Passado o fiasco do Fies, quando o governo federal fez pouco-caso, durante meses, com milhares de estudantes, para finalmente admitir que não teria dinheiro para financiar o ensino superior de 250 mil brasileiros, e do recente corte de R$ 9 bilhões no orçamento destinado à educação, o que vem à tona agora é o escândalo do Pronatec. A grande vedete da campanha eleitoral da presidente Dilma, cantado em prosa e verso no horário nobre da TV, o Pronatec foi sucateado pelo governo federal.
Os dados obtidos no site oficial do governo são alarmantes: serão abertas menos de 30% das vagas disponibilizadas pelas instituições que oferecerem cursos de formação técnica no ano de 2015. Apenas 33 instituições, em todo o Rio Grande do Sul, terão turmas novas para o Pronatec no ano de 2015, sendo que mais de 110 ofereceram vagas para o programa. A situação ainda é mais grave na Capital, onde apenas duas instituições vão oferecer cursos técnicos gratuitos para a população. A situação em nosso Estado em nada difere da realidade nacional.
Em breve, assim como ocorreu com o Fies, o governo federal deverá lançar uma campanha publicitária milionária para comunicar a nossa desavisada população de que estão abertas as inscrições para o Pronatec. Não é difícil imaginar o texto: O governo federal, cumprindo seu papel de pátria educadora, oferecerá de forma gratuita cursos técnicos para a população.
Infelizmente, nesse comercial não será dito o número de vagas e muito menos a escolha do governo federal em deixar de fora 70% das instituições públicas e privadas que ofereceram vagas.
Serão as escolas técnicas e não o governo federal, que terão que dizer para os alunos, quando forem procuradas, que não têm vagas do Pronatec. Programas como o Fies e Pronatec não podem servir de plataforma política para partido político, qualquer que seja.
O investimento em educação deve ser um projeto para o país, uma política de Estado, uma questão de soberania nacional. É só através do investimento e não de cortes na educação que faremos do Brasil um país melhor.
Do blog do Políbio Braga
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