segunda-feira, 31 de outubro de 2016

“A mamadeira é a reserva da vaca.” (Pócrates)

A GAZETA DO AVESSO- Agora se sabe que Dilma tinha dificuldade para fechar o pacote de estímulo à economia por estar sempre com uma unha encravada.

A GAZETA DO AVESSO- Pesquisa feita, resultado sabido: Nem os ácaros do Supremo acreditam na inocência de Lula.

A GAZETA DO AVESSO- Boatos sobre o crescimento da produção de ‘salame de gatos’ faz bichanos sumirem da vizinhança de açougues

A GAZETA DO AVESSO- É público agora que Deus recusou convite para gravar depoimento em favor do candidato Crivella.. Disse estar muito ocupado cuidando das armas, ou melhor, das almas.

DA HORA- Novos tempos no Irã: hoje ninguém foi enforcado ou apedrejado no país, ainda.

PLACA DO DIA

Resultado de imagem para PLACAS ERRADAS
Preciso melhorar o meu inglês!

AMOR BANDIDO

“Fulano matou por amor. Sim, deve ser amor ao revólver.”(Pócrates)

É LEI,MAS...

“Existem coisas que a lei concede, mas a moral não.” (Mim)

VERDE, MUITO VERDE

“Gosto muito de salada verde, coisa saudável, principalmente radiche com bacon.” (Fofucho)

SEJA BONZINHO! CASO CONTRÁRIO VEJA QUEM TE AGUARDA NA ANTE SALA DO INFERNO!

ESCOLHAS

“Instrua bem o povo e deixe que ele mesmo escolha os seus jornais.” (Eriatlov)

BUNDA NO CHÃO

“Estou com a bunda tão caída que já varro a casa com ela.” (Josefina)

SEMPRE PRONTO

“Estou aqui para o que der e vier e para correr também.” (Mim)

TEMPLOS

“Em currais faraônicos ornados de luxo os tosquiadores aguardam por suas mansas ovelhas. E para lá vão elas felizes, cegas pelo não pensar, sempre prontas para a tosa diária.” (Eriatlov)

“De tanto comer salada hoje sou uma lesma.” (Mim)

“De nada adianta placas de avisos numa cidade de analfabetos.” (Mim)

“Cachorro que come ovelha come cabra também.” (Pócrates)

MISES BRASIL- “Tenho boas intenções e é isso o que conta!” - eis o mantra que restou à esquerda

