segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

“Somos o país do futuro. Pelo jeito, eternamente.” (Mim)

“Quero entrar na universidade. Pretendo entrar pela cota dos feios.” (Assombração)

“Já estou há uma semana sem fazer compras. Acho que vou morrer.” (Eulália)

“Antes de tentar escrever comentários na rede as pessoas deveriam se alfabetizar.” (Limão)

“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade. O otimista vê oportunidade em cada dificuldade porque é míope.” (Limão)

Crise com o PMDB transforma o vice-presidente Michel Temer em “estranho no ninho” no Planalto

Ricardo Setti
Minado dentro do próprio PMDB, o vice-presidente Michel Temer também passou a ser criticado pelo núcleo político do governo Dilma Rousseff. Esta semana, os ministros responsáveis pela articulação política afirmaram à presidente que Temer está sem influência em seu partido e não tem se esforçado para evitar novos reveses para o Planalto.
Na volta do carnaval, ministros argumentaram nos bastidores do Palácio que a falta de um interlocutor com os peemedebistas tem sido um entrave para a reaproximação com a legenda, principal recomendação feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A própria Dilma Rousseff tem dado sinais de que a relação com Temer está estremecida. Ela não recebeu o vice em audiência particular desde a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados. Cunha derrotou o candidato do Planalto, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ainda no primeiro turno e relegou o PT a postos secundários na Casa. Para isso, contou com o apoio formal de Temer.
Embora faça parte da coalizão de partidos que reelegeu Dilma em outubro e tenha sido agraciado com seis ministérios, o PMDB se afastou o governo e adotou, no Congresso, uma postura praticamente independente nos últimos meses.
Ajudou a impingir ao governo sucessivas derrotas no Legislativo, como a aprovação do Orçamento Impositivo (obrigação para que o governo pague emendas parlamentares ao Orçamento) e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras.
Atônito, o Planalto tenta agora reverter a todo custo o quadro para evitar a aprovação de uma “bomba fiscal” na próxima semana: a derrubada de um veto de Dilma ao reajuste de 6,5% na tabela do imposto de renda, algo que causaria um rombo bilionário nas contas públicas. Os peemedebistas já fizeram chegar ao Planalto a informação de que não pretendem segurar o veto.

DE NOVO ELE!

