Josué, corretor de imóveis, falava muito e alto.
Sujeito muito simpático alegrava ambientes em que chegava; irradiava muita
energia, era convidado em muitos eventos. Sua
mulher Ester, por sua vez boca murcha, diariamente o reprimia por isso. Dizia
brava que iria colocar um botão para diminuir e regular seu tom de voz. Josué
aborrecido por receber tantas reprimendas da esposa acabou emudecendo e morreu
de tristeza dentro de alguns meses, para consternação de centenas de amigos e
clientes. Mas a vida prega peças. Não se
passou muito tempo e a jovem viúva ficou apaixonada perdidamente por outro
homem que conheceu no velório do marido. Pensamento ligado nele vinte e quatro
horas. Podemos afirmar que verdadeira paixão adolescente. Pobre
Ester apaixonou-se antes de saber que o novo dono do seu coração era locutor de
turfe e cantava pedras em bingo sem microfone.
sábado, 30 de junho de 2018
A FILA
A fila ultrapassava cinco quarteirões. O passante
curioso perguntou para o último dos esperançosos:
-Fila para emprego?
-Não. Estamos pegando senha para no futuro
entrarmos no paraíso.
O passante ficou atônito:
- É grátis?
-Não! Duzentos reais.
-Bem caro- falou o passante. - Acho que irei
aguardar pela fila do purgatório.
MILLÔR- FÁBULAS FABULOSAS
O grande sábio e o imenso tolo

Por um acaso do destino, um velho e sábio professor e um jovem e estulto aluno se encontraram dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O estulto aluno, já conhecido do sábio professor exatamente por sua estultície, logo cansou o mestre com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O professor aguentou o quando pôde a conversa insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do aluno. Sugeriu:
- Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas. Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.
- Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava -, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu. Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.
- Está bem – concordou o professor – pode começar.
- Me diz, professor – perguntou o aluno , o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
O professor, sem sequer pensar, respondeu:
- Não sei; nem posso saber! Isso não existe.
- O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.
- Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando -, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
- Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.
- Vamos fazer um jogo que sempre proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu não souber responder, perco cem pratas. Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não souber responder, perde cem.
- Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo quanto aparentava -, eu vou perder muito dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que eu. Só posso jogar com a seguinte combinação: quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o senhor acertar, ganha só vinte.
- Está bem – concordou o professor – pode começar.
- Me diz, professor – perguntou o aluno , o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
O professor, sem sequer pensar, respondeu:
- Não sei; nem posso saber! Isso não existe.
- O senhor não disse se devia existir ou não. O fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem pratas.
- Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o professor pagando -, mas agora é minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau?
- Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior discussão, pagou vinte pratas ao professor.
Moral: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo 20% da esperteza.
Ordem Livre,de Jim Powell- Biografia: Anne Robert Jacques Turgot-
Ordem Livre,de Jim Powell- Biografia: Anne Robert Jacques Turgot-
Em meados do século XVIII, vários autores já tinham dado expressão a uma idéia de liberdade que passou a ser conhecida como laissez-faire. Anne Robert Jacques Turgot às colocou em prática.
Como administrador regional e, mais tarde, controlador geral da França, uma nação que tinha sucumbido à monarquia absolutista, ele deu passos largos em direção à liberdade. Declarou-se a favor da tolerância religiosa. Garantiu a liberdade de expressão. Concedeu às pessoas a liberdade de aspirar aos trabalhos de sua escolha. Cortou os gastos governamentais. Opôs-se à inflação e defendeu o ouro. Aboliu impostos onerosos e restrições comerciais. Aboliu os privilégios do monopólio e o trabalho forçado.
Turgot era respeitado pelos principais pensadores defensores da liberdade, como o Barão de Montesquieu, o Marquês de Condorcet e Benjamin Franklin. Referindo-se a Turgot, Adam Smith escreveu que tinha a felicidade de conhecê-lo e de, para seu júbilo, gozar de sua estima e amizade. Depois de encontrar-se com Turgot em 1760, Voltaire disse a um amigo: “talvez eu nunca tenha conhecido um homem mais amável ou mais bem informado”. Jean Baptiste Say, que inspirou vários libertários franceses durante o século XIX, afirmou que existem poucos trabalhos que podem render para um jornalista ou para um estadista mais frutos em fatos ou instrução do que os escritos de Turgot. Pierre-Samuel Du Pont de Nemours, um francês defensor do laissez-faire e fundador de família industrial americana, fez um grande elogio a seu amigo Thomas Jefferson ao chamá-lo de “o Turgot americano”.
