quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O DESARMAMENTO CIVIL E OS UNICÓRNIOS por Fábio Costa Pereira, Proc. de Justiça. Artigo publicado em 14.08.2018

Em 2003, no Brasil, o Ministério da Suprema Felicidade decretou: armas de fogo são origem de todos os males que acometem o nosso país.
Por esse motivo, a partir de 22 de dezembro daquele ano, a suposta elite pensante, com poder de decisão, decretou que passaria a viger restritiva legislação sobre a matéria.
Salvo poucas e raras exceções, comuns cidadãos não mais poderiam comprar e portar armas de fogo.
Dessa forma, no mundo cor-de-rosa de Alice, a paz e a fraternidade entre os homens bem-aventurados estaria assegurada.
Não se pode deixar de reconhecer que o Ministério da Suprema Felicidade, para impor o Desarmamento civil no Brasil, contou com o decisivo apoio do Ministério da Verdade e da Tutela dos Interesses da Incapaz Sociedade Brasileira.
A sociedade brasileira, demostrando toda a sua incapacidade para escolher os melhores caminhos a seguir, em 2005, quando realizado plebiscito para dizer se queria ter o direito (ou não) de adquirir e portar armas, de forma equivocada na ótica dos intelectuais de ambos os ministérios, teve o pejo de dizer sim ao armamento civil.
Diante de tamanha sandice, o Ministério da Verdade entrou em campo e disse que a vontade popular não poderia se sobrepor aos ideais mais puros de fraternidade, sendo o Desarmamento um imperativo da era de Felicidade que havia se iniciado em 2003.
Treze anos após imposto o Desarmamento civil , afora no delirante mundo abstrato de paz e felicidade criado pela ideologia desarmamentista, o que se viu foi o retumbante fracasso das promessas de contenção da violência em nosso país .
Carcaças de unicórnios, abatidos por disparos de armas ilegais, jazem sobre os verdejantes Campos das abstrações.
De 2003 para cá, os homicídios , em sua maioria cometidos com o uso de ilegais armas de fogo, aumentaram em mais de 50%. Saltaram de 40 mil para mais de 60 mil homicídios ao ano.
Latrocínios e roubos “comuns”, por igual, cresceram exponencialmente.
Claro, sem falar na epidemia de estupros que se alastrou por todo o país.
Criminosos, sem maiores dificuldades, obtém, pelo preço certo, a arma que quiserem e no calibre que melhor lhes aprouver.
Em comum, em todas as circunstâncias, é a existência de vítimas desarmadas, a facilitar o trabalho de seus algozes, predadores sanguinários e sem nenhuma empatia pela sua presa.
Os anos passam, a violência piora e os defensores do malsinado Desarmamento civil, por certo olhando o mundo por de trás do espelho do mundo de Alice, sem medo de passar vergonha, dizem que este foi um sucesso.
Eu , ao meu turno, se tiver que espelhar o sucesso do que faço nos mesmos indicadores que os desarmentistas, por certo que prefiro o fracasso.
A vanguarda do atraso continua com o seu triste e penoso de desarmamentista, enquanto nós, cidadãos comuns, sofremos as consequências de suas doidivanas ideias.
E que Deus tenha piedade de nós!
• Procurador de Justiça no MP/RS

DIGITAIS DE UM PARTIDO TOTALITÁRIO por Percival Puggina. Artigo publicado em 15.08.2018

