Delcídio Amaral denunciou Lula por ter dado dinheiro vivo para calar Nestor Cerveró
Uma das revelações mais escabrosas feitas pelo senador Delcídio do Amaral, envolveu diretamente o ex-presidente Lula no caso Nestor Cerveró.
Não se trata apenas de obstrução da atividade jurisdicional, mas corrupção da grossa.
A revista Istoé afirmou que o ex-presidente Lula "tinha conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e pessoalmente para barrar as investigações, inclusive sendo o mandante de pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas".
Delcidio contou, de acordo com a revista, "que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou o esquema do pagamento de uma mesada ao ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró para tentar evitar sua delação premiada”. Delcídio foi preso depois de ser gravado pelo filho de Cerveró no que o MP considerou uma tentativa de evitar que esta delação fosse feita.
Segundo a revista, Delcídio disse que Lula não queria que o ex-diretor da Petrobras mencionasse o esquema do pecuarista José Carlos Bumlai na compra de sondas superfaturadas feitas pela estatal.
Lula teria pedido "expressamente para que ele ajudasse o amigo e pecuarista José Carlos Bumlai, porque supostamente ele estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró".
Delcídio contou que aceitou intermediar a operação e que a primeira remessa de R$ 50 mil foi entregue por ele próprio em mãos ao então advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, após receber a quantia do filho de José Carlos Bumlai, Mauricio Bumlai. As entregas de valores à família de Nestor Cerveró se repetiram em outras oportunidades. O total recebido pela família de Cerveró, segundo Delcídio, foi de R$ 250 mil.
Segundo Delcidio, "ao contrário do que afirma o ex-presidente, Bumlai goza de total intimidade com ele, representando de certa maneira o papel de conselheiro da família Lula”. Segundo o depoimento, “Bumlai foi o principal responsável pela implantação do Instituto Lula, disponibilizando todo o aparato logístico e financeiro”.
PB
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