quarta-feira, 10 de junho de 2015

A ESTRADA FANTASMA QUE LULA ACERTOU PARA A OAS ASSOMBRA A BOLÍVIA

DO BLOG DO poLÍBIO bRAGA

Nesta reportagem, "Uma estrada fantasma volta a assombrar a Bolívia", a Brio Watchdog publica a narrativa de uma escabrosa aliança entre Lula e Evo Morales, tudo para beneficiar a empreiteira OAS e meter a mão em dinheiro do BNDES.

A OAS, como se sabe, está metida no Lava Jato até o pescoço.

A ajuda de Lula rendeu recompensas para o petista, conforme mostrou esta noite o Jornal Nacional: o Instituto Lula recebeu da empreiteira sucessivas doações de R$ 1 milhão cada uma.

Leia a história da estrada maldita da Bolívia, envolvendo OAS e BNDES:


A obra da estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos foi acusada de superfaturamento, falta de transparência na licitação e no financiamento do BNDES, que aceitou que a rodovia atravessasse o TIPNIS, um parque nacional e território indígena. O jornalista Raúl Peñaranda, primeiro boliviano a receber uma bolsa Nieman da Universidade de Harvard, mostra como a empresa OAS assumiu o projeto após um acordo político entre Lula e Evo Morales, que envolvia o financiamento do BNDES. Não houve concorrência na licitação. Para Alejandro Almaraz, ex ministro do governo Morales, a negociação foi feita em uma viagem ao Brasil do vice-presidente Álvaro García Linera. “Essa circunstância obscura da aterrisagem da OAS tem a ver com uma viagem, nos primeiros meses ou semanas do governo Evo Morales.” O projeto desconsiderou aspectos ambientais e sociais e gerou uma crise entre a Bolívia e a empresa. Documento do próprio governo brasileiro deixa claro a falta de critérios técnicos no financiamento: “A estrada foi paradigmática, pelo que, valendo-se da experiência do Banco Mundial, conviria revisar cuidadosamente os parâmetros para a aprovação dos financiamentos”. Após protestos, o BNDES se retirou sem desembolsar dinheiro.
A indígena Rosa Chao sente de longe que algo está errado. Enviada para ajudar a assar uma carne doada a um agricultor local, ela estava fora do acampamento ocupado por seus colegas manifestantes no Território Indígena e Parque Nacional de Isiboro-Secure (TIPNIS), na Bolívia. Quando estava preparando o carvão para acender o fogo, ouviu sons irreconhecíveis. Alguns minutos depois tudo fica audível: sim, o que ela escuta são gritos de socorro, prantos de crianças, insultos e armas que “vomitam” gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Corre com angústia para o acampamento e custa a processar o que vê: policiais golpeando homens indefesos, arrastando mulheres algemadas, perseguindo meninos e meninas ainda na tenra idade e ameaçando jovens assustados, tudo em meio a uma nuvem de balas e de gás.
Algumas de suas companheiras foram amordaçadas, além de algemadas com as mãos nas costas e, se os policiais as soltassem, cairiam com o rosto no chão, de bruços. Em meio à confusão, Rosa corre para uma pequena montanha e ali um menino com os olhos suplicantes se alegra ao ver um rosto amigo. Ele teve mais sorte do que outros que fugiram para campos de espinhos e que, na corrida louca, sofreram ferimentos profundos.]

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