sábado, 21 de março de 2015

NO FELIZ MUNDO DOS OTÁRIOS- A Record Filmes será reativada com um projeto ambicioso: levar às telas a versão cinematográfica de Nada A Perder, o livro de memórias do bispo Edir Macedo, cuja trilogia já vendeu 5 milhões de exemplares.

COM TANTAS BESTAS SOLTAS POR AQUI NÃO SERIA DIFERENTE- Documentos de inteligência revelam recrutamento de brasileiros pelo EI

Segundo 'O Estado de S. Paulo', o grupo terrorista busca jovens na América do Sul. Até agora, mais de dez aderiram no Brasil.

SONHO ALUCINADO DE UM MUAR DO NORDESTE- Recém-demitido, Cid Gomes já mira candidatura à Presidência

“A última pessoa que pretendo ver na vida é um coveiro.” (Mim)

“Pelo critério de alguns minha nota de 1 a 5 é 0. Mas não podemos deixar o desânimo tomar conta de nós. Mas eles que não se preocupem, pois com muito esforço a gente consegue piorar.” (Mim)

“Há loucos de todos os tipos, inclusive os loucos de ocasião.” (Mim)

“Eu tinha muitas virtudes. Perdi todas no jogo.” (Mim)

“O PT e sua trupe com certeza já comeram a metade do Brasil do futuro.” (Mim)

E se Deus for um símio?

“Bolivariano é um comunista que se esconde dentro do armário, mas deixa metade da bunda de fora.” (Mim)

“Quem vive de amor é serviço de tele- mensagens. O resto precisa comer.” (Mim)

“Ser um imbecil não é fácil. É preciso ter muitas certezas.” (Mim)

“Como disse Marta certa vez, relaxe e goze. É o que a turminha do PT & CIA mais andou fazendo na Petrobrás.” (Mim)

“Você se acha adulto? Então pare de acreditar na cegonha, no Papai Noel e no PT. “ (Mim)

“Quem mais mente na sua cidade? O padre ou o prefeito?” (Mim)

NUM CERTO PAÍS CHAMADO MARACUTAIA- CGU prepara rolo compressor para firmar acordos de leniência

Regulamentação da Lei Anticorrupção dá plenos poderes ao orgão para realizar os acordos, deixando de lado o MPF e o TCU.

O ANTAGONISTA- Acordos de leniência com a CGU: é preciso evitar que Lula e Dilma se safem

Os acordos de leniência espúrios entre as empreiteiras do petrolão e a Controladoria-Geral da União seguem de vento em popa, ao largo da Justiça, depois da assinatura do "pacote anticorrupção" que Dilma Rousseff preparou especialmente com esta finalidade.
A instrução normativa que transformou o Tribunal de Contas da União em mero coadjuvante de tais acordos foi ESCRITA pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, como revelou O Antagonista.
Se esses acordos forem assinados, as empreiteiras sujas poderão continuar a firmar contratos com o governo e a obter empréstimos de bancos públicos. Em troca tácita, não falarão nada a respeito da participação de Lula e Dilma Rousseff no esquema de corrupção que praticamente destruiu a maior empresa brasileira.
O Antagonista vem alertando sobre esse perigo faz tempo. Parlamentares e magistrados, é preciso que se faça alguma coisa rapidamente para evitar esse absurdo.

O ANTAGONISTA- O que fazia Thomas Traumann com o Estadão?

O que fazia o ministro Thomas Traumann, no último dia 11, uma quarta-feira, num almoço no restaurante Le Jardin, no Clube de Golfe, com a cúpula do jornal "O Estado de S. Paulo"?
Pedindo a cabeça de um jornalista "incômodo", em troca de propaganda oficial, uma das suas especialidades?
Pedindo emprego, numa premonição do que viria a ocorrer com a divulgação do seu relatório interno repleto de ilegalidades?

ENCONTRO ENTRE JESUS E O CRIADOR DE TUDO

Jesus procurou Lula:
- Vai, me conta. Meu pai é tu ou ele?