Turgot possuía uma visão extraordinária. Por exemplo, previu a Revolução Americana em 1750, mais de duas décadas antes de George Washington e Benjamin Franklin verem-na acontecer. Em 1778, Turgot alertou aos americanos que a escravidão era incompatível com uma boa constituição política. Advertiu que os americanos deveriam temer mais uma guerra civil do que uma guerra contra inimigos estrangeiros. Previu que os americanos estavam destinados ao crescimento, mas através da cultura e não da guerra. Turgot alertou o rei francês Luís XVI de que a menos que os impostos e os gastos governamentais fossem reduzidos, aconteceria uma revolução que poderia custar-lhe a cabeça. Turgot alertou sobre os riscos do dinheiro expedido em papel pelo governo e, quando se recorreu a ele durante a revolução francesa, o resultado foi uma inflação desenfreada e um golpe militar. Turgot mostrou como as pessoas poderiam fazer a transição entre o absolutismo e o autogoverno.
Embora poucos escritos de Turgot tenham sido publicados durante a sua vida, ele fervia com suas idéias pela liberdade. Turgot era um homem talentoso demais para escrever qualquer coisa insignificante, observou o historiador Joseph A. Schumpeter. Comentando o seu trabalho mais importante, um volume fino, Schumpeter apontou que ali se via uma teoria de comércio, preço e dinheiro que “é quase perfeita até onde vai... uma visão completa de todos os fatos essenciais e suas interrelações mais a excelência da formulação.”
Primeiros anos
Anne Robert Jacques Turgot nasceu em Paris, em 10 de maio de 1727. Era o terceiro e mais jovem filho de Michel Tienne Turgot e Madeleine Francoise Martineau. Seu pai era um funcionário público que ajudou a construir o sistema de esgoto de Paris. Criança deselegante, Turgot não parecia se dar bem com sua mãe, que reconhecidamente estimava as boas maneiras acima de tudo. A família, que possuía raízes normandas, vivia confortavelmente.
Desde cedo, Turgot cultivou um amor pelo estudo. Freqüentou o College Du Plessis, onde descobriu as teorias do físico inglês Isaac Newton. Era tradição que o filho mais jovem se tornasse padre e, de acordo com o costume, Turgot foi matriculado no seminário de Saint-Sulpice, onde se graduou em teologia e se tornou conhecido como Abbé de Brucourt. Depois entrou para a Sorbonne.
Um colega seu chamado Morellet observou que todos que o conheceram pessoalmente consideravam-no doce. Nesse tempo, sua mente já demonstrava todas as qualidades que se desenvolveriam mais tarde, como a sagacidade, a penetração e a profundidade. Ele possuía a simplicidade de uma criança e, ainda assim, ela era compatível com um tanto de dignidade. Apesar de sua notável aparência física, Turgot era tímido com as mulheres. Nunca se casou.
Turgot aprendeu inglês, alemão, grego, hebreu, italiano e latim. Rraduziu para o francês obras de César, Homero, Horácio, Ovídio, Sêneca, Virgílio e outros autores clássicos, bem como os escritos de autores do século XVIII como Joseph Addison, Samuel Johnson e Alexander Pope. Também traduziu o ensaio de David Hume “On the Jealousy of Trade” [“Sobre o ciúme no comércio”].
A primeira vez que Turgot escreveu sobre economia foi em 7 de abril de 1749, em uma carta a seu amigo Abbé de Cice. Atacou as doutrinas do financista escocês John Law, que se mudou para a França em 1716, que começavam a promover o que se tornou uma terrível inflação. Defendendo o padrão ouro, Turgot escreveu: É ridículo dizermos que o dinheiro metálico é apenas um sinal de valor, cujo crédito é instituído pelo selo do rei. Esse selo serve apenas para certificar o peso e o título. Mesmo em sua relação com os bens, o metal natural possui o mesmo preço que o transformado em moeda, cujo valor nela impresso é simplesmente uma denominação. Aparentemente, é isso que Law parece não ter compreendido quando estabeleceu seu banco.
Assim, é como mercadoria (não como denominação) que a moeda é a medida comum de outras mercadorias, e não por uma convenção arbitrária, baseada no glamour do metal, mas porque, podendo ser usada sob diversas formas como mercadoria, e tendo por conta disso um valor vendável, levemente aumentado por seu uso enquanto dinheiro, e sendo ainda adequada à redução a um padrão definido e à divisão igual em partes, que sempre sabemos seu valor. O ouro deriva seu preço de sua raridade.
Enquanto esteve na Sorbonne, em dezembro de 1750, Turgot escreveu uma dissertação em latim (“Sobre os avanços sucessivos da mente humana”) que fornecia uma avançada visão sobre o progresso humano.
