quarta-feira, 2 de março de 2016

PELO ROMPIMENTO

Eliseu Padilha defende o imediato rompimento com o governo Dilma Roussef

Uma troca de mensagens obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo revela o ex-ministro da Aviação Civil e um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, Eliseu Padilha, em intensa articulação pela saída do PMDB do governo após a convenção da legenda agendada para o próximo dia 12. O evento deverá selar a recondução de Temer ao comando do partido por mais dois anos. Ele ocupa o posto desde 2001.


A troca das mensagens ocorreu no último fim de semana no grupo do aplicativo do WhatsApp intitulado "espaço das filiais".


O que disse Padilha:


- A meu ver, a Convenção Nacional do PMDB que vai ocorrer no próximo dia 12, pode e deve iniciar o debate sobre quando vamos oficializar a decisão pela candidatura própria à Presidência da República e por consequência quando vamos entregar todos os cargos no governo. Para mim, o tema é simples e da mais absoluta lógica política e ética. Não me passa na cabeça que queiramos iludir aos peemedebistas e/ou ao governo, dizendo uma e fazendo outra coisa. Confirmada a candidatura própria à Presidência da República, imediatamente o partido deverá entregar todos cargos no governo", defende o ex-ministro, responsável pela formação política do PMDB.


O ex-ministro Eliseu Padilha diz que a debandada do governo deve ocorrer o mais distante de 2018 possível para o partido manter "seu crédito político".


E avisou:


- Ora, como vamos ter candidato próprio à Presidência da República e o PT não vai nos apoiar, certamente, por uma questão de lógica, mas também de coerência política, o PMDB, em momento que preserve seu crédito político ante a sociedade, em tempo o mais distante possível das eleições, deverá entregar todos os cargos, deixando o governo. Ninguém vai votar em candidato do PMDB à Presidência, com o PMDB no governo. Os interesses do partido devem estar acima dos interesses individuais de quem ainda tem cargos no governo. Sabemos o quanto é importante para alguns companheiros a manutenção de cargos no governo. Mas, também sabemos que os interesses da coletividade partidária, do partido, estão acima dos interesses individuais. Então, decidida a candidatura própria à Presidência da República, automaticamente também foi decidida a saída do governo. A entrega dos cargos pelo PMDB."




Eliseu Padilha, por meio da assessoria, confirmou o teor das mensagens.


Políbio Braga

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