“Um homem com etiqueta de preço é falso.” (Filosofeno)

“A canalha adere à canalha. Helldir Macedo é apoiador do PT. Existe sujeito mais canalha?” (Eriatlov)

“Não precisam acreditar em tudo o que falo, mas é imprescindível que acreditem que a salvação só virá através do pagamento dos boletinhos.” (Helldir Macedo)

“Grande parte dos integrantes do MST conhece enxada, mas desconhece o cabo.” (Limão)

“O tempo é um grande apagador. Um dia seremos todos esquecidos.” (Filosofeno)

“Se Deus é brasileiro imagine então o diabo. É verde-amarelo de cruz na testa!” (Mim)

“A eternidade não me interessa, o que adoro é pecar.” (Eulália)

“Prestar culto a mediocridade individual gera sociedades medíocres.” (Yoani Sánchez)

NOS TEMPOS DA VELHA URSS

Brezhnezv pergunta para seu assessor:
"Quantos judeus nós temos na URSS?"
"Quatorze milhões", respondeu o assessor.
E quantos estão preparados para emigrar para Israel?- pediu Brezhnev.
"Cento e cinquenta milhões".

“Vivendo sob o comunismo temos de tudo, inclusive fome.” (Cubaninho)

“Fidel? Não sei por onde anda Fidel. Acho que deve estar repousando num sarcófago.” (Cubaninho)

O DEBOCHADO DIZ- GOVERNO PREOCUPADO: Há falta de mortadela e tubaína no mercado. Reais não, se precisar basta imprimir.

O ANTAGONISTA-Bomba-relógio prestes a explodir

Renato Duque só rompeu o mutismo na CPI da Petrobras para negar um episódio relatado, duas semanas atrás, em O Antagonista: o de que sua mulher procurou Lula e Paulo Okamotto para exigir a soltura do marido.
Lauro Jardim, na Veja desta semana, publica a seguite nota:
“A mulher de Renato Duque, Maria Auxiliadora, é uma bomba-relógio prestes a explodir, na avaliação de quem conhece o casal”.

Bum!

INSTITUTO LIBERAL- Paternalismo trabalhista

Paternalismo trabalhista

getulio
Nossas leis trabalhistas estão reunidas na chamada CLT. Foram inspiradas na Carta del Lavoro do fascismo italiano e surgiram em nosso país na ditadura de Vargas, da mesma maneira que surgiram na Argentina na ditadura peronista. A nossa Constituição de 1988 sancionou as leis laborais de Vargas; nos dois casos impera a visão paternalista do legislador, provavelmente cheia de boas intenções, mas de consequências ruinosas para os trabalhadores e toda a sociedade brasileira.
As leis trabalhistas brasileiras mais do que duplicam o valor das folhas de pagamentos, comprometendo a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e estimulando a substituição do fator relativamente menos escasso (o trabalho) pelo mais escasso (o capital na forma de máquinas e tecnologia). Na realidade, elas conspiram contra o nível de emprego e a eficiência média da economia nacional, mantendo o padrão de vida dos brasileiros abaixo do que poderia ser na ausência daquelas leis.
O salário mínimo tem por finalidade “assegurar” um mínimo de renda de subsistência para o trabalhador menos qualificado. É exatamente esse trabalhador que tende a ser despedido nos momentos de dificuldade de qualquer empresa (ou não ser contratado). O salário mínimo prejudica especialmente os mais pobres, que são os menos qualificados.
A legislação relativa à mulher empregada tem a nobre finalidade de proteger o sexo “frágil”, mas acaba discriminando-o. Ao encarecer enormemente a  remuneração devida às trabalhadoras, as leis trabalhistas levam os empregadores a contratar homens no lugar de mulheres.
Deformações como essas, que dramatizam as diferenças entre boas intenções e más consequências, são típicas da nossa legislação trabalhista, que engessa, entorpece e entorta o mercado laboral.
Não há espaço aqui para ir além dos poucos exemplos. Mas o espaço restante comporta ainda algumas críticas adicionais. O paternalismo das leis trabalhistas brasileiras é tal que chegou a inspirar-se nas leis penais que privilegiam o réu: in dubio, pro reu, ou seja, havendo dúvida, é o trabalhador que deve ser privilegiado, em detrimento do empregador. É o mesmo tipo e orientação que os partidários da Justiça Alternativa adotam.
Mais ainda, o empregado não pode abrir mão de seus “direitos”, o que torna ainda mais engessado o mercado de trabalho que, no caso brasileiro, não é a rigor um mercado, e cada vez vê mais reduzida a sua capacidade de empregar. Esse impedimento gera, entre outras coisas, desemprego, economia informal e crimes.
Muito no espírito fascista das nossas leis trabalhistas, consta que o novo governo pretende reduzir a jornada de trabalho semanal para 40 horas. Novamente a boa intenção resultará em péssimo resultado: baixa de produtividade e do nível de emprego.
É preciso que se compreenda que o mercado de trabalho, para ser mercado e gerar eficiência, deve propiciar a livre pactuação de contratos eficazes e assegurar a liberdade de entrada de novos trabalhadores no mercado, o que implica a inexistência de reservas de mercado, criadas pela regulamentação de profissões. O sindicalismo deve ser voluntário, e o imposto sindical deve ser abolido.
Países europeus estão passando por dificuldades atuais em seus mercados de trabalho devido às suas leis paternalistas que geram desemprego. Por que motivo o resultado seria diferente entre nós?
Artigo retirado do livro de crônicas Og Leme, um liberal, editado pelo Instituto Liberal em 2011 e à venda em nossa livraria por R$ 10,00 (frete não incluso). Adquira essa e outras obras e colabore com o trabalho do IL.
– Envie um e-mail para cibelebastos@institutoliberal.org.br
– Ou acesse nossa loja virtual aqui.
Og Leme foi um dos fundadores do Instituto Liberal, permanecendo por décadas como lastro intelectual da instituição. Com formação acadêmica em Ciências Sociais, Direito e Economia, chegou a fazer doutorado pela Universidade de Chicago, quando foi aluno de notáveis como Milton Friedman e Frank Knight. Em sua carreira, foi professor da FGV, trabalhou como economista da ONU e participou da Assessoria Econômica do Ministro Roberto Campos. O didatismo e a simplicidade de Og na exposição de ideias atraíam e fascinavam estudantes, intelectuais, empresários, militares, juristas, professores e jornalistas. Faleceu em 2004, aos 81 anos, deixando um imenso legado ao movimento liberal brasileiro.

