segunda-feira, 20 de junho de 2016

Por que os estudantes odeiam o capitalismo? Por Instituto Liberal

Lucian de Pauli Jaros*
Se um professor de geografia e/ou história lhe pedisse para fazer um trabalho sobre o capitalismo, provavelmente você iria pesquisar no site InfoEscola (penso que poucos usam a Wikipédia, pois não parece confiável). Vamos ver o que encontraríamos:
“Capitalismo é o sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono. […] Os proprietários dos meios de produção (burgueses ou capitalistas) são a minoria da população e os não-proprietários (proletários ou trabalhadores – maioria) vivem dos salários pagos em troca de sua força de trabalho. […]”[1]
Até aí tudo bem, pois – graças a Deus (?) – não foi citado Marx. Porém, essa palavra – capitalismo – sofre um enorme preconceito, principalmente entre os adolescentes, pois o nosso pensamento costuma ser o seguinte: “quase 100% dos males do mundo é culpa do capitalismo” e da “luta de classes”, teoria que precisava de um bode expiatório e achou no capitalismo o seu nobre lar, algo muito confortável, por sinal.
Na minha opinião, o fato de ser atribuído ao capitalismo a responsabilidade sobre a divisão das classes é algo que perturba a frágil mente de muitos jovens, principalmente os mais pobres ou estudantes dependentes da escola pública (assim como eu). O lucro se torna abominável e parece ser o sentimento dominante. Não gostar de dinheiro é moda, cool, popular e…. mentiroso! Ora, quem não gosta de ganhar dinheiro? No ponto de vista de Ayn Rand,  a própria expressão “ganhar dinheiro” pode estar equivocada. No livro “A Revolta de Atlas” a novelista russo-americana através da fala de seu personagem, faz um dos melhores discursos que já li de porque não é certo dizer “ganhar dinheiro”
“Se me perguntarem qual a maior distinção dos americanos, eu escolheria – porque ela contém todas as outras – o fato de que foram os americanos que criaram a expressão “fazer dinheiro”. Nenhuma outra língua, nenhum outro povo jamais usara estas palavras antes, e sim “ganhar dinheiro”; antes, os homens sempre encaravam a riqueza como uma quantidade estática, a ser tomada, pedida, herdada, repartida, saqueada ou obtida como favor. Os americanos foram os primeiros a compreender que a riqueza tem que ser criada. A expressão ‘fazer dinheiro’ resume a essência da moralidade humana. Porém foi justamente por causa desta expressão que os americanos eram criticados pelas culturas apodrecidas dos continentes de saqueadores.”[2]
O capitalismo resume-se, grosso modo, ao acúmulo de capital, que não se resume apenas ao dinheiro, mas a todo o fruto de nossa produção. O dinheiro é, basicamente, um instrumento de troca, ou me atrevo a dizer, um instrumento honrado de troca. Mais uma estupefata definição de Rand:
“O dinheiro baseia-se no axioma de que todo homem é proprietário de sua mente e de seu trabalho. O dinheiro não permite que nenhum poder prescreva o valor do seu trabalho, senão a escolha voluntária do homem que está disposto a trocar com você o trabalho dele. O dinheiro permite que você obtenha em troca dos seus produtos e do seu trabalho aquilo que esses produtos e esse trabalho valem para os homens que os adquirem, e nada mais que isso. O dinheiro só permite os negócios em que há benefício mútuo segundo o juízo das partes voluntárias.”[2]
Mas pra não perder o rumo da prosa, continuarei a buscar explicações sobre as razões do ódio ao capitalismo entre muitos jovens. Para tanto, listei abaixo alguns conceitos que ajudam a entender os possíveis motivos dessa patologia.
PREGUIÇA
Essa é a mais comum. Coloquei em primeiro, pois representa uma experiência que vivenciei. Ocorreu assim: um jovem no ensino médio em suas aulas de sociologia e filosofia buscou desenvolver o chamado “senso crítico”, e começou a perceber a magnitude do conhecimento e da palavra “alienação. Esse aluno escreveu seu primeiro texto e, adivinhem o tema? Rede Globo, ou melhor, “rede esgoto de televisão”. Ao longo do artigo ele “desceu a lenha” no reality show Big Brother. A boa aceitação desse pequeno texto, eloquentemente elogiado pelos professores e colegas facebookianos, motivou esse aluno a escrever mais “tratados” contra a “alienação”, no entanto sem nenhum conhecimento aprofundado, apenas “achismos”. Eis que na mesma época ocorreram eleições presidenciais. A chapa de Marina Silva, reconhecida por promover o “diálogo” e apresentar um programa de governo com promessas utópicas conquistou a simpatia desse autor que vos fala.  Fiz campanha para Marina Silva com grande entusiasmo e me achava politizado, com aquela humildade com “H” maiúsculo e dourado. Soberba, soberba, soberba…
Mas com a graça de Deus, houveram pessoas que me alertaram: “Leia Mises, Ayn Rand!”. E, eis que um ano depois ganhei aquela linda coletânea de três livros “A Revolta de Atlas” da Ayn Rand. Ao mesmo tempo que lia, acontecia a famigerada greve de professores estaduais orquestrada pela APP Sindicato (pelega do PT). A velha alma socialista entra em ação e resolvi aderir. Você poderá se perguntar: Um aluno aderir a uma greve? Gente, para esquerda TUDO pode! Foi então que no dia 29 de abril de 2015 os professores tomaram uma surra da polícia e, em seguida, decidi organizar uma passeata contra o ato violento e chegou um pelego estendendo uma faixa e se aproveitando do nosso protesto apartidário.
Esse breve relato serviu para alertar sobre o problema da desinformação que assola a juventude e seu desejo de mudar o mundo. Ninguém mais lê um milímetro além do óbvio. Nada que choque ou contrarie todas as convicções. É tudo mastigadinho. O mais difícil são aqueles que se intitulam revolucionários! Preguiça de estudar e falta de conhecimento parece ser os principais requisitos para ingressar nos atos da esquerda e na revolução anticapitalista.
É difícil ser liberal e capitalista, a meu ver pois requer muito estudo e um exemplo disso é o nível de conhecimento dos liberais que eu acompanho que  é algo impressionante.

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