Era um grande empresário, que assumiu a Folha de S. Paulo e a transformou num dos maiores jornais do país. Dizia não ser jornalista. Mas era - e como! Ensinou-nos que o patrão era, sempre, Sua Excelência o Leitor. Ensinou-nos a buscar aspectos inéditos e verídicos das notícias. Elefante voando, peemedebista rejeitando cargos, tucano fazendo oposição, todas essas coisas estranhas têm de ser bem noticiadas e muito bem explicadas.
Mas nem com tantos anos de aula aprendemos a explicar o inexplicável. Por exemplo, como é que um governo sem governantes, onde neurônio virou piada e os aliados-inimigos se reúnem com hora marcada para redistribuir os cargos que já ocupam; com popularidade mensurável por um relógio quebrado; em que a discussão política é saber quem é mais ladrão, nós ou eles, consegue manter-se no cargo, mesmo que por alguns dias, depois de perder por níveis alemães a votação do impeachment.
E ainda acusam de golpistas quem os derrota na forma da lei. Não tem jeito: aproveitando os Jogos Olímpicos e a presença no Brasil da Pira Sagrada, atocha, Dilma!
A hora da festa
Divertindo-se com a equipe de Temer, quase toda importada de Dilma, discutindo moralização e ladroeira? Pois vai divertir-se ainda mais até o fim do mês, quando aparecer na Procuradoria Geral da República a lista dos 316 políticos de Benê, que era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht. Tem delação pra mais de metro. A metragem é quente, toda sem concorrência. E tudo vai fundo.
Pois é
O Governo Dilma fez a festa nomeando toneladas de cumpanhêro para ocupar o máximo de cargos no Governo. E bateu todos os recordes: chegou ao extremo de cancelar a nomeação de Waldir Maranhão para o posto de Cunha, amigo de fé e irmão camarada de Irineu Maranhão, seu antecessor, para ocupar mais espaços oficiais. Valia tudo, de amigos a qualquer cargo público. Quem achar que só tem gente que presta estará sempre enganado.
Os bons
O curioso é que há gente boa no Congresso. O senador Cristóvam Buarque é um; a senadora. Ana Amélia, outra. Gente fina, correta, como se deve. Mas defendê-los, como? Como mostrar ao público que são gente honesta e correta?
Revelações
Todos esses episódios vividos nos últimos meses serviram para demonstrar a capacidade inenarrável e o caráter de diversos vestais que passeavam na orla vestidos de freira. O maior exemplo é José Eduardo Cardozo, que vem mostrando uma incrível capacidade de se equilibrar no precipício.
Os outros? Os aloprados de sempre.
As vítimas
E a Suzana von Richthofen, hem? Só porque participou do assassínio dos pais achou ruim porque isso poderia prejudicá-la. Uma injustiçada!
Dia quente
Este colunista deseja a todos um bom dia. E espera que haja bom senso tanto nas comemorações quanto na raiva da derrota.
Chumbo Gordo - www.chumbogordo.com.br
carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.