Caio Blinder- O upgrade do Brazil (III)

O título original do texto de Juan Arias, o espanhol do jornal El País, cadeira cativa na coluna, é outro. Basta abrir aqui e lá estará o irônico “Quem saiu às ruas no Brasil não foi a CIA”. Estamos falando, é claro, dos protestos do último domingo. No entanto, eu preferi seguir com minha linha de títulos, como homenagem aos manifestantes. Lembro que Juan Arias é autor da bela expressão de que quem saiu às ruas foi o Brasil plural e mestiço. Sorry, deputado Sibá Machado, não foi a CIA. Boa leitura sabática.
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Juan Arias
A suspeita do líder do PT na Câmara, o deputado Sibá Machado, de que por trás das manifestações de protesto no domingo pudesse estar a mão negra da CIA, o serviço secreto norte-americano, é no mínimo uma ofensa à inteligência dessa maré de brasileiros que saíram às ruas espontaneamente para dizer à presidenta Dilma que “a paciência” tinha se esgotado.
Quem estava por trás daquela grande manifestação, inédita neste país por ter sido convocada pelas redes sociais, era o novo Brasil que está surgindo das cinzas da Velha República, que parece a cada dia mais exaurida e sem muito a dizer às novas gerações de brasileiros, cansados de ideologias que dividem, em vez de abraçar a todos numa mesma esperança de modernidade.
Os que resistem a aceitar que algo novo e melhor está despertando neste país das mil possibilidades e de tantos talentos desperdiçados (quantos prêmios Nobel tem o Brasil? Nenhum) procuram uma explicação em ultrapassadas intrigas internacionais.
Inicialmente se disse que tinham ido protestar somente os ricos e a classe alta, e que a classe trabalhadora tinha ficado em casa. Então os ricos e a classe média não têm também direito de se manifestar? E por que então esses “não ricos” não aproveitaram a marcha da sexta-feira anterior, convocada pelos sindicatos do PT e pelos movimentos sociais de esquerda, para sair em defesa do governo?
Não são hoje, na verdade, os mais ricos os que mais temem o PT, que governa há 12 anos e que permitiu que fosse triplicado o número de milionários e que eles e os banqueiros ganhassem como nunca antes.
Quem hoje está com medo de perder o que tem, especialmente o emprego, são aqueles mais afetados pela inflação descontrolada, pelos juros absurdos que fizeram 60% das famílias da classe média e baixa se endividarem, empurradas antes para um consumismo enganoso e sem freios. Foram também eles que saíram às ruas. Como me disse muito claramente uma pessoa que esteve domingo na Avenida Paulista, os manifestantes eram, simplesmente, “pessoas”.
Foi essa massa de trabalhadores, pequenos empresários, muitos deles jovens ainda, que estão começando a vida, os que temem que os cortes anunciados frustrem suas aspirações. Cortes sem dúvida hoje indispensáveis, mas que são o fruto maldito do fato de o Governo ter se endividado até o nariz com uma política econômica equivocada e perdulária. Uma política que só agora a presidenta Rousseff começa a reconhecer que foi equivocada, ainda que de má vontade.
Não, não foi a CIA que esteve por trás do protesto lúdico, massivo, espontâneo, gratuito, sem violência de domingo.
Por trás do estupor e do medo que aquela maré de brasileiros provocou nos palácios do poder estava um Brasil que sai de sua letargia. O Brasil que é consciente de que uma política econômica errada, alimentada pelo tsunami de uma corrupção cujo horizonte se alarga a cada dia que passa, pode devolver o país a seus anos de pobreza e atraso.
