MINICONTO - SOLIDÁRIOS, MAS NÃO
MUITO
Certa vez uma
grande epidemia de gripe dizimou metade do povo brasileiro. Nas pequenas vilas
do nordeste em que a ajuda não chegou a tempo, os mortos dormiam nas ruas. Sem
comida e sem remédios o povo fugia desesperado levando apenas algumas roupas...
Saídos de
uma pequena cidade do interior do Brasil vinte casais e seus filhos em fuga
caminharam por meses em busca de um lugar seguro para ficar. Unidos, todos se
ajudaram nos momentos difíceis de enfermidades e fome. Repartiam bolachas e
grãos de feijão. Nas horas de desespero e abandono um casal apoiava o outro,
solidários e cheios de afeto. Enfrentaram juntos temporais e o pranto de
saudade dos queridos mortos. Diante da desgraça pareciam irmãos de sangue. Aconteceu
então o dia em que a vintena de desterrados e seus rebentos entraram numa fazenda abandonada e encontrou além de
cadáveres por todos os lados uma maleta com diamantes abandonada num canto. Felizes
pelo achado enterraram os mortos e descansaram.
Planejaram
que quando estivessem em um lugar definitivo dividiriam o montante em partes
iguais. Foram dormir com a esperança de um amanhã melhor, e sem dúvida seria um
bom começo. Porém durante a noite dois lobos se apresentaram; enquanto todos os
demais dormiam o casal Marcital Noronha partiu levando o pequeno tesouro da
comunidade. Nunca mais foram vistos.
MORAL-
Feijão e pão seco são fáceis de repartir, o duro de repartir é a picanha.
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