa quanto todas as janelas dos carros se tornassem irritantemente pequenas, o que afeta a visibilidade e acaba tornando os carros menosseguros para serem dirigidos.  Adicionalmente, o peitoril das janelas ficou mais alto, o que dá a claustrofóbica sensação de se estar dentro de um tanque.  Em outras palavras, uma histeria em relação à segurança e ao ambiente destruiu toda a estética dos carros.


“Para ser um santo ainda preciso pecar muito.” (Mim)

“A Nona anda mais azeda que limonada de sovina. Está braba por que não vou aos bailes da terceira-idade.” (Nono Ambrósio)

“Nunca demonstrei vergonha para almoçar ou jantar na casa de estranhos. Já trabalhar me deixa traumatizado mesmo na casa de amigos.” (Chico Bolsa)

Alegria, alegria, nesta manhã de terça-feira! Minha mulher é uma santa e eu um bagaceira!