Lawrence W. Reed

Se você acredita que o estado deve se aventurar em ousadas empreitadas mesmo sem ter conseguido lograr qualquer êxito naquelas atividades bem mais simples e humildes, então você é de esquerda.
A esquerda defende um estado provedor e assistencialista não por causa de seu "histórico de sucessos" (isso seria constrangedor), mas sim por causa de suas boas intenções.  "Queremos ajudar o povo!", exclamam eles. 
Para a esquerda progressista, dado que as pessoas não são decentes e compassivas o bastante para ajudar seus semelhantes que estão na aflição, a solução é eleger políticos que sejam mais decentes e compassivos do que essas pessoas egoístas.  Esses políticos, por conseguinte, irão confiscar o dinheiro dessas pessoas egoístas — sob a ameaça de aprisionamento caso haja resistência —, repassá-lo para uma custosa e ineficiente burocracia, e gastar o que sobrar com os pobres, não para realmente solucionar o problema da pobreza, mas sim para torná-lo perpétuo de maneira a criar uma dependência sem fim.  E tudo visando a ganhos políticos e demagógicos.
E então os proponentes do estado assistencialista irão se dar um tapinha autocongratulatório nas costas e, com isso, aliviar suas pesadas consciências.  Eles irão orgulhosamente bater no peito e se bendizerem por ter o monopólio da compaixão e ignorar os destrutivos resultados de sua obra, rotulando de "reacionários" ou "cruéis" aqueles que tiverem a audácia de apontar esses resultados.
Veja, por exemplo, a saúde pública.  O que logrou esse programa caritativo?  Histórias de horror oriundas da medicina socializada não inúmeras e famosas.  Doentes morrendo na fila, sem atendimentohospitais degradadosracionamento de remédiosconsultas de rotina sendo negadas e fila de espera de meses (ou mesmo anos) para cirurgias; uma taxa de mortalidade que seria inaceitável na rede privada.
Mas nada disso constrange a esquerda progressista, que segue adiante, impávida, em sua defesa por ainda mais saúde estatal para os pobres.  Jamais espere que as notícias horrendas oriundas da saúde estatal façam os progressistas repensar seu clamor por ainda mais governo na saúde. 
O mesmo se aplica ao calamitoso estado da educação pública, o qual, por mais que fracasse e por mais que atrase os pobres, segue sendo objeto de clamores cada vez mais intensos da esquerda. 
O que dizer então dos programas de transferência de renda, cujo dinheiro, em grande parte, não vai para os pobres, que ficam com as migalhas, mas sim para os próprios membros da burocracia que coordena todo o esquema, para os consultores, e para as empreiteiras que constroem as moradias populares?  Os pobres são maldosa e intencionalmente transformados em uma subclasse perpétua, dependente do governo, para que membros da burocracia e empresários ligados ao governo possam viver confortavelmente bem à custa de todo o resto da sociedade.  O estado assistencialista fez com que praticamente não haja mais uma genuína mobilidade social.  Os degraus mais baixos da escada foram retirados em nome da compaixão.
Ser um progressista significa jamais ter de pedir desculpas.  Suas boas intenções valem mais que todos os resultados efetivamente obtidos. 
Isso nos leva a uma pergunta muito mais fundamental sobre essas pessoas que defendem um estado grande: como funciona seu processo de raciocínio?  Ele é tão repleto de inconsistências, falácias lógicas e noções duvidosas, que o resto de nós fica completamente sem entender como funciona a mente dessas pessoas.  Premissas falhas, ilógicas ou contraditórias talvez possam ser a razão por que elas frequentemente chegam a conclusões erradas.