Turgot saudou o otimismo americano. “Vamos apontar nossos olhos para longe daquelas visões tristes, vamos colocá-los sobre as imensas planícies do interior da América... O solo, até então incultivável, passa a ser fértil pelo trabalho de mãos dedicadas. A observação fiel das leis mantém, a partir de agora, a tranqüilidade dessas regiões especiais. A destruição das guerras é desconhecida ali. A igualdade exterminou neles a pobreza e a luxo e preserva ali, com liberdade, a virtude e a simplicidade; nossas artes se espalharão por lá, mas sem nossos vícios. Que povo feliz!”
Nessa época, Turgot tinha dúvidas sobre se escolheria o sacerdócio. Confidenciou a seu amigo Du Pont de Nemours (1739-1817) que seria impossível desistir de si e passar toda sua vida usando uma máscara. Turgot obteve a permissão de seu pai para seguir carreira no direito e deixou a Sorbonne.
Com seu evidente conhecimento e inteligência, conheceu muitos dos principais pensadores da época, inclusive o filósofo político Charles Louis de Secondat (o Barão de Montesquieu), o filósofo Claude Adrien Helvetius e o matemático Jean Le Rond D’Alembert. Em janeiro de 1752, Turgot conseguiu uma indicação para uma posição governamental secundária, vice-conselheiro do procurador-geral. No ano seguinte, foi apontado – supostamente depois de pagar uma recompensa – para o parlamento real, que funcionava como uma corte. Não havia nenhuma assembléia legislativa.
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MEDO
Insônia. Passava da meia-noite quando Antenor foi à sacada do seu apartamento que ficava no oitavo andar para fumar. A esposa dormia. Sentou-se, acendeu um cigarro e ficou ouvindo o murmúrio noturno da cidade. Algumas frenagens, buzinas e sirenes, sons da madrugada na cidade grande. Enquanto observava a fumaça se dissipando no ar pensava na vida. Já completara 53 anos em boa forma; a vida familiar era harmoniosa, a loja de peças permitia uma vida digna, o filho Rafael de 15 anos tinha boa saúde, bom aluno e não incomodava os pais. O que estaria faltando? O que lhe tirava o sono? Dívidas e inimigos sérios não faziam parte do seu mundo. Ficou remoendo dentro do cérebro perguntas e mais perguntas tentando obter respostas. Fumou mais um cigarro, voltou para seu quarto, acordou a mulher que bem dormia e perguntou: “Amor, você também tem medo da velhice?”
RATOS NA CASA VAZIA
Os ratos foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia. Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram tantos que até reservou alguns para comer no natal. Moral da história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.
LIMÃO
“Sou rejeitado por todos, até mesmo pelo mosquito
da dengue.” (Limão)
“Não tenho tido tempo para ser outro. Só me resta
ser eu mesmo.” (Limão)
“Após a terceira dose de Bourbon caem todas as
barreiras e limites. O animal fica nu.” (Limão)
“Deveríamos comer moscas. Não vejo sapos doentes
por aí.” (Limão)
JOSEFINA PRESTES
“Tenho algumas varizes e os calcanhares rachados,
mas a bunda ainda é lisa.” (Josefina Prestes)
“Cansei de pobre. Agora meço os homens pelo tamanho
do patrimônio.” (Josefina Prestes)
“Apanhar de marido pobre: Olho roxo e pedido de
perdão. Apanhar de marido rico: Olho roxo e indenização.” (Josefina Prestes)
“Por muitos anos vivi entre padres e pintos. Na
verdade muito mais pintos do que padres.” (Josefina Prestes)
“A vida no convento foi para mim pura desilusão.
Não tinha nem mesmo um padre para me oferecer balas de menta”. (Josefina
Prestes)
“É preciso estar atenta. Meu último namorado não me pedia
beijos, pedia o meu contracheque.” (Josefina Prestes)
FILOSOFENO
“Não deixe reinar a escuridão em sua mente. Busque
todos os dias a luz do conhecimento e o espírito da alegria.” (Filosofeno)
“Quando impera o silêncio é o melhor momento de nos
ouvirmos.” (Filosofeno)
“Os homens procuram matar o silêncio. Deve ser por
este motivo que é tão difícil encontrá-lo.” (Filosofeno)
“A cada novo aprendizado me afasto um pouco mais do
fantasma da ignorância.” (Filosofeno)
ERIATLOV
“Criança
levada leva primeiramente os nervos dos vizinhos.” (Eriatlov)
“Quem
cala evita falar bobagem.” (Eriatlov)
“A
ignorância quando encontra ambiente propício se propaga. (Eriatlov)
“Há
surdos que são melhores ouvintes que certos falastrões gabolas.” (Eriatlov)
SATANÁS FERREIRA
“Aqui no inferno o pior não é o fogo. A música
ambiente é funk o dia todo.” (Satanás Ferreira)
“Eu represento o mal? Alguém por aí já votou em
mim? Já em Maduro, Dilma e Lula...” (Satanás Ferreira)
“Minha mãe sempre me disse para não brincar com
fogo.” (Satanás Ferreira)
“Eu amo os petistas. Amo tanto que desejo todos
aqui no inferno .” (Satanás Ferreira)
“Não é fácil ser feliz sendo vermelho, chifrudo e
tendo um rabo enorme.” (Satanás Ferreira)
PULGA LURDES
“Peço não me confundam com chatos. Eles são meus
primos.” (Pulga Lurdes)
“Só não chupo quando me apertam.” (Pulga Lurdes)
“Somos pobres, mas tenho uma prima rica. Tem na
sua casa até uma piscina de sangue.”
