domingo, 8 de abril de 2018

MEDIOCRIDADE COLETIVA


Foice e martelo
A ignomínia da tutela
A história já desnudou o seu fracasso
Mas mesmo assim
Entre jumentos diplomados
E alguns da plebe rude
É salvação da raça
Então é matar o ser pensante criativo
Em nome da mediocridade coletiva.

CIVILIZAÇÃO


O barulho musical trepidante enerva-me
O silêncio absoluto apazigua-me
Fico feliz quando as hostes barulhentas silenciam
Então ouço novamente o belo cantar dos pássaros
E observo o retorno da civilização à sua estrada.

INQUIETO


Na própria mente busco socorro
Tentando entender o motivo de tamanha inquietação
Mesmo na calma do dia algo parece estar fora de lugar
Como um móvel que balança causando sobressaltos
É o parar e não parar em lugar nenhum
É um pequeno sofrer sem trégua.


ÁRIDA


De gole em gole
De bar em bar
O pobre homem presente o fim da vida
Sem na verdade saber por que esteve aqui.

INGÊNUO LEAL


Ingênuo Leal
Era como o nome tal
E quando tentava dormir
Não se ajeitava na cama
Incomodado com a cabeceira
Foi quando descobriu que dobrando os chifres
Poderia dormir como um urso hibernado
Assim fez e foi um corninho feliz para sempre.



FOI-SE


Foi-se na noite
O grande patife
Finalmente dorme encarcerado
A maior fraude do século
Choram apenas descerebrados e canalhas.