segunda-feira, 28 de novembro de 2016
VENTO
Ainda clareava o dia chegou quando chegou o vento assoviando nas pelas venezianas, fazendo dançar arvores frondosas, tirando do repouso o telhado que dormia, dando vida ao balanço que no quintal servia às crianças. Severa aflição tomou conta do peito dos moradores enquanto a casa tremia confrontando o danado. O zumbido do não visto apenas sentido, mui assustava os grandes e os pequeninos que sabiam que não tinham para onde correr caso o teto fosse embora. Debaixo de uma mesa tosca de pernas grossas talvez fosse o refúgio seguro. O pior de tudo é que o vento não veio sozinho e trouxe consigo o granizo que pipocava em pequenos grãos brancos. O pai abraçava os pequenos enquanto a mãe acendia velas e rezava para Santa Bárbara pedindo proteção. Aos poucos o vento foi amainando e silêncio reinou. Saíram todos para ver os estragos. Nada sério, uma ou outra telha, alguns galhos miúdos quebrados, o cachorrinho Tupi bem na sua casinha. Ufa!
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“Quando a fome é grande não tem jeito, precisamos apelar. Ontem peleei com um hipopótamo. Quase perdi o pelo.” (Leão Bob)
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