(Pulga Lurdes)
sexta-feira, 29 de junho de 2018
MAGO
Um grande mago brasileiro irritou-se e fez todos os
homens terem o tamanho físico de sua moral. Grandes mudanças ocorreram. Agora num porta níqueis se carrega
tranquilamente vinte políticos, uma
dúzia de artistas da Globo e apertadinho até uma dezena de juízes.
A SOLUÇÃO
Teodoro e Anita, sua mulher. Já quinze anos de
abuso de todos os tipos. Teodoro, áspero
nas palavras, empurrões, surras e humilhações. Anita submissa, temerária não
querendo morrer jovem como outras duas amigas, Selma e Edna que apodrecem num
cemitério. Algumas queixas, separação de
corpos, justiça lenta, a polícia não consegue ser onipresente, novas agressões.
Teodoro dorme bêbado, uma marreta que cai sobre seu crânio, a solução. Anita
respira aliviada.
RAINHA DELMA
Ano 1750 no reino da Ignomínia. A Rainha Delma prendeu na masmorra do seu castelo a bela serva Iraci, doente de ciúmes diante da beleza da moça. Mandou a rainha servir na masmorra apenas água, nada mais que isso. Viajou por um ano e voltando de sua longa jornada fez uma visita de surpresa para sua prisioneira. Encontrou-a feliz, fofa e corada. Não acreditou no estava vendo, impossível. Mas ao ver o Rei Elmo seu marido de apenas quarenta anos, beiço caído, andando amparado por servos, pesando pouco mais de cinquenta quilos, compreendeu tudo. Seu último ato em nome da dignidade real foi atirar-se pela janela dentro do fosso dos crocodilos.
EREMITA
Numa grota perdida no sertão de Tocantins viveu
recluso por trinta anos Anselmo Berg. Viveu todo o tempo de frutas, raízes e
pequenos animais, sem contatar humanos. Ontem apareceu na capital, Palmas. Deus
uma voltas, leu jornais e voltou
correndo para sua grota.
CAIXA
Numa manhã de sábado apareceu naquela rua de macadame uma pequena e enigmática caixa de madeira marrom. Não possuía brilho, opaca, acordou encostada ao meio-fio. Muitos moradores e até estranhos tentaram ergue-la ou abri-la, mas ninguém conseguiu. Nem mesmo usando ferramentas foi possível. Ficou lá por muito tempo até desaparecer numa noite de tempestade. Que caixa era aquela? O que poderia ter dentro? Quando a velha e sábia Noninha morreu deixou uma cartinha explicando o que a caixa continha. A caixa carregava o peso das consciências dos habitantes da cidade e dentro dela todos os seus segredos mais bem guardados.
NO CARTÓRIO
O cartorário pergunta:
-Como vai se chamar o menino?
-Gilmar Mendes?
-Não faz isso, é ruim pra criança.
-Tem nada não.
-Como tem nada não?
-O bichinho aí é filho da puta da minha irmã.
POLIGLOTAS
Numa época não muito distante os ratos Mis e Nis
aprenderam a falar além do português, também o inglês e o espanhol. Então
resolveram que tendo tais aptidões deveriam dominar o mundo. E diante dos
outros animais falavam em língua estrangeira dos seus planos, deixando todos de
boca aberta e rindo da parvoíce dos demais. Falavam abertamente- “primeiro
iremos dominar o reino animal, depois os humanos.” Tudo caminhava bem não fosse
o intrometido do gato Siamês Luca, belo e poliglota, que diante dos fatos
largou da ração e comeu os dois.
ASSUSTADOR
Brasilino Almeida caminhava distraído por uma rua
escura quando se abriu um buraco no chão e ele caiu diretamente no canal do
esgoto. Um fedor dos diabos, escuridão total e guinchar de ratos. Ouviu vozes
então gritou “Quem está aí?” A resposta: “Não fique assustado, é o PT.” Como
não? Brasilino assustou-se sim e caiu
seco.