Ao longo dos anos, observei alguns atributos da mentalidade progressista que são, na melhor das hipóteses, bem questionáveis.  Eis uma pequena lista de como essas pessoas agem e raciocinam:
1. Elas passam mais tempo promovendo a dependência do que encorajando a autossuficiência.
2. Mentiras e promessas impossíveis não lhe causam constrangimento, pois elas acreditam que os fins justificam quaisquer meios.
3. Elas acreditam que promessas valem muito mais do que resultados efetivos.
4. Elas aglomeram e separam as pessoas em grupos e lhes atribuem direitos fictícios de acordo com as características físicas e comportamentais desses grupos.
5. Elas não aprenderam nada com a história e nada sabem de economia.
6. Elas acreditam que afetações de emoção, frases de efeito, slogans e gritos de guerra superam a razão e a lógica.
7. "Justiça social" é sua expressão favorita, ainda que essa "justiça" seja conseguida por meio da expropriação da renda alheia.
8. Elas exigem respeito à propriedade apenas quando a propriedade é delas, mas não quando é sua.
9. Elas preferem lhe calar a entrar em um debate sério.
10. O indivíduo nunca é a minoria que elas dizem defender.
11. Quando alguém que discorda de suas idéias ganha alguma proeminência na mídia, elas gritam que está havendo uma "onda fascista".
12. Elas acreditam que um benefício social é um direito inalienável, mas um salário obtido por meio do esforço próprio é algo que pode ser confiscado para satisfazer o bem comum.
13. Quando suas políticas fracassam, elas não apenas não assumem nenhuma responsabilidade por elas, como ainda exigem mais do mesmo.
14. Elas estão sempre ocupadas tentando controlar a sua vida, mesmo quando a própria vida delas é totalmente problemática.
15. Elas alegam conhecer o futuro (por exemplo, qual indústria deve ser protegida ou subsidiada) ao mesmo tempo em que não demonstram nenhuma evidência de que conhecem o passado.
16. Elas desgostam da iniciativa privada não por ter sólidos argumentos contra ela, mas sim porque não têm a mais mínima ideia de como abrir uma empresa ou gerenciar uma.
17. Elas criticam indivíduos e empresas por não pagarem mais impostos, mas elas próprias jamais fazem qualquer "doação voluntária" para o governo.
18. Elas estão mal-humoradas e zangadas a maior parte do tempo, encontram motivos para se fazer de vítima a qualquer palavra proferida, não têm nenhum senso de humor, e não levam na esportiva nenhum tipo de piada politicamente incorreta.
19. Elas alcançaram a perfeição na arte do jogo duplo: ao mesmo tempo em que criticam tudo nos outros, se isentam de qualquer auto-crítica.
20. Elas apelam ao que há de pior em nós ao enfatizar as divisões raciais, ao estimular a guerra de classes, ao utilizar orientações sexuais como ferramentas políticas, e ao comprar votos com o dinheiro dos outros.
21. Elas têm um nível muito alto de expectativas e exigências em relação ao setor privado e um nível muito baixo em relação ao setor público.
Em seu livro A Arte da Guerra, Sun Tzu aconselhou: "Conheça o seu inimigo, conheça a si próprio, e você estará preparado para travar centenas de batalhas sem sofrer nenhum desastre".  Pode ser verdade.  Mas o que é garantido é que, quanto mais você se dedica a estudar a mentalidade revolucionária dos progressistas amantes do governo, mais difícil é realmente entendê-los.
Apenas ter "boas intenções", como os progressistas juram ter, não basta.  Coisas como razão, lógica, princípios morais, evidências, resultados, história, experiência, realidade e fatos são igualmente importantes.

