Caso sobreviva ao processo de impeachment, a presidente poderá recuperar sua capacidade de negociar. Mas a opção Temer fica, a partir de hoje, muito mais clara
É contraintuitivo dizer que a incerteza política diminui com a medida do presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ) para iniciar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Afinal, impeachment é crise!
Mas há crise pior do que não saber se é possível haver impeachment? Acho que não. Caso dois terços da Câmara dos Deputados decidam, provavelmente no início do ano que vem, iniciar mesmo o processo de afastamento da presidente, haverá apenas duas alternativas para o país. São elas: governo Temer ou governo Dilma. Opções claras. E ambas relativamente fortes, após todo o desgaste do processo de impeachment.
Agora os deputados sabem com quem negociar. A opção Temer ficou crível.
Mas…. “A caneta presidencial, no nosso país, é muito forte”, disse um comentarista na Globo News. “Dilma vai ter que lotear mais cargos e trabalhar muito para estancar o processo de impeachment.”
Erradíssimo. A presidente já perdeu, há meses, a credibilidade para negociar ministérios, cargos e emendas orçamentárias. Isso aconteceu por vários motivos: fragmentação partidária imensa na Câmara dos Deputados, inabilidade da presidente e seus ministros, impopularidade e crise econômica.
Há dois negociadores de ministérios, cargos etc. agora: Dilma e Temer. Eduardo Cunha não importa mais.May the odds be ever in your favor!
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