PAPO NO BECO
Dois mendigos embriagados aconchegados num beco, um deles rabiscando num velho
caderno emporcalhado.
-Está escrevendo o que aí?
-Estou elaborando o projeto do novo homem.
-Nono homem?
-Novo homem.
-Como será ele?
-Sem defeitos, mas será surdo/mudo para não ouvir e
nem falar asneiras. E virá com um chip que poderá ser trocado.
-E as mulheres?
-Igual ao homem só que com duas vaginas. Uma para o
marido e outra para os vizinhos, isso para evitar encrencas e todos em paz
satisfeitos.
-O que mais já tem aí no projeto?
-Todo líquido que o novo homem expelir poderá ser
bebido naturalmente, tipo cachaça.
-Isso é muito bom!
-Quando estiver tudo pronto ficará sensacional,
coisa especial de primeira.
-Acredito que sim. Mas qual seu nome colega?
-Deus.
-Prazer, meu nome é Rafael.
Então apresentados saíram lentamente para caçar um
rango, pois Deus mancava.
MADRUGADA
Gosto da madrugada
A madrugada nos subúrbios
Quase silenciosa
Não fosse pelos cães
Gatos
Galos
E alguns bêbados voltando
para casa
A madrugada é o sono
profundo da noite
E paradoxalmente é a
companheira dos insones.
NOITE DE LUA CHEIA
Noite de lua cheia
Luz de prata abraçando o todo
Pirilampos brincam
Violeiros tocam na varanda
Sonhadoras suspiram
Sapos coaxam
Meteoritos caem
Corujas caçam
Morcegos acordam
E lobisomens namoram.
quinta-feira, 28 de junho de 2018
CERA
“Quando na infância minha mãe falou: meu
filho, não seja um ladrão- eu
estava com os ouvidos entupidos pela cera.” (Deputado Arnaldo Comissão)
SOBERBA
A soberba
correu mundo com seu dono
Nunca
valorizando ninguém ao seu redor
Desfilando
sempre de nariz empinado e achando-se uma imortal senhora
Talvez por
isso ficou tão surpresa
Quando
colocada com seu dono no forno crematório
Para torrar
também seus ossinhos.
SERVENTIA
Labutar num escritório
Nem pensar pelo tédio
Trabalho braçal
Achava pesado
Tentou ser cantor
Mas não tinha voz
Tentou ser ator
Porém não tinha talento
Então resolveu ser chupim de político
Trabalho que serve para qualquer jumento.
O MENTIROSO
Luiz gostava de mentir, estava no sangue. O pai também fora um emérito gabola queimador de campo. Certa feita Luiz disse ter encontrado um diminuto marciano cru dentro do seu frango assado e depois mil dólares dentro de um Kinder Ovo. Já na reunião do partido disse ser descendente de Robespierre. Quando menino fez gazeta e contou à mãe que a escola tinha sido devorada por cupins e que aulas só no ano seguinte. Já adulto matou a própria avó doze vezes em diversos empregos para conseguir folga. Um crápula, sem dúvida; foi noivo de seis moças ao mesmo tempo na cidade em que morava, mentindo sempre mais para justificar sua ausência nos encontros marcados. Nada é para sempre e um dia o feitiço vira contra o feiticeiro. Numa roda de desconhecidos no boteco gabava-se que era dono de inúmeros imóveis, que vivia de renda, a carteira sempre recheada. Pois foi assaltado no caminho de casa, levou um pau federal, entortaram ele no cassetete, pois sua carteira tinha apenas vinte e cinco centavos e uma conta de energia de trinta reais em atraso.
NOÉ E O JOGO
Noé construiu uma arca a mando do senhor de tal. Ele carregou os bichos como foi ordenado pelo senhor. Choveu pra mais de metro e o grande barco navegou que navegou. Noé naquela ociosidade chuvosa tinha que fazer algo. Então para fugir da rotina criou os Jogos dos Bichos. Um sucesso! Quando finalmente as águas baixaram a Arca de Noé estava no Rio de Janeiro. E deu no que deu.
TROCO UMA CENTENA DE CORRUPTOS por Percival Puggina. Artigo publicado em 27.06.2018
Faríamos bom negócio se trocássemos cem corruptos por um STF novo. Com um Supremo formado por juristas de alto nível, juízes de verdade, conscientes de seus deveres e responsabilidades, ficaríamos livre desse flagelo que mantém a nação em sobressalto. E os corruptos acertariam suas contas com a sociedade porque é isso que acontece quando as instituições funcionam.