MISES BRASIL- Protecionismo - riqueza para poucos, pobreza para muitos

Letícia Catel

Você já pensou em como seria lucrativo vender um produto sem ter concorrência, sem guerra de preços e sem precisar se preocupar com a qualidade?
Isso é o protecionismo.
Enquanto poucos se beneficiam, muitos pagam caro por isso. O protecionismo gera ruína para os consumidores mais pobres e para as pequenas e médias empresas dependentes de equipamentos importados. Ele explora e impõe severas perdas à população. É como um câncer que, a partir de uma única célula doente, se espalha infectando setores saudáveis, comprometendo o funcionamento de todo o sistema.
Além de espoliar toda a população, o protecionismo protege os incompetentes, garantindo ganhos vultosos para esses empresários beneficiados com uma reserva de mercado. Por meio de um decreto, o governo — que diz pensar no bem da população —se utiliza de seu poder para ir exatamente contra os interesses dessa população, estabelecendo acordos de benefício mútuo entre governo e empresários beneficiados.
Existem dois tipos de protecionismo: o de estatizar os meios de produção e fechar o mercado para empresas estrangeiras (medida socialista) e o protecionismo de compadrio entre empresas e o poder público, que estabelece as oligarquias.
A nossa realidade
O maior entrave à livre transação entre os habitantes de dois países distintos é a política. Mais especificamente, a pressão sobre o governo, feita por lobbies da indústria nacional, para se impor tarifas de importação sobre os produtos estrangeiros e, com isso, desestimular os habitantes nacionais de importar bens do exterior.
Trata-se de um lobby para suprimir a concorrência via imposição de tarifas de importação. Se você quer comprar bens americanos, europeus ou chineses, a indústria nacional fará um lobby para que o governo dificulte — e até mesmo proíba — essa sua liberdade, obrigando-lhe a comprar apenas seus produtos.
Mas o protecionismo não se dá apenas por meio de tarifas de importação. Há também as regulações, as quais ajudam exatamente os grandes já estabelecidos.
Regulações sempre dificultam tanto os negócios com o exterior como também o empreendedorismo no mercado interno. Abrir um novo negócio, uma pequena ou média empresa, é como entrar num campo minado de regulamentação. Cumpri-las impõe altos custos, e não segui-las causa desde multas a ações judiciais. Grandes empresas, já estabelecidas no mercado e já íntimas do emaranhado regulatório, não se preocupam tanto com a burocracia, uma vez que ela representa barreiras artificiais à entrada de novos concorrentes, o que reduz em muito a concorrência potencial.
Brasília tornou-se a capital dos lobbies. Políticos se digladiam por recursos de empresas para abastecer suas próximas campanhas. Em troca dessa gentileza, aprovam medidas provisórias (MPs) e projetos de lei (PLs) visando a beneficiar determinada empresa ou setor em detrimento dos interesses da população. Tais medidas protecionistas beneficiam indústrias nacionais ineficientes que não teriam sucesso num ambiente competitivo.
Uma empresa que não se preocupa em inovar, e que mantém o mesmo produto inalterado por muito tempo, recorre ao governo para manter seu market share quando empresas externas começam a vender um produto melhor no mercado nacional e seu lucro começa a cair pelo fato de os consumidores estarem migrarem para um produto melhor e mais barato.
Uma empresa que se tornou ineficiente tem duas alternativas: modernizar-se ou escolher o caminho mais curto e mais fácil, a saber, pedir ao governo para fechar o mercado enquanto continua ofertando qualidade inferior à população.
O caminho mais curto resulta em tarifas, impostos mais altos e barreiras não-tarifárias (BTNs) que restringem a quantidade de produto importado (como as chamadas "licenças de importação"), por meio da qual um importador deve solicitar a autorização de agências reguladoras para importar um produto e cumprir com diversas exigências complexas, inteligentemente elaboradas para dificultar a liberação de licenças.
Ao se sustentar formas ineficientes de fazer negócios, o consumidor será sempre prejudicado. Barreiras a produtos importados resultam em aumento de preços de matérias-primas e até de bens de consumo como TVs, laptops, sofás, eletrodomésticos, celulares, carros.
O aumento de preço de uma única matéria-prima importada causa uma avalanche de aumentos nos mais variados setores da economia. A indústria de metais nacional recorreu diversas vezes ao governo para sobretaxar metais importado, medida que impacta toda a indústria que depende deste material: fabricação de pontes, navios, carros, máquinas, geladeiras, peças automotivas, casas, panelas, latinhas de cerveja etc. Qualquer obra ou produto que utilize metais terá de repassar o aumento do seu custo ao produto final.
Concomitantemente, em vez de termos uma indústria ineficiente, teremos muitas indústrias caras, isoladas da cadeia de produção global, blindadas da concorrência e pouco competitivas.
Protecionismo cria indústrias ineficientes e uma economia moribunda. Ao proteger negócios ultrapassados que naturalmente não conseguem competir, criamos uma economia estagnada e antiquada, pois sem competitividade não há incentivo à inovação.
A correção para esse cenário é reduzir as barreiras. Mas haverá inevitáveis consequências de curto prazo.
Em um mercado protegido, a abertura comercial será um choque sobre a economia. Uma das consequências em se adotar o livre mercado tardiamente é provocar desemprego durante a readequação do mercado. Empresas sofrerão até conseguir se renovar e se adaptar à pesada competição. A concorrência entre trabalhadores nacionais e estrangeiros levará alguns setores da economia ao declínio (efeito de curto prazo). Já a redução de preços dos bens e serviços, que passarão a ser importados livremente, será imediata, ocasionando redução no custo de vida da população em geral.
Ao passo que, com o desemprego, salários poderão vir a sofrer redução, as importações liberadas levarão a um inevitável declínio nos preços de bens e serviços. Consequentemente, sobrará mais dinheiro para se gastar com outros produtos e serviços, o que resultará em aumento da demanda, do lucro e de vagas de empregos em outros setores da economia. Ou seja, haverá uma melhor realocação de recursos.

EMIGRAÇÃO NA URSS

Brezhnezv pergunta para seu assessor:
"Quantos judeus nós temos na URSS?"
"Quatorze milhões", respondeu o assessor.
E quantos estão preparados para emigrar para Israel?- pediu Brezhnev.
"Cento e cinquenta milhões".

