quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
A MALEDICENTE
Ela sofria de inveja crônica. Joana, a maledicente, morava na vila Telmo e assim como o apelido já indicava falava mal de todos. Perfeita mesmo somente ela, a rainha da vila. Não poupava ninguém; isso quando não criava fatos ou procurava aumentá-los para prejudicar seus semelhantes. Os filhos dos outros não prestavam, vagabundos e putas. Ótimos eram apenas os seus. Porém a roda da vida gira. Certa manhã acordou com uma pequena ferida na língua, acreditou ser uma afta. Tratou com remédio caseiro e mandou ver. Porém em poucas horas a ferida tomou conta da língua e foi corroendo rapidamente o resto do corpo. No outro dia pela manhã antes do sol nascer Joana se foi. Os moradores da vila foram todos ao velório para rezar por ela.
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“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)
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