Não estou sendo sarcástico. É incalculável o montante dos prejuízos que esse STF vem causando à política, à moral do povo, à credibilidade das instituições, à segurança jurídica e à estabilidade necessária ao funcionamento regular da economia.
Não há adjetivo polido para a conduta do ministro Dias Toffoli na sessão de ontem (26/06) da Segunda Turma do STF. A finalidade da sessão era abrir as portas da liberdade a um grupo de condenados da Lava Jato com culpa confirmada pelo TRF-4. No lote, para disfarçar, o ex-chefe José Dirceu. A ideia do trio Toffoli, Lewandowski e Gilmar era romper o entendimento colegiado da corte sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
abem todos os ministros, sabem os advogados dos presos, sabem os condenados, sabe o Brasil que prisão após o trânsito em julgado de sentença condenatória é sinônimo de liberdade eterna para quem roubou muito. E um tanto mais breve para quem roubou pouco. É uma liberdade alugada com dinheiro das vítimas. É, também, outro nome que se pode atribuir à impunidade, benefício mais importante para o criminoso do que o produto de sua atividade.
Na imagem e possibilidade mais remota e positiva, o STF é um conjunto de 11 pessoas que, segundo maiorias instáveis e seus bestuntos individuais, impõem ao país o convívio com o intolerável. Na imagem mais provável, a coisa fica muito pior. Só para lembrar: em 10 de março de 2015, o ministro que coordenou a operação no dia de ontem enviou ofício ao colega Lewandowski, que presidia o STF, manifestando interesse em ser transferido da Primeira para a Segunda Turma da Corte, ocupando a vaga aberta pela morte de Teori Zavaski. Com essa mudança, o grupo que, por mera coincidência, tinha a seu encargo os processos da Lava Jato ganhava a atual configuração.
Para quem não sabe, ou já esqueceu, quando José Dirceu era chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dias Toffoli foi seu subchefe da área de Assuntos Jurídicos. Em junho de 2005, acusado por Roberto Jefferson de ser o mentor do mensalão, Dirceu foi obrigado a demitir-se do cargo, sendo substituído por Dilma Rousseff, a quem Toffoli, imediatamente, solicitou a própria demissão. O fato confirma a estreita ligação entre os dois. Quem disse que gratidão é sempre uma virtude?
Não é de hoje que o STF vem cuidando bem da criminalidade de jatinho. Em fevereiro de 2014, esse Supremo, com voto decisivo do recém-nomeado e gratíssimo ministro Roberto Barroso, decidiu que não houve formação de quadrilha no mensalão. Ela não só houve como jamais interrompeu suas atividades e agora tem tratamento VIP nesse STF que não nega os fatos, mas soluça com os condenados falando em “sanha punitivista”.
quarta-feira, 27 de junho de 2018
O VELHO JOSÉ
O velho José já passando dos setenta ficava em frente de casa vendo o movimento da rua. Viúvo e sem filhos, ali ficava para passar o tempo. E os dias foram se passando, os meses, os anos, e o velho José ali olhando o movimento sentado na sua cadeira de palha. Os vizinhos foram morrendo de velhice, casas demolidas e o seu José por ali observando o movimento. Com os anos chegaram os edifícios e novos vizinhos que desconheciam o idoso seu José, coisa de cidade grande e correria maluca. Talvez por isso foi que demorou alguns anos para descobrirem o esqueleto do seu José sentado na sua cadeira, cigarro entre os dentes de sua caveira, ainda contando os automóveis que passavam pela rua.
ROMEU E O GATO
Endividado, Romeu entrou num bueiro pra fugir das
dívidas. Dentro do buraco as dívidas se transformaram em ratazanas e passaram a
persegui-lo. Guinchavam e mostravam seus dentes enormes e afiados querendo
morder seus calcanhares numa corrida aflitiva. Romeu pesado e já sem fôlego nem
mesmo conseguia gritar por socorro, embora não acreditando que alguém estaria
dentro de um buraco daqueles para socorrê-lo. Quando as ratazanas estavam prestes a
alcançá-lo eis que surge Garfield louco de fome e num piscar de olhos destroça
os roedores e o leva para fora daquele lugar imundo. Romeu era um cidadão
obeso. Durante o pesadelo ele caiu da cama sobre o gato que dormia sossegado no
chão, não tendo o bichano chance alguma diante do tamanho do homem, mesmo ele
tendo sete vidas. Esmagou numa só tacada todas as vidas do bichano que morreu
se perguntando: “o que esse elefante está fazendo sobre mim?”