FHC culpa cachorro

PT descobre FHC no ataque as torres gêmeas

FHC culpa

IMB-Uma teoria geral (e libertária) sobre controle de armas

Qualquer pessoa racional consegue perceber que um químico está, em termos éticos, constantemente andando sobre um terreno minado.  Os fornos nazistas, por exemplo, possuíam atributos e propriedades criados pelos membros dessa profissão, direta ou indiretamente.
Também não se pode negar que os biólogos frequentemente têm de lidar com dilemas morais: clonagem genética e guerra biológica são exemplos que rapidamente vêm à mente.
O mesmo também vale para médicos (o Dr. Mengele e o Dr. Kevorkian são exemplos notórios), veterinários (maus-tratos aos animais) e físicos (bomba de hidrogênio e bomba atômica).
Mas o que dizer dos geógrafos?  Estariam eles protegidos desse tipo de risco?  Nem um pouco.  Eles também, junto com todos os outros acima mencionados, estão expostos às consequências nefastas de eventuais equívocos éticos cometidos por causa de suas habilidades profissionais.  Por exemplo, o Sistema de Informação Geográfica, que é oriundo deste ramo do conhecimento, é de extrema importância para a condução de guerras.  Certamente, os cientistas espaciais que ajudaram a desenvolver esse sistema agiram de uma maneira intimamente revestida de preocupações éticas, ainda que as consequências ruins pudessem ter sido previstas.  Dois milênios atrás, Estrabão disse que: "A geografia como um todo tem influência direta sobre as atividades dos generais."
Mas por que a menção aos geógrafos em um artigo sobre controle de armas?  Porque qualquer análise sensata sobre controle de armas estaria incompleta se desconsiderasse, além das questões políticas, também as questões espaciais, ambientais e geográficas.  Como será demonstrado neste artigo, questões que envolvem localidade, espaço, ambiente e geografia possuem um efeito crucial sobre as conclusões obtidas. 
Com efeito, dadas as premissas políticas e econômicas do libertarianismo — filosofia sobre a qual será construído o argumento —, não há questão que seja mais crucial do que a geográfica.
Libertarianismo
libertarianismo é a filosofia política que seria adorada pelo Occam da Navalha de Occam.  O libertarianismo simplesmente diz que o único ato proibido é o uso — ou a ameaça do uso — da força contra uma pessoa ou contra sua propriedade legitimamente adquirida.  A propriedade só pode ser obtida, primeiro, por meio da apropriação original de algo até então sem dono, e, segundo, por meio de qualquer ato não-agressivo, como transação voluntária ou doação.  Todo o resto é apenas elaboração, explicação, implicação, esclarecimento ou justificativa.
Qual é a posição libertária sobre o controle de armas?  À primeira vista, essa filosofia não é compatível com qualquer tipo de legislação sobre controle de armas, dado que a mera propriedade e porte de um fuzil ou revólver, por si só, não constituiu nenhuma agressão ou violência contra terceiros. 
Tampouco a propriedade ou posse de uma arma configura uma ameaça, pois certamente somos capazes de distinguir entre uma pessoa que sai brandindo uma arma pelas ruas de maneira belicosa e outra que mantém sua arma dentro de uma gaveta em sua casa ou no porta-luvas do seu carro, ou mesmo que anda pacificamente pelas ruas carregando um revólver seguramente guardado em um coldre axilar ou na cintura.  De todos esses atos, apenas o primeiro viola o princípio da não-agressão.  Os outros, não.
Sim, há um potencial perigo na posse e no uso de armas, mas se formos proibir todas as ocorrências baseando-nos em riscos teríamos também de banir carros, facas, tesouras, abridores de cartas e garrafas, braços (para boxeadores), pernas (para lutadores de caratê) etc.
E aí vem a objeção irônica: se a posse ou o porte de uma pistola não representa nenhuma violação de direitosper se, então o mesmo vale para um fuzil, uma metralhadora, uma bazuca, um canhão, um tanque, um navio de guerra, um caça e, por que não, uma bomba nuclear.
A resposta libertária para isso se baseia na questão de se é possível utilizar essas armas de maneira puramente defensiva; se sim, então não pode haver objeções a elas per se
Considere uma bazuca, por exemplo.  É possível fazer com que todo o poder dessa arma seja estritamente confinado àqueles para quem ela está apontada?  Sim.  Consequentemente, ela pode ser utilizada puramente para propósitos de legítima defesa, e sua posse não configura uma violação ipso facto do código libertário.
Por outro lado, se os danos físicos gerados por um determinado armamento não podem ser estritamente limitados aos seus alvos específicos, de modo que os estragos irão necessariamente se expandir sobre terceiros inocentes, então tal armamento não pode ser incluído na categoria de armamentos defensivos.
Quando abordado dessa maneira, torna-se claro que todas as armas acima mencionadas, com a exceção dos aparatos termonucleares, de fato permitem uma mira exata, o que significa que seu poder destrutivo pode ser estritamente confinado sobre os "bandidos".  Consequentemente, seria lícito ser proprietário de todas elas, exceto da bomba nuclear.
(Poder-se-ia levantar uma objeção relacionada à acurácia da mira de cada uma dessas armas.  Obviamente, absolutamente nenhuma arma — nem pistolas, nem porretes, nem facas, e nem mesmo unhas — vem com garantia de acurácia perfeita.  Erros podem acontecer com todas elas.  Mas seria precipitado concluir que, pelo fato de todas elas serem imperfeitas, nenhuma pode ser utilizada defensivamente.  O critério que vale é: se for possível utilizar corretamente a mira de uma arma, e se for possível confinar os impactos negativos exclusivamente sobre os malfeitores, então não pode haver objeção ao seu uso.  Caso contrário, além das facas e das tesouras, carros e aviões também teriam de ser proibidos, pois seus desastres afetam terceiros inocentes).
No entanto, ainda há espaço para alguns cenários mais exóticos.  O que responder, por exemplo, ao crítico que oferece o cenário de uma arma nuclear guardada no porão da casa de alguém, que mora no meio de uma grande cidade, e que quer apenas ter uma arma nuclear para apreciá-la? 
A resposta se mantém: é impossível detonar uma bomba nuclear sem violar os direitos de pelo menos um terceiro inocente.  Mais ainda: a única maneira como uma bomba nuclear pode ser usada de maneira defensiva é em atividades espaciais, fora do planeta terra.  Sendo assim, o indivíduo que quer ter uma arma nuclear terá de ter à sua disposição os meios para lançá-la a um planeta inimigo ou a um meteoro que está se aproximando ameacadoramente da terra.  Mas dado que equipamentos desse tipo custam bilhões de dólares, apenas tal consideração já é suficiente para excluir o espectro de um aparato nuclear no porão da casa de um indivíduo.
Vale reiterar.  O libertarianismo se opõe à proibição da posse e do porte de armas comuns uma vez que tal ato, por si só, não viola nenhuma premissa básica do princípio da não-agressão.  E, quando analisamos apenas as questões terrenas — ignorando as extra-terrenas —, essa filosofia defende a proibição de armas nucleares.  Dado que não é possível confinar seu poder de destruição exclusivamente ao alvo, então armas nucleares necessariamente violam o axioma libertário da não-agressão.  No entanto, quando incorporamos todo o universo em nossa análise, bem como temas de típicos de ficção científica (invasões alienígenas e chuva de meteoros), então armas nucleares não podem ser banidas, pois passa a existir um propósito defensivo para elas.

