sexta-feira, 18 de julho de 2014

Caio Blinder- Nos ares ucranianos II

O desastre com o Boeing malaio é uma virada no jogo, mas para que lado? Tudo é muito confuso. Basta ver que a encrenca envolve a queda na Ucrânia de um avião de um país do sudeste asiático, em que metade dos mortos são holandeses. Hora de buscar os préstimos, no meio no meu veraneio filipino, de Julia Yoffe, guru de assuntos russo-ucranianos do Instituto Blinder & Blainder.
Julia Ioffe por princípio é alarmista na crise ucraniana, como tudo o que envolve nosso homem em Moscou. Ela (nenhuma surpresa) aponta os separatistas pró-russos como responsáveis pela tragédia. No entanto, Julia Ioffe dispara uma bateria de perguntas: como o Ocidente poderá punir os rebeldes? O que pode ser feito para punir os russos por fornecerem capacidade militar para os rebeldes? O que pode ser feito para dar um fim ao conflito ucraniano? Mais sanções? Uma missão internacional de paz? Ela mesmo responde que não existe apetite para o envio de tropas e a Rússia ainda tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Após tantas perguntas, Julia Ioffe arremata que o conflito ucraniano está agora “oficialmente fora de controle”. Ela enfatiza que Putin começou algo que não pode terminar, soltando uma força perigosa (os separatistas) que ele não mais controla plenamente e parece não ligar muito, mesmo quando a crise custa cada vez mais vidas, inclusive as de 298 civis sem nenhuma relação com a Rússia ou a Ucrânia.

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