BICHO DA GOIABA
Era uma vez um bicho da goiaba que nasceu para ser bicho da goiaba não outra coisa, pois preenchia todos os requisitos físicos e psicológicos, mas por problemas desconhecidos não queria ser bicho da goiaba de jeito nenhum. Certo dia fugiu da goiaba, apanhou um besouro táxi e foi para dentro da casa de uma senhora que fazia tricô. Andou para lá e para cá até penetrar num novelo de lã que pensou ser um enorme pêssego. Seu sonho era ser um bicho do pêssego até amadurecer, procriar, morrer e ir para o céu. Morreu de fome solitariamente o bicho da goiaba que sonhava ser um bicho do pêssego. Mas pelo menos tentou.
BANANAS
Aconchegadas na fruteira
São elas irmãs verdes deitadas
Ouvindo as conversas da casa
Em absoluto silêncio
Enquanto esperam pelo amarelo doce do amadurecer.
DE CABO A RABO
Queria um país de dirigentes austeros
Severos
Mas o que temos?
Meros gastadores
Descomprometidos
Vivendo o faz de conta da responsabilidade
Num país pra lá de falido
Corrompido até o último fio de cabelo.
GARIMPEIRO URBANO
Ainda o sol não nasceu
Sopra um vento gelado pelas ruas da cidade vazia
Um solitário de casaco puído e sujo caminha de
olhos no chão
Mãos trêmulas nos bolsos
Lábios rachados e
boca seca
Procurando pequenos alentos nas calçadas e sarjetas
Pois é um garimpeiro urbano
Um garimpeiro de moedas perdidas.
ABRINDO PORTAS
Tal é a carantonha
Que assusta quem por perto está
Não sei por que não tentam
Um cumprimentar alegre
Saber falar com licença
Por favor
Muito obrigado
Que não são chaves
Mas que abrem muitas portas.
TÉDIO
Na rotina cansativa
A grande ameaça é assumir o tédio
Impondo ao ser o desalento
O não sonhar
A terrível amargura da desesperança.
terça-feira, 26 de junho de 2018
SUSPEITO
O jornal diz
Que o suspeito matou a vítima com seis tiros
Diante de vinte e cinco testemunhas
Gravação em vídeo
Pego ainda com a arma na mão
Mas o jornal repete que o elemento é apenas suspeito
Então diante de tanto absurdo
Digo que suspeito mesmo é o jornal.
AVISOS LEGAIS
Em um cemitério- Pessoas são proibidas de apanhar flores.
Somente as pessoas da própria sepultura podem apanhá-las.
Na porta do bar- Nosso estabelecimento não está aberto no
momento porque está fechado.
As. O Gerente.
-Centro Alzheimer prepara Affair to Remember para o próximo
sábado.
VIDENTE PREVÊ MELHORA SUBSTANCIAL DO BRASIL
Grupo político reunido
o líder se levanta e diz:
“Visitei uma vidente
poderosa que não erra nunca. Disse ela que o Brasil irá melhorar
substancialmente no próximo ano.”
“Então chegaremos ao
poder?”-pergunta um partidário.
“Não é isso colega.
Segundo ela o Brasil irá melhorar porque nós todos iremos morrer.”
MÚSICA ALTA
Música alta pode afetar memória e aprendizagem, diz estudo. O tum-tum deixa o bobalhão além de surdo, burro.
SEU TRAJANO
...E como perguntava seu Trajano, velho marinheiro octogenário, aposentado e já sem pernas, um olho furado, orelhas mordidas por piranhas do Amazonas, que morreu muito lúcido: “Para que servem os governantes além de cobrar impostos e nos roubar?”
BILL PORCO
“Comem minha cabeça nas
festas para dar sorte. Minha bunda por acaso dá azar?” (Bill Porco)
NO CARTÓRIO
NO CARTÓRIO
-Qual será o nome da menina?
-Dilma.
-Vilma?
- Não, Dilma, com D de desgraça.
FÉRIAS
Minha amiga viajou em férias dizendo:
“Irei visitar o Paulo em Porto Alegre; visitarei o Anselmo em Salvador; irei também visitar Maria Joana em Belém. Depois quando voltar para casa irei visitar o Serasa.”
VIAGRA DIVIDIDO
Mulher chega à farmácia pede Viagra e solicita ao farmacêutico:
-Favor cortar em quatro partes.
-Mas aí não irá fazer efeito!- diz ele.
-Não é para ficar muito duro mesmo. Só quero ver se o desgraçado do meu
marido deixa de urinar na tampa, ao redor do vaso e sobre os próprios pés.
(Popular)
DUETO MUSICAL CUBANO
O que é um dueto musical cubano?
“É o que sobrou de um quarteto musical cubano depois de
uma viagem ao exterior.”