BOM GOSTO?- ‘50 Tons’ passa de 3 milhões de espectadores no Brasil

FGTS tem mais de 11 bilhões de reais aplicados em empresas da Lava Jato

VEJA
O fundo FI-FGTS, que usa parte de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do conjunto de trabalhadores, tem mais 11 bilhões de reais aplicados em empresas citadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O valor corresponde a mais de um terço do total de 32 bilhões de reais de recursos de fundo, criado para investir em projetos de infraestrutura.
Ao jornal, Marcos Vasconcellos, vice-presidente da Caixa, banco responsável pela gestão do fundo, explicou que a maioria das empresas do setor de infraestrutura está na operação Lava Jato. "É natural que seus projetos façam parte de um fundo com foco em infraestrutura", disse.
A Sete Brasil, fornecedora de navios plataformas e sondas para exploração do pré-sal, responde pela maior parcela do investimento: 2,378 bilhões de reais em títulos de dívida de longo prazo (debêntures). O fundo também têm 2,379 bilhões de reais em ações da Odebrecht TransPort e 1,079 bilhão de reais na Odebrecht Ambiental, ambas empresas de capital fechado do grupo. Mas o investimento mais arriscado é o de 800 milhões de reais na OAS Óleo e Gás, grupo que atrasou pagamentos e que deve pedir recuperação judicial nas próximas semanas.
Para Vasconcellos, no entanto, o escândalo ainda não trouxe perdas ao fundo, que rendeu 7,71% em 2014. Mesmo assim, afirma que deve reduzir o apetite devido ao risco crescente das empreiteiras. "Estamos esperando que novos players [empreiteiras] voltem a participar da infraestrutura", disse.
Petrobras - Ainda de acordo com o jornal, outros fundos de investimento tem pelo menos 9 bilhões de reais em papéis diretamente ligados à Petrobras e aos seus fornecedores. Estes ativos são aplicações que surgiram no período de pujança financeira da estatal, mas que agora tornaram-se sensíveis a eventuais atrasos nos pagamentos, tanto da Petrobras, quanto de sua cadeia de fornecedores.