“Prestar culto a mediocridade individual gera sociedades medíocres.” (Yoani Sánchez)

O COMUNA E O SOL

NA ALEMANHA ORIENTAL COMUNISTA

No início da manhã, Honecker chega a seu escritório e abre a sua janela. Ele vê o sol e diz: "Bom dia, querido Sol!"

O sol responde: "Bom dia, querido Erich!"
Honecker lê sobre suas obras, sorri, e ao meio-dia vai para a janela e diz:

"Boa tarde, caro sol"
O sol responde: "Boa tarde, caro Erich"

À noite, Erich chama-o. O sol fica silencioso.
Honecker diz novamente: "Boa noite, querido Sol! Qual é o problema com você?”

O sol responde: "Beije minha bunda comunista filho da puta. Estou no Ocidente agora”.


CORREIO DO COMUNA EMACONHADO



"Esta manhã, o ditador cubano Fidel Castro anunciou que está deixando o cargo, encerrando cinco décadas de governo. Mas a maior surpresa foi quando Fidel anunciou que vai se aposentar em Miami."



- Conan O'Brien

LIMÃO

“Árvores dão sombras e frutos. E cadeia também se você cortar uma sem autorização.” (Limão)

FILOSOFENO

“Quando o ser prefere à escuridão à luz, o que se pode fazer além de dar bons exemplos?” (Filosofeno)

FERIADÃO CAUSA UM CERTO ALÍVIO

Tem gente aliviada com o feriadão, na esperança de que a Polícia Federal não faça operações em dias de folga.

CH

DECLÍNIO À ESQUERDA

No Rio de Janeiro, assim como no restante do País, o PT foi o que mais reduziu sua presença nas câmaras municipais: caiu 80,46%. Os petistas elegeram apenas 17 vereadores contra os 87 de 2012.

Cláudio Humberto

O ANTAGONISTA- O ABC DA DERROTA




Você já sabe, mas é um prazer repetir: o PT foi esmagado no Grande ABC, o primeiro curral eleitoral lulista.

Ontem o partido foi ridicularizado em Santo André, onde Carlos Grana obteve apenas 21,79% dos votos, e em Mauá, onde Donisete Braga conseguiu 35,53% dos votos.


EU E WOODY ALLEN

“Eu e Woody Allen temos coisas em comum."
“Inteligência e humor fino?”
“Nada disso! Óculos e calvície!"


A CAUSA DO TOTÓ OBESO

“Em casa de cozinheira ruim quem engorda é o cachorro.” (Mim)

A TAL IDADE

“A idade vai pegando. Já estou até cuspindo ferrugem.” (Nono Ambrósio)

O ANTAGONISTA- Nove vezes menos dinheiro para o PT

Mais importante do que o número de cidades governadas por cada partido é o dinheiro que eles vão administrar. Pelos cálculos do Valor, o PSDB “terá em mãos um orçamento conjunto de 160,5 bilhões de reais. Esse valor é 140% superior ao que os tucanos conquistaram em 2012”. O PT, por outro lado, passou de 122,3 bilhões de reais para 13,7 bilhões de reais. Nove vezes menos.

CLIMÉRIO, O SIMPLIFICADOR

“Com tantas doenças por aí que matam sem dó, vou lá eu me preocupar com chifres? Adorno, nada mais que adorno.” (Climério)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- MAIS PÉROLAS DOS GRANDES HUMANISTAS

ANTONIO CALLADO - Darcy, a primeira vez que eu fui ver os índios, em 50 ou 51, já estava muito estabelecido que índia não se comia, para não bagunçar muito o coreto, era mais ou menos tradicional, para não começarem a comer as índias todas. Tanto é assim que, quando eu estive lá, o Leonardo Villas-Boas já estava na Fundação Brasil Central, sendo forçado a deixar o Serviço de Proteção ao Índio porque ele tinha comido uma índia, com quem se casou. Quando é que você chegou lá pela primeira vez? Nessa época já tinha essa lei? 

