A poupança, um dos melhores negócios da Caixa Federal, ao lado do crédito imobiliário, eram as suas duas maiores fontes de receita. Poupança e crédito imobiliário estão, agora, bichados. O nível de inadimplência de financiamentos para baixa renda é assustador. A Caixa só não está quebrada, ainda, porque é do governo federal.
Os saques da poupança em 2015 foram os mais altos da história. Pela primeira vez desde 1995, quando os dados da caderneta começaram a ser divulgados, a aplicação diminuiu de volume entre um ano e outro
Pela primeira vez nos últimos vinte anos, a caderneta de poupança registrou perda de patrimônio ao fim de doze meses. Mesmo contando com os rendimentos de 47,43 bilhões em 2015, o saldo da aplicação ficou em 656,59 bilhões, um valor 0,93% menor do que o total de 662,72 bilhões de reais registrados no acumulado de 2014.
Além de cair entre 2014 e 2015, os saques superaram as aplicações em 53,56 bilhões de reais em 2015, segundo o Banco Central informou nesta quinta-feira. É o maior volume de saques já registrado.
Durante 2015, especialistas atribuíram a sangria da poupança à redução da renda dos trabalhadores e à competição com outros tipos de investimento, que foram mais impulsionados pela alta dos juros (a Selic está em 14,25% ao ano) e do câmbio (48,5% no ano passado).
Políbio Braga
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