Neste caso, a situação mais delicada é a de 217 fundos que somam 7,3 bilhões de reais em dívida e participações em empreiteiras acusadas de pagar propina para conseguir contratos - o Fundo de Dívidas e Participações. Só a Caixa Econômica Federal tem sob gestão 3,8 bilhões de reais, espalhados em 15 fundos. 

QUADRINHA- Musa

Um forte odor paira no ar
Pior que fedor de latrina
É o que sente em Brasília
Quando discursa a musa eqüina.

Políbio Braga-PRESIDENTE DA CÂMARA EXIGE PROTESTO DE DILMA CONTRA PRISÃO DO PREFEITO DE CARACAS

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), exigiu hoje que a presidente Dilma Rousseff adote uma posição mais firme do Brasil sobre a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro:

- Quero deixar o meu protesto pelas prisões absurdas do regime da Venezuela tentando calar a sua oposição. Até quando o Brasil ficará calado sem reagir a isso?.

O presidente da Câmara foi ainda mais duro, em seguida:

- Não dá para os países democráticos assistirem isso de braços cruzados como se fosse normal prender oposicionista, ainda mais detentor de mandato.

O prefeito de Caracas foi retirado à força do seu gabinete, tudo numa ação típica de sequestro, toda ela praticada pelos esbirros da polícia política chavista.

Dilma nada falou até agora, mas o PT cumprimentou Maduro.

O governo do PT foi muito duro com o governo da Indonésia no caso do traficante Márcio Archer. 

Caio Blinder- Impunidade, desafio e agonia na Argenzuela

Héctor Schamis, argentino, professor da Georgetown University, em Washington, divagou certa vez sobre a história da Argenzuela, um país imaginário com duas capitais: Buenos Aires e Caracas. O país foi criado por um acordo político entre duas casas “quase reais”, a dos Kirchner e a dos Chávez.
Gente da mesma linhagem e dos mesmos equívocos em política econômica, desprezo pelas instituições republicanas (no sentido amplo da expressão) e o desejo para se perpetuar no poder.
Neste conto de fadas (e de bruxos), a Argenzuela é uma espécie de Império Austro-Húngaro, mas na América do Sul. O império europeu sobreviveu meio século; o sul-americano felizmente não aguentará tanto tempo.
professor Schamis publicou um texto cerebral e emocionante, ao mesmo tempo, antes do 18F, o 18 de fevereiro agora na quarta-feira que marcou, tanto um mês da morte do promotor argentino Alberto Nisman em circunstâncias nebulosas, como um ano da prisão do líder oposicionista venezuelano Leopoldo López.
No 18F, centenas de milhares de pessoas na Argentina e no resto do mundo marcharam sob chuva em silêncio estrondoso (mas, com alguns gritos pedindo justiça), denunciando a impunidade.
Nisman morreu um dia antes de apresentar no Cogressso argentino as evidências das suas denúncias de que a monarquia Kirchner acobertou, em troca de acordos comerciais, iranianos envolvidos no atentado de 1994 contra o centro comunitário judaico que deixou 85 mortos.
Caracas, 18 de fevereiro
Caracas, 18 de fevereiro
Na Caracas ensolarada, em manifestação mais modesta foi o dia de lembrar encarcerados sem motivos plausíveis e aqueles assassinados nos protestos antichavistas de fevereiro do ano passado. Foi dia de pedir paz, liberdade e justiça, ou seja, tudo que está ainda mais em falta na Venezuela do que na Argentina.
A prova foi no day after: no final da tarde quinta-feira, o Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência) prendeu Antonio Ledezma, o prefeito oposicionista da capital.
Na pantomina previsível, falando mais tarde em cadeia de rádio e televisão, o presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma ao lado de Leopoldo López e da líder oposicionista Maria Corina Machado de tramarem um golpe inspirado pelos EUA. Maduro, o desgovernante que suga cada vez mais o tesouro e a alma do país, rotulou Ledezma de “vampiro”.
Schamis escreve que o 18F desafia o kirchnerismo e o chavismo sem credibilidade. “É o espanto de dois governos que cada vez mais se parecem com uma coleção de organizações criminais, em que se perpetuar no poder é a maneira de assegurar sua impunidade”.
São cenas patéticas e tenebrosas de dois governos que ainda se “exibem com orgulho, ameaçam com arrogância e atuam com impunidade”. Na Argenzuela, estamos testemunhando a agonia imperial, com sofrimento disseminado que infelizmente vai persistir até o final.
No entanto, o dia chegará e Héctor Schamis poderá iniciar uma pensata em tom de conto de fadas com a inevitável frase era-uma-vez-a-Argenzuela…

