terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Reynaldo-BH- Dias de silêncio

São 26 dias de um silêncio sepulcral.
“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”(Ayn Rand).
Dilma está condenada.
Ayn Rand, como filósofa que influenciou uma geração de poetas e até mesmo economistas parece definir a esfinge do Planalto Central do Brasil. Que nos devora.
O PT acabou. Apodrecido pelos próprios vermes que transformou um ajuntamento de ladrões (são palavras do irmão do atual ministro da educação) em um zumbi.
E Dilma irá exigir na reunião de 39 partícipes (ou é festa ou velório) as medidas que, como Pirandello, que tinha Trinta e nove personagens à procura de uma autora. Assim é se lhe parece…
Ou seriam os rinocerontes de Ionesco?
Qual absurdo é mais intenso?
Dilma é o absurdo personificado. Nós somos a plateia de uma comédia que troca o humorismo pelo drama assustador.
O que dirá Dilma à gangue escolhida nas quadrilhas que lhes dão a dita governabilidade?
Na Granja da Torta (mantendo o gênero exigido pela presidanta) Dilma irá falar. Para quem? Para que? Quem lhe dará crédito?
Será um discurso do nada focando o vazio. A mentira que de farsa só tem a piada – nervosa e envergonhada – que não faz rir.
A farsa renovada. Certamente, novas acusações. O mundo é culpado da desgraça deixada como herança a si mesma.
A equilibrista que atende aos apelos do salto no escuro e à obediência aos da plateia. Que não entendem a peça, mesmo pagando ingresso.
O importante é pagar – na boca do caixa – o ingresso vendido mesmo que claramente falsificado.
Lula ignora Dilma. Zé Dirceu quer derrubá-la. Marta bate mais do que apanhou enquanto prefeita ou ministra. Os ministros da Casa são Pepe “Legal” Vargas e suas (deles) ferraduras, Aloísio Mercadante e o poder que nunca basta mesmo sendo muito além do que faz por merecer e um Berzoini que gostaria de ter uma bazuca contra um Charlie Hebdo. Na falta desta, serve o controle social da mídia.
Pirandello estava (sempre esteve) certo. Mesmo sem conhecer Dilma, a prova definitiva do que sempre disse: “É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras.”
Com uma diferença sutil. Dilma não sente – jamais sentirá – a culpa e seus desastres e desventuras.
Ela É O DESASTRE. E é também a nossa DESVENTURA!
E, infelizmente, sequer se dá conta do quão infeliz é! E do quanto fez da farsa e mentira o seu modo de viver.

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