
"Foi ele quem mandou pegar", parece dizer Padilha. O gaúcho, no entanto, avisou que o dinheiro foi contabilizado, nada foi exigido em troca e a doação estava dentro da lei.
A lista da Odebrecht atinge diretamente Lula, Dilma, Aécio , José Serra, Geraldo Alckmin, Renan Calheiros, Gedel Vieira Lima, Sérgio Cabral, mas também o presidente Michel Temer. O atual presidente Michel Temer, quando ainda era vice de Dilma, participou de uma reunião com Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu, na qual pediu uma doação de R$ 10 milhões para o PMDB. O dinheiro foi entregue em espécie ao hoje ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (foto ao lado).
Está tudo em detalhes na revista Veja deste final de semana, na reportagem intitulada "A Grande Delação".
Há pânico dentro e fora do governo, em Brasília.
E com razão.
Isto tudo porque neste fim de semana, a principal revista do país, a Veja, trouxe uma ampla reportagem sobre o que virá em breve na Operação Lava-Jato. De acordo com a revista, existe um mutirão de delações a serem feitas - todas no esquema premiado, nas quais os delatores conseguem redução de pena, caso comprovem o que dizem - incluindo do ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Ao todo, 75 executivos da empresa pretendem falar. Tantos depoimentos serão distribuídos em mais de trezentas pastas, que contarão novas histórias sobre a corrupção sistêmica no Brasil.
Segundo a Veja, para que os depoimentos delatores dos mais de 70 executivos passe a ter valor, ainda é necessário que um documento com o Ministério Público seja assinado.
Políbio Braga
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