Só com previdência e folha de pagamento saem pelo ralo 873 bilhões. É o que está no orçamento da União; não é invenção. Para gastar tudo isso, o governo federal espera arrecadar 1 trilhão 260 bilhões de reais, mas conta com o ovo antes de a galinha pôr. Já está contando com a ressurreição da maldita CPMF, como se tivesse maioria fácil no Congresso. Mas vai usar para quê? Os serviços públicos são péssimos. É um estado inchado e egoísta; arrecada principalmente para se sustentar. Ano passado, pagamos mais de 2 trilhões de reais em tributos, nos três níveis de governo. Só a União tem 31 ministérios, 5 secretarias chefiadas por ministros, 122 autarquias, 10 agências reguladoras, 41 fundações e 135 estatais. São mais ou menos 1 milhão de servidores, mais cerca de 1 milhão de pensionistas e aposentados.
O Brasil, com essa carga improdutiva e ineficiente, vai afundando. Quando nasci, o escritor austríaco Stephan Sweig escreveu “Brasil País do Futuro”. O livro, traduzido em 16 idiomas e best-seller, acabou por cunhar a palavra de ordem “país do futuro”. Mas nesses últimos anos tratamos de jogar fora o futuro. Que estava perto, quando conquistamos a estabilidade da moeda. Hoje, perdemos isso. Éramos emergentes, agora estamos voltando ao subdesenvolvimento. As pessoas que subiram na renda, estão endividadas e pagando altos juros. O estado gorducho não dá saúde, nem segurança, nem educação, nem futuro, como demagogicamente prometera. E a gente já vai se despedindo do ano-novo.
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