quarta-feira, 22 de junho de 2016

O Gordo das Havainas

Anoitecia e caminhava pela praia, descalço, o rechonchudo, o Gordo das Havaianas, curtindo o toque dos pés na areia quente. Carregava suas  sandálias  havaianas nas mãos. Adiante um grupo de marmanjos ouvia música e bebia, dizendo gracejos aos passantes. Quando ele passou o chefe do grupo disse- ”Mais uma baleia caminhando.”
O Gordo retrucou- “A mãe vai bem? Continua no pasto?”
O líder do grupelho avançou sobre ele sem saber com quem estava se metendo.
“Quiete asinum”- disse o provocado, e no mesmo instante o valente ficou inerte. E aí tomou uma tunda de havaianas, ficando com as bochechas maiores que uma pizza média. As orelhas mais vermelhas que bunda de criança com assadura.
O “quiete asinum” foi dado a todos, que apanharam tal qual bumbo no carnaval.  Surra dada estalou os dedos e os engraçadinhos caíram em si. Não tentaram nada contra ele, cada um cuidou de suas dores. Foi um festival de ais.
O Gordo das Havaianas seguiu seu caminho, olhando o mar, o céu , e rindo ao imaginar o quanto bem os seus poderes ainda fariam.

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