DARCY RIBEIRO - É verdade. Eu comecei com os índios em 46. Essa lei existe até hoje, por causa do Rondon e da antropologia clássica. Eu fui educado para não trepar com índia porque, para o antropólogo, no meu caso específico, pesquisas longas eram difíceis. Hoje em dia é que as moças começaram a dar para os índios, as antropólogas dão para os índios, gostam de transar com eles, para fazer intimidades. Tão dando mesmo, dão para eles também. Coitado, índio também é gente. Então, dão. E como elas dão, os homens também começaram a comer as índias, antropólogos de primeira geração. (...) Eu passei meses com os índios, arranjava um jeito de ter uma. Por exemplo, eu não comia as índias Urubus-Kaapor porque eu estava trabalhando com os Kaapor, mas comia índia Tembé, que eram umas índias decadentes que havia lá. 

quarta-feira, setembro 29, 2004

CLIDE, O VERME

 Clide era um vermezinho bem estúpido, sem papas na língua, porém não tinha essa visão de si. Formado, de canudo na mão, cheio da empáfia, deixou de morar no cemitério e colocou-se numa funerária, abandonando os próprios pais. Não pesquisou o suficiente para saber que nela funcionava também um forno crematório. Pois embarcou no primeiro corpo que apareceu e no melhor da degustação foi ao fogo. Labaredas! Labaredas! Teve vida curta Clide, o vermezinho estúpido.

EXPLORAÇÃO POLÍTICA DA POBREZA por Percival Puggina. Artigo publicado em 30.10.2016



Tem sido comum entre nós que grupos políticos em disputa atribuam apelidos uns aos outros. A versão mais atualizada desse hábito surgiu nas manifestações públicas a favor e contra o impeachment de Dilma Rousseff. Quem era a favor, ganhou o designativo "coxinha". Quem era contra, virou "mortadela". Conquanto as coxinhas fossem meramente simbólicas e não aparecessem fisicamente, a mortadela, essa sim, chegava em cestos, servida com pão. Em torno desses sanduíches se comprimiam manifestantes trazidos em ônibus para atuarem como figurantes nos eventos governistas. Faziam lembrar os filmes épicos do cineasta norte-americano Cecil B. DeMille, nos quais multidões eram contratadas para povoar a tela em cenas que causavam grande impressão. Nas manifestações contra o impeachment, quando a câmera dava um close, via-se homens e mulheres humildes, em camisetas vermelhas, atacando com disposição o prometido sanduíche.

Não raro, alguém se infiltrava nessa multidão, entrevistando-a e testando-a sobre suas convicções. As respostas, como seria de se esperar, mostravam que a quase totalidade não tinha ideia sobre a razão de ali estar. Embora muitos assistissem a essas cenas, posteriormente exibidas nas redes sociais, como coisa jocosa, tratava-se, na verdade, de algo constrangedor e triste. Triste e constrangedor. Como não se constranger ante a falsificação da cidadania? Como não se entristecer quando seres humanos têm sua dignidade rebaixada à condição de figurante de cidadão, ao preço de um sanduíche e alguns vinténs, num ato presumivelmente político? Nada contra quem foi levado a esse nível de carência. Apenas dó e respeito. Mas tudo contra quem se vale dessas pessoas e de suas precariedades para difundir uma mensagem de araque em comícios com figurantes. Após tantos anos no poder, precisam valer-se dos apelos da pobreza para atribuir vigor e atrair adesão à falácia de que acabaram com ela.

Pobre pobreza, sempre tão na ponta da língua e longe dos corações! Eleição após eleição, governo após governo, com crescente vigor a partir do "Tudo pelo social" do companheiro José Sarney, a pobreza ganhou o primeiro plano da retórica eleitoral. Na prática, os resultados são tão escassos quanto pode ser percebido tão logo se dissipa a algaravia dos discursos. Tudo se passa como se o discurso fosse capaz de superar os fatos e a autolouvação alterasse as estatísticas, proporcionasse emprego aos desempregados, salário e renda aos devedores. E pão com mortadela a quem tem fome. Sim, porque o pão com mortadela sumiu com o desinteresse pelas massas de figurantes. A volta vem e os "calaveras" se secam, ensinam os fronteiriços.

