quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Senegal proíbe uso de burca para prevenir ataques terroristas



O Senegal proibiu que as mulheres de seu país usem a burca, típica vestimenta islâmica que deixa somente os olhos visíveis, para prevenir ataques terroristas. A medida é uma questão de segurança nacional e foi criada para impedir que terroristas utilizem a burca como um disfarce, afirmou o Ministro do Interior senegalês, Abdoulaye Daouda.

Aproximadamente 92% da população do Senegal é muçulmana. Apesar do país não ter sido alvo de ataques terroristas recentemente, as autoridades locais temem ataques dos jihadistas do Boko Haram, grupo da Nigéria que já atua nos países vizinhos. No mês de novembro, a polícia prendeu cinco suspeitos por ligações com o grupo.

O Senegal não é o primeiro da África Ocidental a proibir a burca. Este ano, Camarões e Chade, países que também possuem maioria muçulmana, emitiram ordens similares, citando razões de segurança. A proibição, contudo, não é uma solução infalível. Dois dias depois que o Chade instituiu o veto, dois homens-bomba escondidos sob burcas se explodiram na capital N'Djamena, matando pelo menos 27 pessoas, incluindo vários policiais.

A nova decisão também tem causado uma série de discussões internas a respeito dos limites da intervenção que visa a segurança nacional na liberdade religiosa. Mbaye Niang, um líder muçulmano e membro do parlamento, disse que a nova lei foi criada para proteger o Islã. "Nós não devemos permitir que alguém cubra todo o seu corpo como os terroristas fazem. Esta é uma tradição de alguns países, mas não tem nada a ver com o Islã", disse ele ao jornal local Le Quotidien. Segundo o muçulmano, os terroristas usam este método para atacar a religião.
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