PARAFUSO-Estive
no Bar do Zé. O papo que rola por lá é que tu estás dando mole para um alicate
novo na praça. Todos sabem que te adoro e aí zombam de mim.
PORCA-Tu
estás é doido. Bem sabes que quem me aperta além de tu é somente a chave de
boca que é lésbica.
PARAFUSO-Estou
desconfiado, andas com muito desgaste nas beiradas.
PORCA-Basta!
Faço minhas malas e volto pra casa de mamãe. Onde está o respeito?
PARAFUSO-Não
me engana, nunca foste santa. Lembre-se da história do imã nosso vizinho que te
deu uns amassos?
PORCA-
Eu era jovem, coisa do passado, melhor esquecer.
PARAFUSO-Passado
sim, mas quem carrega os chifres até hoje sou eu.
PORCA-Quer
saber? Irei dar uma volta por aí, quem sabe eu encontre mesmo esse novo alicate
bonitão dando sopa por aí.
Dito
isso saiu arrumou-se e saiu porta afora. O parafuso doente de paixão jogou-se
dentro de um tambor de óleo.
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