Disseram pois os ímpios no desvario de seus pensamentos: o tempo de nossa vida é curto e cheio de tédio, e não há nenhum bem a esperar depois da morte, e também não se conhece ninguém que tenha voltado dos infernos.
Pois do nada somos nascidos e depois desta vida seremos como se nunca tivéssemos sido. Pois a respiração de nossos narizes não passa de fumaça; e a razão é como faísca para mover o nosso coração.
Apagada ela será e nosso corpo reduzido a cinza e o espírito se dissipará como um ar sutil.
E a nossa vida se desvanecerá como uma nuvem que passa e se dissipará como um nevoeiro que é afugentado pelos raios de sol e oprimido pelo seu calor.
E o nosso nome com o tempo ficará sepultado no esquecimento, e ninguém se lembrará de nossas obras.
Pois nossa vida é a passagem de uma sombra, e não há regresso depois da morte. Pois, lacrada, dela ninguém retorna.
Vinde portanto, e gozemos dos bens presentes, e apressemo-nos a usar das criaturas como na mocidade.
Enchamo-nos de vinho precioso e de perfume e não deixemos passar a flor da primavera.
Coroemo-nos de rosas antes que murchem; não haja prado algum em que a nossa intemperança não se manifeste.
Nenhum de nós falte às nossas orgias. Deixemos em toda parte sinais de alegria, porque esta é a parte que nos toca e esta é a nossa sorte.
(Livro da Sabedoria, II:1,7)
Bom 2008 a todos leitores!
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