segunda-feira, 21 de julho de 2014

Caio Blinder- Nos ares ucranianos (e de Gaza)

No meio das minhas férias, duas crises dão um trabalhão: Ucrânia e Gaza. Escrevi textos nos últimos dias a respeito de ambas. Faço mais um pouso forçado durante minhas férias apenas para registrar a comoção e os desatinos que as duas crises geram entre leitores, especialmente alguns profissionais da provocação que aparecem na coluna basicamente para fazer agitprop. Alguns são sofisticados e nutro por eles um respeito técnico Caso não estivesse de férias, eu travaria com alguns desses leitores um debate intelectual. No entanto, eles não merecem o meu suor nas férias. Basta o do calor filipino. Outros leitores são simplesmente…. (podem preencher a lacuna com elegância. Nos idos de março, época de carnaval e da presença de muitos foliões ideológicos na coluna num momento da pesada da crise ucraniana, um leitor habitual (Henrique) teve a sacada e popularizou o termo putralha. Está consagrado. As situações (Ucrânia e Gaza) clamam pela republicação de um textinho clássico da coluna.
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Estou carnavalescamente impressionado com a quantidade de leitores que embarcam na narrativa russa. Talvez apenas quando o assunto é Israel haja tantos viajantes perdidos como nesta série O samba do russo doido.
Defino a grande maioria destes viajantes como: inocentes úteis, desinformados, crentes deste projeto putinesco, viúvas do comunismo, militantes do antiamericanismo obsessivo, advogados das falsas equivalências ou seguidores da falsa objetividade de que existem as duas versões equânimes em uma crise.
Claro que este colunista se pauta pela análise dos fatos e tem escoras analíticas. Entende que nações são guiadas por seus interesses políticos e econômicos. E nacionalismo é uma doença incurável. Assim, faz o possível para entender a lógica de Putin ou de qualquer dirigente.
Também acolhe contribuições de “dissidentes”, pois elas realmente enriquecem o entendimento de uma crise complexa. Este imenso PS tem objetivo de enfatizar que Putin é vanguarda de um projeto retrógrado e desestabilizador em uma Europa que tanto fez para superar guerras, o nacionalismo tacanho, a folia (e tolice) geopolítica em nome do interesse nacional e cimentar a democracia e o respeito aos direitos humanos.
Putin está na contra-mão.
E tudo isto no centenário do início da Primeira Guerra Mundial.  Para arrematar, reitero também que a coluna é aberta ao debate. Se fosse em Moscou…

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