sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
O ANÃO DE JARDIM
Tudo via e ouvia o anão de jardim Pablo, assim transformado pelo feiticeiro Dilmon por ciúmes de sua beleza e inteligência. Não sofria sede ou fome, mas penava horrivelmente por não poder fugir daquele corpo de pedra. O feitiço duraria dez anos e ele apenas começava o quinto ano. Sob sol ou chuva ficava ele inerte observando a vida que corria ao seu redor com minúsculas e grandes criaturas. Formigas e homens, grilos e lagartixas, cães e gatos, automóveis e bicicletas. Um dia um cão muito feio apareceu e fez xixi nele. Conheceu que era Dilmon pelos olhos medonhos, agora transformado num cão por um adversário mais poderoso. Pablo riu tanto que sua alegria quebrou o feitiço infame e pode sair correndo atrás do cão feioso para lhe oferecer um belo osso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Dois mendigos embriagados aconchegados num beco, um deles rabiscando num velho caderno emporcalhado. -Está escrevendo o que aí? -...
-
“Rotineiramente vemos o tonto elegendo o próprio carrasco. Primeiramente entra no conto do vigário, ansioso por sombra, água fresca e dinh...
-
“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.