O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) constrói uma tese para justificar a eleição, em caráter emergencial, de um novo presidente da Câmara.
A tese é que a Câmara não pode abrir mão de seu papel na linha sucessória da Presidência da República, e que uma medida excepcional como a adotada pelo STF ao afastar Eduardo Cunha do cargo deve ser respondida pela Casa com outra excepcional.
Assim, seria eleito novo presidente com a condição de que, se o STF reverter o afastamento de Cunha — o que ninguém acredita que vá acontecer — ele retornaria e o presidente eleito deixaria o posto.
Com isso, sairia de cena Waldir Maranhão (PP-PI), que ainda está sob pressão para que renuncie ao posto até o fim de semana.
A saída costurada por Serraglio deve ser endossada pelos líderes partidários e poderá ter o apoio da tropa de choque de Cunha, graças ao acordo segundo o qual ele voltaria caso liberado pelo Supremo.
Vera Magalhães-Radar
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