
O caso tem alto teor explosivo: para que Porto Alegre sediasse jogos da Copa do Mundo, Dilma, que é colorada, empenhou-se muito na negociação do contrato entre a empreiteira Andrade Gutierrez e o Internacional, com vistas à reforma do Beira-Rio, exigida pela Fifa.
Finalizadas as obras, a AG, juntamente com o banco BTG Pactual, que financiou o empreendimento, ficaram responsáveis pela administração dos espaços comerciais do estádio. Suspeita-se que Anderson Dorneles recebeu recursos do banco para a aquisição de sua parte no RedBar (que tem outros dois sócios) e teve preferência na locação do espaço, graças à sua ligação com a presidente. Ou a uma intervenção direta dela.
Para agravar a situação, o presidente da AG, Otávio Azevedo, disse em depoimento à Operação Lava Jato que o ministro dos Esportes, Edinho Silva, e Giles Azevedo, assessor especial de Dilma, o pressionaram para que repassasse R$ 100 milhões à sua campanha de reeleição, em 2014. Ano da Copa.
Dilma, na tentativa desesperada de romper todos os elos com a empreiteira (e o RedBar é um deles), acaba de demitir Anderson Dorneles.
Políbio Braga
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