terça-feira, 15 de setembro de 2015

O caminho da liberdade: o caso polonês Por Jefferson Viana

República da Polônia. País com uma população beirando os 39 milhões de pessoas, localizado na região da Europa Central, com uma cultura bastante rica e com um peso histórico bastante grande, principalmente na década de 1980.
Tudo começa em 1945, ao fim da Conferência de Yalta, na antiga União Soviética, onde foi sancionado pelo ditador soviético Josef Stalin um governo pró Moscou na Polônia. Em 1944, Stalin havia feito garantias a Winston Churchill, primeiro-ministro Inglês e a Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, de que o Kremlin de Moscou iria manter a soberania da Polônia e permitir eleições democráticas; no entanto, após alcançar a vitória em 1945, as autoridades soviéticas de ocupação organizaram uma eleição que constituía nada mais do que uma farsa e foi usada para reivindicar a “legitimidade” da hegemonia soviética sobre os assuntos poloneses. A União Soviética instituiu um novo governo comunista na Polônia, análogo à maior parte dos governos do resto do Bloco de Leste. Como em toda a Europa comunista, a ocupação soviética da Polônia enfrentou uma resistência armada desde o seu início, que continuou na década de 1950. Apesar das objeções generalizadas, o novo governo polaco aceitou a anexação soviética das regiões orientais do pré-guerra da Polônia e concordou com as guarnições permanentes de unidades do Exército Vermelho no território polonês.
A República Popular da Polônia foi oficialmente proclamada em 1952. Em 1956, após a morte de Bolesław Bierut, primeiro chefe de Estado da Polônia comunista, o regime de Władysław Gomułka tornou-se temporariamente mais liberal, libertando muitas pessoas da prisão e expandindo algumas liberdades civis. Uma situação semelhante se repetiu nos anos 1970 sob o governo de Edward Gierek, mas na maior parte do tempo havia perseguição contra grupos de oposição anticomunistas. Apesar disso, a Polônia era na época considerada um dos Estados menos opressivas da chamada cortina de ferro; por exemplo, a liberdade de credo era garantida por lei.
Mas a partir de 1978, o regime socialista na Polônia tem o seu primeiro grande baque: a eleição do cardeal e arcebispo de Cracóvia Karol Józef Wojtyła para ser líder da Igreja Católica, com o nome de João Paulo II. E João Paulo II foi a voz mundial de que a população Polonesa, oprimida e execrada pela ditadura comunista, precisava. Foi a dose de coragem que os poloneses precisavam para começar a lutar com mais forças contra o governo.

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