“(...) quando então começaram a se precipitar para esses tempos em que nem nossos vícios, nem os remédios para eles, podemos suportar."  Tito Lívio, em Ab urbe condita.
 Em artigo publicado no meu blog em 30 de setembro de 2014, e que pode ser lido aqui, o prof. Giusti Tavares discorreu sobre o paradoxo representado pelos partidos totalitários que atuam em democracias constitucionais. Advertiu o eminente professor que o surgimento e a atuação de tais legendas se fazem tanto mais vigorosos quanto mais erodidas e fragilizadas forem essas democracias pela decadência de suas elites, pela corrupção e pela desinformação política.
Quando analisamos a conduta do Partido dos Trabalhadores na política brasileira, constata-se facilmente que, desde suas origens, a legenda surge com esse perfil, valendo-se e interagindo com essa erosão e com essa fragilidade. Muitos de seus dirigentes vieram das organizações guerrilheiras e terroristas que atuaram no Brasil nos anos 60 e 70 do século passado e, pela porta da anistia, a partir de 1980, foram absorvidos no jogo político. As organizações que criaram e nas quais militaram mantinham com a democracia constitucional uma atitude que pode ser descrita como de repugnância. Seu objetivo político era a ditadura do proletariado, um governo das classes trabalhadoras, uma nova ordem social, política e econômica. Nada diferente das então ainda remanescentes “democracias populares” padecentes sob o imperialismo soviético, por onde muitos andaram em tempos que lhes suscitam persistente e visível nostalgia.
Essa natureza está perfeitamente expressa no manifesto de fundação do partido: “O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas”. Vem daí todo o esforço para deitar mão nos mecanismos formadores de opinião – entre outros: meios de comunicação, instituições de ensino, associações, igrejas e sindicatos – e a debilitação da democracia representativa pela ação de conselhos criados, infiltrados e controlados pelo partido.
A estima por regimes totalitários como os de Cuba, Venezuela, Nicarágua, El Salvador, bem como a promoção da convergência ao Foro de São Paulo, dos movimentos e partidos revolucionários na América Ibérica, é expressão da mesma genética. De igual forma, simetricamente, não há registro de proximidade calorosa e simpática dessa organização política com qualquer democracia constitucional estável e respeitável. Os chamados movimentos sociais constituem os braços mais liberados para as tarefas de ruptura da ordem em favor da causa.
Os últimos acontecimentos promovidos em Brasília são um pouco mais do mesmo. São atos que se repetem sistematicamente, sem exceção, contra qualquer governo, em qualquer nível administrativo. A palavra de ordem é “Fora, seja lá quem for!” que esteja sentado na cadeira ambicionada pela legenda. É um perfil golpista. Geneticamente golpista e com longa história de sintomáticas manifestações.
Por isso, seu maior líder, apenas por ser seu maior líder, é tido e havido como alguém que está acima da lei. Por isso, embora legalmente impedido por condenação criminal, Lula foi aclamado candidato a presidente na convenção do PT. Por isso, a estratégia é afrontar o ordenamento jurídico do país. Por isso, no dia seguinte à proclamação do resultado do pleito, o PT estará nas ruas e na imprensa mundial proclamando a ilegitimidade do novo governo.
Tal acusação e o ambiente que proporcionará serão muito ruins para a estabilidade institucional, para o Brasil, para a confiança na economia, para o mercado e para a superação do desemprego. Mas ao PT isso não importa. Ao PT a única coisa que importa é o PT.

UM HOMEM,UMA CADEIRA


Um homem, uma cadeira. Vinte anos se passaram.  Um homem, uma cadeira, um cargo. Um homem, uma cadeira, muitos conchavos, muitas mordomias e desvios. Uma cadeira, uma bunda colada, um sindicalista. Pois foi necessária uma junta médica para destronar o sacripanta. E houve choro e ranger de dentes, também presentes algemas e um delegado. Restou uma cadeira vazia aguardada por nádegas ansiosas.

O GUARDA-COSTAS DE DEUS


Fundamentalistas islâmicos saíram do inferno carregados de bombas e entraram sorrateiramente no paraíso para destruir o trono do Senhor. Disfarçados de anjos buscavam o melhor lugar para colocá-las quando tiveram uma surpresa desagradável e voltaram correndo para o inferno sem fazer nada; estavam assustados quando viram que o guarda-costas de Deus era ninguém menos que John Wayne e seu revólver de duzentos tiros.

DONA IOLANDA


Dona Iolanda sempre foi uma mulher reservada, mulher difícil. Demorou em aceitar o sexo. Quando aos setenta anos teve o primeiro orgasmo morreu de alegria.


ROEDORES EM PROFUSÃO


Os ratos atacam a família. Os ratos atacam o bolso dos cidadãos. Os ratos atacam o ensino de qualidade. Os ratos bloqueiam a porta que leva ao futuro e à modernidade. Os ratos roem as bases das instituições democráticas. Os ratos urinam e defecam sobra a Constituição. Os ratos têm muito espaço na mídia, não deveriam ter, pois já sabemos e estamos cansados de tanto rói e rói. Ou destruímos os ratos ou eles destruirão o pouco que nos resta.


ALUNOS


Os jovens canadenses Sam e Stuart, ambos de 19 anos, naturais  de Toronto, resolveram fazer o curso superior para corruptos na Universidade de Malandragens Públicas da Venezuela.  Terminado o curso foram instados pelo professor para dizer onde iriam demonstrar suas aptidões. Os dois responderam o Brasil. O professor ficou rindo por alguns minutos e após matriculou os dois num curso de pós-graduação. Justificou-se dizendo que o Brasil não é para iniciantes.



LÃ E CARNE


Genara era uma ovelha descontente que resolveu fugir dos campos e ir à cidade para cortar sua lã, pois sofria com o calor e principalmente queria ver como era o mundo longe da verde relva. Após muito andar chegou à terra do cimento e aço. Obteve informações e correu até o primeiro barbeiro. Lá chegando perguntou:
-O senhor corta lã de ovelha?
Respondeu o barbeiro um pouco espantado:
-Não só corto a lã como também degusto a carne.  
E dito isso deu uma paulada na ovelha Genara que morreu no ato. O barbeiro foi para casa feliz levando nas costas o futuro assado da noite de seu aniversário.


CONFINS


Casinha de sapê nos confins.
-Toc!Toc!
-Quem bate?
-Lula.
- Fugiu quando ladrão?!