sábado, 4 de junho de 2016

Diário do Poder- PODER SEM PUDOR

SR. LEI, MUITO PRAZER
Durante o governo Fernando Henrique, no final de 1999, o ministro Pedro Malan (Fazenda) fingia interesse na reforma tributária, discutindo-a com parlamentares. Sempre muito cordial, perguntou ao deputado Antônio Kandir (PSDB), ex-ministro de Planejamento:
- O senhor prefere que eu o chame de deputado ou de ministro?
Antônio Palocci (PT-SP) meteu o bedelho, provocando gargalhadas:
- Ministro, em São Paulo ninguém chama o Kandir de ministro, nem de deputado. Todo mundo chama ele de “lei”. Lei Kandir.
HORA DE BALANÇO
Os adversários do ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, cobravam um balanço nos sinais exteriores de riqueza ou de pobreza dos seus auxiliares. É que, ao tomar posse, em 1999, Lessa fez uma reunião do secretariado, aberta à imprensa, quando os secretários se queixaram de que ganhavam pouco. O governador foi logo avisando:
- Uma coisa fica clara: quem sair rico do meu governo é porque roubou!
Alguns caíram na gargalhada, outros sorriram amarelo. Até hoje.
MENTIRA CABELUDA
No final de 1996, o saudoso deputado Álvaro Valle (RJ), chefe do então Partido Liberal (PL), foi procurado pelo presidente da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães, com o processo em que o deputado Wellington Fagundes (PL-MT) pedia ressarcimento de despesas com operação de hemorróidas nos EUA, no valor de US$ 40 mil.
- Ele se operou? Eu não sabia... – espantou-se Valle.
Álvaro Valle, que era sério, foi investigar. Descobriu que Fagundes fizera implante de cabelos, mas como a Câmara não restitui dinheiro com esse tipo de tratamento, inventou a história das hemorróidas.

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