A Polícia Federal predeu o ex-ministro Antonio Palocci e está atrás de outros dois dignitários do PT, tudo no âmbito da 35ª fase da Operação Lava Jato. Antonio Palocci foi ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Roussef. Ele é suspeito de atuar diretamente como intermediário dos interesses da Odebrecht, a maior empreiteira do país e cujo diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, está atrás das grades desde junho do ano passado.
Este é o segundo ex-ministro da Fazenda de governos petistas enfiados na cadeia em menos de uma semana.
Batizada de Operação Omertà, em referência ao pacto de silêncio dos mafiosos, a 35ª fase da Lava Jato nesta segunda-feira recolheu evidências de que Palocci atuou deliberadamente para garantir que o Grupo Odebrecht conseguisse contratos com o poder público. Em troca, dizem os investigadores, o ex-ministro e seu grupo eram agraciados com propina. A atuação de Palocci foi monitorada, por exemplo, na negociação de uma medida provisória que proporcionaria benefícios fiscais, no aumento da linha de crédito junto ao BNDES para a Odebrecht fechar negócios na África e em uma interferência na licitação para a compra de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal.
Políbio Braga
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