Anoitecia e caminhava pela praia, descalço, o rechonchudo, o
Gordo das Havaianas, curtindo o toque dos pés na areia quente. Carregava suas sandálias havaianas nas mãos. Adiante um grupo de
marmanjos ouvia música e bebia, dizendo gracejos aos passantes. Quando ele
passou o chefe do grupo disse- ”Mais uma baleia caminhando.”
O Gordo retrucou- “A mãe vai bem? Continua no pasto?”
O líder do grupelho avançou sobre ele sem saber com quem
estava se metendo.
“Quiete asinum”- disse o provocado, e no mesmo instante o
valente ficou inerte. E aí tomou uma tunda de havaianas, ficando com as
bochechas maiores que uma pizza média. As orelhas mais vermelhas que bunda de
criança com assadura.
O “quiete asinum” foi dado a todos, que apanharam tal qual
bumbo no carnaval. Surra dada estalou os
dedos e os engraçadinhos caíram em si. Não tentaram nada contra ele, cada um
cuidou de suas dores. Foi um festival de ais.
O Gordo das Havaianas seguiu seu caminho, olhando o mar, o
céu , e rindo ao imaginar o quanto bem os seus poderes ainda fariam.
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