segunda-feira, 11 de julho de 2016

Ou a Venezuela, ou o Brasil



O chanceler do Paraguai deu uma entrevista ao Estadão sobre o que fazer com a Venezuela no Mercosul.

Ele é muito mais duro do que brasileiros e argentinos:

O Paraguai pedirá a suspensão da Venezuela nesta reunião?

Não, vamos estudar a situação. Vamos ver se a Venezuela faz um gesto e trocar opiniões. Também vamos revisar a situação jurídica quanto ao ingresso, ver todos os compromissos que a Venezuela precisa atender antes de 12 agosto. Caracas não cumpriu os requisitos para entrar no bloco.

O Brasil propôs adiar a decisão sobre a transferência da presidência com base nesse ponto, o Paraguai acompanha?

Há dois elementos aqui. Um é o jurídico, este que o Brasil aponta. Seguir o que todos nós, Estados-membros, incorporamos à nossa legislação interna. O segundo é o tema político. Temos grandes desafios neste semestre e quem exerce a presidência temporária está comprometido a levar os programas dos ministros e dos chefes de Estado. Não pode ser utilizado para promoção de uma política unilateral. Nos preocupam os comentários sobre o que a Venezuela pretende fazer em sua presidência temporária. Queremos um Mercosul que volte a suas origens.

Parece haver um movimento não para suspender, mas para impedir Caracas de entrar de fato no bloco. É essa a estratégia?

Ela tem de cumprir todas as normas, como nós fizemos.

O Brasil não pode pertencer ao mesmo bloco que a Venezuela. Ou o Mercosul tem o Brasil, ou tem a Venezuela.

O Antagonista

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