sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Instituto Liberal- Autores liberais- Roberto Campos

literatura
alanternanapopa1 ° – “A lanterna na popa” – Roberto Campos
O grande Roberto Campos lançou no ano de 1994 o livro de memórias “A lanterna na popa”. Campos buscava realizar a síntese da sua vida desde quando passou a defender posições liberais, como sendo a defesa da liberdade, segundo palavras do ex-deputado, ex-senador e ex-diplomata, uma espécie de apostolado. Campos dizia que defender o liberalismo no Brasil era como realizar pregações no meio do deserto. No prefácio do livro, Campos afirma o seguinte:
“Em nenhum momento consegui a grandeza. Em todos os momentos procurei escapar da mediocridade. Fui um pouco um apóstolo, sem a coragem de ser mártir. Lutei contra as marés do nacional-populismo, antecipando o refluxo da onda. Às vezes ousei profetizar, não por ver mais que os outros, mas por ver antes. Por muito tempo, ao defender o liberalismo econômico, fui considerado um herege imprudente. Os acontecimentos mundiais, na visão de alguns, me promoveram a profeta responsável. O século que vivenciei foi aquele que Paul Johnson (nasc. 1928) descreveu como o século coletivista. Tanto a democracia como o capitalismo sofreram graves desafios. A revolução comunista de outubro de 1917 representou um desafio simultâneo à democracia e ao capitalismo. As democracias ocidentais sobreviveram à I Guerra Mundial, mas viria depois, nos anos trinta, uma rude prova para o capitalismo liberal – a Grande Depressão. A economia de mercado, em fase de deflação e desemprego, parecia ser um sistema terrivelmente inepto, comparado à alternativa do planejamento central. E surgiu um outro tipo de desafio – o coletivista – que também desprezou a democracia e prostituiu o mercado, proclamando como supremos valores a raça, o estado leviatã e a expansão territorial.”

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