Caio Blinder- Verguenza, vergonha latino-americana

A pergunta é de Andrés Pastrana, ex-presidente colombiano: o que mais falta para que os governos latino-americanos levantem sua voz contra a violação dos direitos humanos na Venezuela?
A pergunta sobre a atitude da liderança na América Latina foi feita na esteira da prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, acusado pelo desgoverno de Nicolás Maduro de estar envolvido em uma suposta trama golpista.  Se condenado, Ledezma pode ser sentenciado a até 25 anos de prisão. Verguenza!
Comecei o sábado com o El País. Vamos terminar com ele e sua reportagem sobre a vergonha latino-americana. Aqui a reportagem.

Miniconto- OS PISTOLEIROS

OS PISTOLEIROS


Lá nos cafundós do Mato Grosso, perto de onde o diabo perdeu suas cuecas, no final de uma estrada poeirenta e quase sempre vazia, moravam os irmãos Morais; Pedro 38, Paulo 35 e Batista 30. Eram solteiros e quando precisavam se aliviar visitavam o bordel da Zefa, em Feliz Natal. Os irmãos Moraes criavam porcos e matavam gente. Mais matavam gente que criavam porcos. Matavam gente perto, matavam gente longe. O importante era a paga. Quem morria só interessava pelo preço. Faziam tudo bem feito; a justiça nunca triscou neles. Mais de trinta estavam na conta, bons lucros às funerárias. Não tinham sentimentos, pouco se importavam em deixar filhos sem pai. Eram pessoas rudes e sem bons sentimentos. A vida era assim; um serviço e depois meses de armas guardadas. O tempo corre... Certo dia chegou naqueles confins uma bela moça morena. Tinha brilho, belo sorriso e pernas roliças. Era quase noite e pediu um lugar para ficar. Com boas intenções eles acolheram a mocinha, acredite quem quiser. Foi uma noite e tanto. Rolou muito sexo e cachaça entre o quarteto. Todos dormiram embriagados e exaustos. Quando clareou o dia ela foi embora antes mesmo dos irmãos acordarem.  Dela não mais se soube. Os irmãos? Só se soube que após alguns meses morreram os três da tal doença do pinto podre.

Miniconto- A CIRURGIA

A CIRURGIA

Depois da cirurgia cerebral ele se encontra deitado na cama de ferro, imóvel sobre alvos lençóis. De hora em hora uma enfermeira vem para ver como ele se encontra. Observa sua pressão e sai. Na parede um quadro solitário da Santa Ceia faz companhia ao homem que dorme sedado. Sobre o criado mudo não há nada, nem mesmo um copo ou uma revista qualquer. O soro desce em lentas gotas e o rosto do enfermo aos poucos ganha cor. Lá fora, entre nuvens, aparecem pedaços do azul do céu. No canto esquerdo do quatro está largado um pequeno sofá marrom que aguarda para acolher uma visita qualquer. Já faz quatro horas que a operação foi realizada. O homem abre os olhos e se mexe um pouco. A enfermeira chega, ele pede: “Onde estou?” Ela fazendo um olhar de mãe diz que ele está no Hospital Samaritano, sofreu uma cirurgia para extirpar um pequeno tumor no cérebro e que correu tudo bem. “Tudo bem nada!”- diz ele. Sou o encanador,vim até aqui apenas para consertar um vazamento e acabei caindo no banheiro. E agora me acontece isso?”

