domingo, 30 de outubro de 2016

Reflexões sobre o avanço evangélico Por Ney Carvalho

O Rio de Janeiro está em vias de eleger um prefeito evangélico. Não apenas adepto, mas prócer licenciado de uma das mais agressivas entidades do ramo: A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), do notório bispo Edir Macedo, de quem o candidato é sobrinho.
Em 1986 essa denominação religiosa elegeu, com 55000 votos cada qual, seus primeiros dois deputados, federal e estadual, no Rio de Janeiro. Hoje, três décadas depois, está prestes a comandar a cidade. A pergunta que se pode fazer é: a que se deve a velocidade de tal evolução?
A resposta pode ser encontrada voltando alguns anos atrás. Nas décadas de 1960 e 1970 a Igreja Católica exercia, ainda, grande predomínio sobre as distintas comunidades existentes na cidade. No entanto, após o Concílio Vaticano II, em 1962, e o consequente surgimento da Teologia da Libertação, o catolicismo parou de se preocupar com a vida eterna e a salvação das almas. Passou a vender reforma agrária, a mitigação de uma fome que não existe, e outras manifestações políticas terrenas. Mudou seu enfoque do etéreo para o material, do pastoral para o político. Adotou uma agenda materialista, típica dos movimentos esquerdistas.
Como poder não admite espaço vazio, o vácuo espiritual deixado pela Igreja Católica foi preenchido pelas correntes neopentecostais, entre as quais a IURD, fundada em 1977. Essas igrejas passaram a “conquistar as almas” dos cariocas e através delas também os bolsos, o que lhes rende polpudos dízimos cobrados impiedosamente e fonte maior de suas manifestas riquezas.
A raiz do vasto predomínio evangélico, que do Rio de Janeiro avança pelo resto do país, reside na esquerdização do catolicismo através da malfadada Teologia da Libertação, de triste memória.
Instituto Liberal

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