O
sol se põe e há um homem morto caído no meio da rua. A multidão se aglomera
para ver o cadáver. O povo gosta de ver a desgraça dos outros. Não existe muito
sangue no asfalto, apenas um leve filete saindo do nariz do pobre. Uma
bicicleta torta atirada ao lado já diz tudo. A mulher de blusa vermelha olha
bem de perto para ver se não é um primo seu. Um homem de camiseta amarela e
boné branco também chega bem perto para ver se o reconhece. Nada. Vem o perito,
faz os procedimentos e o leva embora. O atropelador, em casa, sossegado, toma
mais uma cerveja. Dias depois, descoberto pela lei e questionado o porquê de
não ter prestado socorro, diz: “Que importa? Não era meu parente!”
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.