“Acredito em Deus, na cegonha, na sabedoria da Dilma e no comedimento de Lula.” (Mim)

“Não seria menos doloroso chorar tendo R$ 10 milhões num banco?” (Mim)

“Se tens uma conta Dilma por mais que tu acrescentes sempre terás uma conta negativa.” (Mim)

“O problema não é ser burro. O problema é não acreditar nisso.” (Pócrates)

“Espero morrer bem antes que os meus pés de galinhas criem calos.” (Eulália)

LOUCURA

LOUCURA

Vivemos dentro sociedade uma tempestade de
Drogas
Pressa
Trânsito maluco
Desamor
Interesses
Crueldade
Corrupção
Desconfiança
Stress
Depressão
O melhor a fazer é desligar o motor do mundo
E criar o seu próprio modo de viver.


“O melhor governo do mundo é o governo cubano. Opinião dos tubarões que caçam nas águas do Caribe.” (Cubaninho)

“Antes ser um leitor burro que um burro eleitor.” (Mim)

OS ENROLA TONTOS

Senador Reguffe, um solitário

PREGAÇÃO SOLITÁRIA
O agora senador Antônio Reguffe pretende economizar 16 milhões de reais dos cofres públicos. Como? Dispensando mordomias e cortando exageros que o cargo oferece
Reportagem de Adriano Ceolin publicada em edição impressa de VEJA
José Antônio Reguffe se tornou um especialista na arte de criar constrangimentos a seus pares. Em 2006, quando foi eleito deputado distrital em Brasília, seu primeiro ato foi renunciar às mordomias e aos benefícios do cargo. Nada de carro, motorista, verba indenizatória ou 14º e 15º salários. Enfrentou como consequência a indiferença dos colegas, mas a iniciativa repercutiu bem.
Na eleição seguinte, em 2010, tentou uma vaga no Congresso e acabou sendo o deputado federal mais votado do país em números proporcionais. Na Câmara, repetiu o exemplo. Dispensou assessores, devolveu passagens de avião, recusou cotas e auxílios disso e daquilo.
Resultado: apesar das ácidas críticas dos parlamentares, em 2014 ele saiu das urnas com o título de mais jovem senador da história do Distrito Federal. Na começo do mês, logo depois da posse no novo cargo, Reguffe anunciou que estava abrindo mão de uma série de regalias destinadas aos nobres senadores.
Em caráter irrevogável, ele não aderiu ao plano de saúde que reembolsa serviços médicos sem nenhum limite. Zerou os gastos com verba indenizatória e passagens aéreas – respectivamente, 15 000 e 6 000 reais por mês. Cortou pela metade os gastos com funcionários do seu gabinete, reduzindo o total de assessores de 55 para doze. E, como fizera na Câmara, abdicou do auxílio-moradia de 3 800 reais – uma ajuda esdrúxula para os parlamentares da capital.
(Arte: VEJA)
(Arte: VEJA)
Durante a campanha, Reguffe foi duramente criticado pelos adversários. “Ele usa a austeridade como demagogia. Em oito anos como parlamentar, não aprovou nenhum de seus 34 projetos”, disse, durante a campanha, o então candidato do PT ao Senado, Geraldo Magela. O petista, que tinha a máquina do governo a seu dispor, terminou a disputa em terceiro lugar – e gastou 3,8 milhões na campanha, dez vezes o orçamento declarado por Reguffe.
Diante da aprovação nas urnas, o novo senador do PDT não pensou duas vezes: “Se os colegas fizerem a mesma coisa, economizaremos mais de 1 bilhão de reais dos impostos pagos pela população”. Na semana passada, Reguffe chegou ao Senado dirigindo o próprio carro. Foi barrado pelos seguranças e teve de se identificar para entrar no prédio, algo que não acontece com os parlamentares que desembarcam do carro oficial com motorista.
A austeridade do senador não poupou nem sua esposa. Embora trabalhasse no Congresso havia anos, ela pediu demissão para evitar insinuações de nepotismo.