TRIPOD
RÁDIO CUBA
Esta é a Rádio Oficial de Cuba; nossos ouvintes nos
perguntam: "O que devemos fazer quando todos os cubanos puderem sair
livremente do país?"
Estamos respondendo: "Tomar cuidado para não ser esmagado no tumulto."
Estamos respondendo: "Tomar cuidado para não ser esmagado no tumulto."
segunda-feira, 25 de junho de 2018
SEM CARTAZ
“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou
começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)
FILA
“Não existe coisa mais lenta do que fila em
banheiro. O sujeito pronto para se borrar e lá dentro ninguém tem pressa.”
(Climério)
A DONA DA CASA
Lá fora o sol. Pela janela basculante do banheiro a
mosca entrou na casa faceira assoviando Tico-Tico no Fubá, pousando sobre tudo,
livre e feliz, ninguém para persegui-la. Passeou pelos quartos, sala, cozinha,
varanda e despensa. Andou até pela casinha do Felpudo. Soltou vivas quando encontrou um prato descoberto com
restos de comida. Sentiu-se uma rainha do lar, dona única do campinho, uma
Cleópatra com asas. Abusada, tirou até uma soneca na cama do casal. E assim foi
passeando sem preocupação até que vapt! Foi engolida! A mosca jamais imaginou
que naquela casa tão hospitaleira havia um sapinho de estimação.
A ONÇA E A CAPIVARA
A onça faminta caçava. Farejava daqui, farejava
dali. Sentiu o cheiro de uma capivara. E
seguiu em frente, procurando, enquanto a capivara procurava despistá-la o mais
rápido possível. Chegou um momento que não teve como fugir, a capivara ficou
encurralada. Enquanto a bichana afiada os dentes ela perguntou:
-Conhece o Rio de Janeiro?
-Conheço.
-Já ouviu falar no Castor de Andrade?
-Sim, muito.
-Pois então, ele é o meu primo mais chegado.
-É?
-É!
-Segue o teu caminho que estou sem fome.
SEMILDA BEATA
Semilda, sempre vestida de preto, um urubu de
saias. O sangue irriga seu cérebro não sei por que, pois vive prostrada
maltratando os joelhos. Do alto espera
castigo e prêmios, o resultado não aparece, mas junta as mãos muito mais que toma
banho. É uma juíza, julga todos, porém se perguntada sobre algo coerente e real
é uma toupeira que não sabe nem quando é dia ou noite. Uma beata, inerte no
pensar como uma batata dentro de um saco na carroceria de um caminhão.
MILLÔR- FÁBULAS FABULOSAS
Sábias Divergências
Á maneira dos... siberianos

Á maneira dos... siberianos

Dois homens de alta sabedoria se encontraram no meio de uma estrada estreita em Irks-Polustski. Um deles, vendo que o outro não lhe dava passagem, gritou: "Sai do meu caminho, filho de um cão pária e reco-reco!"
Ao que o outro reagiu: "Você, que jamais teve consciência do espírito e espírito da consciência, deveria sair do caminho de um homem que está acima das vãs trivialidades do teu pensamento. Sai, afasta-te, verme!"
"Se você conhecesse os princípios e os fins, sem falar dos mistérios da escatologia, me daria passagem, cão sarnento e teco- teco", replicou o outro.
"Se princípios e fins fossem do teu conhecimento, você há muito estaria morto e a escatologia tinha ido pro brejo", gritou o segundo sábio.
Um professor de filosofia, que ia passando com seus alunos, ordenou: "Parem! Parem e prestem atenção às belezas infinitas das altas discussões culturais!" Os alunos pararam e ouviram, até que um deles disse: "Mas me parece que esses dois aí estão apenas se esculhambando."
" Quando sábios tratam de princípios e especulações filosóficas tudo que dizem é filosofia" - explicou o professor. "Mas então" - aventurou o discípulo - "quando é que a coisa se torna ofensa e agressão?"
"Quando é dita por qualquer pessoa comum, sem interesse cultural. A cultura, aprende, filho, está sempre acima e além da prosaica busca de harmonia."
MORAL: SÓ NA GUERRA SE APRENDE A BELEZA DA PAZ.
DA ROMÊNIA
“Quando o professor perguntou quem é o
presidente da Romênia eu não vacilei: Conde Drácula. Zero!” (Chico Melancia)
BOLINHAS
“Minha mãe ainda acha que foram
as bolinhas de cinamomo que me deixaram meio louco.” (Chico Melancia)
SOCIALISMO
“Detesto o socialismo. Certa vez tive uma namorada
que socializou a perereca.” (Chico Melancia)
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“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
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“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
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BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...