Por trás do êxito da marcha de domingo estavam aquelas famílias que quiseram sair levando seus filhos pequenos, para que começasse a pulsar nas ruas o coração da democracia conquistada e que desejam que seja herdada purificada e ampliada.
Não foi a CIA que tramou a manifestação que gritava “Fora Dilma” e “Fora PT”, como símbolos de uma forma de governar que já deu o melhor de si e que milhões de brasileiros, hoje quem sabe a grande maioria, desejam que sejam substituídos para que no país se abra uma nova era política, com as mãos menos sujas pela corrupção institucionalizada.
Foi o Brasil que quer acabar com o ambíguo e perigoso mantra que alimenta o ódio de ricos contra pobres, ao passo que hoje o que todos os brasileiros desejam é deixarem de ser pobres e se possível também serem ricos. Por acaso isso é pecado? E não é melhor para os ricos que todos o sejam e produzam mais?
A quem interessa manter essa luta surda de classes criada por ideologias que até a esquerda mais iluminada considera superadas e que semearam no mundo milhões de mortes?
Por trás do protesto estava a inocência das crianças sem medo dos uniformes militares da tropa de choque, com a qual tiravam fotos. Talvez seja uma profecia feliz: os brasileiros, em vez de terem medo das forças de ordem, veem-nas como seu escudo protetor numa sociedade em que podem sair às ruas sem medo de um assalto ou de uma bala perdida.
Estava também por trás da grande manifestação aquela mulher que mostrava visivelmente o bebê que chutava em sua barriga e que deve ter tido vontade de participar daquela festa da democracia com a esperança secreta de que seu filho pudesse viver amanhã numa sociedade que não o esmagasse com o peso da mentira política.
Talvez sonhasse com uma sociedade que velasse para que seu filho crescesse desfrutando em paz das oportunidades para abrir caminho na vida com dignidade. Essas oportunidades que, com um regime ou outro, nunca faltaram nem faltarão para os ricos.
O que o povo pedia no domingo e que estava escrito num cartaz com as cores da bandeira nacional era que lhes “devolvam o Brasil”, o Brasil melhor, muitas vezes ofuscado pelos pecados da política com letra minúscula. O que fica às vezes demasiadamente escondido e adormecido no coração deste povo e que às vezes conseguimos descobrir e desfrutar melhor nós que vimos de fora.
Por trás da grande festa de protesto de 15/15 estava apenas o Brasil que começa a se descobrir outro e que quer que sua voz conte e seja ouvida. O que deseja afirmar que para ser brasileiro legítimo não é preciso aderir a determinado partido ou ideologia.
Dizem que era gente de direita. Nem todos. E se fossem, ser de direita ou de centro é um estigma? A Constituição proíbe? Não são brasileiros também?
Todo o resto é somente uma tentativa de demonizar esses novos anseios por uma sociedade mais de todos, que não exclua ninguém do banquete que ainda hoje parece repartido por uma casta privilegiada com as mãos muitas vezes manchadas de ilegalidade.
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“Reconheço. Apesar de fisiológico, não fosse o PMDB já estaríamos curtindo o estado de coma bolivariano em sua plenitude, vide Venezuela.” (Mim)

O JABUTI COM AS PATINHAS NA COLA- Emprego industrial volta a cair em janeiro, com recuo de 0,1%

“A inveja aos vencedores e a frustração dos derrotados na vida é o combustível da esquerda.” (Eriatlov)

