Em novembro do ano passado, no mesmo mês em que a fase "Juízo Final" da Operação Lava Jato mandava para a cadeia executivos de algumas das maiores construtoras do país e um ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, a estatal criava uma diretoria de governança corporativa - área corriqueira em empresas de capital aberto mas que, por alguma razão, não existia até então. A ideia era mostrar ao mercado que a companhia tentaria coibir investidas ilegais e implantar mecanismos de transparência que não eram praxe em gestões anteriores. De lá pra cá, a Petrobras firmou mais de 9 mil contratos com fornecedores - nenhum deles por meio de licitação. Levantamento feito pelo site de VEJA junto ao portal de transparência da estatal mostra que 63% dos contratos foram feitos com dispensa de certame, 21% por meio de carta-convite e em 14% a estatal alegou inexigibilidade de licitação. Somados os acordos em reais, dólares, euros, libras e franco suíços, a empresa contratou 36,88 bilhões de reais (em valores correntes) sem licitação.
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/mesmo-com-diretoria-de-governanca-petrobras-contrata-r-36-bi-sem-licitacao
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