CARLOS BRICKMANN: Dilma está sozinha no olho do furacão — e foi exatamente assim que Collor caiu

Notas da coluna de Carlos Brickmann publicada neste domingo em diversos jornais
Carlos BrickmannO presidente da Câmara é do PMDB, que apoia Dilma e tem meia dúzia de ministros. E ninguém se surpreenderá se der andamento privilegiado aos pedidos de impeachment que a oposição promete fazer.
Marta Suplicy é de seu partido, o PT, foi ministra de seu governo. Tem falado muito sobre Dilma, nunca para elogiá-la. A oposição, óbvio, é contra Dilma; e, mesmo que não seja muito oposicionista, gosta de falar mal dela. Lula, que a criou, ensurdece o país com seu silêncio, enquanto ela é massacrada. Até José Dirceu, o mais petista dos petistas, dos que acham que nem Lula é ortodoxo como deveria, abre fogo contra Dilma.
Em seu blog – ou seja, por escrito, e assinado, para ninguém ter dúvidas – o Guerreiro do Povo Brasileiro diz que aquela a quem chamava de “companheira de armas” sustenta uma política econômica que coloca o Brasil “na contramão do mundo desenvolvido”. É exatamente o que pensa a oposição, embora faça a mesma crítica pelo motivo oposto. Dilma está sozinha, no olho do furacão.
Aliás, Dilma não está sozinha: sozinha estaria melhor. Tem a seu lado Aloízio Mercadante, Pepe Vargas, Miguel Rosseto, mais aquele senhor generoso que arranjou crédito subsidiado, dos bons, para Val Marchiori. E não foi este colunista, nem o caro leitor, que nomeou e mantém José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça. Quem gosta de sapato apertado não pode queixar-se dos calos.
Dilma tem a força política dos recém-eleitos. Mas é preciso lembrar que Collor não caiu por seus (inúmeros, e graves) defeitos. 
Caiu por estar sozinho.
A crise que nos rodeia
Este colunista não é pessimista nem otimista: é jornalista. Considera-se realista. Se todos os setores políticos se afastam de quem tem ainda quatro anos de mandato e dispõe de mais de cem mil cargos sem concurso para preencher como quiser, algum motivo têm.
No Brasil, já houve quem visse onça confraternizar com leitão, mas esta deve ser a primeira vez em que alguém vê o PMDB se afastar de quem tem nomeações a oferecer. E a crise continua: fora as denúncias contra políticos acusados de envolvimento no Petrolão, que vêm sendo adiadas há meses, há as demissões – tanto as causadas pela paralisia econômica quanto as promovidas pelas empresas acusadas no caso.
Há ainda o fantasma do HSBC, em que oito mil brasileiros foram identificados como proprietários de algo como 8,5 bilhões de dólares — alguns, legalmente; outros, não. A lista completa está em poder de um repórter brasileiro, que não a divulga por não conseguir distinguir os legais dos ilegais. Mas na hora em que conseguir separá-los, quem estará lá?
Custe o que custar
Esta será uma semana difícil para a presidente. O PMDB quer votar a proposta de emenda constitucional que eleva de 70 para 75 anos a idade máxima de aposentadoria para o ministro do Supremo (PEC da Bengala), o que impedirá Dilma de nomear cinco futuros ministros.
Discute-se o veto à correção plena da isenção de Imposto de Renda para assalariados (Dilma gostaria de corrigir a isenção abaixo da inflação, para aumentar a receita do Governo). São derrotas possíveis – e boa parte dos deputados pendulares já avalia o valor de seu voto.

“Eu nunca votei com o bolso.” (Eriatlov)

“A cada ano que passa a coisa piora. Os governantes constroem bumbos com o couro do povo.” (Mim)

“Nosso país é hoje um país embriagado. Sem rumo, tropeçando nas próprias pernas.” (Mim)

“O Brasil caminha para ter uma indigestão.” (Mim)

“PT. A mania de culpar os outros pela sua incompetência não cessa. É coisa de safado mesmo!” (Eriatlov)

“Nem o Tiririca faria tanta merda como presidente.” (Mim)

“Fim do horário de verão. Meu corpo agradece.” (Mim)