“Quem somente critica o podre dos outros sem atentar para os podres dos seus é um grande canalha.” (De Eriatlov para Leonardo Boffe (sic))

“Quando menino li muitos livros do comunista Frei Betto, com loas à Fidel. Perda de tempo. Deveria ter lido Bocage.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

“A esquerda se preocupa em fazer propaganda. Ensino universitário? Quantidade e pouca qualidade. Basta ver o nível dos formandos.” (Pócrates)

“Sempre fui pobre e sempre detestei o PT. Tenho ojeriza de enganadores.” (Pócrates)

QUANDO O DIABO É CONSELHEIRO por Percival Puggina. Artigo publicado em 20.03.2015

Pelo menos dois milhões e meio de pessoas saíram às ruas no dia 15 de março. Diziam, em essência, quatro coisas: Fora Dilma! Fora PT! Chega de corrupção! E a que estava escrita na camiseta que eu usava: Impeachment! A desaprovação da presidente, em março, segundo levantamento da Datafolha, chegou a 62%. Em fevereiro, o mesmo instituto dizia que para 52% dos brasileiros Dilma é falsa, para 47% é desonesta e para 46%, mentirosa. Nada surpreendente quando esses números se referem a quem disse que "a gente faz o diabo em época de eleição".
Num sistema de governo bem concebido, do tipo parlamentarista, tal situação levaria ao voto de desconfiança. O governo cairia. No presidencialismo, tem-se o que está aí: uma crise institucional. Então, era preciso contra-atacar. Qual o conselho do diabo numa hora dessas? "Diz que teus opositores não gostam de pobre!", recomendaria o Maligno. Foi o que fez Lula, num discurso à porta do hospital onde a Petrobras, por culpa dele e de seus companheiros, respira por meio de aparelhos.
Disse o ex-presidente: “O que estamos vendo é a criminalização da ascensão social de uma parte da sociedade brasileira. (...) A elite não se conforma com a ascensão social dos pobres que está acontecendo neste país”. Por toda parte, o realejo da mistificação, da enganação, da sordidez intelectual passou a ser acionado por gente que se faz de séria. Colunistas chapa-branca, artistas subsidiados pelo governo, intelectuais psicologicamente enfermos se alternam na manivela do realejo, a repetir essa tese.
O líder do MST, João Pedro (quebra-quebra) Stédile, falando ao lado de Dilma no RS, enquanto eu escrevia este artigo, rodou a manivela: "A classe média não aceita assinar a carteira da sua empregada doméstica. A classe média não aceita que o filho de um agricultor esteja na universidade. A classe média não aceita que os negros andem de avião. A classe média não aceita que o povo tenha um pouco mais de dinheiro”. Suponho que na opinião dele, os patrocinadores do MST são santos cujas meias deveriam ser guardadas para fazer relíquias, apesar de esfolarem a nação e encherem os próprios bolsos e os bolsos dos ricos. Quão tolo é preciso ser para se deixar convencer de que o povo sai às ruas porque pobres e pretos andam de avião e não por estar sob um governo que se dedicou a fazer o diabo? Como pode a mente humana entrar em convulsões e a alma afundar em indignidades de tais proporções?
Leonardo Boff, foi outro. Perdeu boa parte de sua fé católica, mas não a fé em Lula, a cujo alto clero não se constrange de pertencer. Dia 16, em Montevidéu, declarou: "No Brasil há uma raiva generalizada contra o PT, que é mais induzida pelos meios de comunicação, mas não é ódio contra o PT, é ódio contra os 40 milhões (de pobres) que foram incluídos e que ocupam os espaços que eram reservados às classes poderosas". É assim que o petismo age. Deve haver um lugar bem quente no inferno para quem se dedica a esse tipo de vigarice intelectual.
Vigarice, sim. E tripla vigarice. Primeiro, porque transmite a ideia equivocada de que o PT acabou com a pobreza, quando o partido está empobrecendo a todos, a cada dia que passa. Segundo, porque a nada o petismo serviu mais do que à prosperidade material de sua alta nomenklatura e a dos muitos novos bilionários que, há 12 anos, servem e se servem do petismo. Terceiro, porque só o PT se beneficia da pobreza dos pobres, aos quais submete por dependência.O desenvolvimento econômico e social harmônico é generoso. A ascensão dos pobres, quando ocorre de fato e não por doação ou endividamento, beneficia a todos. Isso até o diabo sabe.