A economia nacional, que surfou sobre a crise no mar da China compradora crendo que o céu seria sempre azul e a brisa suave, se espatifou contra os rochedos da realidade. Era inevitável. A casa foi assaltada. O poço secou. A responsabilidade fiscal foi demitida das contas públicas. As maiores empreiteiras no Brasil abasteceram seus cofres diretamente do PIB nacional. A turma do pixuleco enricou como tio Patinhas jamais imaginou. Com o dinheiro do BNDES, o Brasil se transformou em mecenas ideológico de nossos satélites iberoamericanos e africanos. Mas tudo foi feito, dizem-nos, por incondicional amor aos pobres.

Pior do que isso. Agora, quando se pretende reerguer o país e medidas de austeridade se impõem, retomam o discurso da irresponsabilidade fiscal. Exigem que não se pague a dívida que quintuplicaram, cobram que se baixe a taxa de juros que elevaram e que o novo governo faça logo e faça bem, pela Saúde e pela Educação, tudo que não foi feito em 13 anos. Por amor e em defesa dos pobres.

O zelo pelos mais necessitados não é saliva de discurso. Antes de tudo é criar condições para que as pessoas... (a totalidade do artigo, com contrato de exclusividade, está disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/percival-puggina/ultimas-noticias/).

TRÁGICO

Início da tarde. Casarão de cor amarela e janelas marrons na esquina, telhas de barro e um parreiral ao lado. No ar o cheiro de pastéis, sonhos e outras guloseimas. Era o trabalho de dona Adriana, preparar quitutes para o filho vender nas ruas da pequena cidade. O dia estava claro, sem nuvens. Mandou o filho Paulo até o armazém do Alemão para comprar açúcar. O garoto de 14 anos correu para sua Monark e saiu em disparada, feliz cheio de assovios. Gostava de pedalar pelas ruas sufocadas pela poeira e raros automóveis. Fui recebido na porta do pequeno comércio pelo seu Genoíno, sempre pronto para brincadeiras com a garotada. O garoto comprou açúcar e ganhou uma bala de hortelã do gentil alemão, que também mandou lembranças para sua dedicada mãe. Saiu Paulo montado em sua Monark em ziguezague pela rua deserta, como uma víbora fugindo do calor nas areias escaldantes do deserto. Assim o bom menino chegou ao cruzamento sem parar, cabeça criança nas nuvens, só coisas boas no pensar, sem noção do perigo; então o baque, o corpo caído, o utilitário parado e o jovem motorista em estado de choque. Do alto da rua desceu uma mãe correndo e gritando em desespero, descalça e mãos na cabeça. Uma dor que ninguém pode medir, somente ela. O corpinho inerte foi levado ao hospital em vão. Um menininho de seis anos da casa em frente que viu tudo, fechou a porta da sala e foi para o quarto chorar baixinho.

DEMAIS

Serpentes nas paredes
Esquilos saindo da televisão
Um jacaré na banheira
Baratas fritas e salgadas postas mesa
Um canguru consertando o encanamento
Um urso e um tigre jogando baralho na varanda
Macarrão de minhocas em molho branco
Carne em alho e óleo diesel
Bichos da goiaba em duelo de espadas
Minha sogra dando um elogio
Meu cunhado indo trabalhar
O vizinho carrancudo dizendo bom dia
Um político de um partido político honesto na porta
Mulher pode dobrar a dose do remédio
Senão enlouqueço
São muitas alucinações para um homem só.



ABSTENÇÕES, NULOS E BRANCOS

Precisamos de políticos melhores e cidadãos idem. Está 'assim' de gente que ataca os políticos, mas implora por uma boca e quando pode fura fila até pra receber injeção na testa.